Era a quinta garrafa de whisky que eu terminava afim de esquecer tudo, esquecer ela. Estava sentado no bar do grande salão em que ocorria o baile anual dos formandos da Whitmore College. Caroline estava lá na pista de dança com seu acompanhante, Christian é o nome do cara, Elena havia me falado que eles estavam saindo a algumas semanas. Ela estava tão linda com um vestido rosa claro que caia muito bem em sua pele. Eu não sabia exatamente quando ela passou a fazer parte dos meus pensamentos diariamente, mas apostava que foi naquela noite, a noite que não saia da minha cabeça desde então ...

Caroline tinha concordado em ser minha acompanhante no baile, disse que era um bom começo para tentarmos recuperar nossa amizade, eu até a convidei para dançar. Percebi um sorriso em seus lábios enquanto caminhávamos para a pista de dança, era incrível a habilidade que eu tinha em perceber tudo nela.

Girávamos pelo salão, eu não gostava muito de dançar, mas com ela simplesmente acontecia, adorava a sensação de ter sua pele próxima da minha, o cheiro natural de sua pele me causava arrepios e me fazia sentir em casa. Essas sensações que eu sentia me assustavam, mas nunca quis pensar muito no assunto com medo da conclusão que eu poderia chegar.

Aproximei mais ela de mim, necessitava desse contato. Deslizei minha mão pela sua costa e percebi ela se arrepiar, pude ver que não era só eu que não resistia a ela, ela também não resistia a mim. Com esse pensamento na cabeça disse em seu ouvido como um sussurro e o mais delicadamente possível:

- Olhe pra mim, Caroline - Eu precisava olhar em seus lindos olhos azuis e me mergulhar neles, naquele momento mais nada importava.

Ela soltou um suspiro, ergueu a cabeça que estava encostada no meu ombro e me olhou, pude ver a confusão e o desejo em seus olhos. Ela me olhava intensamente, eu estava tão hipnotizado. Céus, ela é tão linda, um anjo, o meu anjo. Deslizei minha mão pelo seu rosto perfeito, ela suspirou de novo e fechou os olhos, como se quisesse aproveitar a caricia.

Olhei para seus lábios, eles eram tão convidativos e pareciam tão macios, desejei prova-los, saber o sabor que eles tinham. Naquele momento Caroline abriu os olhos e olhou diretamente para meus lábios, não pensei em mais nada, eu a beijei.

Era melhor do que eu poderia ter imaginado, os lábios dela eram macios e seu beijo tinha gosto de morango. No começo nossos lábios apenas se encostaram como se tivéssemos experimentando algo novo, mas depois sua boca entreaberta permitiu que minha língua explora-se cada canto, saboreando cada instante. Seu beijo era viciante, agradeci mentalmente por não precisar de ar, não importava as consequências que isso causaria depois, eu só queria beija-la.

Nos beijamos oque pareceram horas, mas ainda não era o suficiente, nunca seria o suficiente. Quando o beijo terminou o estalo dos nossos lábios nos despertou para a realidade. Caroline saiu dos meus braços e não pude evitar de sentir um vazio no meu coração, me aproximei dela tentando traze-la de novo para meus braços, mas ela se afastou de mim.

- Porque fez isso? – Ela perguntou com lagrimas nos olhos, isso acabou comigo. Doía vê-la chorar, eu queria dizer a ela que ela mexia comigo, me fazia sentir coisas que nenhuma garota jamais conseguiu, mas ao invés disso tudo oque consegui dizer foi:

- Eu ... não sei, me desculpe ... eu estou confuso . – Ela me olhou indignada, confusa e irritada. Tinha uma mistura de tudo em seus olhos.

- É melhor eu ir embora – Ela disse e já estava saindo mas eu peguei sua mão e me aproximei dela.

- Não vai, por favor, Caroline, me deixa explicar. – Pedi como uma suplica.

- Não a nada a ser dito, esse beijo nunca aconteceu. – Ela tirou sua mão da minha e foi embora. Para longe de mim.

Lembrando desse momento e a observando dançar com ele, sorrindo nos braços de outro cara, o ciúme tomou conta de mim. Como ela pode sair com outro uma semana depois do nosso beijo? Tomei outro gole de whisky afim de tentar apagar a vontade de ir lá e dar um saco na cara daquele cara e levar Caroline para o mais longe possível dele. Eu estou tão ferrado, a verdade era que depois de tudo oque nós passamos, todas as noites em que ela me confortava após meu termino com a Elena, a habilidade com que ela me fazia rir e me sentir vivo, depois de todas as sensações que ela me causava, depois do nosso beijo que encheu meu coração de calor, depois de todas às vezes em que ela estava lá pra mim. Eu não podia mais negar, eu estava completamente apaixonado por Caroline Forbes, minha melhor amiga.

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Pov Caroline

Eu dançava pelo salão com Christian, ele era um cara legal, muito atencioso e gentil e apesar de estar aqui dançando com ele eu não conseguia parar de pensar em Stefan. Nosso beijo despertou em mim sensações e sentimentos que eu tinha enterrado, o único modo que via para tentar esquecer ele era saindo com outro cara. Elena vivia me dizendo que eu não devia fazer isso, que não devia usar Christian para esquecer o Stefan, ela estava certa. Mas eu não podia me deixar levar pelos sentimentos que Stefan despertava em mim, eu jurei para mim mesma que iria esquecê-lo, não iria me machucar novamente. Sorri para Christian e olhei em seus olhos castanhos, era ele, ele seria meu futuro. Tinha que ser.

Restavam poucas pessoas no baile, disse a Christian que estava cansada e fomos embora. Ele me levou até meu dormitório, estávamos de mãos dadas.

- Eu me diverti muito hoje com você, é um ótimo dançarino. – Eu disse, ele beijou a palma da minha mão e se aproximou.

- Você dança muito bem também e, além disso, é linda, conversa sobre tudo, gentil, linda, educada e eu já disse linda? É tão fácil para qualquer cara se apaixonar por você – Não pude evitar de sorrir. Ele acariciou meu rosto e me beijou. Deixei meus lábios entreabertos e ele explorou minha boca, seu beijo era calmo e gentil. Depois de mais alguns segundos nos separamos.

- E também beija muito bem, até amanha. – Ele disse, me deu um selinho e foi embora.

Soltei um suspiro, eu estava indo bem. Esse era o caminho deveria seguir. Já estava prestes a abrir a porta do meu quarto quando ouvi a voz dele, dele que vivia em meus sonhos e eu tentava desesperadamente esquecer, Stefan Salvatore.

- Pelo visto você seguiu em frente – Ele disse em um tom de deboche, tristeza e irritação. Eu o olhei de cima a baixo, ele estava lindo, como sempre. Calça jeans, blusa branca e uma jaqueta preta por cima o deixavam com um ar de mistério.

- Oque você está fazendo aqui, Stefan? – Perguntei com a voz mais firme possível, eu passei semanas ignorando ele, ficando longe que vê-lo agora só me fazia querer me jogar em seus braços e dane-se o resto, mas eu não podia.

- Eu sinto sua falta. – Eu suspirei e ele foi se aproximando de mim me prensando na porta do quarto. Ele deslizou a mão pelo meu rosto do mesmo jeito delicado que tinha feito na noite em que nos beijamos pela primeira vez. – Ah, como eu sinto sua falta, sinto falta da sua pele, de te tocar, te beijar ... – Olhou para meus lábios, ele estava tão perto, só mais um passo e me beijaria. E embora eu quisesse isso mais do que qualquer outra coisa, não podia. Juntei todas as minhas forças e disse:

- Para, eu não posso, Stefan – Tentei me afastar dele mas não consegui, ele me prensou mais na porta, encostando seu corpo no meu e acabando com meus pensamentos racionais.

- Eu não posso parar agora Caroline, você não percebe? Você mexe tanto comigo, me deixa louco, doeu tanto te ver dançando com aquele cara no baile. Tudo oque eu queria fazer era dar um soco nele e te trazer pra mim, pros meus braços.

- Stefan, na ... – Ele colocou seu dedo em meus lábios, me calando.

- Shishhh, não resista – E então me beijou, no momento em que seus lábios se encaixaram nos meus qualquer vestígio de sanidade que eu ainda tinha foi embora. Eu não podia mais resistir e nem queria, dei espaço para sua língua passar e nos beijamos como se não houvesse amanha. No inicio o beijo era calmo mais depois tornou-se desespero. Stefan abriu a porta do quarto, a fechou rapidamente e em seguida me deitou na cama.

Ele me beijava com cada vez mais intensidade. Eu sentia ondas de prazer percorrerem todo o meu corpo, cada nervo em mim ansiando desesperadamente por seu toque. Eu não conseguia impedir de me contorcer em baixo dele, implorando por mais, enlouquecida pelas mãos que deslizavam por mim e estimulavam cada ponto sensível ao seu alcance. Stefan gemou quando seu peitoral esmagou meus seios e perdi o folego. Seus dedos ágeis tiraram meu vestido, sua boca ia percorrendo cada centímetro de minha pele exposta, me deixando tremula e ofegante. Eu o puxei para mim, enlaçando-o pelo pescoço e pressionando meu corpo contra o dele. Eu precisava daquele contato, era incrível como nada me fazia sentir tão completa quanto estar em seus braços.

- Você é tão linda – Ele sussurrou em meu ouvindo, me causando arrepios.

Beijei a linha do maxilar dele e subi pela bochecha até alcançar sua boca. O beijo começou suave antes de se tornar profundo e apaixonado. Eu sentia meus seios esmagados contra o peito dele ainda coberto pela camiseta. Stefan me puxou me fazendo ficar sentada no colo dele, encaixei minha pernas ao redor dos seus quadris. Tirei sua jaqueta e camisa e as joguei longe, passei minhas mãos pelo seu tanquinho e distribui beijos pelo seu pescoço.

Stefan me deitou novamente na cama e arrancou meu sutiã. Acariciou meu seio com a mão e o outro com a boca. Eu não conseguia suportar tanto prazer, tanto carinho, tanto desejo, tantas emoções misturadas em um redemoinho que devastava meus sentidos. Stefan foi descendo com sua boca dando leves beijos na minha barriga até chegar na minha calcinha, ele logo tratou de tira-la do jeito mais devagar possível. Deu leves beijos na parte interna das minhas coxas e eu achei que fosse morrer de tanto prazer.

- Stefan ... preciso de você. – Ele tirou sua calça e sua boxer, jogando em um canto qualquer do quarto. Finalmente se posicionou entre meus quadris. Nós nos encaixamos, pele contra pele. Ter ele dentro de mim era uma sensação indescritível, eu me sentia completa. Nós nos olhávamos, eu olhava intensamente em seus olhos verdes, esses olhos que sempre mexeram tanto comigo e sempre estavam presentes em meus sonhos. Naquele momento eu era totalmente dele, nada mais importava.