Nossas mentes são dois fios de alta tensão.
Desencapados, nus.
Expostos a todos os eventos naturais e artificias,
que vierem a nos acometer.
Nosso contato é imprevisível,
tempestuoso,
destruidor.
Minam forças,
desabam casas e
florestas queimam.
É capaz do mundo sentir.
Em alguma parte de nós mesmos.
Mas seja qual for o caminho,
o processo, a distribuição de tempo.
No final simplesmente apagamos,
desistimos,
Não há mais resistência,
nem energia.
Viramos uma cascata falha de faíscas,
se apagando antes de alcançar o chão.
É um prazer ver o desprazer dos outros,
arrancar-lhes parte da luz que agora também nos falta.
Estamos em falta por aí,
sumindo em simples contatos.
Zunindo e vibrando na noite,
dando sentido a tanta coisa invisível e visível.