Aqueles Seus Olhos Azuis escrita por march dammes


Capítulo 17
Missão Jantar na casa dos Egberts: parte 1


Notas iniciais do capítulo

EU NÃO ESTOU MORTA! Eu seeeeei que ando sumida e não consegui responder um mooonte de reviews (e me desculpem por isso! eu juro que estou no processo!) mas culpo completamente a escola. Não tenho tempo pra muitas fics que acompanho aqui (desculpe, Haru :c) e nem pra responder minhas MPs (desculpe pra wow, três pessoas! D:). E por isso, juro, eu vou compensar assim que entrar de férias. Pior que com a falta de tempo vem um desânimo, uma desmotivação...e por isso esse capítulo demorou tanto. Mas eu prometo que o próximo chega logo (principalmente porque é continuação desse aqui, o tão esperado jantar!).
De qualquer modo, eu queria AGRADECER a todos os meus leitores por me ajudarem a chegar até aqui. Vocês são todos tão especiais! x3

Um agradecimento especial principalmente a quem favorita e comenta! Esse capítulo é dedicado a Rock00, Gilead e Drevis Haruka, que deixaram umas recomendações perfeitas ao longo desses seis meses e dez dias (!!!) que a fic está ativa. Obrigada, de verdade /)w(

Mas bem, vamos à história, amirite??? Aproveitem!



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Aqueles Seus Olhos Azuis

Capítulo XVI - Missão Jantar na casa dos Egberts: parte 1

Assim que Dave pôs os pés dentro de casa, foi atacado por uma bunda protuberante de pelúcia.

–MINI STRIFE! –gritou o irmão, brandindo a katana em sua direção.

Os reflexos de Dave, nascidos e desenvolvidos por todos aqueles quinze anos que ele vivia com Bro, entraram em ação naquele momento. Ainda com o fantoche abraçando seu rosto, ele se abaixou e rolou para o lado, escapando por pouco de ser degolado pela própria família. Enfiou a mão debaixo do sofá, pegando as shurikens de emergência, e as lançou em Bro em um ritmo constante. O irmão saltou, de esquivou, se abaixou e conseguiu sair da mira de Dave, que arrancou o fantoche pornográfico de seu corpo e jogou-o longe, enquanto fugia para a cozinha.

–Então! –Bro ofegou, o seguindo- Como foi o encontro com John?

Dave pulou na bancada quando o irmão fincou a espada no chão, quase cortando-o verticalmente.

–Não foi o que eu chamaria de encontro. –ele correu por cima da pia até chegar ao armário- Nós só fomos almoçar com bons amigos. –esperou Bro se aproximar, e abriu as portas de madeira, uma enxurrada de armas brancas japonesas quase mutilando o irmão, que teve de pular para trás.

–Você sabe que se continuarem se tratando como “bons amigos”, o namoro não vai durar nem uma semana, né?

Ele o perseguiu pela cozinha, enquanto Dave subia na geladeira e jogava coisas nele para atrasá-lo.

–Sei –ele pegou a katana que mantinha ali, e fitou Bro. Os olhos laranja brilhavam por trás dos óculos pontudos, sedentos por sangue- Mas só pra deixar claro, eu tive que agir como bom amigo perto dele quando a Meenah e a bruxa da Vriska esbarraram na gente.

–Meenah? –Bro recuou quando Dave saltou de cima da geladeira pronto para enfiar a espada em seu peito- Quer dizer aquela negona maneira que vive na pista de skate?

–Ela mesma. –Dave fez Bro recuar até a sala, então saltou, os dois emparelhando as espadas- Ela e a Vadiska parecem estar começando uma amizade muito colorida. –ele fez uma expressão de nojo.

–Oh wow –Bro empurrou, fazendo Dave cair de costas no chão- Duas línguas afiadas juntas? O beijo deve ser uma luta de espadas, HUH?

Fez uma expressão idiota. Dave murmurou um “terrível” e chutou seu joelho, o fazendo perder o equilíbrio e cair com o mesmo no chão enquanto ele se levantava com uma cambalhota para trás.

–Mas é, as duas nos encontraram e não é que eu odeie a Meenah nem nada assim, quer dizer, nós já trocamos um high-five...

–Nós também. –interrompeu Bro, se erguendo e atacando novamente.

–...mas é que acompanhada da Vriska, a situação toda me irritou um pouco, sabe. –continuou, se defendendo.

–Você não suporta essa garota, não é mesmo? –emparelharam as espadas novamente, com um som alto de metal no metal.

–Nem um pouco. –ele grunhiu- Mas é a ex do meu atual, o que posso dizer? Ela continua se jogando em cima do John, mesmo que concorde que não funcionaram juntos.

–O sexo devia ser muito bom. –supôs Bro, enquanto dava uma rasteira no irmão.

–Sexo? –Dave riu, pulando para desviar do golpe sujo- John é o maior virgem.

–E como você pode saber?

Os óculos de Dave refletiram a luz e ele sorriu de canto. Bro sorriu de volta, com um “heh”.

–Então você realmente teve uma pegação desleixada* com o garoto Egbert? –ele desceu a espada para o golpe final, mas Dave rolou para o lado e pulou no encosto do sofá.

–E você em algum ponto duvidou de mim? –sorriu, abrindo os braços.

Bro soltou uma risada rouca e abaixou a espada. Dave ofegava.

–É claro que não. –ele tirou os óculos, e seus olhos alaranjados cintilavam de orgulho. Dave sentiu-se preencher com uma leveza sem igual, apenas pelo fato de ter a aprovação do irmão deixando-o ao mesmo tempo aliviado e confiante.

Foi dado um minuto de silencio confortável, até Bro recolocar os óculos.

–Mas não pense que eu vou te poupar de ter a bunda chutada só porque estou orgulhoso do meu menino.

Tirou Lil Cal das costas – ele estava ali o tempo todo?! – e lançou-o em Dave, que saltou do sofá para escapar dos terríveis braços de pelúcia laranja.

E, como uma tarde comum, a briguinha fraterna continuou até que cds fossem quebrados e os vizinhos ameaçassem chamar a polícia.

*~*

"Figurino" de John e Dave a partir deste ponto, fanart por life-writer.

–Ei, pirralho –Bro o chamava da porta do quarto- Você acha que essa roupa ‘tá boa pra ir ver o Sr. Egbert?

Dave ergueu os olhos do celular. Bro vestia a camisa branca de sempre, mas parecia mais limpa. Ela caía por cima, e não por dentro, de uma calça cinza mais arrumada, e tênis mais novos que os seus de sempre. Estava sem boné e com o cabelo até penteado. Dave ergueu as sobrancelhas sobre os óculos escuros.

–O encontro aqui é meu ou é seu? –perguntou, fazendo o irmão dar um sorriso.

–Se concordar, pode ser um encontro duplo. –diante da cara de nojo eterno de Dave, ele deu uma risada- Não, ‘tô brincando. Mas eu vou jantar com o sogro do meu irmãozinho, né? Tenho que estar apresentável.

Dave sentiu o coração falhar uma batida. Bro estava mesmo se esforçando ali. Ele queria que o relacionamento de Dave desse certo, e para isso, estava disposto e largar a ironia e as brincadeiras de mau gosto por uma noite, apenas para impressionar o pai de seu namorado e convencê-lo que a casa dos Striders era um ambiente seguro e confiável. Tudo para que Dave pudesse continuar com o garoto que vinha amando há dois anos.

Se ele fosse uma garotinha de filme romântico, se debulharia em lágrimas ali mesmo, abraçando Bro e agradecendo infinitamente por ele ser uma família tão boa. Mesmo que tentasse decapitá-lo pelo menos uma vez por semana. Mas isso eram detalhes.

No entanto, como ele não era uma protagonista de fanfic ruim, conseguira esconder a gratidão atrás de uma expressão neutra, apenas erguendo o polegar em aprovação.

–Então, ficou ótimo.

–‘Cê tá pronto?

Dave vestia uma calça jeans slim (super heterossexual de sua parte, Davey), allstars (sempre), uma camiseta vermelha com um disco de vinil em pixel art estampado, e uma camisa vermelha mais escura aberta por cima. Ele se levantou da cama e deu uma rodadinha.

–Yep. Pronto que nem um peru de Natal que acabou de sair do forno recheado com cebola e batatas.

–E gostoso que nem um –aprovou Bro, chamando-o ao girar as chaves do carro no dedo indicador- Vamos, então?

Por incrível que parecesse, Bro tinha um conversível vermelho. Ainda estava pagando as prestações, mas sabe como é. Salário de ator amador é uma merreca mesmo.

Pelo menos, o carro era maneiro. Ele mandara pintar labaredas nas laterais, para dar sensação de velocidade. Dizia a Dave que quando existissem os hoverboards*, aquela seria a pintura do seu. Dave concordava que ele ia arrasar entre as cocotas.

O caminho foi percorrido sem grandes problemas. Bro ligou o ar condicionado no máximo, passou sinais vermelhos, berrou com motoristas, cantou Elton John a plenos pulmões e espancou Dave com um smuppet quando ele riu de seu entusiasmo. O Strider mais novo ligou para John para avisar que estava chegando, e ao estacionarem na porta de sua casa, o Sr. Egbert já estava lá esperando.

–Olá, Dave. –ele cumprimentou com um sorriso quando o rapaz desceu do carro e o contornou.

–Fala, Pai Egbert. –o homem estendeu a mão para um aperto formal, que Dave transformou em um fist bump que o deixou desconfortável.

–Uuh, certo... –ele tossiu, enquanto Dave entrava pela porta aberta e atacava John com um abraço apertado e um beijo sem pudor- Mas ah...é um prazer ver que aceitou meu convite para jantar, senhor...

–Strider. –Bro desceu do carro e fechou a porta- Dirk Strider.


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Notas finais do capítulo

*Pegação desleixada/molhada: sloppy makeout

*Hoverboard: skate anti-gravitacional que aparece no segundo filme de De Volta Para o Futuro. É o skate de Bro Strider em Homestuck.

A parte 2 chega logo~ E esses Striders se envolvem em muitas missões, hein? Primeiro foi o encontro com o John (bem sucedida) e agora, o jantar com John e o Pai (em andamento). Vamos ver como eles se saem~
Obrigada por ler, e não se esqueçam de comentar suas opiniões, sugestões e piadinhas! Kissus x3