Definição de Perfeição - Segunda Temporada escrita por Apenas mais um escritor


Capítulo 6
Kickass


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas. Eu tava vendo o clipe de Esse Seu Jeito e percebi uma coisa. Vocês viram que quem tá tocando o teclado é o João e não o Rominho? Pois bem, aproveitem o capítulo



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/569709/chapter/6

Pedro acordou com a luz do sol entrando em seu quarto e batendo em seus olhos. Ao tomar consciência, foi à cortina e a fechou. Estava com uma ressaca horrível do dia anterior. Checou o celular. Passava das 11 horas e ele percebeu que havia uma mensagem. A mensagem de Karina dizia: "Pedro, me chama quando acordar". Partiu a responder com um:

– Oi, Esquentadinha. Acordei agora, fala aí, fiz muita besteira ontem?

– Fez.

– Ai, não. Diz, o que que eu fiz?

– Cantou.

– Palhaça. Foi só isso mesmo?

– Foi sim.

– Então pra que me mandar falar contigo?

– Pra dizer que te amo

– Ih, ficou melosa desde quando?

– Ah, meu amorzinho, eu sempre fui assim.

– Amorzinho? K, cê tá bem?

– Tô sim, meu tchuchuco.

– Karina, que que tá acontecendo contigo?

Após alguns minutos sem uma resposta da lutadora, finalmente Pedro recebeu uma resposta.

– Foi mal, Pê. O palhaço do Cobra pegou meu celular e tava escrevendo besteira.

– Ah, tá bom. - respondeu o rapaz, com um certo incômodo. Pedro não gostava muito de Cobra. A proximidade que ele e Karina tinham incomodava ele um pouco e odiava admitir, mas ele realmente tinha ciúmes dele. Só Tomtom sabia disso e nem mesmo sua psicóloga pessoal mirim sabia como ajudá-lo quanto a isso.

– Então por que você pediu pra eu mandar mensagem?

– Era só pra saber se você tava bem. Ontem cê tava bem mal com tanta bebida. Se animou demais.

– Ah, tô só com dor de cabeça.

– Que bom, Pê.

– K, vou tentar compôr mais um pouco, ok?

– Pedro. O lance que te amo é verdade.

O rapaz sorriu, mas limitou-se apenas a mandar um emoticon de coração. Por mais que fosse fofo, ele ainda estava incomodado com a intimidade entre os dois. Pegou o violão e começou a compôr.

Enquanto isso, na academia, Karina dava uma bronca em Cobra.

– Cacete, Cobra. Por causa da tua babaquice, ele se emputeceu comigo.

– Ah, Karina, se ele ficou bolado com isso então é mais frouxo do que pensei.

– Não fala assim dele. - disse a garota, socando o braço do rapaz.

– Ih, quer lutar?

– E se quiser?

– Sobe no ringue.

Depois de colocar as luvas e joelheiras a garota subiu e bateu luvas com Cobra, com seu olhar sempre determinado. Esse era um dos motivos dela gostar tanto do rapaz. Não a impedia de lutar e, no ringue, não a diferenciava de mais um adversário. A tratava como o que ela queria ser: uma lutadora.

– E aí, K? Vai me dizer o porquê de você não poder participar do Warriors?

– Ah, é. Até esqueci de falar contigo. - disse Karina, desviando de um dos chutes altos do rapaz. - Eu e o Pedro vamos morar junto.

– Uau, esse é um grande passo, hein. Dou 5 reais que isso acaba em duas semanas.

– Valeu pela confiança, Cobreloa.

– Eu te conheço, K. Não sei como se aguentaram tanto tempo. - disse o rapaz rindo e tendo como resposta um direto na cara.

– Você não é o PhD em relacionamento não, Cobra. Não namorou ninguém nesses anos que você tá aqui no Rio.

– É, tô esperando a garota certa.

– Viu? Depois quer zoar as minhas coisas com o Pedro.

– Tá, tá bom. Não sou o especialista nisso, mas sabe no que sou?

– No quê?

– Muay thai. - disse o lutador enquanto prendeu-a num clinch.

A garota debatia-se tentando se soltar, mas o rapaz não afrouxava, até que ela o deu uma rasteira. Tomando aquilo como vitória, Karina desceu do ringue e retirou seu equipamento. Enquanto isso, Cobra se aproximou e disse:

– K, cê tem certeza sobre esse lance de morar junto? Não tô querendo te fazer repensar, apenas pensar melhor.

– Cobra, eu gosto muito do Pedro. Eu amo ele, é sério. Eu nunca fui a melhor das sentimentais, mas ele me dá essa vontade de querer ser uma pessoa cada vez melhor, de agradar e tornar-me cada vez mais dele. Tanto quanto ele faz isso por mim. Cara, eu sou até noiva dele.

Ao terminar a frase, a lutadora ouviu uma melodia vindo de um violão e reconheceu uma voz que, embora desafinada, cantava a música preferida dela.

– " Você, é a Definição de Perfeição

Dona do meu coração

Meu amor, minha paixão

Se tornou minha obsessão

Quero que você seja minha

Por ti eu perco a linha

Quero sempre você ao meu lado

Esquentadinha..."

Ao olhar para trás, encontrou Pedro com seu lindo sorriso exibido em seu rosto e seu violão nos braços. A garota correu para os braços do roqueiro e o beijou.

– Ai, eu tenho ou não tenho o melhor namorado do mundo, meu guitarrista?

– Deve ter sim. Ele parece ser um cara bem foda esse tal de Pedro. - disse o rapaz, rindo, e partindo para mais um beijo.

– E aí, moleque, veio fazer o que aqui?

– Eu vim te chamar pra gente ver se acha algo nos classificados pra gente. Que que você tem em mente?

– Acho que uma mansão é uma boa, hein.

– Tô falando sério, ô, lesada.

– Ó, vou esquentar sua cara.

– Que meda - disse o rapaz, se arrependendo ao terminar de falar pois tomou um soco em seu braço.

– Ô Pedro, que horas são?

– Vai dar meio-dia, por quê?

– Ah, Pê, minha aula daqui a pouco vai começar. Será que você não pode me esperar na secretaria?

– Melhor, vou fazer uma visitinha lá na Ribalta. Faz tempo que não vou lá.

– Isso, aproveita. Até logo, meu guitarrista. - disse K, despedindo-se do rapaz com um beijo.

– Até, Esquentadinha.

Depois de subir as escadas, Pedro virou-se pra trás, apenas pra encontrar Karina e Cobra conversando um com o outro. Nem essa supresa que havia feito fez ela parar de dar nem que fosse um pouco de atenção ao lutador.

Pedro passava apressado pelos corredores. Apesar de querer cumprimentar todos os professores, havia um em especial que ele queria ver. Nando Rocha era o dono da Ribalta e foi ele quem permitiu que Pedro estudasse na escola de artes após ser reprovado. Também foi Nando quem tomou a iniciativa de criar a banda da Galera da Ribalta. Ao entrar na sala do diretor, porém, só encontrou Edgar e René, conversando.

– Oi, gente. - cumprimentou Pedro.

– Pedrinho, quanto tempo! Última vez que te vi foi no aniversário da Aninha. Como é que tá? - perguntou René.

– Ah, tô bem. A banda tá fazendo sucesso, eu e a Esquentadinha vamos bem. A gente vai até morar junto.

– Ai, minha nossa. Já vi que essa casa vai ser uma zona de guerra. - brincou Edgar. - E aí, o sucesso já subiu sua cabeça?

– Claro que não, Ed. Minha cabeça vive nas nuvens, mas cê sabe que sou pé no chão. Cês sabem onde é que o Nando tá?

– Ah, o ogro está dando a aula dele para gerar mais gente insubordinada.

– Tipo eu?

– Exatamente.

– Ok, tô indo lá.

Depois da conversa com os antigos professores, dirigiu-se à sala do mentor com cautela. Queria o surpreendê-lo.

– Aí, galera, eu tô armando pra ver se a gente consegue abrir algum show grande. Tô vendo com meus contatos mas tá meio difícil. Eu posso tentar ver com os meus antigos alunos, que que cês acham? - disse Nando para um de seus atuais alunos

– Ah, não. Não curto nem um pouco eles. Nossa banda dá de 10 a 0 na Galera da Ribalta. - disse uma voz oculta pelo corpo de Nando.

– Ah, é mesmo? Interessante saber disso. Mal chegaram e tão se achando? - disse Pedro, rindo?

Ao virar-se, Nando revelou os integrantes da banda. Eram quatro. O guitarrista era um garoto loiro bem pálido com um piercing no lábio inferior e o cabelo arrepiado. O baterista era um rapaz que lembrava muito Rominho, porém, tinha dreads. O tecladista era um garoto de cabelo raspado que possuía algumas tatuagens no braço e a baixista era quem mais chamava atenção. Com uns olhos verdes muito bonitos, a garota não só tinha o lado esquerdo da cabeça raspado como também havia pintado o cabelo de rosa.

– Pedroso, há quanto tempo. Que saudades. - disse Nando.

– Ah, você é aquele bosta do guitarrista, né? - perguntou o guitarrista. - Eu sou o Ricardo, o do dread é o Otávio, o da tatuagem é o Tarcísio e a do cabelo rosa é a Mel. Nossa banda é a Kickass.

– Sim, eu sou o guitarrista de bosta de uma banda que faz muito mais sucesso que uns merdinhas que nem um show decente devem ter feito com uma banda de nome ridículo.

– O nome da nossa banda é ridículo, senhor Galera da Ribalta? Nossa, ok. Pelo menos eu sei cantar, amigo.

– Ah, mas não canta melhor que a Sol nem nos teus sonhos.

– Não sou o vocalista.

– E quem seria?

– Eu. - disse uma voz atrás de Pedro.

Ao virar-se, deparou-se com uma garota linda. Tinha os cabelos castanho escuros e um forte batom vermelho estampado em sua boca. O rapaz também notou que em seu braço direito tinham algumas tatuagens. Ela encarou o garoto por alguns segundos, sorriu e finalmente pronunciou-se.

– Prazer. Meu nome é Vicki.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, pessoal, esse foi o capítulo. Não sei se perceberam mas o circo tá armado. Essa temporada vai ser cheia de ciúmes por parte do casal. Não fiquem com raiva de mim pela Vicki, ok? OK, vamos às perguntas.

BiiPerina: O que você está achando da entrada da ridicula da Vicki e da primeira vez Perina?

Eu me amarrei na entrada da Vicki. Primeiro que já que o Pedro tem o Cobra pra sentir ciúmes, achei legal arranjarem alguém pra ser o oposto pra K. Outra, a própria personagem é um oposto dela e uma forma de tentar o Pedro, o que não vai rolar porque ele ama a K. Vai fortalecer o relacionamento pela parte de ambos, na minha opinião. E sobre a primeira vez, acho que a entrada da Vicki vai ser algo que vai ajudar muito nisso. Karina vai ver que "se ela não quer tem quem queira" e considerar mais a primeira vez. Talvez até mudar um pouco do jeito bruto dela em relação a isso.

Bom, foi isso. Gente, recomenda, mostra pra amiguinhi de FC, colabore. Eu gosto muito de ver que tem gente curtindo e isso só me incentiva a fazer mais.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Definição de Perfeição - Segunda Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.