Taking Care escrita por Rayssa


Capítulo 3
Don't Leave


Notas iniciais do capítulo

Galerinha, leiam as notas finais e aproveitem o capítulo :D



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Quando Felicity abriu os olhos, estava suada e sem dor de cabeça. Estava claramente melhor, não perfeita, mas bem melhor. A primeira decisão que tomou, tomar um banho. Foi até o seu guarda-roupa e puxou algumas roupas.

Praticamente correu até lá e caiu no chuveiro.

Oliver havia feito um chá milagroso e ela poderia beijá-lo por isso.

Mas eu não posso fazer isso! Por que o Oliver é um idiota.

Suspirou, vencida pela ideia idiota dele. Enxugou-se. Arrumou-se. Parecia melhor. Estava melhor. Era cerca de sete e meia da noite, por isso, colocou seu pijama de bichinhos favorito e saiu do banheiro.

Precisava fazer um café. Ainda estava cansada, precisava disso.

A campainha tocou. Felicity franziu o cenho, parrando de colocar o pó na cafeteira e caminhou até a porta. Fora idiota o bastante para não perguntar quem era, mal começou a abrir a porta e percebeu isso.

Para sua sorte, Oliver, Roy e Diggle estavam do lado de fora.

– Oi pessoal... – sorriu.

– Belo pijama. – brincou Roy fazendo com que ela ficasse vermelha.

– O que vocês fazem aqui? – franziu o cenho, dando espaço para que eles entrassem. - Não que vocês não possam estar aqui, mas, o que fazem aqui? - já nem lembrava mais do pó de café e da cafeteira.

– Vejo que está melhor. – comentou Oliver deixando-a ainda mais vermelha.

– Já que você não vai até o batcaverna... – brincou Diggle. – Ela vem cuidar de você. – o homem passou os braços ao redor da loira e beijou o topo da cabeça dela. – Como você está?

– Oliver me fez um chá milagroso, estou ótima! – exclamou feliz.

– Lyla fez sopa. – disse, levantando o saco. – Meus planos eram para todos nós jantarmos com você! Mas Roy fez questão de frisar que não suporta sopa. Nenhum tipo de sopa. Nem mesmo doente. – os olhos azuis seguiram até o mais novo presente.

Ele fazia cara de nojo.

– Então, viemos da apoio moral. – brincou o garoto.

Um grande sorriso abriu no rosto de Felicity e essa não resistiu em direcionar o olhar para Oliver. Este sorria amigavelmente enquanto se amaldiçoava por ter chamado Diggle para aquilo. Queria ficar as sós com a quase sua Felicity. Quase sua.

E ela nem sabia disso.

– Eu teria trago a pequena Sara, mas ela ainda é muito vulnerável a doenças. – a mulher assentia antes mesmo que ele terminasse.

– Seria loucura! – exclamou, rindo.

– Eu trouxe baralho. – anunciou Roy, retirando as quartas do bolso do casaco.

Um grande sorriso surgiu no rosto da garota. Cartas lembravam a sua infância.

(...)

Diggle foi o primeiro a sair, precisava estar com sua filha e sua esposa. Roy usou a desculpa de que Thea precisava dele para resolver umas questões da boate, o real motivo era o desconforto que ele sentia por ter perdido oito vezes consecutivas para a garota doente. Teve que repetir milhares de vezes na cabeça que ela cresceu em Las Vegas, com sua mãe trabalhando em um cassino e ainda assim, não fora o bastante.

Oliver havia feito uma promessa a si mesmo, só iria embora quando ganhasse ao menos uma vez, ou quando a garota ficasse cansada de mais de jogar. As horas passaram e por volta de meia-noite, a mulher já parecia exausta.

– Tem certeza que não quer parar? – os cabelos loiros balançaram levemente quando assentiu.

– Nem estou com sono. – murmurou enquanto coçava o olho.

Era uma clara mentira, contudo, ela não queria que ele fosse embora. Tinha medo de que aquele momento calmo que estavam tendo, acabasse quando ele passasse por aquelas portas. Oliver estava se divertindo em ser massacrado no jogo.

– Então... – murmurou o homem. – Você teve uma infância difícil? – a loira negou.

– Não e sim. – suspirou. – Eu era o tipo de garota que as pessoas só se aproximam pelas notas, sabe? – descartou sua carta. – Imagino que você deve ter sido o cara mais popular da escola, acertei? – o homem pegou a carta que ela havia descartado e levantou uma sobrancelha.

– Bem, junto com o Tommy, sim. – fingiu dar de ombros.

– O tipo de cara que fazia questão de botar o pé para eu cair quando era pequena... – brincou, observando a carta que o homem descartava.

– Eu não era tão ruim assim. – murmurou, ele podia ser um mulherengo inconsequente, mas nunca fora esse tipo de cara.

– Para você ter uma ideia da minha situação, eu beijei uma quantidade bem reduzida de homem na minha vida, e mais da metade deles, foi esse ano! – exclamou, irritada.

Oliver franziu o cenho. Então ela havia beijado Barry depois que eles haviam se beijado? Não que ele estivesse realmente surpreso, quer dizer, ele estava. Sabia que já haviam se beijado, só não sabia que havia sido a tão pouco tempo.

Essa informação o chateou um pouco.

– Um deles foi eu. – acusou a si mesmo, fazendo a garota ficar vermelha.

– Exato.

A garota descartou sua carta e ele ficou bastante sorridente, não acreditando no que havia acabado de acontecer.

– Eu venci. – admitiu, colocando as cartas sobre a mesa.

Os olhos da garota expressavam suavidade, não estava irritada por ter perdido.

– Parabéns! – sorriu, gentilmente.

– Acho que é melhor eu ir, você precisa descansar. – apesar de não gostar da ideia, a mulher balançou a cabeça afirmativa.

– Preciso dormir. – confirmou

O homem ficou de pé e a mulher o acompanhou. Caminharam lado a lado até a porta. Havia uma comunicação muda ali. Ele não queria ir, ela queria que ele ficasse. Infelizmente, nenhum deles seria capaz de dizer isso.

Felicity abriu a porta demoradamente e deixou que ele passasse.

– Vejo você amanhã, certo? – perguntou Oliver.

– Claro.

O homem passou os braços pela cintura dela e depositou um beijo no topo de sua cabeça. Ela se sentia uma menininha em seus braços, seu corpo era tão pequeno que praticamente se escondia no meio de seus músculos. Sentia-se segura e não queria que ele fosse.

A mulher passou os braços ao redor do pescoço do homem, havia um sorriso triste que ela não podia ver nos lábios dele. Senti-la tão perto, fazia com que ele a desejasse cada vez mais e sentia a necessidade de tê-la pra si. Ele não queria deixa-la, não queria ir.

– Melhoras. – sussurrou em seus cabelos e se afastou lentamente. – Nos vemos amanhã. – relembrou a mulher, antes de dar as costas.

A mulher encostou a porta e apertou sua fina mão sobre a madeira. Queria ter coragem de dizer aquilo que sentia. Mas sabia que não faria diferença. Com lágrimas nos olhos, escorregou as unhas pela porta, fazendo um leve zumbido nessa.

Oliver parou em frente ao seu carro. Ele estava pronto, porque não simplesmente voltar lá e a beijar?

O homem correu em direção a porta da casa dela e estava pronto para bater quando as luzes se apagaram. Fechou os olhos com força.

Calma! Tudo em seu tempo.

Deu meia volta e decidiu que ele estava pronto. E eles? Eles estariam prontos?

Eles ainda definitivamente precisavam de tempo.

(...)

Yeah! Cupid's got a shotgun aiming at my heart. – cantarolou a mulher, descendo as escadas.

Country. Ela podia não ser a maior fã do mundo, contudo, essa música não parava de tocar no rádio e ira uma daquelas músicas que ficavam na cabeça de qualquer forma.

Continuou cantarolando até chegar o fim da escada e dar de cara com um olhar muito bem focado nela. Oliver não tirava os olhos dela, realmente impressionado com como ela havia melhorado rápido. Parecia ótima.

– Você parece ótima. – exclamou.

– Estou ótima, de verdade. – desceria o último degrau pulando se não estivesse de salto finos.

– Que bom. – havia um brilho delicado no olhar dele, notou Felicity. Aquela tristeza havia sumido completamente.

– Algum trabalho? – um sorriso tímido surgiu nos lábios dele.

– Na verdade, precisamos que você consiga acessar as informações desse pen-drive. – apontou para a mesa, onde se encontrava o artefato.

– Sem problema.

Depositou sua bolsa em um lugar qualquer e sentou-se em sua cadeira favorita. Queria começar logo, passara um dia fora e já estava morrendo de saudades de seus bebês.

– Não se preocupem, meus preciosos... – passou a mão pelo teclado, rapidamente. – mamãe voltou. – um grande sorriso surgiu nos lábios dele, analisando a garota.

Ela estava ainda mais bonita que o normal, estava fantástica, perfeita.

– Merda. – exclamou, voltando a atenção dele para o que ela fazia.

– Algum problema? – a menina suspirou pesadamente.

– Fazia anos que eu não via alguém criptografar em C ANSI*! – exclamou. – Isso vai levar um tempo. – parecia levemente irritada, contudo, não estava realmente.

Não que ela gostasse daquela linguagem tão... baixaria! Ela tinha muito que escrever e isso era muito complicado. Suspirou pesadamente, reajustou os óculos no nariz e começou a digitar palavras para poder quebrar alguns laços e fazer o que fazia melhor.

Oliver não fez outra coisa além de observar Felicity trabalhando, ele nunca tivera tempo para isso e era diferente estar assim, observando a sua concentração e sua paz. Quem dera ele pudesse propiciar isso a ela. Tudo o que ele podia fazer era colocar sua vida em perigo e ela estava em perigo nesse exato momento, ele sabia disso.

É uma escolha dela Oliver, não sua.

Continuou a observar seu cenho franzir, seus leves sorrisos de contentamento, seus lábios se crisparem, suas sobrancelhas subirem e descerem, seus óculos escorregarem pelo seu nariz, seus dedos deslizando pelo teclado e subindo para arrumar os óculos. Cada detalhe de seu rosto, de seus movimentos o deixava ainda mais apaixonado.

Ela demorou cerca de quarenta minutos para terminar a descriptografia, pra só então notar o olhar do homem queimando sobre si. Sentia suas bochechas se avermelharem antes de virar a cadeira em direção ao homem.

– Terminei. – sussurrou. – De onde você pegou essas informações? É o projeto de inibidor de energia elétrica. – tentou não assustar o homem, contudo, quando viu o cenho franzido desse, sabia que já era tarde de mais.

– Como assim um inibidor de energia elétrica? – aproximou-se lentamente.

– Do tipo que quando acionado, qualquer empresa que tiver em um raio de 500m e tiver seu sistema de segurança gerado por energia elétrica estará totalmente desprotegida. – os olhos do homem mostravam muito mais preocupação do que deveria. – Então, Oliver, de onde surgiu isso? – a voz saiu baixinha, logo que o homem havia se abaixado para ficar mais próximo do computador, então, seu rosto estava bem próximo do dela.

– Diggle pegou com o seu chefe. – a voz dele saiu rouca e a mão dele se firmou no ombro dela, sentindo o corpo dela endurecer.

– Do Ray? – piscou várias vezes, surpresa.


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Notas finais do capítulo

*C ANSI é uma linguagem de programação que é usada em coisas simples ou como base para outras linguagens. Muito usada por militares e bem chatinha de aprender, acreditem, eu sei disso D:

EU FIQUEI APAIXONADA PELOS COMENTÁRIOS DE VOCÊS! SÉRIO! PERFEITOS!!!!! CONTINUEM ASSIM, POR FAVOR! E críticas são sempre bem-vindas e importantes para o crescimento de um escritor :D Por favor, digam o que acharam.

Beijos ;**

P.S.: SE VOCÊS ASSISTIRAM O ÚLTIMO EPI, POR FAVOR, COMENTEM O QUE ACHARAM! PORQUE EU AINDA TO EM CHOQUE!!!