Amnésia escrita por Enchantriz


Capítulo 1
Capítulo 1: Amnésia


Notas iniciais do capítulo

Como diz o Jax: "Surpresa, eu voltei!"



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Em uma tarde de verão comum em Ionia, no templo da Ordem das Sombras, o Mestre das Sombras Zed caminhava por entre seu exercito, apenas observando treinarem arduamente. Ele foi até o final do longo corredor que dava aos fundos do templo e parou encostando-se em uma das pilastras com os braços cruzados.

Hora ou outra, Syndra a Soberana Sombria, treinava junto com a Ordem das Sombras, que mesmo sem a magia tornava-se um desafio para os ninjas que mal conseguiam chegar perto com sua agilidade e leveza nos golpes. Zed bufou ao ver a aliada derrotar três de seus seguidores de uma só vez.

— Facil! – gabou-se em um sorriso vitorioso, as mãos na cintura e o pé direito em cima da cabeça de um dos ninjas.

— Você tem que parar de vir aqui e ficar distraindo os meus soldados. Isso é um saco! – reclamou de mau humor.

— Esta frustrado só porque uma garota conseguiu derrotá-los.

— Você apenas é mais ágil, nada como mais uma semana de treino para você estar no lugar dele. – apontou pro ninja no chão que estava sendo pisado.

A maga riu se divertindo da situação, em seguida, se afastou um pouco dos ninjas e se inclinou em direção ao chão fazendo uma serie de flexões sem parecer cansada. Zed a observou impressionado. Era um pouco difícil acreditar que a jovem com seu esbelto corpo tinha uma grande resistência física. Ele sorriu por debaixo da mascara de ferro fazendo Syndra lhe direcionar os olhos e levantar.

— Quer tentar a sorte, Mestre das Sombras? – ela voltou a sorrir cruzando os braços, convencida.

Zed gargalhou se aproximando da maga.

— Não pense que sou como os meus subordinados, – deslizou os dedos por seu rosto. – você vai precisar mais do que um rostinho bonito e técnicas avançadas para me vencer, Soberana Sombria.

— Humpf! – ela afastou o rosto da mão do ninja, emburrada, virou-se dando de cara novamente com Zed que havia trocado de lugar com sua sombra. – O que pensa que esta fazendo? – perguntou irritada, o enfrentando.

— Apenas a deixando irritada.

— Huh?

Syndra abaixou a cabeça abafando um riso, não podia deixar de rir da forma como Zed conseguia a provocar tão facilmente.

— Você é um saco! – o repreendeu com um sorriso sínico nos lábios antes de socá-lo o estomago em um movimento rápido, fazendo o ninja desprevenido se encurvar um pouco, em seguida, ela se inclinou para trás acertando os pés em seu queixo e se afastando um pouco para passar umas das pernas pelos pés do homem que se desequilibrou e caiu para trás ao mesmo tempo em que a jovem se pôs a sentar em cima de seu estomago, as mãos em seu ombro o pressionando contra o chão. – Acho melhor pensar bem antes de me deixar irritada. – voltou a sorrir o encarando, seu cabelo preso caindo pelo ombro.

— Isso é trapaça. – comentou retirando alguns fios do cabelo prateado de sua mascara.

— Claro que não! A partir do momento que você é mais alto e pode usar sua sombra a seu favor, eu tenho o direito da vantagem.

— Esperta, mas nem tanto. – avisou em um sorriso vitorioso quando projetou sua sombra atrás de Syndra, passou os braços por seu pescoço ao trocar de lugar com a sua sombra viva a enforcando por alguns instantes antes de empurrá-la contra o chão. – Sou muito mais forte que você, admita. – disse agachado do lado da jovem deitada.

— Jamais! – Syndra trouxe a cor roxa de seus poderes para seus olhos, suas três esferas surgiram do chão voando em direção a Zed que se afastou desviando seguidas vezes do ataque.

O Mestre das Sombras gargalhou se divertindo quando as esferas voltaram a rodear a Soberana Sombria flutuando em sua frente.

— Não consegue nem levar um tombo que já apela para a magia. – provocou ele cruzando os braços.

— Foi você quem começou, esqueceu? – ela apontou para o pescoço, o lembrando que tinha usado seu poder primeiro. – Quem é que não conseguiu levar o tombo quieto?

— Tsc! Você leva as coisas muito a serio. – resmungou um tanto irritado.

E foi a vez de Syndra rir da situação. Era comum os desentendimentos entre os dois, mas eles se entendiam de um jeito só deles.

— Ei, cuidado! – avisou quando viu a jovem maga voltar a colocar os pés no chão em cima de uma das shurikens de seus discípulos.

— Waah! – gritou ela ao se desequilibrar.

Rapidamente, Zed teleportou-se para perto, mas antes que pudesse segurar Syndra, ela o puxou pela camisa, o fazendo cair junto a si no pequeno lago atrás. A cristalina água do raso lago espirrou para os lados enquanto as carpas douradas nadavam descontroladas entre os dois humanos. O homem retirou a mascara de ferro com os olhos fechados, balançando a cabeça para retirar o excesso de água que escorria.

— Eu não acredito nisso! – ouviu Syndra reclamar irritada antes de tossir.

— Você esta bem? – perguntou Zed a vendo embaixo de si com os olhos fechados e o cabelo molhado grudado em seu rosto.

— Argh! Meu olho está ardendo! Ah! – colocou as mãos no rosto.

De repente, algumas pedras pequenas começaram a levitar quando o chão estremeceu e a água do lago ficou agitada com o descontrolo do poder da maga.

— Ei, Syndra!

— Ai! – exclamou. – Eu não consigo enxergar! Aaaaaah!!! – gritou enraivecida fazendo a lanterna oriental que decorava o centro do lago explodir em vários pedaços, obrigando o ninja a fechar os olhos e abaixar a cabeça para se proteger dos estilhaços.

— Dá pra se acalmar! – berrou irritado expelindo a água que escorria pelos lábios.

— Não! Não dá!

Ouviu outro estrondo de uma das partes do lago explodindo.

— Droga! Desse jeito você vai acabar com tudo aqui, sua idiota! – voltou a abrir os olhos vendo a confusão em volta. – Syndra! Assim não dá! – protestou segurando firme seus ombros. – Olha para mim! – ordenou fazendo a jovem piscar os olhos prateados embaçados, um tanto avermelhados.

— Para de grit--

Syndra parou de falar ao ver o quão perto estavam do rosto um do outro, suas respirações se chocando.

— Desculpe... – murmurou perdida na intensa cor dos olhos rubis, mas trazendo a estabilidade ao normal.

Eles se entreolharam em silencio tentando controlar os batimentos cardíacos acelerados devido à aproximação. Sabiam muito bem o que sentiam um pelo outro, mas devido à situação em que estavam eles não admitiram seus sentimentos e falariam o medo de que tinham de perder um ao outro naquele mundo tão distorcido, não poderiam se dar ao luxo de ter um amor tão violento.

— Syndra, eu... – iniciou sem desviar a atenção daqueles olhos de tom prateado como a lua.

— Sim?

O ninja lentamente se aproximou dos lábios da maga que fechou os olhos ao sentir a aproximação da boca do homem na sua, porém, um estouro de fogos de artifício os interrompeu. Eles voltaram a olhar um para o outro, estavam tão pertos... só que se afastaram abaixando a cabeça ao perceber o que estavam prestes a fazer.

— Você tem que parar de ser tão atraente. – comentou Zed em um suspiro antes de se levantar. – Eu ainda vou fazer alguma merda, sua imbecil. – avisou irritado enquanto escutou uma sonora risada. – Venha. – estendeu a mão para levantar a jovem. – Esta tudo bem? – perguntou preocupado pelo incidente.

— Sim... – respondeu saindo do lago enquanto ouvia novamente a queima de fogos. – Mas pra que esses fogos todos há essa hora!? – se perguntou sem paciência com o barulho.

— Estão preparando um festival para hoje à noite. – explicou o ninja quando saiu do lago retirando a armadura molhada seguido da camiseta preta, deixando a mostra as marcas que tinha em seu corpo.

— Hunm...

— Algum problema? – estranhou o silencio de Syndra.

— Não. Esse barulho esta me dando dor de cabeça. – arfou ao se virar passando a mão no cabelo preso para escorrer a água, caminhando até a pequena escadaria que dava para dentro do templo. – Vou para casa, já cansei de ficar aqui.

— Ei, Syndra? – Zed chamou atraindo novamente a sua atenção.

— Sim?

— Você quer ir ao festival?

A maga piscou os olhos surpresa com a proposta.

— Porque esta me chamando para sair assim de repente?

— Porque não? – cruzou os braços. – Acho que você precisa sair um pouco daquele templo.

— Não é como se eu estivesse presa nele. – respondeu de mau humor. – Mas, eu não sei... – disse baixo, indecisa se era uma boa idéia.

— Você que sabe. – deu de ombros indo até o templo, passando pela Soberana que permaneceu em silencio.

— Zed, eu--

— Te pego as oito. – o ninja fez um aceno com a mão sem se virar antes de passar pela larga porta corrediça tirando um sorriso dos lábios de Syndra.

— Idiota, eu nem disse se queria ou não... – abafou um riso. Ela voltou os olhos para a bagunça que fizera no enorme quintal. – Acho melhor eu arrumar isso logo. – arfou desanimada.

As horas se passaram e a noite caiu encoberta por belas estrelas no céu limpo. O festival já tinha começado quando Zed e Syndra chegaram à entrada onde tinha um enorme arco cheio fitas coloridas. Antes de entrarem, a maga retirou o elmo negro ajeitando o cabelo.

— Pensei que queria causar uma guerra com os ionianos hoje. – o Mestre das Sombras comentou irônico sobre o elmo que evaporou lentamente das mãos da jovem.

— Adoraria ver a cara da Irelia e da Karma irritadas hoje, mas aposto que é isso que elas esperam, não pense que vou dar esse gostinho a elas. – sorriu triunfante com as mãos na cintura.

Zed retirou a mascara de ferro mostrado os bagunçados cabelos negros acima dos olhos rubis com algumas cicatrizes no rosto.

— Tem certeza que não tem problema? – apontou para o rosto sem a mascara.

— Sim. Não preocupe. – afagou os cabelos brancos.

— Se você diz... – deu de ombros.

Seria um evento aberto dentro das florestas de Ionia, certamente não teria problemas com todos lá apenas para se divertir, e apenas duas pessoas conheciam seu rosto. Tudo estava tão iluminado e decorado em vermelho e dourado. E como havia imaginado, seus olhos reconheceram a maior parte das pessoas ali. Por um momento, desejou fortemente que não encontrasse com seu antigo amigo Shen no meio de toda aquela movimentação.

— Esta tudo bem. – ouviu a voz de Syndra ao caminhar a seu lado. – Com o meu poder ele não vai conseguir te achar aqui. Apenas fique do meu lado.

— Você não acha que usar magia com todo mundo aqui é perigoso?

— E quem disse que estou usando magia? – ela o olhou com um sorriso. – Não é como se eu pudesse lidar com a pressão do meu poder toda hora. – brincou em meio a uma risada sonora.

O ninja arregalou os olhos ao esquecer o quão poderosa era a maga. Syndra tinha um imenso poder inexplicável, mas admirado por todos, e estava tão acostumado com sua presença que mal lhe incomodava a densa pressão do ar a sua volta. Ele abafou um riso desviando a atenção para uma das lojas a qual parou em frente.

— Ei, Syndra? – chamou tendo de volta a atenção dos olhos prateados. – O que acha? – apontou para a vitrine da loja.

Syndra entrou na loja, mas não demorou muito, quando voltou a se encontrar com o homem, ele sorriu ao vê-la vestida com um kimono roxo na altura das coxas todo cheio de detalhes de flores brancas, as mangas quase cobrindo seus dedos.

— Ficou ótimo em você. – admirou a deixando um tanto sem graça, o rosto levemente corado, mas retribuindo o sorriso nos lábios. – Vamos?

Eles voltaram a caminhar por entre a multidão, hora ou outra parando para conversar com algum rosto conhecido, ou simplesmente para comer e beber. A madrugada se aproximava com o final do festival que reuniu todos perto de um enorme lago o qual tinha a lua quase ao centro. Syndra e Zed se afastaram da multidão, apenas os observando de longe colocarem diversas lanternas pequenas na água junto a seus pedidos. Estavam sozinhos em uma pequena praça, o ninja em pé ao lado do banco onde a maga estava sentada com a mesma pequena lanterna em mãos. Ela observou fixamente o objeto por alguns instantes antes de remexer os dedos o fazendo flutuar com sua magia até a água do lago.

— O que você pediu? – perguntou Zed com os braços cruzados, apoiado em um dos postes de luz sem parecer realmente interessado no assunto.

De repente, a queima de fogos iluminou o céu atraindo a atenção de todos com o barulho.

— ...que um dia essa terra santa vá a arruína por tudo que nos fez. – Syndra respondeu firme e calma, os olhos vagos nos fogos de artifício que iluminavam a noite escura.

O Mestre das Sombras não se surpreendeu com as palavras e o tom de voz, sabia exatamente os objetivos da Soberana Sombria, havia passado pelo mesmo que ela e não sossegaria até obter vingança e poder para destruir os fracos lideres de Ionia. Despercebido, o homem sorriu de canto ao pensar o quão ligados estavam.

— Esse dia não irá demorar. – comentou. – Acredite.

— Você estará comigo? – perguntou o olhando diretamente nos olhos rubis.

— Até o fim. – garantiu serio estendendo a mão para a jovem.

Syndra sorriu gentil ao segurar a mão de Zed que a ajudou a levantar.

— Estou cansada, vamos voltar. – voltou a dizer a maga ao andar na frente, mas parou ao ouvir o estrondo de uma enorme explosão. – Não estou com um bom pressentimento sobre isso... – olhou para a densa fumaça que se expandia alguns metros à frente em uma das barracas.

Não demorou muito até que todos ali corressem até o local do acidente.

— É melhor a gente sair logo daqui. – Zed segurou o braço de Syndra a puxando em direção a saída.

— E-ei... – desajeitada, o seguiu as pressas quando, soltou-se bruscamente da mão do ninja desviando de um enorme poste com uma lanterna que fincou no chão a centímetros dos seus pés.

— Olha só quem está por aqui. – ouviram a voz familiar de Jax, o Grande Mestre das Armas. – Me parece que vieram arranjar confusão.

Syndra virou-se com os olhos brilhando ameaçadores para o homem de roxo ao lado do Espadachim de Wuju, Master Yi.

— Controle-se. – avisou Zed colocando a mascara de ferro antes de se virar para os dois rivais, posicionando-se em frente o corpo de Syndra. – Nós não fizemos nada. Estávamos apenas de saída. – respondeu serio, sem se intimidar.

— Interessante. – analisou Master Yi. – É uma grande coincidência os dois banidos de Ionia estarem por aqui bem na hora do desastre.

— Vocês vão cometer um grande erro se derem mais um passo.

— Eu não confio nada em vocês!

— Ótimo, eu já estava ficando entediada. – comentou Syndra em um sorriso.

Os dois homens pularam em direção ao ninja e a maga. Syndra rapidamente formou uma barreira em frente à Zed, impedindo o ataque de Jax ao mesmo tempo em que Zed moveu sua sombra viva para a retaguarda da maga, desviando a espada de Master Yi. Sem delongas, Zed trocou de lugar com sua sombra, tilintando as laminas em seu braço com a do espadachim antes de impulsioná-lo para trás, o afastando.

— O lugar de vocês não é aqui. – avisou o espadachim de mau humor.

— Eu nunca disse que queria ficar nesse lugar imundo. – provocou sorrindo por debaixo da mascara.

— Como ousa...!

Zed se adiantou e moveu sua sombra viva para trás do espadachim trocando de lugar ao jogar duas de suas shurikens o qual o inimigo conseguiu desviar com a espada antes de contra-atacar prendendo novamente as laminas das espadas. E em um movimento rápido, o ninja girou o corpo acertado as laminas de sua arma nas mãos de Master Yi que grunhiu irritado dando alguns passos para trás. Posicionando-se melhor, o ioniano correu em direção ao Mestre das Sombras que novamente voltou a atacar junto com sua sombra, mas sem esforços, Master Yi lidou a se defender e atacar os dois com sua agilidade e precisão, quebrando uma das laminas do braço de Zed que fincou alguns centímetros do lado de Syndra. A maga ereta, ignorou o objeto a seu lado e inclinou a cabeça para o lado chamando o outro adversário para a batalha. Jax bateu a lanterna no chão a fazendo ascender as chamas e a direcionou para Syndra que se defendeu com uma de suas esferas, ele deu um passo para trás girando a arma em mãos antes de contra-atacar novamente sendo mais uma vez bloqueado pela magia da maga, dessa vez, ela sorriu ao expandir suas duas esferas até as mãos do mercenário o arremessando para longe contra uma das árvores, a partindo ao meio com o impacto. O Mestre das Armas se levantou estalando o pescoço, posicionando-se enquanto Syndra estreitou os olhos levantando ambas as mãos à frente, fazendo a cima de seus dedos outra enorme esfera se formar cheia de energia, e ao seu comando, varias outras pequenas esferas saíram em jatos precisos na direção do inimigo. Jax girou velozmente a lanterna em mãos desviando do ataque direto ao correr para a ex-ioniana, e em um salto, com o impacto acertou a arma a centímetros da perna da jovem, ela se inclinou para trás batendo as pernas fortemente na cabeça do homem que cambaleou para trás antes de puxá-la fortemente pela perna e jogá-la contra o chão batendo as chamas do poste em seu rosto, a fazendo rolar alguns metros por entre as folhagens. A Soberana se levantou sentindo o sangue escorrer por sua bochecha levemente avermelhada pela queimadura, enraivecida, estendeu a mão em direção ao inimigo, formando uma esfera envolta de seu pescoço a diminuindo cada vez mais que fechava os dedos lentamente, o enforcando, mas antes que ele perdesse a consciência e o ar, lançou sua arma contra a maga interrompendo sua magia.

— Tsc... – a jovem trincou os dentes irritada ao voltar a flutuar quando Zed parou do seu lado e Master Yi voltou a se juntar a Jax.

— Eles são bons. – comentou Jax em um murmúrio. – Temos que achar uma vantagem...

Master Yi parou os olhos em Syndra ao lado de Zed que mantinha as três esferas rodeando-os.

— Acho que encontrei a nossa vantagem. – ele sorriu vitorioso fazendo a maga franzir o cenho desconfiada. – Pressione o ninja, a garota vai ceder mais cedo ou mais tarde. – sussurrou.

O espadachim correu em direção a maga. Syndra rapidamente movimentou as esferas em frente ao corpo criando varias outras esferas, direcionando-as ao inimigo que desviou as cortando enquanto se aproximava. E em um salto, Master Yi virou a lamina da espada para o rosto da maga indiferente com a aproximação por ter bloqueado o ataque com uma de suas esferas enquanto outras duas se juntaram em uma só em frente ao corpo do homem.

— Melhor pensar rápido. – sorriu confiante segundos antes de remexer os dedos fazendo inúmeras esferas o acertar atravessando o estomago, em seguida, ela o arremessou brutalmente contra varias árvores ao fundo até o corpo cair cansado no chão.

— Vadia... – murmurou ele irritado entre os dentes ao tentar se levantar com o sangue escorrendo em mãos, mas antes que se ajoelha-se, olhou para cima ao estranhar uma enorme sombra se formar a sua volta. – Droga...! – praguejou segundos antes de uma enorme árvore cair em cima de si.

Syndra voltou a sorrir vitoriosa quando ouviu um pequeno ruído de pedras caindo e se virou em direção a Zed. E por um erro, o Mestre das Sombras caiu a centímetros do penhasco dando a chance de seu inimigo pular em cima de si com a arma devidamente posicionada em mãos, porém, antes que tivesse a chance de desviar do ataque, o ninja piscou os olhos surpreso ao ver uma barreira de energia roxa se formar a sua frente.

— Não! – berrou ele olhando para o lado segundos antes de ver Master Yi atravessar a espada a centímetros do coração de Syndra que permaneceu imóvel com os olhos arregalados.

Em choque pelo golpe e a dor, ela tocou o chão trazendo seus olhos prateados de volta ao fechar as mãos na lamina da espada.

— Não... – murmurou o ninja para si mesmo sem acreditar em seus olhos.

Rapidamente Zed moveu uma sombra para perto de Master Yi, trocando de lugar em segundos e correndo para cima do adversário com as laminas bem posicionadas em seu pescoço, mas antes que pudesse chegar mais perto para dar o golpe, Jax saltou para o lado de seu amigo girando sua lanterna nos dedos, pegando força o suficiente para atingir a cabeça da maga e a arremessar do penhasco.

— SYNDRAAAA! – berrou ele ao se recompor e saltar do penhasco sem pensar duas vezes, conseguindo alcançar no ar a mão da maga desacordada.

Prestes a cair entre as pedras, ele a abraçou virando as costas para o chão sentindo o impacto da queda.

— ...merda! – arquejou com a dor ao se levantar e olhar para cima despreocupado com os inimigos que não o perseguiu. – Ei, Syndra! Acorda! – se sentou com a jovem nos braços a vendo abrir os olhos lentamente com a visão embaçada pelo sangue que escorria de sua testa. – Syndra! – a chamou desesperado sentindo o liquido quente escorrer por seus dedos. Ela abriu a boca, mas sua voz não saiu, apenas tossiu com o sangue transbordando de seus lábios, os olhos atordoados mostrando a dor e a dificuldade em respirar. – Syndra! Syndra! Argh! Droga!!! – o ninja olhou a sua volta tentando pensar em algo, algum lugar próximo onde pudesse ter ajuda. Enfurecido, correu até o templo mais próximo com a maga nos braços. – Agüente firme! Por favor! – dizia tentando manter Syndra acordada. – Estamos quase lá. Por favor, Syndra! – mas, minutos antes de chegar ao local Syndra fechou os olhos vagarosamente e suas mãos escorregaram pelos ombros do ninja. – Syndra!!!

Zed invadiu o templo à frente fazendo todos ali pararem assustados ao vê-lo segurar a garota ensangüentada nos braços, o sangue escorrendo por seu corpo, inundando o chão de madeira. O templo da Ordem de Kinkou. Seus antigos amigos, Shen e Kennen o olharam boquiabertos enquanto Akali colocou as mãos na boca aterrorizada pela cena.

— Alguém a ajude! Por favor! – pediu ofegante. – Por favor! Vocês têm que ajudá-la! Ela esta morrendo!!! – disse desesperado.

— Como você ousa vir até aqui!? – Akali logo vociferou após o choque.

— Espere. – Shen impediu Akali de prosseguir. – Me de um bom motivo para ajudá-lo depois de tudo o que fez? – perguntou serio dando um passo a frente.

Não era do feitio de Shen negar ajuda em tais condições, mas nunca perdoou Zed por tudo o que lhe fez na infância, e muito menos imaginou que um dia o veria implorar por sua ajuda. Precisava ter uma prova de que aquilo não era mais uma desculpa. Imediatamente, viu seu antigo amigo retirar a mascara de ferro e a jogar no chão.

— Eu não me importo com o que pense e faça comigo, mas eu preciso que ela fique viva, Shen! – respondeu serio olhando fundo nos impressionados olhos cor de mel do rival.

Shen arregalou os olhos surpreso ao perceber a sinceridade nas palavras, sorriu por um breve instante pela mudança súbita de Zed. Sem medo, retirou a mascara azul mostrando o rosto calmo e os lisos cabelos claros bagunçados, caminhou até o ninja de vermelho e pegou cuidadosamente Syndra nos braços.

— Farei tudo o que eu puder para salvá-la. Eu prometo. – o assegurou. – Que fique claro, estou fazendo isso por ela, não por você. – a levou para dentro de uma das salas onde Kennen e Akali correrem para ajudar.

As horas passaram devagar embora a inquietação dentro de Zed continuasse a mesma. Estava a horas sentado calado perto de uma pilastra, observando a lua sumir na água cristalina do lago a frente. Perdido em seus pensamentos, ele voltou a colocar sua mascara de ferro ao ouvir o ranger da porta.

— Você parece cansado. – comentou Shen ao se aproximar.

— Como ela está?

— Ela vai ficar bem. É realmente uma garota bem forte.

— Eu quero vê-la. – levantou indo até a porta por onde Shen saiu.

— N-não! – tentou impedi-lo. – Você não vai gostar de como ela esta...

Zed parou em frente à porta observando Syndra na cama incubada, com um aparelho respiratório. Sentiu seu coração apertar e a raiva subir-lhe a cabeça. Ele abaixou o rosto socando a parede irritado ao trincar os dentes.

— Eu juro que vou matar aquele desgraçado... – murmurou dando a volta.

— Se você sair por aquela porta, com certeza irão vir atrás dela. – avisou. – Eu não vou impedir ninguém de levá-la daqui. É apenas uma questão de tempo até descobrirem que vocês dois estão aqui. – suspirou pesado cruzando os braços. – Eu não sei se foram vocês ou não que causaram toda a confusão mais cedo, mas eu não acho certo se aproveitar da situação em que estão para puni-los. Se ainda lhe resta um pouco de consciência, não deveria sair do lado dela. – Zed não o respondeu, e não era preciso. Shen conhecida bem seu rival, sabia que embora estivesse louco por vingança não deixaria a garota sozinha. – Ela ainda não consegue respirar direito sem os tubos, mas vai ficar bem. Você pode ficar aqui se quis...

— Obrigado. – o interrompeu. – Obrigado por tudo, Shen. – agradeceu sem olhar para o outro ninja que voltou a sorrir surpreso.

— Éh, quem diria que sua fraqueza seria uma mulher, ainda por cima, a Soberana Sombria. – abafou um riso ao dar as costas e sair do local.

O Mestre das Sombras entrou no quarto e sentou na cadeira que tinha do lado da cama.

— Tsc! Você só me dá trabalho... – suspirou pesado sorrindo de canto por baixo da mascara.

A noite passou rápido, não demorou até que o ninja pegasse no sono e amanhecesse. O sol quente batia forte no rosto de Syndra que abriu os olhos vagarosamente observando o teto, ela olhou para os lados e logo se sentou assustada ao ver as emendas em seu corpo, confusa, arrancou os aparelhos os jogando no chão.

— Ei! Vai com calma! – Zed segurou sua mão, a impedindo de continuar. – Esta tudo bem. Esta segura.

— Me solta! – disse irritada saindo de cima da cama, afastando-se de Zed enquanto ajeitava o kimono roxo que caia em um de seus ombros. – Quem você pensa que é pra me impedir? – vociferou.

— O que?! – murmurou estranhando a reação da jovem. – Syndr--

— Fica longe de mim! – seus olhos brilharam quase em um tom negro fazendo suas três esferas rodearem seu corpo.

— O que esta acontecendo aqui?! – Shen entrou na sala as pressas ao ouvir a bagunça.

— Shen!? – ela olhou surpresa para o ninja de azul e deu um passo para trás. – Seja lá quem foi que mandou vocês dois atrás de mim, o plano de vocês não vai dar certo. – avisou seria, desconfiada.

Zed arregalou os olhos surpreso, mas logo riu baixo sem acreditar no que acontecia.

— Você esta louca! – comentou de mau humor se aproximando da Soberana Sombria. – Certo, isso não tem graça Syndra. – estendeu a mão para tocá-la.

— Eu disse para ficar longe de mim! – manipulou uma de suas esferas em direção ao ninja que não desviou da magia colocando o braço à frente o qual se feriu com algumas queimaduras.

— Você não lembra? – perguntou Shen sem acreditar no que via. – Você sofreu um acidente e o Zed te trouxe até aqu--

Ela gargalhou.

— Acha mesmo que vou acreditar nessa historia ridícula? – sorriu convencida. – Eu me lembro muito bem de ter lutado contra você, Mestre das Sombras. – direcionou os olhos enraivecidos para o ninja de vermelho. – Eu não sei o que vocês pretendiam fazer comigo, mas foram burros demais em tentar me salvar. Isso não vai ficar assim.

— Você esta cega! Syndra, pense bem... Foi ele qu--

Shen parou de falar ao ver a maga lhe dar as costas e sumir por entre sua magia. O silencio permaneceu por alguns instantes na sala.

— Eu sinto muito. Eu sei que...

Zed levantou a mão para que parasse com a falação.

— Ela viva já é o suficiente. – disse firme ao erguer a cabeça serio. – Agora, como saiu daqui? Esse lugar esta me dando dor de cabeça. – passou pelo rival como se nada tivesse acontecido.

Shen olhou para Zed surpreso pelas palavras, sabia que não eram verdadeiras, de alguma forma queria poder fazer algo para reverter a situação, porém isso não era algo possível. E antes mesmo que percebesse, o ninja já havia ido embora.

Zed voltou para a Ordem das Sombras, seus discípulos o recepcionaram contentes pela sua volta embora ele não sentisse o mesmo. Com poucas palavras, ele foi direto para seu quarto e olhou para a janela, onde uma vez tinha visto Syndra treinar com seus discípulos. Seu coração apertou com a lembrança o fazendo trincar os dentes, e em um urro de raiva, retirou a mascara jogando-a contra a parede, virou-se e revirou a cômoda para o chão quebrando tudo que estava em cima, depois parou em frente à porta a qual socou e tombou para trás.

— Esta tudo bem, mestre? – perguntou preocupado um de seus homens o vendo ofegante.

— Eu preciso de um tempo. – colocou a mão no ombro do outro ninja antes de sair do quarto. – E há alguém que preciso descontar minha raiva também.

Não acreditava no que estava acontecendo, havia falhado com a pessoa errada, e agora não tinha mais volta. Estava tudo perdido depois de anos.

Longe dali, Syndra encontrava-se sozinha em seu templo. Ela encostou-se na porta de seu quarto e escorregou lentamente até o chão, retirou o curativo entre os seios vendo o corte ainda avermelhado em sua pele.

— Porque eu sinto como se algo estivesse faltando? – sussurrou sem acreditar nas palavras, sentindo o desespero subir-lhe a garganta. Seus dedos tremiam com o nervosismo. – Eu devo realmente estar ficando louca... – abafou um riso ao revirar os olhos para o teto, o coração acelerado. – O que eu estava fazendo ali? Eu me recordo bem de ter jurado nunca tocar os pés naquele maldito lugar! E porque aquele ninja imbecil ficou tão atencioso comigo quando acordei? – se perguntou sentindo a cabeça doer quando lembrou do homem lhe atravessar a espada. – Droga...! – praguejou confusa.

Alguns dias se passaram, e tudo estava de volta a ser como era antes... A Soberana Sombria passava as tardes aprimorando seus poderes enquanto o Mestre das Sombras trabalhava arduamente para manter o controle da Ordem das Sombras. Hora ou outra, despercebido durante a madrugada, Zed observava Syndra dormir, a vendo muitas vezes ter insônia e perder o controle de seus poderes. A cada dia que passava, sentia-se cada vez mais culpado pelo incidente.

— O que é que eu estou fazendo? – se perguntou em um longo suspiro retirando a mascara de ferro e colocando na cômoda ao lado de sua cama.

Zed não gostava de ter que ficar espionando Syndra para saber se estava bem, aquela sensação de que eram completos estranhos o irritava. Sabia que a maga conseguia se virar sozinha melhor que qualquer um, mas algo o deixava agoniado e inquieto com essa situação. Não conseguia acreditar que Syndra não o reconhecia mais depois de tanto tempo.

— Isso não pode realmente estar acontecendo... – comentou de mau humor ao sentar na cama passando a mão nos cabelos negros. – Tsc! – trincou os dentes apertando a mão em punho. – Eu preciso trazê-la de volta de alguma forma.

Decidido, no dia seguinte foi até o templo onde se encontrava a jovem maga.

— Syndra! – chamou serio o ninja entrando pela grande porta do salão principal.

— Como você conseguiu chegar até aqui!? – Syndra que subia as escadas parou o olhando irritada com a intromissão.

— Nós precisamos conversar, Syndra.

— Eu não tenho nada para falar com você. – lhe deu as costas, indiferente. – Saia daqui antes que eu mesma faça isso.

— Você precisa me ouvir! – segurou firme a jovem pelo braço, a obrigando o olhar nos olhos rubis por trás da mascara.

— Me solta... – ordenou irritada, os olhos tornando-se ameaçadores no tom roxo. – Você é insuportável!

— Me escuta! – pediu impaciente. – Você tem que se lembrar do que aconteceu!

— Eu me lembro de tudo claramente, não preciso da sua ajuda. – tentou se soltar da mão do homem. – Me larga!

— Não! Você sabe de nada! Eu estava lá... é por minha causa que você esta assim, eu não consegui protegê-la a tempo. Você precisa lembr--

— Mas eu não lembro! – berrou desorientada, o olhando confusa por um instante. – Eu não sei quem é você e o que tanto quer comigo, e eu não quero saber. Eu não me importo. – explicou normalmente soltando-se dos dedos masculinos. – Me deixa em paz... – pediu ao voltar a lhe dar as costas subindo os degraus.

O Mestre das Sombras permaneceu imóvel por alguns segundos, absorvendo irritado as palavras de Syndra que repetiam em sua mente. Não havia como trazê-la de volta, era apenas uma questão de tempo para que todas aquelas memórias sumissem junto. Ele levantou a cabeça para olhar a maga que o observava indiferente, os belos olhos prateados vazios e frios. Então, seguiu seu caminho até a porta.

— Espera. – Syndra o impediu de prosseguir. – Como conseguiu chegar até aqui?

— Você não acreditaria se eu contasse. – respondeu sem olhá-la antes de sumir do local.

Um mês se passou na monótona Ionia, Zed não mais havia pensado em Syndra, tinha se perdido totalmente em seu trabalho para esquecer-se de suas falhas, mas um dia, em meio a seu trabalho uma pedra caiu de seu traje. Ele pegou do chão o pequeno diamante negro que uma vez foi usado para ir até onde a Soberana Sombria morava.

— Acho que esta na hora de dar um fim a isso. – disse a si mesmo olhando para o céu de nuvens carregadas.

E naquele céu chuvoso, a alguns metros dali, flutuando estava a enorme fortaleza da Soberana Sombria que observava as gotas da forte chuva bater no vidro da janela de seu quarto.

— Você não mudou nada.

Syndra rapidamente virou-se assustada trazendo a cor de seus olhos negros repletos de energia ao ouvir a voz masculina.

— O que pensa que esta fazendo!? – vociferou a jovem ao se acalmar quando viu Zed atrás de si, perto da porta. – Pensei que tivesse deixado claro que nunca mais queria vê-lo. Porque não desisti de uma vez? – cruzou os braços. – Eu já estou ficando impaciente.

— Não se preocupe, não vou perturbá-la. Apenas vim entregar isso. – jogou-lhe a pequena pedra negra a qual a maga pegou precisamente.

— O que é isso?

— É o único meio que tenho para vir até aqui. – respondeu. – Eu não sei como lhe dizer isso, mas, foi bom conhecê-la Soberana... Adeus. – despediu-se serio antes de caminhar para fora do quarto.

Por mais que não quisesse que o rumo fosse esse, não admitiria o quanto estava se sentindo perdido em relação à jovem maga, mas ele não voltaria atrás. Zed estava prestes a sair daquele templo, mas de alguma forma, algo o impedia de prosseguir. Ele suspirou pesado retirando a mascara de ferro e a jogando irritado no chão de pedras encharcadas pela forte chuva.

— Mas que merda que eu estou fazendo...! Droga! – disse passando a mão no rosto antes de olhar mais uma vez para o templo atrás de si.

Sua mente gritava desesperadamente para voltar até lá. Não conseguia deixar de pensar que todos aqueles anos que passou ao lado de Syndra foram embora e que acima de tudo, havia falhado em protegê-la. Ele direcionou os olhos pensativos para a janela do quarto da maga por um instante, abaixou a cabeça a balançando negativamente. E lá em cima, em seu quarto, Syndra olhava para aquela pequena pedra em suas mãos, algo lhe chamava demais a atenção além do brilho negro de sua magia.

— Eu criei isso? – se perguntou a girando entre os dedos, estreitando os olhos. – Porque eu não me lembro...

Uma dor aguda a atingiu na cabeça, a fazendo fechar os olhos com força. E por um segundo, uma voz masculina encheu sua mente ao mesmo tempo em que as lembranças apareceram.

— “Você estará comigo?”

— “Até o fim.”

Syndra arregalou os olhos surpresa deixando a pedra cair de seus dedos e tilintar no chão.

— Zed... – murmurou recobrando a memória ainda confusa, e sem pensar duas vezes, virou-se apressada dando de cara com o ninja a poucos centímetros. – Zed? Me desculpe eu lemb--

O ninja a interrompeu ao colocar as mãos em seu rosto e pressionar seus lábios contra os dela, a surpreendendo, mas não demorou muito até que ela fechasse os olhos e aceitasse aquele beijo. Seus lábios frios moviam-se contra os dela que se abriram o fazendo passar lentamente a língua quente pela dela. Molhado e frio, assim era o sabor de sua boca a qual desejava cada segundo que sentia os lábios de Syndra se moverem pelos seus, mas tê-la assim em seus braços era tudo o que queria naquele momento. Depois de tanto tempo, depois de tudo, não poderia perdê-la de novo. Zed separou seus lábios dos de Syndra, estava um tanto ofegante enquanto a olhava diretamente nos olhos confusos tentando recuperar o ar.

— Casa comigo? – disse serio e direto sem desviar a atenção. – Eu amo você, Syndra. Soube disso no minuto em que a conheci. Eu não sei como isso foi acontecer ou porque, mas eu preciso de você.

A Soberana Sombria não respondeu, apenas piscou os olhos boquiaberta com a pergunta repentina, sentindo o coração acelerado. Com o silencio, Zed abaixou a cabeça em um longo suspiro antes de voltar a olhar serio para a jovem à frente.

— Esqueça o que eu disse! Eu n--

— Eu aceito. – ela respondeu o olhando nos olhos rubis surpresos.

— Você o que...? – ele repetiu quase sem entender. – Esta falando serio?

— Sim. Você não?

O ninja sorriu e abraçou a maga encostando sua cabeça em seu ombro enquanto beijou-lhe os cabelos puramente brancos.

— Nunca falei tão serio.


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Notas finais do capítulo

Quero pedir desculpas se ficou muito cansativo de ler pelo texto ter ficado grande, mas não queria ter que separar em capitulos. E novamente, sou pessima em descrever lutas, então, espero que tenha dado pra entender e tenham gostado, =)



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