Ainda existem flores escrita por Detoni


Capítulo 41
Ta na hora de acordar, mulher


Notas iniciais do capítulo

OOOOOI LINDOS DA MINHA VIDA ♥ , bom, to aqui com mais um capitulo... nele eu acabei deixando as coisas meio apimentadas, e é a primeira vez que tento fazer isso, então por favor, se não gostarem é só me avisarem que eu volto aqui, mudo isso e não faço mais haha (risada sem graça). Bom, estou hiper feliz com os comentários que tenho recebido, e espero continuar recebendo. Por favor gente, se manifestem, isso é importante para mim! Comentem, favoritem, recomendem... isso é que motiva o autor. Obrigada a todos vocês que não desistiram de mim, mesmo dando nomes horriveis pros capitulos, tipo esse ♥ amo vocês
XOXO
— Detoni



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"Levanta a cabeça, princesa, senão a coroa cai. Por que nós somos princesas, rainhas, guerreiras, só pelo fato da gente ser mulher."

— BBB18 (N/A eu não assisto, mas tento ficar atualizada nos memes)

Era a terceira vez que escutava alguém bater na porta do meu quarto. E como nas últimas duas vezes, eu resolvi não atender. Dois dias atrás, minhas memórias haviam voltado. Acho que foi uma das noites mais dolorosas da minha vida, e se minha mãe não estivesse comigo não tenho muita certeza se teria conseguido passar por isso.

Minha cabeça explodia de dor, mas o médico disse que era uma dor psicológica. As memórias voltaram de uma forma avassaladora, foi como estar em um joguinho no qual eu passava de fases da minha própria vida. Sério, alguém me diz como eu não cheguei no game over?

— Teresa. – era a voz da minha mãe. Suspirei e voltei a puxar a coberta, me enroscando mais na minha cama. – é o Viktor. Acho que seria uma boa você falar com ele.

— Tudo bem, eu nunca tranquei a porta e vocês sempre estiveram livres para abri-la. – digo. Eu simplesmente não estou com humor para falar com ninguém, será que eles não percebem isso?

— Tessa. – Viktor diz abrindo a porta. Seus olhos me examinam de cima abaixo, enquanto eu me esforçava ao máximo para voltar á ser uma minhoca. – pelo amor de deus, eu não estou acreditando no que eu estou vendo.

— O que foi, Viktor? – pergunto.

— Você não é minha Teresa. Não tem o menor cabimento de você ser a Tessa, de verdade. Você está encolhida em uma cama igual um verme!

— Você ficou louco? – pergunto me levantando para encarar Viktor. – Me comparar com um verme? Viktor, pelo amor de deus, pelo que me lembrei nós mesmos acabamos distanciando enquanto eu estava no internato, e você fala de mim como se eu ainda fosse “sua Teresa”? Eu deixei de ser a sua Teresa, eu mudei! Mas isso não te da o menor direito de me comparar com um verme.

— Você está certa, nós nos afastamos. Você mudou, eu mudei. Mas eu nunca deixei de te ouvir quando você teve problemas, mesmo que você estivesse imersa demais na sua vida lá para pensar em como eu estava aqui. – Viktor respondeu com raiva. – e eu te comparei com um verme, por que é isso que você está parecendo desde que suas memórias voltaram. Você realmente não é a menina que eu amava.

— Eu sempre te ouvi também! Se você optou por não falar algo comigo, eu não posso fazer nada. – cada palavra que eu falava, eu não tinha certeza se doía mais em mim ou no próprio Viktor. Ele estava certo, mas estava errado. Ele está certo em me comparar com um verme. Nunca na minha vida eu baixei a cabeça para algo da forma como estou fazendo, mas ele não precisava ser agressivo dessa forma.

— Eu te escondi tudo praticamente! Por que eu te amo, e saber de você sempre me importou mais do que falar de mim. – ele diz e consigo sentir uma lágrima se formar em meu rosto. O que eu estou fazendo? Eu realmente estou brigando dessa forma com ele?

— Eu também te amo. Me desculpe não ter percebido que você precisava de mim. – digo engolindo meu orgulho, o que só levou mais lágrimas a escorrerem e minha garganta se fechar.

— Eu já não ligo mais para isso. Eu sempre soube que eu não tinha chances com você, mas isso nunca me impediu de ser seu melhor amigo. E quando você voltou, sem memórias... admito que cheguei a pensar que as coisas poderiam voltar a ser como antes. Mas é impossível, Tes. Eu prefiro você mudada, você se tornou mais forte. Mas não consigo suportar te ver deitada em uma cama por causa de memórias que você não está sabendo lidar. Pode me chamar de insensível o que for, mas eu vou te arrancar para fora desse quarto.

— Você É um insensível idiota, mas também o único com coragem suficiente para me falar isso. – digo. Viktor ri e me puxa para um abraço, e percebo que ele mesmo está chorando.

— Eu não queria falar isso... mas sinto que você deve ter a opção de escolher se quer se despedir ou não. O Castiel, Lysandre e a Rosalya estão voltando para o internato amanhã.  – Viktor diz. Suspiro em meio aos seus braços, avaliando a situação. Meu namorado, alguém que não sei o que é para mim e minha melhor amiga, o que fazer?

— Eu irei me despedir deles. O que eles foram fazer hoje? – pergunto me afastando de Viktor após me assegurar que eu não choraria mais.

— Não sei. Estão na casa do Armin, devem estar jogando para variar.

— Bom, vamos lá. Eu vou mostrar para esses idiotas quem é a Teresa Chase que você ama. – digo, recebendo um sorriso sincero de Viktor.

—____***_____

— Oh, a cabeça de bacalhau vai sair? – minha mãe pergunta enquanto termino de fechar o sobretudo em meu corpo. Sorrio amarelo para ela.

— Não posso ficar me lamentando para sempre. – digo. Minha mãe sorri para mim.

— Sabe, eu sei que... aconteceram várias coisas, mas você pode conversar comigo. Eu sempre serei sua mãe, e quero o melhor para você, assim como seu pai. Por mais que as vezes nós não saibamos como demonstrar isso. – ela diz, me pegando de surpresa. Talvez esse acidente tenha mexido mais com ela e com meu pai do que eu havia imaginado.

— Eu não acho que voltarei tarde. Talvez nós possamos jantar juntos, em algum lugar. – digo. Minha mãe sorri para mim e consente.

— Não se esqueça de tomar os remédios. E Viktor, mantenha o olho nela. Qualquer coisa temos que voltar no médico.

— Sempre estou de olho nela, senhora Chase. – Viktor diz e o puxo para fora de casa.

— O que foi isso? – pergunto para ele. Viktor sorri e passa a mão no meu cabelo.

— Talvez isso seja recomeço com seus pais também.

— Eu espero que seja . – admito para meu melhor amigo e começamos a caminhar em direção a casa de Armin (é muito estranho pensar nele como meu vizinho, considerando principalmente o fato de que estamos no Canadá).

Quando adentramos o jardim, começo a sentir um nervosismo. Como devo agir com eles? Eu esqueci das pessoas que se tornaram o mais importante para mim. E meu próprio namorado permitiu que um amigo dele viesse atrás de mim, enquanto ele mesmo não veio.

Toco a campainha decidida. Eu preciso conversar seriamente com todos eles, a começar pelo meu namorado, preciso entender tudo que aconteceu entre nós... que eu me lembre a Nina estava retornando quando mudei para o Canadá. 

— Ora, ora, ora. – Alexy diz abrindo a porta e sorrindo para mim. – graças a deus você está viva para aparecer. Mas é melhor você me dar um pedido de desculpas antes que eu resolva mudar isso.

— Obrigada por tudo, Alexy. – digo pulando em cima dele, enquanto seus braços me envolviam pela cintura. Ele enterrou a cabeça em meu pescoço, e por um segundo eu poderia até dizer que ele era hétero.

— Eu senti sua falta. E sempre estarei ao seu lado. – ele diz. Sorrio para ele, me afastando. Viktor estende a mão para o mesmo, que a ignora e deposita um beijo na bochecha do meu melhor amigo. Claro que ele era gay.

— Sabe, meu amor, você saiu dando um belo show e sumiu por dois dias. – Rosa diz, assim que entro. Sorrio para ela e levanto um dedo médio.

— Rosa, minha vida, você não tem noção como estou feliz por te ver e como quero te bater por já ir embora. – digo. Rosa ri sonoramente e me abraça forte. Meu olhar se desvia para a F4 que havia pausado o jogo e agora me avaliava. Ergo uma sobrancelha para eles. – e então? Estou esperando vocês começarem as declarações de amor.

— Céus, você é uma idiota. – Armin diz se levantando e vindo na minha direção.

— Sabe, pensei que tivesse sentido tanta minha falta que até mudou de país para vir atrás de mim. – digo sorrindo. Armin me encarou com um olhar cumplice e se inclinou na minha direção.

— É bom que você tenha suas memórias de volta. Só não esqueça das imagens maravilhosas que te dei para lembrar de mim nesses últimos dias. – ele diz e sinto meu rosto esquentar com a lembrança da cena de um Armin nu.

— Tessa, fico feliz que esteja bem. – Kentin diz com sinceridade. Nossos olhares se encontram e sou tomada por uma gratidão enorme. Ele me defendeu mais do que eu era capaz de se quer saber nos últimos dias em que estive no internato.

— E eu fico feliz que você esteja aqui. Eu sou muito grata a você, Kentin. – digo. Ele pareceu ficar sem graça, mas deu um sorriso consentindo.

— Eu ainda estou esperando você me cumprimentar. – Castiel diz sorrindo sarcástico. – só irei relevar você não ter me cumprimentado em primeiro lugar, por que vou presumir que sua memória ainda está afetada e você não se lembra da minha importância.

— Mil perdões, vossa alteza. Como o senhor se encontra estando solteiro? – pergunto fazendo todos da sala soltarem risada, menos Lysandre.

— Eu estou ótimo. Talvez eu até permita que você me cumprimente agora que estou na pista. – ele diz e pisca para mim, me fazendo rir ainda mais. Então meu olhar se volta por fim, para Lysandre.

— Acho que temos que conversar. – digo. Ele suspira profundamente, mas sorri.

— É bom te ver bem novamente. – ele diz, fazendo meu coração acelerar. Sim, nós precisamos conversar, precisamos resolver isso, seja lá o que for isso, eu sinto que tem alguma coisa.

— Armin, onde posso conversar com ele? – pergunto.

— No meu quarto. – Lysandre diz. – se estiver tudo bem para você, claro.

— Está perfeito, vamos. – digo e faço um sinal de despedida para todos na sala, que agora já estão voltando para suas atividades antes de eu chegar e Viktor está assumindo o lugar de Lysandre no vídeo game.

— É aqui. – Lysandre diz indicando um dos quartos de hospedes de Armin, que eu entro sem hesitar. Muito bem, Tessa, como você vai começar essa conversa agora? Com uma piada? Uma cantada? Uma briga? – eu quero te pedir desculpas.

— Por que? – pergunto aliviada pelo fato dele ter começado a conversa.

— Eu deveria ter vindo junto com você no momento em que voltou para o Canadá. – ele diz, fazendo uma cara que só me fazia querer abraça-lo.

— Está tudo bem. Você tinha que receber sua melhor amiga, de qualquer forma, e imagino que não tenha sido fácil para você. Eu quem peço desculpas, eu nunca deveria ter te esquecido, te machuquei com isso. – ponho para fora o que eu estava sentindo. A culpa não era dele, de forma alguma. Imagino se fosse o contrário, eu ficaria arrasada se meu namorado esquecesse de mim.

— Tessa, não. Eu fui um completo idiota com você, eu agi errado. – ele diz e sinto a raiva de si mesmo em sua voz.

— Lysandre, aconteceu alguma coisa? – pergunto me aproximando dele cuidadosamente. Não posso negar que cada parte do meu corpo vibra com a saudade que eu estava dele, e eu estou louca para me jogar em seus braços novamente, mas sua expressão me detém.

— A Nina voltou. – ele diz passando a mão em seu cabelo nervosamente. Então é isso? Ela voltou e ele não queria mais se relacionar comigo? O ciúmes que eu senti... realmente não pode ter sido atoa.

— Ah. – é tudo que sou capaz de dizer enquanto inúmeros pensamentos se foram em minha cabeça. Ele estava terminando comigo para ficar com o amor de sua vida? Eu realmente fui apenas uma distração para ele enquanto a Nina estava longe? – e você.... está com ela? Vocês voltaram?

— Não, Tessa, meu coração é seu. – ele diz me encarando. Sinto um aperto em meu peito misturado com alivio. Essas palavras são maravilhosas de se ouvir, mas não consigo deixar de pensar que tem algo mais.

— Lys, o que aconteceu? – pergunto, já com medo de sua resposta.

— Eu fique com ela. – ele diz.

— Vocês se beijaram? – pergunto tentando controlar a dor que sinto naquele exato instante em meu peito. Por que ele faria isso se... como ele havia acabado de dizer... seu coração é meu?

— Sim, não... Tes, eu não quero mentir para você. Eu dormi com ela várias vezes antes de vir para o Canadá. – ele diz. Pronto. A dor em meu peito agora está grande demais, céus, o que é isso que estou sentindo?

— Várias... tipo... quantas? – forço as palavras a saírem da minha garganta. Ele suspira.

— Eu não sei. – ele diz.

— Perdeu a conta? – pergunto. Ele passa a mão de forma nervosa pelo seu rosto, e já sei a resposta. – Lysandre... por que fez isso? Nós não estávamos juntos? Ou você considerava que não? Eu entendo que eu perder a memória tenha sido algo complicado..

— Eu não sei por que fiz isso. Eu apenas... dormia com ela. Eu fiquei com vontade, ela me seduziu, era tentador. Acho que abri espaço demais para ela...

— Eu não sou suficiente para você? – pergunto tentando conter as lágrimas em meus olhos. Se ele tinha a mim, por que teria que ter qualquer outra pessoa?

— Tes, céus, você é meu mundo . – ele diz.

— Mas... me tendo, por que você precisou tê-la? – pergunto. Lysandre passa por mim se sentando na cama, e vou em sua direção. Eu realmente não estou conseguindo entender. Será que é algo que eu fiz, certo, eu perdi as memórias, mas antes disso...

— Eu não sabia que eu te tinha. Você estava sem memórias, como eu poderia saber que eu te tinha?

— Lysandre, eu sempre fui sua. Desde quando eu estava com o Castiel eu era sua. Você sabia que me tinha, era literalmente apenas vir para o Canadá... eu me apaixonava por você todos os dias de novo, eu seria sua aqui. Eu realmente sou tão insuficiente assim? – pergunto. Lysandre ergue o olhar para mim e fica de pé, envolvendo meu rosto com suas mãos e me encarando.

— Você é mais do que suficiente. Você é tudo que eu quero. – ele diz limpando uma lágrima que começou a escorrer pelo meu rosto.

— É o corpo dela? Ela é mais bonita do que eu, isso é óbvio, mas eu realmente não consigo ter toda atenção com o meu? Ou é por que ela sempre te entendeu mais... – mil formas de me achar insuficiente começavam a surgir em minha cabeça. Acho que nunca me senti tanto uma garota, e essa dor é simplesmente forte demais. É isso que eles chama de coração partido?

— Não! De forma alguma! Você é maravilhosa, você me entende como ninguém, você me completa. – ele diz e vejo o desespero em seus olhos. – eu não sei por que eu fiz isso! Eu não sei nem o que falar, só por favor, não chore por minha causa. Pode bater em mim, me xingar...

— Eu não quero bater em você, nem te xingar. Eu quero entender. – digo. Ele suspira de novo e me abraça o mais forte que consegue. Enterro minha cabeça em seu peito enquanto permito as lágrimas escorrerem. – eu não entendo, pensei que estivéssemos juntos, eu só... eu perdi a memória e você nem esteve ao meu lado. Achei que fosse por que você estava mal, mas você estava dormindo com a Nina. -  digo. Imagino quanto estou linda agora, com meu rosto totalmente vermelho, catarro escorrendo... claro que deixei marcas disso na camisa de Lysandre.

— Olhe para  mim. – ele pede e eu o encaro. – Eu estava um fiasco. E eu agi como um idiota sem motivo. Não sei o que falar agora, só consigo pedir desculpas para você e ter a esperança de que você irá me perdoar.

— A culpa não é sua. – digo me sentando em sua cama e respirando profundamente. A vontade de toca-lo, matar a saudade, havia se dissipado com o fato dele ter dormido com a Nina.

— Eu te quero, Tes. Eu te desejo. Eu senti sua falta como nunca senti a falta de ninguém. – ele diz e eu o encaro. Eu também o desejo e eu o quero muito. Mas não consigo falar essas palavras para ele, então toco seu rosto levemente e o beijo. Sinto sua surpresa pelo meu beijo, mas ele não demora para corresponder, se inclinando ainda mais sobre mim e apertando minha cintura com força. – você não está chateada? – ele pergunta se afastando subitamente, me deixando um pouco desorientada.

— Eu estou acabada, Lysandre. Mas o que eu posso fazer? Não controlo meus sentimentos e tenho que tentar entender o seu lado. E eu senti muito a sua falta, mesmo que tenha me dado conta disso apenas recentemente. – digo. – eu vou superar isso.

Lysandre então se inclina sobre mim, me puxando pela cintura na cama, enquanto volta a me beijar de forma desesperada. E céus, como seu senti falta disso. Senti falta disso até mesmo em nossos últimos dias no internato, quando nosso contato havia diminuído drasticamente.

Suas mãos percorrem meu corpo inteiro, e ele sabe exatamente onde me tocar, é quase como se eu fosse um instrumento, e ele sabia que exatamente as notas que deveria fazer para que eu emitisse um suspiro ou gemido, o que parecia motivá-lo ainda mais. Ele tirou minha blusa apressadamente, depositando beijos delicados em cada parte nua do meu corpo, chegando até minha calça, onde desabotoou meu botão rapidamente, mas me encarando o tempo inteiro, como se eu fosse pará-lo a qualquer instante. Mas eu não queria pará-lo, eu senti falta dele, já sentia antes de perder as memórias.

Seus beijos agora percorreram a parte interna de minhas coxas, assim como toda extensão de minha calcinha. O que subitamente me fez lembrar que eu não depilava havia uma semana, me deixando completamente sem graça.

— Lysandre... eu não depilei. – digo corando completamente. Sinto sua risada sobre minha intimidade, e ele ergue a cabeça me permitindo enxergar seus olhos cobertos pelo desejo.

— Eu não tenho nojo de você. – ele diz, depositando um último beijo sob minha calcinha, o que me fez estremecer completamente.

Ele então voltou a me beijar com uma necessidade que eu nunca havia sentido em seus beijos. Puxo sua camisa, que ele permite sair com facilidade, e beijo seu pescoço. Movido pelo desejo, Lysandre me puxa pelas costas, abrindo espaço debaixo da cama para que ele tirasse meu sutiã, que logo se junta a sua camisa em sabe-se lá onde.

— Eu senti falta do seu toque. – ele diz de forma rouca em meu ouvido. O puxo mais em direção e mim, mas sua calça começa a nos machucar e ele a retira rapidamente.

— Permita-me toca-lo então. – digo invertendo nossas posições e o colocando por baixo de mim. Seus olhos avaliam cada centímetro do meu corpo, e sei o quanto ele me quer.

Beijo seu peito, o imitando. Traço um caminho até a barra de sua cueca, e consigo sentir seu suspiro de desejo quando desvio o caminho, beijando sua coxa. A cada beijo que dou, ergo a cabeça para ver sua reação, e seus olhos se mantém fechados, abrindo apenas para acariciar minha cabeça, enquanto tento lhe dar prazer.

— Não precisa fazer nada que não queira. – ele se apressa em dizer. Certo, eu nunca havia feito oral em Lysandre, mas ele já havia feito em mim. Ele sempre teve mais experiencia do que eu nisso, especialmente tendo sempre a Nina para praticar. E é justamente por um sentimento idiota e competitivo de satisfaze-lo, de dar prazer e ele e ser suficiente mais do que sempre fui, que me da a certeza que hoje eu não tenho limites.

— Você só vai ter que me ajudar. – digo contendo a vergonha pela minha inexperiência. Lysandre solta um gemido quando prendo sua cueca com meus dentes, tentando arrancá-la. Obviamente, eu sendo eu, falho miseravelmente em ser sexy, e não consigo tirá-la com a boca.

Retiro então sua cueca com os dedos, e beijo cada centímetro que consigo. Involuntariamente, Lysandre coloca a mão sob minha cabeça, me puxando. Mas assim que percebe o que fez, retira a mão, porém eu a pego e a faço segurar minha cabeça novamente.

— Cuidado com os dentes. – ele pede e sinto meu rosto corar. A mão de Lysandre me guia delicadamente, enquanto ele agarra a colcha de sua cama com a outra, de forma a evitar que seus gemidos sejam altos demais. Eu não sabia que era capaz de dar prazer nesse nível para alguém, mas isso me deu uma sensação de controle muito boa. – chega.

Lysandre tenta me puxar, mas ainda estou inerte pela sensação de controle, e prendo suas mãos na cama, enquanto ouço seus gemidos aumentarem. Por fim, sua força é maior do que a minha e ele liberta suas mãos, prendendo minha cabeça, em sua intimidade, o que acaba por machucar minha garganta.

— Lysandre. – digo assim que consigo.

— Céus me perde... você está me deixando louco. – ele diz me puxando para cima enquanto inverte novamente nossas posições. – você precisa ao menos estar no mesmo nível que eu.

Eu não tive nem tempo de processar suas palavras antes que ele arrancasse minha calcinha, e tive que usar toda minha força de vontade para esquecer que eu não estava depilada naquele momento. Mas Lysandre conseguiu me fazer esquecer de tudo, e eu não tinha certeza se eu estava conseguindo abafar meus gemidos, mas ele mesmo parecia não se importar mais.

— Eu preciso de você. – ele disse me beijando, sua boca com um gosto meio azedo. Céus, será que homem gosta mesmo de fazer isso? – eu preciso muito de você, e apenas de você. Apenas você consegue me deixar louco.

— Eu sou sua, Lysandre. Você pode fazer o que quiser comigo. – “até me fazer de trouxa” completo mentalmente. Sei que ele não me faz de trouxa, mas nesse instante, eu não consigo dizer não para ele, por mais que eu esteja com raiva. A saudade dele ultrapassa qualquer sentimento.

— Você é maravilhosa. – ele diz beijando meu pescoço. Nesse exato instante, eu sinto quase como se tivesse um rio escorrendo pelo meio das minhas pernas, mas Lysandre não me da tempo para ficar constrangida. – você é a única que eu quero sentir.

Ele me levou a loucura. Suas palavras, sua delicadeza, suas declarações enquanto nos tornávamos um só... eu realmente senti falta dele. E enquanto estou nesse estado de loucura, não consigo deixar de imaginar a Nina em meu lugar. Lysandre não pareceu perceber uma mudança em mim com esse pensamento, e logo estava deitado ao meu lado, me puxando para o seu peito.

— Eu te amo, Teresa. – ele dando um beijo em minha cabeça. Sorrio contra seu peito nu. Quem me dera que isso fizesse de mim suficiente para ele.

—____***_____

Visão de Armin Prior

— Eles tão gravando um filme pornô, só pode. – digo fazendo o restante da sala rir.

— Se quiser que eu vou lá... – Alexy começa a cantarolar e Kentin o reprime com o olhar.

— Apenas deixe os dois. Você acha que o Lysandre contou da Nina? – Castiel pergunta.

— A Tessa teria ficado de boa tão rápido? – pergunto e todos começavam a refletir enquanto a sala é inundada pelo som dos gemidos da Tessa. Céus, eles podiam ao menos maneirar um pouco né. Minha atenção se dirige para Rosa que está sentada pensativa em um canto. Caminho até ela e ela me encara. – o que foi?

— A Tessa vai se arrepender disso. – ela diz suspirando. Por que ela estava dizendo isso?

— Você acha que ele não contou? – pergunto em voz baixa para a platinada.

— Eu tenho certeza que ele contou, se não eles não estariam nesse nível. A Tessa... ela deve estar muito mal. Ela deve estar querendo se estabelecer como mulher, mas... ela irá se arrepender assim que se tocar do que aconteceu.

Levo as palavras da Rosa comigo enquanto volto a me sentar na poltrona. Eu não sou mulher para entender o que se passa na cabeça desses seres, mas o que a Rosa disse faz sentido. A Tessa é inexperiente, o Lys foi o primeiro dela... mesmo sem querer, ele tem um efeito sobre ela que nenhum dos dois nota. Da mesma forma como eu tenho um leve efeito sobre ela por ter lhe roubado seu primeiro beijo.

— Ela só não pode voltar para casa muito tarde, ela marcou de jantar com os pais. – Viktor diz e percebo o controle que está fazendo para esconder seu ciúmes. Pobrezinho, ele atuava tão mal.

Eu sei esconder meu ciúmes muito bem. Desde que eu deixei a Tessa ir em seu aniversário, eu venho aprendendo a controlar meu ciúmes. Fiquei com a prima dela, com outras garotas, mas era como a Lorena, ela não saía da minha cabeça. Pensei que todos fossem descobrir quando vim para cá, mas pareceram não suspeitar de nada, ainda mais quando os convidei para se juntarem a nós.

— Eu acho que você iria fazê-la mais feliz. – Alexy sussurra para mim. Dou um pulo checando se ninguém está ouvindo, e olho com raiva para meu irmão.

— Não sei do que você está falando. – digo.

— Armin, eu te conheço desde que você nasceu, literalmente. Eu torço para você ser feliz, por que você é meu irmão. Ela te faz feliz, isso é claro. Mas agora não é a melhor hora.

— Eu sei.  -digo fechando os olhos. A Tessa tem muito o que amadurecer ainda.... e eu tenho muito o que superar, se algum dia formos ficarmos juntos, está longe de ser por agora. Por agora, a Rosa está certa. Ela está prestes a passar pela primeira experiência desilusão amorosa de sua vida... a questão é se isso irá mantê-la com Lysandre ou não.

—____***_____

Visão de Teresa Chase

Quando entrei no restaurante com minha mãe, meu pai já havia pego uma mesa para nós. Sorrio para ele enquanto nos sentamos, me lembrando que a última vez que viemos aqui foi quando eles disseram que me mandariam para outro país.

— Como você está se sentindo? – meu pai pergunta. Dou de ombros para ele, sorrindo.

— É bom ter as memórias de volta. Isso tudo me fez refletir bastante. – digo. Minha mãe acaricia meus cabelos.

— Nós nos preocupamos muito com você, querida. – ela diz.

— Sabe, acho que isso tudo pode ter feito bem para nós três.  -digo. – para melhorarmos nossa relação.

— Era sobre isso que queríamos conversar com você. – meu pai diz. – creio que você deva ter a liberdade de escolher o que você quer. Você mudou bastante nesses últimos tempos, sinto que amadureceu. – suas palavras me pegam de surpresa e eu acho que nunca fiquei tão feliz de receber um elogio em toda minha vida.

— Queremos que você decida se quer continuar no Canadá ou retornar para o Sweet Amoris. – minha mãe diz. Suspiro. Esperava ter mais tempo para tomar essa decisão.

— Acho que devo finalizar meu ano no Canadá. Mas quero fazer meu último ano lá. – digo brincando com meu anel. Eu havia ponderado muito sobre isso, e havia chegado na conclusão de que isso seria o melhor. Eu tenho muitas coisas para superar antes de retornar ao internato, porém lá é onde irei conseguir melhores oportunidades profissionais. – eu acho que escolhi o que eu quero fazer na faculdade.

— E o que seria, minha filha? – meu pai pergunta.

— Acho que quero tentar cursar física. – digo. Meus pais parecem completamente surpresos e me apresso em explicar. – eu... eu sempre fui curiosa. E estou disposta a estudar. Quero entender tudo de tudo do mundo, e não vejo um ramo melhor do que a física. Quero estudar o núcleo, serei uma física nuclear.

— Céus, Teresa... eu não esperava por isso. – minha mãe diz. – se for que você quer, terá nosso total apoio. E entendo por que você quer formar nos Estados Unidos.

Sorrio para os meus pais. Um ano atrás, se alguém me dissesse que eu teria essa conversa com meus pais, eu não teria acreditado. Mas cá estou eu, pronta para me tornar a Teresa Chase.


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Notas finais do capítulo

EEEE AI? Por favor, me digam o que acharam por que eu to morrendo de vergonha kkkkkk Bom, esse cap é muito para mostrar a importância do Viktor.... e avisar que nossa protagonista louca está ressurgindo muhahaha e eles ainda vão aprontar um cado no Canadá viu, só avisando. Espero muito o comentário de vocês ♥
XOXO
— Detoni



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