Oathkeeper II escrita por Denise Miranda


Capítulo 18
Daenerys


Notas iniciais do capítulo

Olá! Fiquei um tempo sem postar pois meu notebook deu problema. Mas agora estou de volta o/ boa leitura!



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A Rainha de Prata já havia jogado três fartos pedaços de carne para seus dragões. Viserion e Rhaegal atacaram ferozmente, queimando a carne, mas, ao se prepararem para abocanhar seu pedaço suculento, Drogon silvou raivoso para seus irmãos e pegou a comida. Os outros dois abaixaram a cabeça. Ele é o Alfa, pensou Daenerys, se sentindo estúpida. Nem sequer sabia se existia um Alfa entre dragões.

Dany se ajoelhou e acariciou as escamas esverdeadas de Rhaegal. O mesmo a olhou, com seus olhos cor de bronze profundos.

– Cuidado, Vossa Graça. - Pediu Sor Barristan, aparecendo de repente. - Não deveria chegar muito perto dos dragões.

A Rainha se levantou e encarou o velho cavaleiro.

– Eu sou a Mãe dos Dragões. - O lembrou e deu um sorriso amoroso. - Não devo temê-los.

Sor Barristan deu um sorriso tímido em resposta, antes de perguntar, um tanto hesitante:

– Irá prendê-los, Vossa Graça?

A pergunta pegou a Rainha de surpresa. Se irei prendê-los?, reformulou a pergunta em sua mente. Era a primeira vez que isso lhe ocorria. No mesmo instante, Viserion silvou para Drogon, que mordeu sua escama em resposta. Viserion gritou, e logo os dois estavam se atacando, enquanto Rhaegal queimava a carne fresca que ainda estava no chão. Dany não se importou, sabia que eles não se matariam. Afinal, eram irmãos.

Daenerys fitou seus filhos. Drogon cresceu muito mais que os outros, percebeu. O tempo que Viserion e Rhaegal ficaram presos os deixaram menores. Graças aos Deuses, não se revoltaram contra a mãe deles quando saíram da caverna. Não deveria ter acorrentado eles em Meereen, percebeu então, pela primeira vez. Seus olhos de ametistas se voltaram para Drogon. A sombra alada. Sentiu um aperto no estômago. Qual era mesmo o nome da criança? Nem sequer o lembro, pensou, assustada e com raiva de si mesma. Não consigo lembrar o nome da inocente criança que foi queimada por meu dragão. De repente, sentiu que lágrimas queriam cair de seus olhos. Respirou fundo, reprimindo-as, e olhou para seu Comandante da Guarda Real.

– Não. - Decidiu. - Eles me ajudaram a conquistar Westeros. Estão se comportando bem. - Sor Barristan, dessa vez, não conseguiu esconder sua expressão de surpresa.

– Até Drogon? - Perguntou o velho homem.

Dany deu uma olhada em seu filho negro. Uma menina. De três anos. Morta pelo meu dragão. Engoliu em seco. Nunca conseguirei prendê-lo, nem se quisesse, percebeu.

– Sim, até Drogon.

E mesmo se conseguisse, quanto tempo até as correntes se quebrarem?

– Sua Graça, como seu conselheiro, eu acho isso imprudente.

Eu sou uma Quebradora de Correntes. Por que prenderia um de meus filhos?, pensou. Imediatamente, os gritos de seus libertos deixados para trás entraram em seus ouvidos. "Mysha, Mysha". Estremeceu.

– Pois eu não acho. - Respondeu, decidida. - Drogon me obedece agora.

Será mesmo?

– Vossa Graça, me perdoe. Não quis ofendê-la. Eu sei que a Senhora o domou. Tenho certeza que ele não matará mais sem seus comandos.

Qual era o nome da criança? Ela tinha apenas três anos.

– Sim. - Respondeu Dany, engolindo em seco. - Também tenho certeza disso. - De repente, o pátio da Fortaleza Vermelha pareceu ficar muito gelado. Estremeceu, agarrando seus próprios braços. - Quero ir para meus aposentos. Deixe meus filhos aí. - Ordenou.

– Como desejar, Sua Graça. - Respondeu Sor Barristan, oferecendo seu braço para a Rainha de Prata. - Gostaria que eu a escoltasse?

– Sim. - Disse, dando uma última olhada em seus filhos. Rhaegal e Viserion estavam deitados no chão, enquanto Drogon observava sua mãe com atenção. De repente, pareceu insuportável vê-los. Em sua mente, centenas de inocentes apareciam queimados pelos seus dragões. Meus filhos. Rhaego cresceria junto ao pai, e seria um assassino dothraki. O perdi e ganhei três criaturas voadoras e cuspidoras de fogo. Não são bem piores?, se perguntou, desejando poder um dia segurar um filho seu. Virou-se para seu velho cavaleiro, fitando seus olhos cansados. Deu um sorriso forçado e segurou em seus braços.

Após se distanciarem do pátio, ouviu-se um silvo ao longe, e a Rainha e seu Comandante olharam para o céu. Era Drogon, sobrevoando Porto Real.

A subida até seus aposentos foi silenciosa. Sabia que Sor Barristan não aprovava sua ideia, mas recusaria insistir na decisão tomada por sua Rainha, com medo de ofendê-la. Daenerys achou melhor assim.

Tenho outras prioridades no momento, pensou enquanto se despedia de Sor Barristan. Preciso arranjar um meio de conseguir a cabeça do Regicida, de vingar meu pai.

Caminhou lentamente pelo seu aposento vazio, até chegar na frente do espelho. Se encarou. Seus cabelos longos e prateados caíam pelo seu ombro até quase a sua cintura e seus olhos ametistas demonstravam fúria. Não descansarei até ter a cabeça de Jaime Lannister em uma estaca. E eu a terei, pensou a Rainha, determinada. Eu sou a filha do Dragão e eu juro, o Lannister irá pagar.

– Eu sou a filha do Dragão. - Sussurrou para seu reflexo no espelho.


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