3 meses com um vilão escrita por Lemione


Capítulo 1
Único


Notas iniciais do capítulo

Aí está a minha história!
Ah, a personagem escolhida foi a Mulher Invisível, então é ela que narra a história.



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Três meses antes...

Estava dormindo tranquilamente quando um barulho muito alto me acordou. A princípio, pensei que era o meu irmão brincando com os seus poderes, mas depois eles continuaram e o som ficava cada vez mais alto. Pulei da cama e corri escada a baixo. Chegando à sala de estar, vi enormes (e vários) buracos nas paredes, ouvi também uma explosão. Corri para o andar dos quartos, visando procurar por Reed, Ben e Johnny, mas eu não encontrei nenhum deles. Daí comecei a ficar preocupada de verdade. Tive receio de ser Doutor Destino e torci para estar certa, que ele não estivesse lá de verdade, mas ele já havia passado e capturado os meninos. Corri para fora da casa e lá estavam: Dr. Destino, vários carros (aparentemente roubados) e os meninos amarrados. Antes que pudesse pensar em algo, um carro veio com tudo em minha direção. Caí no chão, sentindo minha testa úmida e vi tudo ficar escuro.

Algumas horas depois...

Tive um sonho muito horrível: sonhei que Dr. Destino havia invadido minha casa e ainda por cima levou Reed, Ben e Johnny junto! Estava decidida de que iria por um fim nisso, então abri os meus olhos com a esperança de que tudo estivesse normal, mas dei de cara com a frente da casa destruída. Então... Aconteceu mesmo! Levantei-me e fui até o laboratório do Reed, procurar por alguma coisa útil. Assim que passei pela porta, percebi que havia uma caixinha, mais parecida com um gravador. Apertei o botão ouvir e prestei atenção em cada palavra dita:

D.D: “Olá, Sue. Fiquei muito feliz em encontrar os seus amigos... Er... Como é que se diz? Ah, é: “dando sopa”. Isso facilitou muito o meu plano. Acho que seria justo que você viesse aqui, para assistir comigo as mortes lentas e dolorosas. Se você olhar sob o tapete, vai encontrar um envelope dando todas as instruções para que você possa chegar aqui! Mas, antes, quero que você escute o que o Reed tem para te dizer, senão ele não me deixa em paz!”

S.F: “Susan? Está me escutando? Não venha para cá! De jeito nenhum! Pode ser que...”

D.D: “Ops! Acabou o seu tempo! Sue, nós estamos te esperando para...”

T.H: “Susan! Chame a polícia e depois fuja! Nós...”

D.D: “Quieto, seu verme! Lembrando: se você chamar a polícia, esses daqui batem as botas! (risada maléfica)”

A gravação terminava aí. O que achei estranho foi que somente Reed e Johnny falaram. O que teria acontecido com Ben? Peguei o envelope: estava dizendo tudo certinho, então achei fácil demais. Uma pessoa não daria a sua localização “de mão beijada” assim, né? Eu precisava de um plano, mas não tinha nenhum. Não perdi tempo e fui arrumar as minhas coisas.

Um tempo depois...

A viagem nem tinha sido tão complicada (tirando os fatos de que eu não sabia como fazer o check-in, quase perdi a hora do vôo e eu também não sabia de nada sobre São Francisco). Peguei um táxi e fui ao local combinado por D.D. O lugar era quase uma praia, mas tinha uma mansão enorme. Desci do táxi e bati na porta. Para minha surpresa, ela já estava aberta e havia uma espécie de cartinha sobre a mesinha de centro:

“Susan! Vi o seu táxi chegando (não estava espiando pela janela da cozinha). Saiba que fico muito feliz com a sua decisão de aparecer. Espero que goste dos seus aposentos, preparei com todo o amor e carinho que sinto pela sua turminha.”

Nem tive tempo de pensar, já não sentia mais o chão. Caí com tudo no chão duro e úmido. Senti sangue escorrendo pela minha testa e percebi que estava em uma espécie de cela. E, olhe que maravilha: na cela à minha frente, estavam Reed e Johnny. Tentei chamar a atenção de Johnny, que rapidamente virou a cabeça em minha direção.

– Susan! – Gritou ele, levantando-se e correndo na direção das barras da sua cela. Fiz o mesmo e isso foi o suficiente para que chamássemos a atenção de Reed.

– Estão todos bem? – Perguntei, sentindo um sorriso de alívio, de orelha a orelha, sem formar em meu rosto.

– Sim, já o Ben... – Reed disse, mas foi interrompido por um grito.

– VOCÊS AÍ! CALEM A BOCA! – Uma voz gritou para nós. Consegui ver um vulto caminhando em nossa direção. Apertei as barras com tanta força que os nós dos meus dedos ficaram brancos.

– Ben! – Chamei, quase não acreditando que era ele. – Sua pele voltou ao normal! Você voltou à forma humana!

Senti o cassetete bater em meus dedos e, imediatamente, fiquei invisível.

– Eu não me chamo Ben! Nem “O Coisa”! Eu me chamo “O Terror”! – Ben, ou O Terror, rosnou para mim. Depois disso, ele voltou para a cadeira que estava antes de irritarmos ele. Decidi que ficaríamos ali presos por muito tempo. Tinha que me conformar. Precisaria de muita paciência durante a minha “hospedagem”.

Um mês depois...

Depois de um mês, ainda não entendia o motivo do D.D nos querer ali. Trancafiados. Tentei saber o que tinha acontecido com o Ben, mas tudo o que consegui foram mais algumas pancadas de cassetete.

– Eu não aguento mais! – Johnny sussurrou, quando O Terror deixou a sala para uma ida ao banheiro.

– Queria tanto poder fazer alguma coisa... – Reed lamentou e eu concordei com um aceno de cabeça.

– Isso vai acabar! AGORA! – Gritou Johnny, jogando uma bola de fogo nas barras, que derreteram no mesmo instante.

– Por que diabos você não fez isso antes!? – Falei, sorrindo de alívio.

– Não sei. A raiva só chegou agora. – Respondeu Johnny, dando de ombros.

Ele fez a mesma coisa na minha cela. Saímos correndo pela saída de emergência para o andar de cima. Como não sabíamos de nada sobre aquela casa, cada um foi para um canto. Fiquei com a área de cima, que parecia dar para os quartos. Foi fácil achar o quarto do D.D, pois a porta era diferente das demais.

– Agora acabou, Victor Von Doom. – Falei, num tom alto demais, chutando a porta, que se abriu imediatamente.

– Sue, querida. – Disse ele, já com um facão em mãos. – Parece que a lavagem cerebral que eu dei naquele estúpido não adiantou muita coisa. Ele continua sendo um incompetente!

– Espera. O que você acabou de dizer? – Falei, com muita raiva. Fui criando um campo de força, com muita cautela, para que ele não percebesse.

– Não importa. Vocês vão morrer mesmo. Que tal começarmos com um aquecimento? – Falou, ironicamente.

Ele jogou o facão em minha direção com toda a sua força, mas não conseguiu me atingir. Como era de se esperar, o facão foi voando (com a mesma intensidade que ele veio) na direção do D.D. Acertou bem em cheio na perna dele. D.D gemeu-gritou de dor, mas isso não o impediu: ele sacou seu revólver e mandou milhares de balas em minha direção. Aumentei a força do campo, e isso fez com que as balas voltassem, com maior intensidade.

– Quando você vai desistir? – Gritei, no meio daquela confusão.

– Quando vocês estiverem fora do meu caminho! – Retrucou ele, cuspindo sangue.

– Ou seja, nunca. – Uma voz familiar disse.

Virei-me para trás e vi O Terror parado, exatamente ao meu lado. Juntei mais força e consegui empurrá-lo para trás. Ele passou correndo por mim, seguido por Reed e Johnny. Não perguntei nada, apenas lutei junto com eles.

– Acabou, Doutor Destino. – Falamos todos juntos, como uma equipe novamente.

Eu e Reed não tínhamos estômago para assistir a morte do D.D, então fomos para fora e seguimos para a delegacia. Mesmo em outro local totalmente diferente, todos nos conheciam. Avisamos sobre o D.D e os policiais disseram que há tempos estão tentando pegá-lo. Fomos correndo de volta para a casa, junto com alguns policiais. Encontramos Johnny chorando no quarto, um buraco enorme na parede que levava para a varanda e Ben deitado no chão, sangrando bastante.

– Ele não resistiu – Johnny explicou, em meio às lágrimas. – D.D disparou o gatilho, mandando uma bala em minha direção. Mas Ben se jogou na minha frente e morreu por mim. D.D aproveitou a minha distração e fez aquele buraco na parede para fugir.

– Nós entendemos, Johnny. Ben morreu como um verdadeiro herói. – Reed falou, tentando reconfortá-lo, mas não conseguiu segurar as lágrimas. Eu também chorei muito.

Os policiais nos ajudaram com o corpo de Ben. Resolvemos que iríamos enterrá-lo num cemitério próximo à nossa casa. Viajamos de volta, enterramos o corpo e continuamos as nossas vidas. Foram momentos muito difíceis, mas conseguimos superar tudo.

Dois meses depois...

Depois de dois meses, capturaram o D.D e o condenaram por sequestro e cárcere e privado, entre outros crimes. O resultado? Prisão perpétua para ele, mesmo com ferimentos graves por todo o corpo.

Conseguimos conviver com a tristeza de não ter Ben ao nosso lado, mas eu tenho certeza de que ele iria querer que não ficássemos sofrendo por causa dele. Ele sempre foi uma pessoa gentil, querendo sempre ajudar os outros. Foi muito difícil vê-lo como “O Terror”. Ainda não consegui perdoar D.D por causa disso.

Criamos uma instituição para ajudar pessoas que ficaram presas injustamente, ou então passaram por alguma situação difícil e ficaram com traumas... Enfim: a instituição quarteto fantástico, uma homenagem à Ben Grimm.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
Eu não sei se vocês sabem, mas vai lançar um novo filme do Quarteto Fantástico e já divulgaram o novo elenco!
Bem, aí vai a imagem dos novos participantes do Quarteto:
http://omelete.uol.com.br/imagens/diversos/quartetoset.jpg



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