A arte da Guerra escrita por A Dreamy Girl


Capítulo 7
Prince


Notas iniciais do capítulo

Depois de algumas décadas, e de um mês de férias da facul estou aqui atualizando, não ficou tão grande mas eu juro que me esforcei. Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/571433/chapter/7

Mais dois meses se passaram, não faltava nem um mês para Regina dar a luz, ela e Emma estavam muito ansiosas, a morena enterrou a origem daquele bebê, o amava e desejava e a loira sentia-se a mulher mais sortuda do mundo, era homossexual teria um bebê com sua amada! Pelos cálculos de Mary a criança viria logo, Emma não saía daquele abrigo por quase nada no mundo e elas passavam o dia todo conversando e se curtindo. Já era hora das duas estarem dormindo, mas não paravam de conversar.

– Eu estava pensando uma coisa, nós ainda nem cogitamos hipóteses de nomes, você já pensou em algo? - perguntou a loira.

– Já pensei sim. Se for menina eu deixarei você escolher, mas se for menino colocarei o nome de meu pai, Henry, ele merece esta homenagem.

– Henry, gostei! Um nome clássico, forte, de muito bom gosto senhora Mills - Regina não riu da piada da loira, que começou a fazer cócegas na morena - vamos ria, não leve a vida tão a sério.

Emma continuou fazendo cócegas, Regina para se desvencilhar começou a andar para trás, tropeçou em sua pantufa e caiu, batendo a nuca na quina do balcão, caiu no chão mas não perdeu a consciência.

– Gina! - Emma ajoelhou-se e segurou a morena e viu que sua nuca sangrava. Pegou-a no colo e a colocou no colchão - vou chamar minha mãe, volto já amor, me perdoe.

Emma subiu correndo, puxou sua mãe pelo braço e explicou tudo a ela enquanto desciam.

– Ela caiu mãe! Está com a nuca sangrando!

– Mas me conta, o que exatamente aconteceu?

– Eu fiz cócegas nela, ela andou pra trás e tropeçou, caiu de costas e bateu a nuca no balcão de granito.

– Você e suas brincadeirinhas tolas.

– Obrigada por fazer eu me sentir pior do que eu já estava, mas ok, só cuida da Gina por favor.

Mary entrou no abrigo e se espantou com a imagem do travesseiro manchado de sangue, Emma se desesperou. Mary começou a fazer perguntas.

– O que você está sentindo?

– Uma dor muito forte na nuca, e uma pressão estranha na minha barriga, tira meu bebê Mary, eu não quero perdê-lo.

– Você não irá perdê-lo, fique tranquila, ele já está bem formado, pode nascer. Emma, traga aquela minha maleta que fica do lado da porta do meu closet, agora!

A loira subiu correndo, pegou a maleta e voltou, não conseguia mais segurar as lágrimas, se sentia muito culpada. Deu a maleta para sua mãe.

– Eu pediria pra você ficar de bruços mas com esse barrigão seria desconfortável, então sente-se de costas pra mim, preciso olhar sua nuca, você está perdendo muito sangue.

Com a ajuda de Emma, Regina sentou-se virada para a parede. Emma se sentou encostada na parede, ficou de frente para a morena e segurou sua mão.

– Emma, segure o cabelo dela, só tenho duas mãos - disse Mary, e a loira com uma mão segurava os cabelos e com a outra apertava a mão de sua amada, tentando transmitir-lhe força.

– Tenho que esterilizar o ferimento, irá arder um pouco Regina - disse Mary, que começou a passar um líquido vermelho no ferimento, que ardia muito. A morena se manteve forte e não gritou, nem chorou, só se manteve quieta e com os olhos fechados - agora eu tenho que fechar, dar alguns pontos, seja forte Regina.

Na primeira agulhada, uma grossa lágrima rolou pelo rosto da morena, ela se manteve assim de olhos fechados, mas não conseguia mais controlar o choro, nunca foi boa em lidar com a dor. Emma também chorava de culpa e por ver sua morena sofrendo, por culpa do seu ato inconsequente. Foram 7 pontos, e Regina se manteve quieta todo o tempo.

– Certo, ferimento fechado, agora vire para mim, preciso ver como seu bebê está - pediu Mary. Regina virou-se, aflita por saber de seu filho. Mary com um estetoscópio, auscutou o ventre da moça e fez pressão em alguns pontos - nada indica que você esteja em trabalho de parto, mas precisamos nos manter alertas. Emma como você está dormindo toda noite aqui mesmo, qualquer dor, pressão ou mal estar da Regina vá me chamar, está tarde, tentem descansar. Boa noite - Mary subiu e fechou a porta do alçapão. Regina deitou-se de lado e ficou olhando para o seu ventre, acariciando-o. Emma deitou-se de frente pra ela no colchão que nunca usava.

– Ele ficará bem, eu prometo - disse a loira, acariciando o ventre da morena, com os olhos marejados.

– Eu sei amor, eu sei - respondeu Regina, dando um fraco sorriso para a loira.

– Será que um dia você vai me perdoar? Eu sinto tanto Gina! Juro que nunca mais faço uma dessas brincadeirinhas idiotas.

– Você não tem do que se desculpar, foi um acidente, e eu tenho consciência disso, se acalme, está tudo bem - Regina colocou sua mão sobre a da loira - vamos dormir, logo teremos nosso bebê com a gente. Boa noite.

Emma deu um selinho no ventre e lábio da morena e dormiu segurando sua mão, teve um sono intranquilo, cheio de medo e pesadelos. Acordou com Regina a chamando.

– Emma, Emma, ei amor, acorda.

– O que foi? Você está sentindo dor? Devo chamar minha mãe?

– Ei loira, se acalme, só te acordei pra isso - Regina pegou a mão de sua amada e a colocou no topo de seu ventre, onde fez-se sentido um chute - nosso bebê está na posição exata de sair, e parece que não vai esperar muito, sente só como ele chuta! - as duas sorriam e deixavam algumas lágrimas rolarem. Elas dormiram novamente, agora com Emma envolvendo a cintura da morena e misturando suas respirações. As 8 horas Emma subiu para pegar seus cafés da manhã, e estava esperando sua mãe prepará-los. Até que ouviu um grito.

– Emma! - Regina berrou, nem lembrou que deveria ficar quieta lá embaixo, só sabia que havia acordado com uma pontada muito forte em seu ventre e havia sangue nas suas coxas e virilha, algo estava errado.

– Ela deve estar entrando em trabalho de parto, ferva alguns litros de água e me leve alguns panos, vou descendo, seja rápida - Mary ordenou e desceu as escadas. Emma fez tudo que sua mãe mandou e desceu, desesperada por saber o que se passava com Regina.

– O que ela tem mãe? - perguntou a loira.

– Ela entrou em trabalho de parto e está com uma hemorragia.

Emma olhou para Regina e viu uma expressão de dor em seu rosto, e choro.

– O que você está sentindo Gina? - perguntou a loira, colocando tudo no chão e segurando a mão da morena.

– Além da dor das contrações estou sentindo uma pontada muito forte aqui na lateral da minha barriga, isso é normal? Meu bebê está em perigo senhora Schwan?

– Não tenho certeza de nada agora Regina, só sei que precisamos tirar esse bebê daí e estancar essa sua hemorragia, tente se acalmar, lhe fará bem.

Um certo tempo se passou, com Emma segurando a mão da morena a cada contração, e Regina já estava com a dilatação perfeita para começar a empurrar, mas ela continuava perdendo sangue, logo não teria forças para dar a luz ao seu bebê.

– Eu sei que você está fraca e cansada mas é preciso começar a empurrar seu bebê, ele precisa vir ao mundo - pediu Mary.

– Ok - respondeu Regina, sem forças para falar muito.

– Na próxima contração, você começa a empurrar, quando parar você respira, e assim vai - explicou Mary.

A cada contração Regina empurrava, não gritava nem gemia, guardava toda a sua energia para que seu bebê nascesse bem, somente apertava a mão de Emma e se mantinha de olhos fechados, tentando ignorar toda a dor que sentia.

– Vai dar tudo certo Gina, eu sei disso - Emma estava com medo, mas precisava transmitir força para a morena.

– Acho que na próxima contração seu bebê virá ao mundo Regina - avisou Mary.

E assim foi, Regina empurrou mais uma vez e seu bebê nasceu, em silêncio, só chorou quando levou um tapinha de Mary. Ela cortou o cordão umbilical e o enrolou numa manta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Nasceeeeeeeu :v Mas e agora? Regina ficará bem? E a hemorragia??? Ok, parei de ser má, me digam o que acharam e o que esperam daqui pra frente, suas palavrinhas sempre me ajudam a seguir. Se tiver uma próxima, até lá!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A arte da Guerra" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.