BAD GIRL: Selvagem escrita por Jhuly Panter Kat


Capítulo 3
Notícia inesperada!


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo me fez chorar. Escrevi ele escutando thinking of you da Kate Perry.



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– Hã?! - Gritou confusa. -Vocês estão loucos? Me bota em uma penitenciária por um ano e não vou me importar, mas morar em Brasília? - Gritou mais e chegou mais perto do pai. - Ele nem visita a gente desde que mamãe morreu. -Disse ela completamente magoada com a atitude deles com ela. Não era a primeira vez que ela era expulsa de um colégio por brigar. Dessa vez ela achava que seu pai estava sendo extremo demais. -Pai eu tenho uma vida aqui. O senhor sabe o quanto eu lutei para manter esse bairro calmo, em paz? - Disse ela com os olhos começando a se encher de água. Pensou em seus irmãos e amigos. Em todas as lutas em que estiveram juntos. Seu pai não podia estar tão sério sobre isso e ela sabia que ele não voltaria atrás com sua palavra, pois ela era como ele.
– Mar, eu vivo trabalhando, você precisa de cuidados e não tenho tempo pra cuidar de você. Você está se transformando em uma mulher linda e precisa de orientações. Você sabe que eu nunca vou me casar novamente. - Ele abaixou a cabeça apoiando-as em suas mãos esfregando as mãos por fim em sua barba por fazer e retornando seu olhar em sua filha inconsequente. - Você não sabe o quão estive preocupado com você nos dois últimos anos. Não é normal uma garota de quatorze anos virar uma super gangster derrotar todos os homem desse lugar. Não te ensinei esse tipo de coisa pra virar uma gangster e você sabe disso. Um dia você poderia acabar perdendo uma luta e morrer e eu iria me arrepender disso pelo resto da minha vida. - Ele pegou a mão de sua filha e proclamou. - Você irá com a sua avó, por mais que me doa, eu não consigo cuidar de você sozinho, eu tentei. Mas eu te amo e estou fazendo o melhor que posso pra manter você viva e segura.
–Por que não me manda pra um convento logo então? Na Escócia de preferencia. - Marina largou a mão de seu pai e saiu correndo, não queria que ele a visse chorar.
– Vou levá-la hoje, pra Brasília. - Disse Antônia. - Tenho trabalho a fazer e não posso me ausentar por muito tempo, e um dia pra mim é bastante tempo.
–Eu entendo... Só queria me despedir direito dela. - Rafael olhou pra foto de Marina na parede da sala ao lado de sua mãe, ambas sorriam alegremente. Nesse dia eles tinham ido ao parque de diversões Hope Hari em São Paulo. Ele estava de férias e eles visitaram várias cidades diferentes, Marina e sua mãe, Flora, se ausentaram da escola junto a ele nessa aventura familiar. Foi a época mais feliz de sua vida. Ele nem podia imaginar que em oito meses sua mulher morreria. A mágoa de ter que se despedir de outra pessoa de sua família, a ultima mulher viva que ela mais amava o deixava miserável. Ele não queria ficar sozinho. Mas não podia deixar as coisas como estavam. Ele não podia perder a última coisa que mais importava pra ele, e no ritmo que as coisas estavam indo, era exatamente isso que iria acontecer. Marina era como ele. Ele sabia o quão inconsequente ele era às vezes, por isso foi a melhor decisão a se tomar. Ele se levantou e olhou para a mãe de sua falecida e amada mulher. A velha estava conservada, ninguém diria que ela tem sessenta e dois anos de idade. Sempre elegante como sempre. - Sei que isso vai soar presunçoso mas você tem certeza que consegue lidar com esse furacão?
– Rafael, eu trabalho no ministério da fazenda. E já trabalhei em um penitenciária. Acho que consigo sim lidar com a Mar. - A mulher lhe deu um sorriso tranquilizador.
***
Mar correu para o parque onde sua mãe a levava para brincar e chorou lá. Deixou apenas duas lágrimas descerem e foi até seus irmãos. Precisava ter sua despedida com eles, no entanto não queria contar-lhes que estariam longe uns dos outros por algum tempo, mas sabia de uma coisa, nunca conseguiu mentir pra eles. Não mentiras bobas, mas algo como isso. Seria difícil. Mais difícil ainda seria ficar longe deles. De seu pai. De sua casa. Do mar. De sua vida ali.


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