Oathkeeper II escrita por Denise Miranda
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura!
– E o que eu farei com um presente de um traidor? - Daenerys perguntou para Jorah. Seus olhos estavam mais frios do que o inverno da Longa Noite.
Fechou a mão em punho para que ninguém percebesse que estava tremendo. Se remexeu no desconfortável Trono de Ferro.
Olhou de relance para Sor Barristan, sua expressão indiferente. Olhou para Daario, e depois para Jorah novamente. Oh, meu urso.
– Minha Rainha... - Começou Jorah. - Eu sei que errei, mas peço sua misericórdia. - O homem se ajoelhou e abaixou a cabeça por alguns segundos. Seu peito subia e descia, mostrando que estava nervoso. Quando levantou seu rosto para olhá-la nos olhos, Dany percebeu que o homem estava chorando. Apertou mais as mãos no Trono até que sentiu que havia se cortado, mas não se importou. - Trouxe Tyrion Lannister. Um dos homens da família cuja assassinou seu pai.
– Então você me dá a cabeça do anão e eu te perdoo? - Daenerys perguntou, sua voz fria como uma muralha de gelo. - Como posso confiar em você novamente?
Ouve um silêncio.
– Rainha... - O anão se manifestou. - Gostaria de dizer algumas palavras. Eu posso ajudá-la. Aconselhá-la. Não é fácil de se manter em Westeros...
Não, não é mesmo. Tudo que eu queria era a casa da porta vermelha, refletiu Daenerys.
– Cale-se. - A Rainha de Prata ordenou. - Verme Cinzento. - O Imaculado a olhou, esperando o comando. - Prenda Sor Jorah Mormont.
– Minha Rainha... - Começou a protestar, mas Verme Cinzento logo o deteu. O urso não pareceu resistir por muito tempo, e se deixou levar.
Não o matarei, decidiu. Respirou fundo e olhou para Tyrion Lannister.
– Sor Barristan, prenda Tyrion Lannister até eu saber o que farei. - E rapidamente seu velho cavaleiro obedeceu.
O anão fez algumas objeções, mas Daenerys já não estava ouvindo. Só conseguia pensar no rosto de Jorah quando mandou prendê-lo.
Desceu do Trono de Ferro e fitou Daario nos olhos. Seu mercenário estava acariciando sua arma com silhuetas de mulheres nuas. Normalmente aquilo a deixava excitada. Mas não hoje.
– Leve papel e tinta para os meus aposentos. - Ordenou a Rainha para Daario.
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Fizeram amor naquela noite, pois Daenerys pensou que esse seria o único jeito de esquecer seu passado, seus demônios. Meus filhos em Meereen... Meus dragões, meu Jorah...
Daenerys esperou Daario adormecer. Quando isso aconteceu, se desvencilhou de seus braços quentes e se cobriu com a manta que havia ganhado de Drogo, há anos atrás.
O que farei?, se perguntou enquanto sentava-se numa cadeira de madeira e acendia uma vela. Na sua frente, havia um papel. Molhou sua pena na tinta e começou a escrever.
"Tyrion Lannister foi aprisionado sobre o comando de Rainha Daenerys, Primeira de Seu Nome, Rainha dos Ândalos e dos Primeiros Homens e Mãe de Dragões, acusado de traição.
O homem poderá ser solto com uma condição: se o Regicida Jaime Lannister se apresentar na corte para pagar por seus crimes. Caso contrário, Tyrion Lannister paga com a vida."
Leu algumas vezes a carta antes de selá-la com o Dragão de Três Cabeças.
Colocou um vestido simples e desceu até os aposentos do Meistre.
– Vossa Graça. - Disse Qyburn, sonolento. - A que devo a honra de sua presença?
– Preciso que envie isto aqui. - Disse enquanto lhe entregava o pergaminho.
– É claro. Neste momento, Vossa Graça. Para onde devo enviá-lo?
Daenerys demorou alguns segundos para responder. Rochedo Casterly. Sor Barristan me disse que esta é a Casa dos Lannisters. Seu coração começou a bater mais rápido só com a expectativa de que estaria cara a cara com o homem que matou seu pai em breve. E então poderei ter sua cabeça.
– Rochedo Casterly. - Respondeu sombriamente.
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