– Oi gatinha – Fala ele em um tom brincalhão, e eu faço uma careta, infelizmente não estava mais com raiva , afinal, não era culpa dele aquela garota ter uma mente com a dela – Então... quais os planos para a nossa “frinday night”?

– Quais eram os planos você quis dizer. – Falei com ênfase no “eram”.

– Não, quis dizer quais SÃO mesmo, mas parece que você sabe menos que eu – Ele ri, logo em seguida começo a rir da risada dele, como é escandalosa. – Posso escolher um lugar?- Fala quando para de rir.

– Ok, hoje você escolhe,da próxima vez sou eu. Ah, com uma condição. – Falei e ele me encarou sério – Não me leve para um lugar que não tenha ninguém de minha idade. Se você ousar fazer isso Luke, você será um homem morto.

– Ahh – Murmurou decepcionado – Eu ia te levar pra uma boate, sabe aquela INON? – Como assim ele disse “ia”? – Mas eu acho que lá não é uma boate que tenha muitas pessoas da sua idade, não é Sô? Talvez seja muito chato pra você.

– O que Luke? Mudei de idéia. Contanto que eu esteja com você o lugar não importa. – Apressei-me e ele sorriu – Então... Podemos ir?

– Wow, que mudança rápida, me senti um cara... amado, eu acho. – Falou acelerando o carro.

***

Chegando na boate a gente parou e ficou observando um pouco a fachada da boate... e que boate, wow, A-M-A-Z-I-N-G, ao entrarmos fomos para uma mesa mais isolada.

– Amor – Chamei, e Luke olhou – Sabe a Cris? Minha melhor amiga. – ele assentiu dando um gole na bebida vermelha – Ela está saindo com o pessoal da nossa faculdade. – ele se engasgou mas logo se recuperou.

– Como assim? Ela não está fazendo direito?

– É, parece que as pessoas estão pondo em prática aquela história de aumentar o círculo de amizades. Mas e se ela falar para alguém? E se ela estragar tudo? – Falei quase me desesperando.

– A gente vai ficar bem Sô. – Falou passando o braço ao redor dos meus ombros e me puxando para mais perto dele, - Mas mudando de assunto, eu estou morrendo de vontade de dançar, o que você acha? – Falou se levantando e me estendendo a mão.

Dançamos muito, em uma certo ponto da noite ele me puxou para mais perto dele e ficamos dançando coladinhos até eu dizer que queria ir embora por que a boate estava ficando muito cheia de gente desagradável ( pessoas que não sabem beber ).

***

Chegamos em casa ás duas da manhã, mas por algum motivo não estávamos com sono, então depois de um banho fomos assistir a um filme que se chamava “ Divergente“, com certeza um dos meus preferidos.

Numa certa parte do filme, quando a protagonista dá o primeiro beijo no protagonista, uma coisa veio á minha mente, me sentei o mais próxima do Luke possível e ele automaticamente passou as mãos ao redor dos meus ombros, eu amava aquela sensação, eu me sentia protegida perto dele, como se nada pudesse me atingir, uma fortaleza.

– Lu, - ele ficou vermelho quando eu usei esse apelido carinhoso, é fofo, não importa quanto tempo a gente fique junto ele sempre vai ter as mesmas reações a certas coisas. – Lembra do nosso primeiro beijo? – Ele riu e assentiu, voltando a cor normal.

– Foi perfeito, a gente estava no nosso terceiro encontro não era?

– Urrum, - Concordei. - a gente estava andando de bicicleta e eu caí.

– Ai o príncipe aqui foi te ajudar – Falou com a outra mão batendo no peitoral – e certa pessoa me puxou e eu caí encima de você princesa, e nos beijamos. – ele riu lembrando de alguma coisa – Sabe, aquela foi a primeira vez que o meu coração quase pulou pra fora. – confessou – Foi quando eu percebi que não podia mais ficar sem você, ou o seu beijo. – ele se aproximou e selou os nossos lábios de forma suave.

– E quais as outras vezes que isso aconteceu? – Perguntei curiosa.

– Bem, depois da primeira vez tiveram outras, sinto isso toda vez que eu te beijo. – Falou pondo a minha mão no seu peito, e eu me surpreendi, wow, estava muito rápido, era como se ele tivesse levado um susto muito grande.

– Todas as vezes que você me beija sinto uma descarga elétrica percorrer o meu corpo, é como se nunca fosse o suficiente. – Ele sorriu e me beijou, dessa vez mais intensamente, depois voltamos a assistir o filme e eu acabei dormindo em seus braços. Depois de um tempo acordei,mas finji que ainda estava dormindo para ele me carregar até a cama, e eu acabei dormindo de verdade.

Um tempo depois acordei assustada, pesadelos, eu tenho pelo menos um por mês desde um acidente de carro que eu sofri quando eu era pequena.

– Calma amor, está tudo bem, eu estou aqui. – Luke falou me abraçando, em seguida me deu um copo de água e nos deitamos, ele me ajeitou em seus braços fazendo o ritmo do meu coração normalizar e eu o abracei firme, e voltamos a dormir.