Pov. Rose

Acordei e já era passar das 9 todo mundo estava na aula. Levantei tomei um longo banho. Quando sai havia uma bandeja com sanduiches, bolos e suco de abobora.

Daisy só ela pra fazer isso pra mim.

Na hora do almoço desci e me juntei a todos.

Eu lançava olhares para o loiro do outro lado, mas ele não retribuía nenhum deles.

–Ei Redhead, o que houve? Não apareceu para as aulas da manhã e esta com uma cara horrível.

–Não é nada Loreley é só que tive um pesadelo ontem e não dormi direito. Mas já estou bem.

Ela me olhou desconfiada, e voltou a conversar com Isabelle, as duas me puxaram para a conversa e logo eu já estava rindo e me divertindo.

Pov. Scorpius

Não vi a ruiva à manhã toda, não sabia se agradecia ou se me preocupava. Fui de sala em sala assistir as aulas, mas não conseguia prestar atenção nelas. Albus me chamou a atenção mais de uma vez.

Eu me arrastava até a ultima aula do período da manhã quando Albus e James me puxaram para uma sala vazia.

–Que isso? Eu não curto caras.

–Cala boca Malfoy- James falou.

–O que vocês querem?

–Saber o que você estava conversando com minha prima ontem à noite. –Albus me olhava meio irritado.

–Primeiro porque vocês me arrastaram pra cá só pra perguntar isso? E segundo o que importa o que conversei com ela pra vocês?

–Ela é nossa prima. –Responderam em uníssono.

–Ta legal. – Respirei fundo e comecei- Eu acordei de um pesadelo e fui dar uma volta, sentei nos jardins e fiquei lá. Depois ela apareceu e sentou do meu lado me perguntou o que eu estava fazendo lá e contei, dai ela levantou e foi pro quarto. Só isso.

Eles me olharam desconfiados.

–Só isso mesmo? –Albus estava com uma sobrancelha levantada.

–Pergunte pra ela se não acredita. Além do mais como sabem que eu falei com ela?

Os dois riram.

–Ora Malfoy o Mapa do Maroto serve pra observar as pessoas também.

Eles saíram rindo comigo atrás lembrando da conversa com a ruiva. Aquela imagem dela de pijama não me saia da cabeça. Fiquei imaginando ela somente com uma camiseta minha, acordando na minha cama num sábado de manhã, a cara de sono e a voz rouca.

Afastei bruscamente aqueles pensamentos e fui almoçar com os irmãos Marotos.

**

Antes mesmo de entrar no salão vi aquela cabeleira ruiva sentada entre as cobras. Sorri internamente e me sentei com os leões.

Durante todo o almoço ela me olhava, mas eu tinha o cuidado de não olhar pra ela. Para minha desgraça Albus percebeu as olhadas.

–O que tá pegando cara? Ta o almoço todo assim.

–Não é nada, é que esses joguinhos da sua prima me tiram do sério.

–Aham sei- Ele fingiu acreditar.

Pov. Rose

2 AULAS LIVRES. As duas ultimas.

Nunca agradeci tanto o dia que abandonei Adivinhação. Puxei Isabelle para o dormitório. Pegamos as vassouras colocamos o equipamento e fomos treinar novas jogadas no campo.

Peguei a goles e subi na vassoura, Isabelle se postou na frente dos aros, era nossa melhor goleira desde que mudou para Hogwarts a 2 anos. Ela veio de Beauxbatons, foi expulsa por não conseguir ser uma dama. Eu dei um impulso e levantei no ar. A sensação era maravilhosa o ar quente em meu rosto e o vento balançado meu cabelo amarrado. Tomei distancia e peguei velocidade me impulsionei para frente da vassoura e chutei a goles com o calcanhar, mas Isabelle conseguiu aparar a trajetória da bola. Sorri desafiadoramente, cuja correspondeu. Treinamos até o sol sumir no horizonte.

Descemos até o solo e guardamos o equipamento de treino. Corremos para o dormitório, no caminho esbarrei em alguém gritei umas desculpas para a pessoa. Quando cheguei tomei um banho longo para tirar o suor e o cansaço.

Encontramos Loreley aos beijos com Lysander, num canto do corredor. Deixamos eles lá e fomos jantar.

–E ai Redhead já conseguiu fisgar seu grande amor? – Isabelle ironizou.

–Que!? Ta louca eu não gosto dele.

–Qual é Rose sei que você é apaixonada pelo Malfoy só não admite porque é orgulhosa demais.

Bufei e entrei no salão.

**

Pov. Scorpius

Para minha desgraça a janela da sala de adivinhação dava para o campo de Quadribol.

E lá estava ela treinando para os jogos, ela ficava extremamente sexy com o uniforme verde, que contrastava com seus cabelos ruivos.

Fui obrigado a prestar atenção na aula. Senão começaria a babar ali no meio da sala.

–Bom meus queridos alunos, hoje iremos aprender sobre Elos de Empatia. Os elos se formam geralmente com um homem e uma mulher, mas existem casos com indivíduos do mesmo sexo. Existem os elos naturais e os forçados. O maior exemplo de elo forçado foi o elo entre Harry Potter e Lord Voldemort, que era o elo entre uma Horcrux e seu dono. –A professora Woodalen fez uma pausa. – Mas vamos focar nos elos naturais, eles geralmente começam com o compartilhamento de sonhos, e depois que se firmam, os envolvidos podem compartilhar pensamentos, dores, sensações entre outras coisas.

“Os elos muitas vezes são fortes demais o que pode levar a morte de ambos. Por exemplo, se uma maldição da morte for executada em uma das pessoas, dependendo da intensidade do elo, pode levar a morte do outro. Maldições como Crucio podem ser sentidas também.”

Não sei o porquê, mas aquele assunto me prendeu de um jeito que nenhum assunto de Adivinhação jamais me prendeu.

–Bom meus queridos eu quero que vocês relatem alguns dos maiores elos naturais já documentados e no final do trabalho quero que falem o que vocês pensam sobre os elos. Estão dispensados.

Eu já ia saindo quando a professora Woodalen me chama.

–Senhor Malfoy podemos conversar um pouco?

Eu me virei e assenti.

–Sente-se – Ela apontou a cadeira frente da sua mesa.

–Senhor Malfoy não é atoa que iniciei esse assunto com vocês hoje. Eu gostaria que o senhor me contasse seu ultimo sonho.

Eu achei estranho. O que meu sonho tem de interessante para a professora?

–Mas porque professora?

–Scorpius eu sinto uma forte energia irradiando de você.

–Que tipo de energia professora?

–Uma energia de um elo muito poderoso. Agora por favor, me conte seu sonho.

–Eu estava correndo atrás de uma pessoa na floresta, mas eu a perdi de vista, e depois ouvi gritos de uma garota, mas eu nunca encontrei a garota.

–Senhor Malfoy você sabe quem era essa pessoa?

–Não senhora.

–Temos que descobrir quem era ela. Pressinto que ela corre um grande perigo. –Terminou com um gesto displicente da mão, indicando para que eu saísse. Seu semblante era calmo, mas eu sabia que ela estava preocupada.

Eu me levantei e já ia descendo a escada quando ela falou.

–Caso tiver mais sonhos assim venha me conta-los. Precisamos descobrir quem é seu elo. E rápido.