–Não chora meu amor!- acordei lentamente com a voz dela, nem havia percebido que estava chorando.

–Eu estou bem e você como está se sentindo?

–Dificuldade para respirar e minha cabeça dói muito.- sua voz era fraca e cansada.- Deita aqui comigo por favor?

–Claro minha princesa, descanse você precisa.

–Só não me deixa.- sua voz saiu baixa enquanto sua mão segurava minha mão, não com tanta força como queria, mas foi o necessário.

Rachel me abraçava com força até pegar completamente no sono, sua pele estava gelada, sua respiração fraca e calma, observei o doutor entrar no quarto e sua face aparentava estar mais tranquila e seu corpo relaxado.

–Estamos conseguindo controlar a doença, ela agora está bem fraca porque não teve uma noite muito agradável, mas logo ficara bem e receber alta hoje mesmo.

–Obrigada doutor, e sobre as nacionais acha que ela poderá ir?

–Isso é um assunto delicado Santana, podemos conversar depois?

–Só me responde sim ou não?

–Talvez! Preciso acompanhar ela por toda essa semana ai veremos.

–Ela vai conseguir, só ter paciência e acreditar nela como eu acredito.

–Vou pensar okay? Depois que eu der a medicação ela já esta liberada para ir embora.

–Tudo bem.

Rachel

Podemos dizer que essa semana passou voando e aqui estamos todos em Nova York, acabamos de chegar para as nacionais, confesso que foi difícil convencer o medico de que eu estava bem mas com varias insistências ele cedeu, caminhávamos em direção ao hotel e a cada passo que dava me encantava mais por aquela cidade, não vejo a hora de me formar e vim morar aqui, meu sonho e mais do que tudo preciso realiza-lo.

–Você olha pra cidade da mesma forma que olha para mim. Devo ficar com ciúmes??- encarei Santana que sorria enquanto me observava.

–Essa cidade me encanta, só que a minha namorada supera qualquer coisa entende? Ciúmes? não precisa ter não.- sorri me aproximando e roubei um selinho a fazendo sorrir ainda mais.

–Vem!- Santana me puxava pela mão.

–Aonde vamos? Precisamos ir para o hotel e arrumar as coisas.

–Já combinei com a Dany e o Kurt, vamos?

–Vai me levar aonde?

–Não faço ideia.- ela soltou uma risada envergonhada.- Só confia em mim.

–Posso pensar no caso?

–Eu não pensaria muito sabe, porque estar com uma latina tão gostosa assim, não há muito o que pensar!

–Que namorada convencida eu fui arrumar em, acho que vou para o hotel mesmo a não ser que ela faça eu mudar de ideia.

Ao dizer aquilo senti meu corpo ser puxado para perto dela, sua respiração estava acelerada e aquele sorriso que a cada segundo ficava mais perfeito, seus olhos brilhavam e em um rápido movimento seus lábios foram de encontro ao meu, eu amava aquele beijo, eu a amo de uma forma tão inexplicável, seus braços me pressionavam de forma que nossos corpos se colassem mais, senti minha perna bambear e meu coração bater mais forte, Santana se afastou me deixando completamente atordoada.

–Será que podemos ir agora?

–Ir aonde?- abaixei minha cabeça tentando disfarçar a forma que ela havia me deixado.

–Só vem!

Santana entrelaçou seus dedos aos meus e me puxou calmamente até começarmos a caminhar tranquilamente, percebi que não era só eu que estava boba com aquela cidade, Santana parecia feliz e encantada com tudo aquilo, da mesma forma que eu, andamos mais um pouco pelas ruas e avistamos o parque, estava bem cheio mais sem duvida alguma era lindo, olhamos em uma direção que havia varias bolhas, crianças pulavam tentando estourar cada uma delas o que era realmente engraçado e lindo, passamos perto delas e por não resistir me abaixei e comecei a brincar com algumas delas, Santana se abaixou e começou a fazer o mesmo, me observava de forma diferente, não consigo explicar esse diferente, apenas é.

–Qual é o seu nome?

–Sou Rachel Berry e você?

–Me chamo Thomas, você é muito bonita sabia? E quem é ela?

–Sou Santana pequenino, seu nome é muito bonito!

–É um prazer conhecer vocês, querem brincar mais?

–Adoraríamos, mas Rachel precisa descansar meu pequeno.- encarei Santana que me analisava um pouco preocupada.

–Eu estou bem amor!- sussurrei e me virei para encarar Thomas.- Onde estão seus pais?

–Eu não tenho pais, na verdade tenho só que nunca conheci, estou morando no orfanato junto com todas as crianças, vão adorar conhece-las.

–Que tal um sorvete? Vamos pagar para todos, com quem eu posso conversar para pedir autorização?

–Tia Jasmine podemos ir tomar sorvete com elas?- Thomas corria em direção a uma senhora de forma animada.

–Não vejo a hora de ter nossos filhos!- senti seus lábios tocando meu rosto.- Você é incrível.

–Porque você é a única que me completa dessa forma, quantos filhos teremos?

–Vários, muitos, sendo com você já é o bastante, vamos? Acho melhor nós duas conversarmos com ela.

–Sim, é o melhor!

–Olá garotas, fiquei sabendo que querem leva-los para tomar sorvete?

–Sim, vai ser bem rápido, não vamos demorar muito.

–Seus nomes?

–Santana Lopez e Rachel Berry, como a senhora pode notar nós duas amamos criança e acho que é impossível não se encantar por elas, tudo bem para a senhora?- Santana falava calmamente enquanto Jasmine pensava e encarava as crianças.

–Tudo bem, vou abrir uma exceção, tudo bem se eu for junto?

–Claro que sim, porque pelo jeito são muitas crianças.- respondi me sentando um pouco no banco.

–Crianças todas fazendo fila para que ninguém se perca!- Jasmine chamava atenção os preparando.

–Você esta cansada quer ir embora?

–Eu estou bem, quero ficar aqui com você e as crianças.

–Precisa descansar para a competição, não devia ter vindo acho que foi uma péssima ideia.

–Para de me tratar como uma doente, eu estou bem e você sabe disso.- me levantei caminhando na frente ate sentir as mãos pequenas de Thomas sem encaixarem nas minhas.

–Você está triste? Por que brigou com a tia Santana?- ri da forma inocente e como ele chamou a latina.

–Apenas nos desentendemos, as vezes acontece pequeno.

–Obrigada por estar nos levando para tomar sorvete, isso realmente é muito importante.

–Isso também é muito importante para nós duas.- Santana apareceu pegando ele no colo o fazendo rir com tal gesto.

–Deveriam visitar o orfanato mais vezes, as crianças amaram vocês!

–Não moramos aqui, na verdade ano que vem quando nos formamos mudaremos para essa cidade maravilhosa.

–Ficarei muito feliz se vocês nos visitassem lá.

–Vamos visitar sim.

Sentamos em umas cadeiras e ficamos observando as crianças sorrindo e se divertindo com o sorvete, conversavam animadas e repartiam uns com os outros de forma que todos provassem o sorvete uma das outras.

–Amor precisa limpar!- Santana se aproximou passando o lenço sobre meu nariz.

–Obrigada!

–Você esta bem?- Thomas se aproximou colocando as duas mãos em meu rosto e fazendo carinho.

–Estou sim, normal isso!

–Tem certeza?- seus olhos me encaravam preocupados.

–Está sim pequeno, só é um pouco de cansaço.- suspirei sentindo uma certa fraqueza.

–Acho melhor irmos, você precisa descansar, por favor? Eu gostaria de te levar para jantar hoje mas acho melhor não.

–Vou despedir das crianças okay?- tentei me levantar e logo senti uma bambeza que me fez desmoronar.

–Te peguei, calma tá, continua sentada até melhorar!- olhei para os lados e todas crianças me encaravam preocupadas.

–Quer ir para o hospital Rachel??- Jasmine perguntou apreensiva .

–Eu estou bem, Santana pega o meu remédio?- me virei pro lado já sentindo o enjoo, calma respira, respira.

–Aqui esta, toma, respira fundo princesa.

–Crianças vamos despedir das meninas e agradece-las pelo convite.

–Muito obrigada Santana e Rachel!- elas disseram juntas.

–Não precisam agradecer, nós que agradecemos!- tentei dizer mais o enjoo era muito.

Despedimos de todos e dali em diante eles partiram, todos felizes e animados, conversando e brincando uns com os outros, vendo aquela cena comecei a sorrir, Thomas deu uma olhada para trás e assim fez, correu em nossa direção abraçando primeiro a latina e depois me abraçando, logo seguindo seu caminho.

–Ele é tão lindo, lembra bastante você.- Santana se ajoelhou ficando de frente para mim.- Eu te amo muito e me desculpa por qualquer coisa, só estou com medo de te perder.

–Não vai perder, eu prometo e saiba que eu te amo muito mais.