All About Us escrita por The Huntress


Capítulo 12
Visita Olimpiana – Parte 2.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, cupcakes :3



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15

Beatriz Collins

Beatriz estava caminhando sem muita pressa até o Arsenal. Ela não estava com pressa para começar a treinar, não era por preguiça, ela só não queria passar vergonha. Estava na cara que todos os semideuses que estavam ali, eram melhores que ela, mas a garota queria ser tão boa quanto eles.

Quando chegou ao Arsenal, pegou a primeira coisa que encontrou: um arco e uma aljava cheia de flechas. Um Sátiro ajudou Beatriz a colocar uma armadura, que ela não entendeu por que tinha que usar aquilo já que o dia estava incrivelmente ensolarado e ela já estava começando a suar. Beatriz agradeceu e caminhou até os alvos onde deveria estar acontecendo o treinamento com arco e flecha.

Quando chegou lá ficou surpresa ao ver que não havia ninguém treinando. Beatriz olhou para trás e percebeu que aquele era o único lugar que estava vazio. Sem se importar muito, Beatriz pegou uma flecha e a posicionou no arco. Ela sempre fora boa com pontaria, mas por algum motivo, hoje, sua mira estava péssima. Ela estava errando todos os alvos.

Minutos depois Beatriz já estava começando a ficar brava. Muito brava. Ela queria acertar aquela porcaria de alvo, mas não estava conseguindo de jeito nem um.

— Talvez, se você se concentrar um pouco mais, consiga acertar o alvo.

A voz veio de trás da garota. Beatriz pulou de susto e atirou uma flecha na direção de onde imaginava que a voz poderia ter vindo. Beatriz estava tremendo um pouco devido ao susto, mas, com o silêncio que se seguiu, ficou com medo de ter matado quem quer que estivesse tentando assusta-la.

— Opa — Beatriz escutou uma risada.

A garota franziu o cenho. Ela estava tendo alucinação? Não conseguia ver ninguém, apenas ouvia uma voz. Que diabo estava acontecendo? Era parte do treinamento? Ou ela estava ficando louca?

— Quem está aí? — perguntou. Ela ainda estava apontando uma flecha para o nada.

— Sabe — um homem saiu de trás de uma árvore e começou a caminhar na direção dela. Ele estava segurando e olhando para a flecha que a garota havia atirado minutos atrás e sorria. Bem, Beatriz percebeu que o homem era bonito. Loiro, de olhos verdes, alto, musculoso e com um sorriso bonito, Beatriz se perguntou se ele era um semideus, pois estava na cara que não era. —, essas coisas podem matar, acho melhor você tomar mais cuidado.

Ele, realmente, não parecia um semideus, nem estava usando o uniforme do acampamento. Ele usava uma blusa branca, calça jeans e um tênis.

— Você é semideus? — Beatriz perguntou, ainda apontando a flecha para ele.

— Hã... não — respondeu ele.

— Quem é você, então? Algum monstro mandado para me seduzir e depois me matar? — ela franziu o cenho.

Mesmo ele sendo bonito e muito simpático, Beatriz já tinha tomado a decisão de não abaixar o arco e a flecha até ele convence-la de que era uma boa pessoa e não iria mata-la na primeira oportunidade.

— Seduzir? — o homem franziu o cenho, mas segundos depois abriu um sorriso. — Então, você me achou atraente? — vendo que Beatriz não iria responder, ele continuou. — Admiro sua capacidade de perceber que eu, realmente, posso seduzir, mas não sou do tipo "beleza mortal", não seduzo e depois mato, ok?! Então, fique tranquila, não sou nem um monstro e não quero mata-la.

— Digamos que eu acredite — Beatriz disse. — Então, você é o que ou quem?

— Você é muito curiosa. A maioria das mulheres que me veem querem várias coisas menos saber quem eu sou. Mas admiro isso em você — ele sorriu e jogou a flecha que tinha em mãos na direção dos alvos, a mesma parou no centro de um deles.

— Como... Como você fez isso? — Beatriz perguntou, perplexa. Ela estava tão surpresa que acabou abaixando o arco e a flecha.

— Uma pergunta de cada vez, querida. Bem, primeira: O que eu sou? Sou um Deus. Segunda: Quem eu sou? Sou Apolo, o Deus do sol, da medicina e mais algumas coisas. E, bem, na minha humilde opinião o mais bonito entre os Deuses homens.

Quando ele terminou de falar Beatriz abriu a boca, mas nenhuma palavra saia. Quer dizer que Apolo estava ali, na frente dela? Ela só podia estar ficando maluca. O que ele queria com ela? Conversar, talvez. Mas ela tinha uma leve impressão de que ele não estava ali para conversar. Talvez ele estivesse ali porque não tinha o que fazer no Olimpo e pensou que poderia se divertir no acampamento. E Beatriz fora a grande escolhida para ser o motivo da diversão dele, assim pensava.

Beatriz lembrava vagamente de ter lido em algum lugar que Apolo era também o "Deus do arco e flecha", ou seja, ela era perfeitamente bom nisso. Beatriz, antes mesmo de ter conseguido acertar um alvo, já estava se sentindo humilhada pelo Deus.

Beatriz não tinha muito o que dizer. O que ela poderia falar? "Vá em frente, atire flechas nos alvos e me humilhe", nem morta que ela falaria isso. O que mais ela poderia dizer? Ela ainda estava tentando raciocinar e pensar em algum motivo que tenha levado Apolo até o acampamento para falar com ela. Então, falou a primeira coisa que veio a sua mente.

— Você é muito metido.

— Vou entender isso como um elogio — ele sorriu.

— Ok, tanto faz. O que você quer comigo, Apolo?

— Treinar você — ele a encarou.

Beatriz sentiu seu corpo inteiro se arrepiar. Apolo tinha todo esse poder com as mulheres ou só estava querendo deixar Beatriz impressionada com a sua beleza? Seja como for, Beatriz já estava ficando constrangida na frente dele.

— Me treinar? Por quê? — Beatriz perguntou, tentando desviar o olhar do olhar dele.

— Seu pai me mandou aqui — respondeu ele.

— Quem é meu pai? — Beatriz perguntou, temendo a resposta.

— Não posso falar — ele deu de ombros. — Mas posso treinar você.

— Não quero que me treine — Beatriz disse, frustrada.

— E por que não? — Apolo franziu o cenho.

— Porque quero trenar como os outros semideuses. Sem a ajuda de um Deus.

— Desculpe, mas seu pai não quer isso.

Beatriz sentiu sua raiva aumentar. Seu pai não estava em condições de decidir nada na vida dela, afinal, ele nunca esteve com ela para decidir algo de bom em sua vida.

— Não importa o que ele que ou não — Beatriz disse.

— Beatriz, isso é necessário — Apolo tocou o ombro dela.

— Como sabe meu nome?

— Eu sou um Deus, afinal — Apolo sorriu.

Beatriz soltou um suspiro derrotado.

— Tudo bem.

Apolo sorriu e começou a ajudar Beatriz a segurar o arco e a posicionar a flecha no mesmo de um jeito que a deixasse mais confortável. Treinar com um Deus não devia ser tão ruim. Que problema poderia ter? Beatriz, mesmo não querendo, estava animada, pois ela poderia aprender muito mais com Apolo do que com qualquer semideus.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Bom? Ruim? Comentem, please :3



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