Um Amor no Palácio escrita por Angels-Shadows
Prólogo 17 anos antes
— Então doutor? – indagou a mulher com a voz levemente aflita, torcia inconscientemente um lenço de ceda.
O homem limpou a garganta, um pouco incomodado, evitava olhar no rosto da mulher.
— Estou com tanto medo que não ouso nem contar a verdade, Sua Majestade imperatriz. – dizendo isso baixou a cabeça, resignado.
A mulher maneou com a cabeça e sorrindo disse:
— Prossiga. Por favor, me conte.
— É uma vertigem causada pela neuroglicopenia, Sua Majestade.
— O que.. neuroglicopenia?. – repetiu a mulher abalada.
— Sim, Majestade. – respondeu o homem – o cérebro dele está deixando de funcionar.
A mulher fechou os olhos na tentativa frustrada de impedir as lagrimas que começavam a se formar. Isso não poderia estar acontecendo. Mas uma perda na família real, mais uma.
— Como isso pôde acontecer? – se questionou Ayako.
— Minhas condolências Minha Rainha – murmurou Mikoto sincera.
— Posso vê-lo doutor? – indagou a mulher mais velha ao homem, esperançosa.
O doutor assentiu com a cabeça.
— Ele está a sua espera.
Em passos graciosos ela saiu do quarto e seguiu por um longo corredor, seguida por sua nora Mikoto. O rosto sereno escondia toda a dor de um coração em pedaços.
— A Sua Majestade Ayako-sama está aqui. – anunciou um funcionário vestido em um quimono negro.
A mulher adentrou o quarto real lentamente retardando o máximo possível à visão do marido moribundo na cama, era doloroso de mais para ela. Deu a volta na cama e graciosamente abriu o véu que envolvia o leito e o marido que jazia quase inconsciente. Tocou no rosto úmido de suor do imperador afastando algumas mechas negras de sua fronte. Admirou com carinho o homem que amava.
— Minha rainha é você? – perguntou o homem ainda com os olhos fechados. Respirava com dificuldade, os lábios rachados.
— Sim, meu rei. – respondeu ela carinhosamente, com um doce sorriso nos lábios.
— Eu preciso lhe.. coff.. coff dizer uma coisa.. coff.
— Não se esforce meu imperador. – suplicou a rainha inclinando-se para frente limpando a fronte suada do imperador com um lenço de ceda.
— É preciso – insistiu o homem teimoso. – preciso dizer isso antes de morrer.
— Não diga isso Majestade....
— Ayako minha querida – interrompeu o imperador – você mais do que ninguém sabe o quão é solitária a vida do imperador do Japão. – pausou tomando fôlego enquanto a esposa assentia positivamente. Os olhos negros do marido eram determinados. – esse titulo nos implica a muitas deveres, e obrigações e principalmente cof.. cof desistir de nosso sonhos. O trono é uma posição solitária. Por isso eu sou grato pela vida ter me dado algo tão precioso quanto à amizade. Himoru foi um verdadeiro amigo, leal e desinteressado.
– Sim Majestade, ele sempre esteve ao seu lado. – concordou a esposa que também como o próprio marido admirava o caráter e a lealdade que o homem chamado Himoru dedicara ao imperador.
— Sim, ele salvou minha vida mais de uma vez e nunca, mais nunca pediu algo em troca. – fechou os olhos enquanto recordava dos antigos tempos onde Himoru e eles eram jovens. – por isso, Ayako-chan eu não posso ir para o outro mundo antes de devolver todas as coisas maravilhosas que ele me deu, sua amizade, bondade, paciência com essa pessoa tão teimosa e turrona.
— Sim. – sorriu a mulher gentilmente.
— Ele se foi antes de mim.. antes de eu lhe devolver as bênçãos que me deu.. por isso coff..coff.. eu quero dar algo importante.
— O que Majestade? – perguntou Ayako apreensiva com o estado debilitado do marido.
— A bravura e honra dele era maior que de qualquer membro da família real... por sua alma eu desejo que seu sangue se misture ao nosso.. coff.. coff.. por isso, prometi a mão do meu neto, o príncipe herdeiro a neta do meu amigo Himoru. – encarou o rosto belo da mulher se contrair surpresa com tais palavras e segurando sua mão terminou – quero que pelo menos ela possa viver onde seu avô deveria ter nascido, quero que meus futuros bisnetos tenham seu sangue, seu caráter. Isso é a única coisa que posso dar a ele. Por tanto cumpra esse ultimo pedido.
Ayako admirou a expressão firme e determinada do marido, e com um sorriso respondeu.
— Sim, majestade, seu desejo será realizado.
— Que bom – sussurrou o homem aliviado. – alguns anos entreguei-lhe um anel e o símbolo da família, o crisântemo... – moveu a mão chamando o criado.
O rapazote de cabelos castanhos prontamente se aproximou da cama com uma caixa de madeira nas mãos ornada com desenhos dourados. Meio desajeitado abriu-a revelando um anel de ouro e o símbolo da família imperial japonesa, o crisântemo, uma flor em ouro maciço.
— A família de Himoru tem um igual a este, dei a ele algum tempo atrás quando concebi essa idéia. Isso representa nosso acordo... espero que sigam minhas palavras..
— Mas é claro majestade..
— Por favor. – pediu o homem agarrando a braço da esposa – não qu-quero que entendam como uma ordem, se meu neto ou a própria moça não aceitar, não os obriguem. .. isso é apenas uma desejo de um moribundo e seu falecido amigo.
— Compreendo meu querido – sussurrou a mulher – agora descanse.
— Sim, estou com tanto sono. – murmurou ele sentindo as pálpebras pesadas.
Assim seus olhos negros como a noite, foram lentamente se fechando para nunca mais ver a luz do dia.
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Olá pessoas ^^
Para quem me conhecem deve estar se perguntando por que estou escrevendo SasuSaku ??? o.O sendo uma apaixonada por NaruHina >.
Nunca escrevi SasuSaku por isso peço de ante mão minhas sinceras desculpas se cometer algum erro feio >.
Pessoa espero que tenha gostado (^_^) e eu disse que ia postar no dia do ser aniversário...
Tanjoubi omedetou
BANZAI o
BANZAI o/
BANZAI /o/
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