Memórias de Uma Qualquer escrita por Sunsh1ne


Capítulo 8
Jardim


Notas iniciais do capítulo

Alguns problemas estão ocorrendo, mas não vou parar de escrever a fic. ;)



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Eu estava voltando embora da casa de Luka e companhia, sozinha em plena tarde de Domingo... Resolvi ir ao parque novamente. Ele me fazia ficar tranqüila, pensativa e me afastava de tudo aquilo que há de mal para minha alma, me trazia paz, saudade e calma.

Observar famílias e casais era meu passatempo, com esperança de que aquilo poderia acontecer comigo também... Era uma forma bem legal de iludir minha mente, talvez aquilo nunca aconteça. Talvez eu nem encontre o tal esperado “amor” da minha vida como todos dizem. Mas fico feliz de poder respirar aquele ar de felicidade alheira.

Eu tento entender meu passado, olhando pro presente e sempre pensando no futuro. Esta sou eu, toda simples com pensamentos complexos.

Retornando á minha “vida comum”, voltei pra casa e fiquei conversando com alguns amigos virtuais e é assim que termina mais um dia de minha vida que aos poucos vai fazendo sentido...

De repente eu estava em um universo paralelo bem parecido com o lugar onde eu vivo, porém com algumas modificações. As cores azul e verde se repetiam bastante em tons diferentes, mas de repente começa á ficar tudo preto, branco e cinza. Um líquido cai do céu preto e começa á derreter tudo. Pessoas correndo desesperadas, morrendo derretidas e queimadas. O sofrimento domina aquele lugar e tudo começa á girar... Ali estava eu, abraçada com o amor da minha vida que tinha o rosto tampado. Ele me abraçava e chorava junto comigo. Uma gota de ácido cai sobre nós e ele me protege e meu amor se derrete. É assim que termina o pesadelo: comigo chorando por ver derretê-lo.

Mais uma vez o despertador me liberta de um pesadelo horrível e começo meu dia.

Hoje, eu tive que escolher entre o time de basquete ou o clube de jardinagem. Eu realmente não ia com a cara de nenhum dos dois, mas o que eu menos detestava era jardinagem. Kentin também está no clube, fiquei feliz por isso! Ele é muito legal comigo então pedi para que me ajudasse no clube.

Nas aulas, tivemos prova de matemática, foi bastante cansativo, eu detesto matemática com todas as minhas forças. Mas eu consegui algumas colinhas com Kentin e ninguém percebeu, ufa! Eu sei que isso não é muito legal de se fazer, mas eu preciso de notas principalmente nessa matéria. Resolvi que não iria fazer mais isso.

– Você quer ajuda com a matéria?

– Ah, quero sim!

– Se quiser pode ir à minha casa quando precisar.

– Claro. Obrigada, Kentin! – Sorri e o abracei.

Bom, hoje na escola, o que aconteceu de mais importante foi apenas isso, voltei da escola com as garotas, como sempre. Talvez eu vá a casa dele na sexta, pois não irei trabalhar. Haverá uma folga para os funcionários, mas hoje haverá expediente! Portanto, hora de almoçar...

Depois do nosso horário de trabalho, resolvemos ir á uma pizzaria. É tão legal quando saímos do trabalho para comer alguma coisa... Leigh também foi junto. Estou me reaproximando dele como uma amiga e pra mim já não existe mais rancor por minha parte. Mas acho que de mim ele não tem rancor.

Enquanto nós nos despedíamos, eu percebi que havia uma pequena movimentação do lado de fora da pizzaria. Meiko estava discutindo com alguém... Era uma garota loira com um penteado estranho e usava uniforme. Eu percebi que ela também estava acompanhada de uma gata preta com uma lua na cabeça, e olhando mais de perto, a garota tinha lindos olhos azuis. Eu não sabia ainda o motivo da discussão, mas resolvi ficar ali para ouvir o resto... Uma acusava a outra de estar errada sobre algo. Eu não sabia o que era exatamente, mas mencionaram alguns nomes que eu também não consegui ouvir direito. Luka, Miku e algumas amigas da loira interferiram na discussão. Logo, foi tudo resolvido e eu ainda estava totalmente desinformada... Mas todos foram embora como um empate.

No dia seguinte, eu ainda curiosa resolvi perguntar á Luka o que havia ocorrido. Ela me contou que a loira se chamava Usagi e que Meiko de vez enquando era babá da pequena irmãzinha dela, ChibiUsa. E por ter ficado ausente muitas vezes, Usagi quis tirar satisfação com Meiko. Eu achei meio irresponsável da parte de Meiko, mas também não era necessário aquele tumulto todo. Mas tem outra coisa também... Meiko havia feito amizade com algumas amigas de Serena e inclusive um amigo dela, Mamoru. Serena demonstrou ter ficado com ciúmes, mas isso já não era problema nosso.

Quase me esqueci! Hoje na escola tivemos uma aula vaga de matemática, e eu fiquei super feliz, é claro! Eu não suporto matemática. Pode me dizer o quão útil é na sociedade, eu nunca entenderei o motivo de acharmos o Delta, por exemplo. Á não ser que você queira ser um professor de matemática. E durante essa aula vaga, fiquei conversando com Lysandre e Castiel. Eu já era uma amiga um pouco mais próxima deles, rimos bastante, mas logo a diretora apareceu em nossa classe por conta da bagunça e todos se calaram. No intervalo, fiquei com Kentin e conversamos sobre música, nós temos muitos gostos musicais parecidos, isso é legal! Eu confesso que nunca havia reparado nele dessa forma, ele é tão legal!

Logo após a escola, as garotas me chamaram para tomar um sorvete, mas eu fui direto pra casa. Estava muito cansada. Mal cheguei em casa e já liguei o computador para conversar com meus amigos virtuais...

Victor: Oi!

Eu: Oie...

Victor: Tudo bem?

Eu: Ah, sim. E você?

Victor: De certa forma sim.

Eu: De certa forma? O que houve?

Victor: Não... Nada demais, é que aconteceu alguns problemas aqui.

Eu: Ah Victor! Você sabe que pode contar comigo.

Victor: Sim, eu sei! É que é meio complicado de dizer, sabe?

Eu: Desculpe... Se não quiser, não precisa dizer.

Victor: Tudo bem, eu digo. É que eu me sinto um pouco desconfortável quanto á Lety nesses últimos tempos.

Eu: Por quê?

Victor: Ela ta andando com um carinha meio estranho aqui. Elliot, o nome dele. É um loirinho bem charmoso de olhos azuis.

Eu: Vai ver é só um amigo.

Victor: São próximos demais pro meu gosto.

Eu: Não precisa ficar de ciuminhos bobos.

Victor: Eu sei... Mas ele trabalha em um café... Junto com umas garotas, vai que a Lety se interessou por ele, sei lá.

Eu: Ela pode até ter achado ele bonito, mas quem ela ama mesmo é você!

Victor: Espero.

Depois dessa conversa... Fiquei pensando se eu gosto de alguém, se sinto ciúmes por alguém. A primeira pessoa que me veio na mente foi Leigh. Eu confesso que tenho ciúmes dele, mas não sei. Creio que seja algo normal sentir ciúmes de amigos próximos. E Kentin... Eu não gosto quando mexem com ele. Na verdade basta ele falar com outra garota que eu já fico um pouco inquieta, mas é algo comum também. Cheguei á uma conclusão que eu queria saber como é se apaixonar por alguém novamente... Mas que dessa vez eu seja correspondida.

Dormi logo depois de ter chegado do trabalho, só acordei no dia seguinte com a minha música preferida como despertador. Já era Quarta-feira. Hoje o dia seria longo...

Não sei como, mas cheguei na escola um pouco mais cedo que o comum e fiquei andando por aí... Encontrei Castiel sentado no chão, encostado em uma parede perto de algumas cerejeiras que havia ali. Ele parecia bem feliz e estava com um celular mandando mensagens para alguém, talvez fosse alguma garota que ele gostasse, ou até mesmo uma namorada. De qualquer forma não é da minha conta. Andei um pouco mais e resolvi voltar. No caminho, me deparei com a garota loira da escola que sempre me lançava olhares de maldade e dessa vez não estava com as duas amigas, ela parecia um pouco cabisbaixa, mas não deixava de ser ignorante.

– Saia da minha frente, inútil!

– Te conheço é? – Perguntei, irônica.

– Não to com paciência pra você. Ok?

Ouvi uma voz, era a japinha, uma das amigas da loira irritante.

– Venha, Ambre!

Oh! Finalmente sei o nome desse ser.

– To indo, Li!

Olha só, descobri também o nome da garota dos olhos orientais. Agora só me resta descobrir o nome da outra, porém não estou nem um pouco interessada nisso agora.

Andando alguns passos á frente, encontrei com Lysandre perto do jardim. Ele estava sentado em um dos bancos e parecia estar segurando uma espécie de colar.

– Olá Lys! Posso me sentar com você?

– Claro. Olha só isso que eu achei.

Era um colar de ouro bem bonito e chamativo. Tinha formato de coração e no meio uma espécie de rubi esculpido completando o coração. Mas eu não sabia dizer se eram realmente feitos dessas matérias primas.

– Ele parece ter algum tipo de abertura, olha só. Mas eu não consigo abrir, será que você consegue?

– Me deixe v... – No instante em que eu iria abrir o colar, o sinal bateu e nós fomos para nossas salas, mas eu ainda estava com o colar e o guardei no bolso da calça.

Eu até havia me esquecido daquele colar, até a hora que cheguei em casa para me trocar e ir ao trabalho. O colar estava aberto e tinha uma luz azul tão bonita e radiante, resolvi pendurá-lo no pescoço e ir para o trabalho.

Eu não sabia o que iria acontecer, mas acontece que depois de ter colocado aquele colar, parecia que eu só via destruição á todo lugar.


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