Você é minha droga escrita por Krueger


Capítulo 21
Tem muitos outros interessados




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Pov Clary:

Quando adentrei a mansão tive que ficar boquiaberta. Era gigante, parecia um castelo. Todas as janelas eram do chão até o teto a casa parecia de vidro. A sala era toda branca, as únicas coisas que se destacavam eram o azul dos tapetes e almofadas. Uma TV como aquela que Anne tinha na sala de cinema, e o chão era de madeira branca. Vários quadros caríssimos e estátuas de mármore. Ok, minha herança não era nenhum pouco pequena.
–Vejo que gostou. Essa vai ser a sua casa. Kevin quer apenas uma cobertura em um prédio da cidade. – disse Owen. Nem percebi que estava parada observando um retrato em cima de uma mesinha de madeira ao lado de um dos sofás. Era a minha mãe, ela e Owen sorriam para quem estava tirando a foto. Usavam uniformes do meu colégio, minha mãe líder de torcida e ele jogador de futebol americano. Ela era muito parecida comigo naquela época, só tinha mais sardas e os olhos bem verdes. – Sua mãe era muito parecida com você...
–Desculpe a pergunta Owen...
–Pai! Por favor, me chame assim. – disse ele.
–Pai... – corrigi. – Tudo isso é com o dinheiro da gangue?
–Ah não. Eu não te contei, desde que nasci já era rico. Tanto eu, quanto sua mãe. Essa casa é dos meus pais e está no nome deles. Venha vamos conhecer o resto. – ele fez um gesto para que eu o seguisse e assim o fiz.
Passamos por um corredor e percebi que a casa tinha um jardim de inverno bem no meio da sala. Subimos alguns degraus e atrás de uma parede totalmente de pedra havia uma sala de jantar de novela, filme e tudo o que mais se possa imaginar. Owen se sentou na beira da mesa, eu a seu lado e Kevin do outro lado, a minha frente. A mesa tinha espaço para mais oito pessoas.
–Kevin vá chamar Rosália. – disse Owen o olhando. Meu irmão se levantou e sumiu por outro cômodo.
–Essa casa é bem afastada de tudo.
–Ah sim... – respondeu ele sorrindo. – Meus pais queriam construir num lugar onde jamais pudessem ser incomodados. Clary pode me prometer uma coisa?
Uau. Era cedo demais para ele me pedir algo.
–Claro. – falei.
–Se um dia eu for preso. Não deixe que ninguém destrua essa casa.
–Eu prometo. – falei. E sei que na sua ênfase “Se um dia” tinha um pouco de certeza e só de pensar em ver este homem elegante e barbudo numa cela da prisão tive calafrios.
Kevin voltou seguido de uma mulher baixinha. Ela carregava uma bandeja com três pratos. Colocou o primeiro na frente de Owen, o outro na frente de Kevin e por ultimo o meu. Mal educada, eu devia ter sido a primeira. Os dois começaram a comer e eu estranhei aquela admiração de Owen por mim, talvez fosse por que cada vez que ele olhava para mim via minha mãe. Essa idéia me fez começar a comer minha comida uma espécie de lasanha.
–Então Clary segue alguma religião? – perguntou meu pai.
–Sim, sou católica. – falei tomando um pouco de meu suco de maracujá. Quem colocou isso aqui?
–Hum... Você já está na idade do voto de castidade? – perguntou ele. Porque diabo estava me perguntando isso. Kevin tossiu com a comida, tomara que morra.
–Eu já fiz meu voto de castidade. – falei.
–Que bom, espero que ele seja cumprindo afinal nenhum pai gosta de saber que sua filha já...
–Eu entendi. – cortei-o.
Depois de um almoço cheio de perguntas sobre mim e poucas respostas. Veio à sobremesa, sorvete de baunilha com calda de maracujá. Disfarcei minha curiosidade nessa fruta que eles pareciam adorar.
Depois de terminar tudo, Owen saiu para um telefonema sobre negócios.
–Vou te mostrar o resto da casa. – disse Kevin me arrastando pela mão. Subimos uma escadaria de vidro que levava ao segundo andar onde novamente todas as paredes pareciam ser de vidro.
–Eu me pergunto, como que conseguem deixar tudo escuro com essas enormes janelas? – acabei pensando alto demais. Kevin sorriu.
–Temos cortinas gigantescas também. – respondeu ele gentilmente. – Vou te mostrar os quartos.
A idéia de conhecer os quartos com meu irmão tarado não agradou meu anjo interior não. O quarto de Owen era o mais legal. Uma enorme parede de bambu puro dividia o quarto em dois, colado a parede havia outra TV de plasma e uma enorme cama que parecia ser tão confortável, atrás da parede havia um closet cheio de ternos e roupas que deixariam qualquer homem irresistível ainda peguei um chapéu e coloquei na cabeça.
–Olá eu sou o Sr.Jubilau! – falei olhando para minha imagem no espelho que dividia o closet feminino do masculino, já na parte feminina não havia nada. Mas eu imaginei que Owen adoraria que aquela parte estivesse lotada de roupas todas da minha mãe.
–Jubilau? – perguntou Kevin rindo.
–Sai fora. Eu gosto de mulher. – falei vestindo um dos blazers. Acabamos gargalhando e eu tirei as roupas.
O próximo quarto parecia ser o meu. O quê? Isso mesmo produção? As cortinas eram rosa e brancas e havia um computador igual o de Anne de touchscreen. A cama também era enorme e cheia de almofadas que combinavam com as cortinas. Tinha uma parede de vidro que servia como prateleira para vários livros.
–Seu pai realmente queria que eu crescesse com ele. – sussurrei.
–Nosso pai. – disse ele olhando para tudo. – Acho que ele sempre alimentou a idéia de criar uma filhinha e enche-la de mimos.
–Eu gosto de mimos. – falei. Fui em direção ao guarda roupa embutido na parede e quando o abri havia várias roupas do meu tamanho. E todo o tipo de vestido. Tudo o que eu gostava de usar, meio patricinha, meio mocinha. Peguei um dos vestidos e tinha etiqueta de novo. – Ele comprou isso quando?
–Foi o negócio que resolvemos esta semana. – disse Kevin enfiando as mãos nos bolsos.
–Ele realmente quer que eu more aqui?
–Ele pretende. – respondeu.
–Minha mãe jamais permitiria isso.
Continuei a analisar o quarto, tapete rosa, era tudo rosa, branco e alguns detalhes dourados. Gostei. Fui até a janela onde tive a vista do jardim. Jesus! Oh! Tinha uma piscina gigante com tobogã e tudo. Algumas espreguiçadeiras e uma ilha dentro da piscina, onde deveria ser o bar. Também tinha bastante verde, ao redor da casa só tinha floresta.
–Nosso pai pode não parecer, ele é bem sensível com tudo. A diferença é que gosta de matar pessoas. – disse Kevin se aproximando de mim. Senti calafrios quando sua mão tocou meu ombro.
–É errado Kevin. – virei-me para ele. – O que você está fazendo.
–Eu não consigo. Olha se você ficar comigo apenas com beijos eu já aceito.
–Não. – me afastei violentamente. – Está maluco?
–Qual é Clary? Joe não está nem ai para você.
–Não é por isso que vou ficar com meu irmão. Tem muitos outros interessados. – falei e sai do quarto. Segui pelo corredor até o quarto do fundo que era o de Kevin. Só tinha um velho guarda-roupa e uma cama igual a minha, tudo era bagunçado e as paredes tinham cor preta. Aquilo ali comparado a toda a casa que vi, parecia um armazém.
–Bem vinda ao meu quarto. – disse ele.
–É bem diferente de toda a casa. – falei e rimos.
–Clary? Kevin? – chamou-nos Owen.
Eu saí do quarto, Kevin me segurou pelo braço.
–Escute, pense no que lhe falei. Sei que quer tanto quanto eu.
Puxei meu braço e olhei-o incrédula. Descemos as escadas e Owen nos aguardava.
–Gostou da casa? – perguntou Owen.
–É bem intensa. – comentei.
–Veja eu soube que você não tem um carro então resolvi que te daria um. – disse Owen abrindo um sorriso. Eu não podia aceitar.
–Não. Isso é muito... – sussurrei.
–O que quer? Um Porshe, uma Ferrari? Uma BMW? O quê? – perguntou ele. Kevin passou por ele em direção a sala.
–Um fusca?
Ele riu.
–Não. Você não merece dirigir um.
–Uma moto. – respondi.
–Uma moto?
–É sempre teve uma que eu quis. – falei pensativa.
–Então ganhará uma moto e assim será! – disse ele. – Agora venha ainda temos muito que conversar!


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Notas finais do capítulo

Gente eu amo vocês



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