Time escrita por Miss B W


Capítulo 1
Time


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoinhas amadas! Bem, aqui está minha "primeira" one-shot de - espero eu - muitas outras. Time é uma reflexão e diga-se de passagem, Mônica contando parte de sua história, mas não é a história que estamos acostumados com Turma da Mônica Jovem hehe. Espero que gostem!



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Isso é sobre o tempo. Ele nos move, nos controla, nos corrompe.

Ninguém sabe quanto tempo tem.

Isso é sobre um amor. O amor é intenso, é a razão, é uma sensação de inúmeros sentimentos que juntos dominam a maior parte da sociedade. Afinal, não importa quem é, onde vive. Nada é relevante, pois o amor e o tempo nos dirigem, e não importa o quanto se tente mudar ou inverter as situações, sempre acaba que estamos presos em amarras que são infinitas.

Dizem que o amor um dia pode vir a morrer, e devido a algumas atitudes, se apagar. A verdade é que nunca acreditei nisso, nunca me veio em mente que o amor que senti por aquele garoto tenha sumido de dentro de mim, no mínimo, ele foi diminuindo e se tornando algo diferente, mas ele nunca desapareceria.

Por que no final das contas, fui eu quem o salvei, eu o consertei e trouxe de volta a vida real.

Aquele garoto tinha sérios problemas, devo admitir. Além de atos impulsivos que percorriam seus dias desde que eu o via acordar todo desconcertado.

Nunca tivemos uma relação comum, eu poderia titulá-la como peculiar. Sabe, cuidar de um garoto mais velho não fazia parte de meus planos de verão, e muito menos ver-me apaixonada por ele. Um rapaz tão complicado e aéreo. Parecia impossível impor-me a minhas próprias regras, mas ele conseguiu isso, colocar-me contra minha consciência e a sanidade ir por água abaixo.

O tempo, como sempre, foi um tipo de empecilho, obviamente ele não seria se eu não precisasse ir embora, ou caso eu tivesse o autocontrole devido a minha idade inferior a dele.

Pois é, quando há tantos pivôs contra algo determinado, esta coisa simplesmente não segue em frente. E foi exatamente o que ocorreu. Aqueles dois meses passaram como poeira da praia sendo arrastada pelo vento forte e corriqueiro, e bem rápido me vi indo embora e deixando certo garoto de dezenove anos para trás com suas antigas “babás”. Aquele garoto bipolar e desmiolado que apelidei carinhosamente de CM me fez delirar e punir-me por pensar tanto nele estando de volta a minha casa e com o expediente corrido ajudando minha mãe no hospital da família como uma simples enfermeira, logicamente eu não fazia nada que envolvesse a saúde exata dos pacientes, no mínimo ajudava a entretê-los, principalmente os mais velhos que eram as pessoas, geralmente, mais gentis.

CM permaneceu em meus pensamentos por um bom e distante tempo, talvez dois anos, acreditava a cada dia que poderia tirá-lo dali, sofrer não seria minha alternativa, e eu, sinceramente, não queria vê-lo novamente, apesar de tudo, aqueles dois meses me tiraram o que para mim era certo, e isso, seria autocontrariar tudo aquilo que passei meus dias construindo. A barreira do esquecimento então foi quebrada, dilacerada e contaminada pelo sorriso mais estridente e belo. O anjo endiabrado havia ido até mim.

Mas isso, esse amor que me entorpeceu durante tanto tempo, que me enlouqueceu diante de mim mesma, ele continuava ali, e como sempre, eu acreditei em cada palavra, porque o que seria amor e tempo se não andassem juntos e entrelaçados? O que seria de mim e de CM se não estivéssemos correndo aquele caminho um bom período separados, para que enfim percebêssemos o mais óbvio e ilógico sentimento que percorre os seres de todos os tipos?

Porque no fim, o que realmente havia passado não se compara ao que estaria por acontecer, e num futuro que não seria revertido e na mais complexa história de amor que uma garota de dezesseis anos poderia se meter, eu me vi apaixonada por ele, porque simplesmente não há nada que quebre um laço que foi determinado por nós mesmos.

Naquele tempo e naquele jovem amor, me prendi até a alma, e infinitamente, estamos conectados mesmo depois de o tempo ter acabado.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Mereço queridos comentários, e favoritos e sabe-se lá mais o que?
Obrigada, precipitadamente, a cada um que leu, é gratificante compartilhar isso com vocês todos, desconhecidos que já adoro!
Beijos, até a próxima.