Cinderella escrita por Bitchfalsiane, Pipoca


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

HO HO HO FELIZ NATAL SEUS LINDOS! ~ Pipoca aqui ~ Sei que a gente ia postar segunda-feira, mas esse capítulo é um capítulo decisivo, já que nele contém o início de algumas coisas... Sem spoiler! Bom, eu e a Belle ficamos ultra feliz com os 15 favorites e a nossa... SEGUNDA RECOMENDAÇÃO!



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"♥ Muito obrigada Narinha Perinática ♥ Não tenho nem palavras para te agradecer! Vocês seus mais de 60 fantasminhas : APAREÇAM! Se manifestem! Exponham a opinião de vocês! A ideia de fazer a fic inspirada na Cinderela nos traz alguns probleminhas de adaptação e requer um pouco de tempo, é como montar um quebra cabeças onde tudo tem que se encaixar perfeitamente sem fugir das duas inspirações e sem perder a originalidade... A Belle começou o capítulo e eu meio que completei, espero que gostem e que tenham o melhor natal possível! Desejo a todos muita paz, amor, felicidade, harmonia... Tudo de melhor para os melhores leitores!

PS: Quem acompanha minha outra fic, relaxe, eu não esqueci que tenho que atualizar, eu só estou organizando as idéias e procurando um tempinho pra digitar tudo, não quero ficar parando, quero digitar de uma só vez, pra não perder o embalo!

BEIJÃO ♥"

Desculpem, mas rolou um probleminha com as notas iniciais!

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Depois de mais uma manhã conturbada no café da manhã Karina ainda não conseguia engolir por completo ter que limpar o colégio. Seria mais um motivo de humilhação e a cota dela estava no limite.

"Será que um dia serei feliz?"

Na escola a primeira aula ela teve com Fabi aula de química era sempre chata e ela tinha que se concentrar ao máximo. As duas seguintes foram chatas e só na hora do intervalo ela pode se juntar com os amigos para o lanche.

― Ah K como ficou aquilo de você limpar o colégio? Acho que isso é ilegal a gente poderia dar queixa dela e... ― Disse Fabi tentando resolver aquela maluquice.

― Tá maluca Fabi? Dar queixa da Lucrécia é assinar meu atestado para morar debaixo da ponte. ― Disse Karina tentando ter apetite pra comer alguma coisa.

― Então vai ficar por isso mesmo? Você vai limpar as salas do auditório Karina?― Cobra perguntou irritado. Doía nele ver a amiga sofrer desse jeito.

― Ah gente o que eu posso fazer? Não tenho medo de trabalho não e isso não vai me matar. Posso limpar a sala tranquilo. ― Disse Karina mordendo uma maçã.

― Então eu te ajudo.― Disse Cobra convicto fazendo a amiga sorrir mas negar o pedido.

― Ah eu também posso ajudar. Assim terminamos rápido e... ― Disse Fabi sendo interrompida por Karina.

― Nada disso gente. Acho que se a bruxa pega vocês me ajudando vai ser pior. Eu posso fazer isso sozinha. ― Disse Karina tentando fazer os amigos relaxarem, ela já estava acostumada com o trabalho...

― Mas K... ― Disse Cobra, mas Karina o interrompeu.

― Não gente, esquece isso. Vamos sorrir porque teremos aulas incríveis e uma peça pra montar. O que poderia ser melhor? ― Disse ela mordendo a maçã e tentando comer mais, não queria passar mal de novo...

No quarto tempo os alunos foram chamados para a primeira aula extra curricular que era de teatro.

― Olá alunos, meu nome é Aline e sou a professora de teatro. Como sabem montaríamos uma peça sobre Romeu e Julieta para ser apresentada uma semana antes do baile de Valentines Day do colégio, mas a peça em si demoraria bastante para ser montada então resolvemos fazer um musical. ― Enquanto a professora falava todos prestavam atenção principalmente Karina, cujos olhos já brilhavam em animação.― O musical vai envolver todas as disciplinas. Dança, Musica e até Pintura que incluirá no cenário. Começaremos as audições e quem quiser participar das audições pode se inscrever.― A professora começou a passar o papel para cada aluno assinar seu nome.

Jade foi a primeira e Bianca também se inscreveu.

― Vocês vão participar né?― Karina perguntou animada mas quando viu a expressão de negação dos amigos murchou.― Vamos lá gente, vai ser divertido. ― Ela tentou convence-los, mas estava difícil...

― Ah K essa não é minha praia, né? ― Disse Fabi que realmente não queria participar.

― Poxa Fabi vamos lá. Vamos Cobra? ― Perguntou ela lançando um olhar de cachorrinho abandonado.

― Tá bom loirinha, só por você tá?― Cobra afirmou fazendo a amiga sorrir envergonhada. Cada vez mais ela percebia que ele não queria apenas amizade o que a deixava um pouco triste pois ela sabia que não gostava dele, não dessa maneira.

― E você Fabi? ― Perguntou ela cheia de esperanças.

― Ah eu não, vou ficar na figuração mesmo. ― Disse Fabi que não ia nem tentar, porque nada ali lhe despertava animação.

Karina e Cobra assinaram seus nomes e depois, junto com todos da turma foram para cima do palco. A professora começou uma dinâmica corporal. Depois da aula dinâmica ela entregou alguns papeis e além da Jade, Biana, Karina, Luana, e Tainá também ficaram para fazer o teste de Julieta.

Os testes começaram e só Lírio e Pedro fizeram teste pro Romeu. Depois vieram os teste pra Julieta e todas se saíram muito bem, principalmente Karina que surpreendeu a todos.

Depois dos testes a maioria seguiu para sala de dança onde a professora Lucrécia ensinou o básico para os alunos.

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Depois da aula, Lucrécia se juntou aos outros professores para discutirem com quem ficaria cada papel e como funcionaria a dinâmica do musical.

― Bom, já que é um musical e vai ser algo rápido eu sugiro que a gente use uma música como base para a encenação. ― Disse Nando o professor de música.

― Como um clipe? Uma encenação curta, com a música, cenários... ― Disse Alice a professora de Teatro.

― Eu acho uma ótima idéia! ―Disse o professor de pintura e escultura, Henrique.

― Eu acho que vai ficar incrível! E a gente pode usar os bailarinos para dançar ao fundo e durante a peça, podemos fazer algumas cenas com expressões corporais... ― Disse Lucrécia animada.

― Mas que música seria a base? ― Perguntou Nando.

― Tem que ser alguma relacionada a “Romeu e Julieta”... ―Disse Henrique.

― Tem uma da Taylor Swift, “Love Story”, que se encaixa bem nisso tudo... ― Disse Alice.

― Você tem ela aí, pra gente poder escutar? ― Perguntou Lucrécia animada.

― Tenho, deixa eu procurar... Achei! Escutem só. ― Disse Alice mostrando um clipe salvo no celular que tinha a tradução da música na legenda.

― É perfeita! ― Disse Lucrécia.

― É linda mesmo! ―Disse Henrique.

― Então vai ser essa! O instrumental e a letra podiam ser um coral, o que vocês acham? ― Perguntou Nando.

― Ótimo! Já temos os candidatos aos papéis principais, praticamente os únicos... Enfim, já temos os candidatos a “Romeu” e “Julieta” só falta decidirmos... Já temos a música e temos que fazer uma seleção dos cantores, falta a coreografia, decidirmos os cenários e quem vai ficar no núcleo de apoio. Eu vou selecionar meus melhores alunos para ficarem na parte da coreografia do musical. ― Disse Lucrécia animada, aquela era a grande chance de chamar seus amigos imponentes no mundo das artes e alguns olheiros para, quem sabe, alavancar a carreira da sua filha.

― Okay, eu vou treinar o pessoal e darei a seleção de nomes de quem irá ajudar com os cenários. ― Disse Henrique.

― E aí, quem vai ser o Romeu? Eu gostei muito do Pedro, pelo menos foi bem melhor do que eu imaginava e o Lírio foi um fiasco. ― Disse Alice.

― Eu voto no Pedro. ― Disse Nando com um certo receio de perder seu aluno para a professora de Teatro.

― Eu voto no Pedrinho também. ― Disse Henrique.

― Então será unânime, porque eu também voto no Pedro. ― Disse Lucrécia.

― E a Julieta? Eu adorei as meninas, todas, mas teve uma que se destacou... Nossa ela pareceu tão segura de si no palco! Ela nasceu pra fazer aquilo. ―Disse Alice e Lucrécia abriu um sorriso enorme.

― Eu fiquei impressionada com a verdade que ela me passou assim que subiu no palco, por mim a Julieta será a Karina, ela arrasou. ― Disse Alice sorrindo.

― O QUE?? CLARO QUE NÃO! ― Disse Lucrécia com raiva.

― Ué, mas porque? Ela foi ótima, não foi pessoal? ― Perguntou Alice e todos confirmaram sem entender a reação da professora de dança.

―Ela não pode! Aquela pestinha eu conheço há anos e posso garantir que ela é super irresponsável! Não leva nada a sério e adora uma trollagem. Tenho certeza de que ela ia dar um jeitinho de bagunçar o musical inteiro! Aquela carinha de menina perdida que achou o Peter Pan não me engana. ― Disse Lucrécia e os professores ficaram pasmos.

― Nossa! Não sabia que ela era assim! Vou ficar de olho... Então Karina já está cortada, uma pena... ― Disse Alice que não resistiu em transparecer a tristeza que sentiu.

― Então eu voto na Bianca. ― Disse Nando desanimado.

― Ah, eu gostei da Jade... Voto na Jade. ― Disse Henrique e Lucrécia sorriu, por mais que Bianca fosse sua filha ela mal via a mãe, quase não parava em casa, vivia de festa em festa e não ligava pra nada, perdeu totalmente o rumo desde que o pai foi embora...

― Não é porque é minha filha, mas a Jade arrasou! Voto nela. ― Disse Lucrécia sorridente.

― Eu confesso que gostei da Bianca também, mas a Jade me pareceu mais animada com o papel, a Bianca tava meio que fazendo sem muita vontade... Jade será a Julieta então. ― Disse Alice se dando por vencida.

― Podem dizer aos seus alunos e vamos começar as outras seleções! ― Disse Nando animado para treinar seu coral.

― Okay então! ― Disse Henrique e os professores se levantaram para sair. Depois que saíram do auditório, Karina estava esperando na porta da sala segurando o material de limpeza.

― Karina, o que faz aqui? ― Perguntou Alice temendo alguma “trollagem”.

― É que eu topei limpar as salas para poder fazer as aulas extras... Vou começar porque senão vou demorar muito... Dona Lucrécia, daqui eu vou direto pra casa. ― Disse Karina pedindo licença e entrando no auditório, deixando tanto Lucrécia quanto os professores sem reação.

― Como assim ela vai trabalhar por uma bolsa? Ela é uma estudante! Tem que se dedicar aos estudos e não ao trabalho! Lucrécia de onde você conhece a Karina? ― Perguntou Alice pasma.

― É que eu ajudo essa ingrata, ela tira a poeira dos móveis e finge que é minha empregada, adora um drama... Deixaram ela na porta da minha casa e eu não tive coragem de abandona-la, ela acabou sendo criada pelas minhas empregadas e eu deixei ela ficar por lá mesmo até achar um rumo pra vida dela. Pago tudo certinho, mas ela não faz nada direito, se eu não fosse tão caridosa já tinha colocado ela pra fora! ― Disse Lucrécia bufando.

― Mas porque você não criou ela? ― Perguntou Henrique assustado com a frieza da mulher.

― Ela nunca gostou de mim, sempre me desobedecia e fazia alguma besteira, ficou lá em casa porque eu tinha pena, se fosse outra jogava ela na sarjeta. ― Disse Lucrécia colocando o óculos de sol. ― Já vou, marquei limpeza de pele.

― Tchau. ― Disse Alice ainda em choque.

― Coitada da Karina, ela me pareceu ser uma menina tão legal... Nunca imaginei que ela tivesse que passar por tudo isso... ― Disse Nando que tinha perdido todo o ânimo ao ouvir a história da menina.

― Gente tô pasma até agora. Não dá pra acreditar...Vou pra casa esfriar a cabeça. Tchau pessoal! ― Disse Alice e os outros professores fizeram o mesmo.

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Karina varreu todo o auditório, não era como varrer a casa da bruxa, dava até gosto, era como cuidar de algo que ela gostava e o melhor: Nada de Jade lhe perturbando! O único problema era que se antes já não tinha tempo para ela agora é que não teria mesmo... Depois de terminar ela estava exausta, mas estava tudo limpo e organizado. Ela deixou os materiais no armário e foi para o ponto de ônibus, depois de 10 minutos passou o ônibus e ela voltou para casa. Assim que chegou tomou um banho, colocou o uniforme e viu Bete toda atarefada pedindo para ela ir na sala fechar as cortinas e janelas, ligar as luzes do jardim e o sistema de segurança.

― Ai amoreco, tô tão feliz! Eu já tô até imaginando tudo! ― Disse Jade alegre.

― Tá imaginando o que maluca? ― Perguntou Pedro que não notou Karina entrar na sala.

― A gente lá no palco! Vai ser puro glamour! ― Disse ela que ficou extasiada ao ver Karina entrando na sala. ― O empregadinha, tenho uma ótima notícia pra te contar!

― Não tô com saco Jade. ―Disse Karina ativando os alarmes do sistema de segurança.

― Adivinha quem vai ser a Julieta do musical? Isso mesmo! EU! ― Disse Jade que sabia que Karina tinha feito o teste. Pedro estava perdido, não sabia direito como agir.

― Meus parabéns Jade. ― Disse Karina segurando o choro, era um misto de raiva e frustração. “Ela sempre ganha tudo! Que merda!” pensou Karina.

― Eu também passei pro Romeu. ― Disse Pedro tentando tirar o foco do assunto “Eu ganhei de você outra vez”

― Eu não ligo. ― Disse Karina que realmente não estava muito animada em saber o papel dele na peça.

― É bom não ligar, se eu ver você de gracinha pro meu namorado outra vez eu não sei nem o que eu faço com você! ― Disse Jade se levantando e indo na direção de Karina.

― Eu? De “gracinha” pro seu namorado? Jade vai fazer alguma das suas futilidades diárias e para de me encher o saco. ― Disse Karina subindo numa cadeira para alcançar o basculante da janela.

― Mais é muito abusada! Sabia que basta eu estalar meus dedos pra minha mãe te por no olho da rua? Quero só ver se essa sua marra vai durar debaixo da ponte. ― Disse Jade e Pedro se levantou.

― Jade calma, para com isso, a Karina não tava de gracinha comigo, nunca esteve. Para com essa paranoia e deixa ela em paz. ― Disse Pedro que estava pasmo com a namorada. A cada dia ele descobria mais coisas obscuras sobre a personalidade dela.

― Isso Jade, obedece seu capacho predileto e me deixa em paz. ― Disse Karina alcançando o basculante e fechando as janelas baixas.

― Capacho? Olha aqui Karina me respeita! Eu namoro a Jade, não sou capacho dela. Quem tá mais pra capacho é você... ― Disse Pedro sussurrando as últimas palavras.

― Capacho? Queria eu ser capacho, eu sou é ESCRAVA dessa bruxa que você chama de “Meu amor”. ― Disse Karina apertando o interruptor que acendia as luzes do jardim.

― CALA BOCA! Garota ridícula! Não tem nem onde cair morta e ainda quer botar moral, só serve pra estragar tudo! Por isso que nem a sua mãe te quis! ―Disse Jade gritando com Karina que derrubou um dos porta retratos sem querer.

― JADE! Não fala essas coisas... ― Disse Pedro que sabia que ela tinha pego pesado.

― Deixa, ela sempre faz isso porque ela sabe que isso me atinge. Parabéns Jade, conseguiu de novo. ― Disse Karina chorando e indo para a cozinha.

― Jade, não precisava ter dito aquilo! Isso não se faz! Olha só como ela ficou! ― Disse Pedro com uma certa fúria no olhar.

― E você tá com peninha da empreguety? ME POUPE! Olha pra mim já deu, vou pro meu quarto amanhã a gente se fala. ― Disse Jade indo para o quarto deixando Pedro na sala prestes a ir embora. Ele saiu da casa, mas algo nele tinha que ir falar com Karina e ele deu a volta na casa a procura do celeiro onde ela ficava. Pedro viu o lugar, entrou e escutou um choro descompassado, seguiu o ruído e encontrou Karina deitada na cama.

― Karina? ―Perguntou ele e ela se virou assustada.

― P-Pedro?? O que você tá fazendo aqui?? VAI EMBORA! ― Disse ela colocando as mãos no rosto.

― Calma, eu só vim ver como você tá... Não fica assim, eu sei que deve ser difícil― Disse ele sendo interrompido por ela.

― “Eu sei”?? Não Pedro, você não sabe. Não foi você que foi deixado como um lixo na porta de um desconhecido porque seus pais não te queriam mais, não foi você que passou a infância inteira sendo criada por mais de 20 empregadas diferentes, algumas até me ignoravam, não foi você que desde os 10 anos trabalhou feito escrava sem ter nada em troca... Eu não queria dinheiro, eu só queria uma família, sabe? Amor, carinho, afeto, e nem venha me dizer que você sabe porque não foi você que teve seu direito de sonhar roubado, não foi você que nunca teve amigos no colégio, nem sei como a Fabi aguenta a humilhação de ser minha amiga... E não é você quem tem que sentir o olhar de pena das pessoas, como o que você tá deixando cair sobre mim agora. Isso Pedro, me mostra o quanto ninguém quer ser eu e o quanto eu faria um favor a toda humanidade deixando de existir. VOCÊ NÃO SABE! ― Disse ela chorando e liberando toda mágoa, Pedro permaneceu estático.

― Eu tenho certeza que não deve ser fácil ser você, mas eu também não tenho a vida perfeita, não pense que é fácil ver sua família ser destruída, não se compara a nunca ter tido, mas chega perto, só Deus sabe o quanto minha mãe chorou com a separação e ver a minha irmã sofrendo foi uma das piores dores que eu pude sentir, só quero que você saiba que eu não queria que esfregassem na minha cara “ah, por isso seu pai saiu de casa pra construir outra família” eu não iria gostar nenhum pouco, assim como você também não gosta que falem da sua família, por isso eu vim aqui, queria saber como você estava. ― Disse ele sentando na cama dela.

― Pedro sai daqui... Se um dia eu tivesse tido uma família eu realmente não ia querer ver ela se esfarelar, mas nem essa chance eu tive.Eu fico agradecida por você ter se sentido no dever de vir até aqui, mas pode ir, vai. Não precisa ficar, você não quer que eu sei. ―Disse ela usando suas mãos pequenas para empurrar ele da cama, mas o mesmo permaneceu imóvel.

― Eu não estou aqui por obrigação, eu tô aqui porque eu quero. Eu não sei porque, mas eu queria que você ficasse bem. ― Disse ele se aproximando dela.

― Eu tô ótima! Pode ir embora. ― Disse ela tentando enxugar as lágrimas.

―Espera... ― Disse ele passando uma das mãos pelo rosto dela, afim de ajuda-la a secar as lágrimas.

― Pedro... ― Disse ela colocando a mão sobre a dele, para tira-la de lá até que ele a abraçou inesperadamente. Ela não reagiu, apenas o abraçou de volta, aquele abraço era poderoso, seu coração bateu mais forte e ela pode sentir que o dele também. Era mágico ter a sensação de se estar no lugar que nasceu para ficar, mas aquele não podia ser o seu caso, ele era um cara comprometido e, de acordo com ela, só sentia pena dela. “Ele só está aqui por pena.” Pensou ela. ― Pedro me solta, já chega. Você já me contou sua história de vida, já me deu sua demonstração de que tem um pingo de educação e agora já pode ir embora. ― Disse ela apontando para a porta do celeiro.

― Okay, eu vou. Até amanhã Karina. ― Disse ele sorrindo e deixando o local. Ela sabia que era errado pensar assim, mas um abraço era algo raro para ela, e mesmo ela dando poucos abraços na vida, nenhum lhe remeteu tanta paz, tanta segurança... Ele voltou para casa e ela terminou de limpar a cozinha com Bete.

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Notas finais do capítulo

O que acharam?? Comentem! Favoritem! É muito importante que as pessoas gostem da fic, porque ela está sendo feita com muito amor!