Contrato assinado escrita por D S MIRANDA


Capítulo 10
Enfrentando algumas verdades


Notas iniciais do capítulo

Olá amores! Ai está mais um capitulo, vou tentar postar o próximo capitulo ainda esse mês.
Agora sem mais delongas boa leitura! :3



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Forks 06:15 AM 

Bella  

 

Depois que o meu despertador tocou, me revirei na cama por mais de uma hora, a vontade de levantar para treinar era nula, mas apesar de estar emocionalmente destruída, eu não podia me dar ao luxo de não treinar, essa era a única receita para diminuir o meu stress, treinar até poder sufocar qualquer sentimento relacionado à Edward e foi exatamente o que eu fiz, tomei um banho rápido e segui para a quadra, quando cheguei lá todas as garotas já estavam treinando. Vendo-as de fora pareciam muito melhor sem mim, não havia a tensão que eu exigia delas, seus sorrisos eram verdadeiros e elas se divertiam repassando a coreografia com o mesmo afinco ou até mais do que quando eu as mantinha sobre uma liderança quase ditatória.  

Dane-se tudo o que eu acreditei até hoje, eu vou fazer essa equipe ganhar o mundial, mas sem que elas fiquem secas como eu. 

 Assim que perceberam a minha presença foi como se o ar se tornasse pesado e que a diversão fosse um pecado, os movimentos tornaram -se tão robóticos, como se precisassem me mostrar o quão capaz de executar os movimentos elas eram, aquilo se enterrou em mim como uma faca de quatro gumes ferindo-me em todas as direções, eu tinha me tornado o tipo de pessoa que eu mais odiava, uma pessoa dura, rancorosa e sem sentimentos. 

As lágrimas que eu tanto tinha me forçado a guardar jorraram para fora de mim rompendo todas as barreiras criadas, eu queria correr para longe de tudo e de todas e manter o mínimo da minha dignidade, mas foi tudo em vão, meu corpo se curvou e eu me deixei chorar, um choro convulso até que os soluços rompessem o meu silencio.  

Senti uma infinidade de braços me rodeando e os olhares de medo foram se tornando pouco a pouco um olhar carinhoso e cúmplice, aquele afeto aumentou o meu choro, a cada lágrima que rolava por minha face, era como um pecado absolvido, cada soluço solto, uma chaga fechada, a cada espasmo, um sentimento libertado, eu chorei por ter me perdido nesse caminho, por ter me tornado fria, seca e ter me mantido presa na redoma de auto piedade e egoísmo. 

Jasper  

As semanas foram se passando e a cada dia Edward mergulhava mais profunda e pervertidamente na rotina de festas, álcool e sexo casual, para qualquer um que olhasse de fora estava normal, ele era mais um adolescente descobrindo as coisas boas da vida, mas para mim ele era outra pessoa, uma pessoa autodestrutiva.  

O interesse de Edward pelos estudos caiu em uma proporção igual de que seu interesse por farra, ele mal aparecia na escola, não que isso fosse mudar muita coisa, ele já estava passado em todas as matérias,  os trabalhos extras garantiram isso. 

Mas ainda assim, ele precisava urgentemente passar por esse inferno, para que pudesse alcançar o paraíso, nem de longe o que Jacob e sua corja haviam feito se comparava com o que Edward estava infligindo a si mesmo. 

Tia Esme estava preocupada e com razão,  pouco a pouco Edward estava virando uma versão piorada de Tio Carlisle. 

A única coisa que tirava Edward desse ciclo destrutivo, era outro ciclo destrutivo: 

O planejamento para a derrubada de Jacob e seus comparsas. 

Eu tentava em vão convencer Edward de dar uma diminuída no nível da farra, mas ele sempre desconversa dizendo que precisava destruir qualquer lembrança de Bella ou Tanya e ir para o Liberty era o mesmo que colocar tudo em foco novamente. 

— Edward, se você quer realmente que o seu plano de pôr a escória abaixo dê certo é preciso fazer mais sacrifícios do que eu gostaria de ser testemunha e voltar a escola é o menor deles, você tem que estar sempre pronto para dar o golpe de misericórdia. - falei jogando a minha última cartada. 

— Você tem razão Jazz, eu não sei o que seria de mim sem você. — Obrigado por ser tão bom e compreensível com esse cabeça dura. 

— Ed, eu te adoro, nós somos mais que primos ou amigos, nós somos irmãos quase gêmeos. Vem cá e me dá um abraço. 

{…} 

Com a busca de provas contra a escória Alice e eu começamos a nos aproximar, Alice era um raio de luz em meio a toda aquela sombra que as buscas por provas contra a escória, ela tinha uma forma alegre e simples de ver a vida. Essa aproximação com ela fez brotar um sentimento que eu não havia experimentado, eu sentia uma necessidade crescente de ficar do seu lado, nesse momento eu estava na frente do seu curso de fotografia esperando o sinal do fim das aulas. Em meus braços eu tinha um envelope de papel pardo contendo algumas gravações que com ajuda de subornos eu tinha conseguido salvar do incinerador, Essas gravações eram nitroglicerina pura, e significava o fim das nossas investigações... Essa era a minha última chance de chamá-la para sair. Eu me retorcia na cadeira de alumínio encostada na parede. O nervosismo abriu janelas de pensamentos aleatórios que me levavam a locais e tempos que eu jamais pensei poder ser possível.  

Foi quando a voz de Alice, o meu anjo de cabelos curtos me trouxe de volta para a realidade.  

— Oi Jazz, que bom te ver por aqui... Você está esperando alguém em especial? — Perguntou Alice olhando constrangida para os lados. 

— Estava esperando sim... 

— Oh desculpe Jazz... Eu não queria... Depois a gente se fala...- murmurou ela apressadamente com um rubor lhe subindo as faces – Mais uma vez desculpa. 

— Espera! — Falei segurando- a pelo braço, a sua pele era quente, macia e exalava o cheiro doce de morango o que fazia meu corpo inteiro a desejar – Era você quem eu estava esperando – Murmurei percebendo que a minha voz tinha ficado mais grave e que havia assumido uma postura mais altiva o que me deu uma carga extra de animo para o que eu tinha que fazer. 

— Eu? — retrucou espantada. 

— Sim, eu preciso da sua ajuda para bater de frente com a escória... Agora nós temos provas concretas – Falei batendo de leve no envelope. 

 O rubor em seu rosto diminuiu, e foi substituído por um brilho selvagem em seus olhos e que espalhou por cada fibra do seu corpo.  

— Pode contar comigo, mas vamos precisar de um lugar para trabalharmos em cima dessas provas, um lugar seguro e discreto, para que não levantemos suspeitas. 

— Eu me mudei para a casa de Edward recentemente, lá tem espaço suficiente para que possamos trabalhar... só mais uma coisa. .. Eu posso te convidar para um almoço? 

— Claro. — Falou ela com o seu jeito lindo de sorrir – Vou adorar. 

— Você quer ligar pra o seu namorado antes pra não ficar um clima estranho de você estar almoçando com outro cara? — Falei jogando verde para ver se eu tinha alguma chance com ela. 

— Namorado? Ah, faça-me rir Jazz! Nenhum cara se interessa por garotas como eu. — Falou risonha como se zombasse de si. 

— Os caras não costumam gostar de garotas, lindas, gentis, fortes e que tem tantas outras características que seria injusto verbalizar? Não sei que tipo de caras você anda conhecendo, se me permite dizer esses caras são uns babacas, mas eu posso dizer que eu não sou um desses caras... Eu gosto muito do que vejo aqui e do que sinto quando estou com você. 

— Para Jazz, eu vou ficar encabulada. 

— Não precisa ficar... Eu só quero poder te mostrar que o que eu sinto por você vai muito além da admiração, amizade ou desejo... O que eu sinto é muito mais profundo... Intenso... É algo que eu não sei e não posso verbalizar... — Assim que percebi a proximidade entre nós, não consegui me controlar e acabei plantando um beijo nos lábios dela, um beijo singelo e quase casto, mas que acendeu as chamas de um desejo já latente entre nós. Com aquele beijo eu joguei todas as minhas fichas em algo que podia dar muito certo, ou muito errado. 

  

3ª Pessoa 

  

Alice sabia o que aquilo significava, ela também queria, mas ele precisava saber o por que os outros caras fugiam dela, ela o puxou pela camisa e colou seus lábios nos dele, ela mostrava uma decisão em cada movimento, característica essa incrustada em cada grama de sua personalidade. 

O cérebro de Jasper demorou alguns segundos para registrar que estava beijando Alice, na verdade, que estava sendo beijado por ela, ele retribuiu da melhor maneira que conseguiu. Seus corpos ansiavam por mais, mas não queriam que o outro entendesse errado a vazão daqueles sentimentos, o beijo seguiu o seu curso naturalmente e foi se tornando pouco a pouco mais intenso, arrancando rosnados e gemidos de ambos que já haviam se enfiado em uma sala e se exploravam com as mãos, lábios e olhares. Eles se pertenciam e naquele instante nada mais existia, eram apenas dois amantes descobrindo os mistérios e segredos da paixão. 

Por mais que o desejo quisesse que eles se amassem ali mesmo, algo os fez parar... era um brilho vermelho da câmera de segurança. 


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ter lido até aqui, deixe um comentário, uma crítica construtiva, um olá. Tenha certeza de que isso vai fazer esse autor (Amador) super feliz.
Mil e um bjkos!



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