Cold Heart Novel escrita por Riyuuki


Capítulo 1
Capítulo 01


Notas iniciais do capítulo

Como podem ver, essa história é uma Novel, ou seja, alguns capítulos contém ilustrações que eu mesmo desenhei. Vocês podem encontrar aqui no meu blog: http://yaoibrasileiro.wordpress.com/cold-heart-novel/Curtam também a página do Facebook para saber mais: https://www.facebook.com/segredos.do.destino.henrique.2014



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Bom dia Julien! – Me virei e vi que era minha vizinha, como todas as manhãs, ela me cumprimenta quando nos encontramos.

Bom dia dona Mercedes! – Respondi com um sorriso depois de trancar a porta da minha casa.

Vai para o hospital hoje também? – Mercedes estava em meu portão me esperando ir até ela.

Sim, a senhora vai pelo mesmo caminho? – Perguntei abrindo o portão e a vizinha disse que sim.

Eu fiz alguns bolinhos para você, quando você chegar da sua faculdade passe lá em casa que meu filho te dá.

Muito obrigado! Não precisava se incomodar. – Disse eu feliz, eu amo os bolinhos que ela prepara, são deliciosos.

Mercedes tem 55 anos e é a minha vizinha desde que me mudei para essa cidade há 3 anos atrás junto com minha mãe, meu pai e meus dois irmãos mais novos. Ela tem sido uma boa amiga da minha mãe desde que nos conhecemos. Ela mora com seu filho Danilo que tem 25 anos, ou seja, ele era 3 anos mais velho que eu. Ele é um garoto sério e fechado, pois não consigo manter uma conversa com ele por mais de 5 minutos quando vou a casa dele, a minha primeira impressão dele foi que ele não gostasse de mim ou se não fosse com a minha cara, mas não dei importância e como sempre fui o mais educado possível e fazendo o possível para não incomodar.

Minha vizinha conseguiu a minha amizade depois que soube que minha mãe entrou em coma.

O médico não disse mais nada sobre sua mãe? – Indagou Mercedes enquanto íamos juntos até o ponto de ônibus, ela trabalha no mesmo horário em que vou para o hospital.

Infelizmente nenhuma resposta, mas os médicos estão confiantes de que ela vai acordar, por enquanto só temos que ter fé e esperar.

Foi realmente chocante quando eu soube que ela sofreu um acidente... – Disse ela colocando a mão no peito olhando para mim triste, parecia que ela envelheceu 10 anos. – Foi muito grave?

Eu não sei exatamente, meu pai que estava presente quando ela atravessou a rua sem olhar e o carro a pegou de surpresa. – Respondi sério, na verdade eu contava aquela história sem muita emoção toda vez que meus vizinhos ou amigos me perguntavam, acabei me acostumando com essa fatalidade já que minha mãe estava há mais de 6 meses em coma. – Infelizmente o cara fugiu.

Que cruel... É uma pena que a polícia não pode encontrar o responsável...

Pois é. – Chegamos ao ponto e nos sentamos entre duas pessoas que estavam sentadas na ponta.

A história do acidente da minha mãe foi inventada pelo meu pai e eu obviamente tive que continuar com essa farsa para evitar fofocas. O real motivo é que minha mãe estava querendo se matar com vários comprimidos e foi bem na hora que cheguei em casa que a vi caindo no sono no chão com um vidro de remédio vazio jogado na cômoda ao lado da cama que consegui chamar a ambulância imediatamente e evitou que ela morresse naquele momento.

Meu coração dói toda vez que me lembro dessa cena, porque eu nunca esperava que minha mãe quisesse se matar. Eu sempre soube que ela era infeliz no casamento com o meu pai, no começo achei que esse era o motivo de ela ter feito isso, mas quando eles decidiram se separar eu pude sentir que ela estava satisfeita e feliz. Foi que nesse momento eu decidi aproveitar o momento e contar aos meus pais sobre a minha sexualidade, até hoje eu não me perdoo por ter feito isso bem no dia do suicídio da minha mãe. Se eu soubesse que ela se mataria a 5 horas depois por descobrir que seu filho é gay nunca teria contado, não imaginaria que isso seria a pior vergonha da vida da minha mãe. A culpa de ela estar deitada naquela cama entre a vida e a morte é toda minha, eu prometi ao meu pai, aos meus irmãos e a mim mesmo que iria estar sempre com ela no hospital e fazer o que for preciso para desfazer todo o mal que eu fiz. Como prometido, vou todos os dias ao hospital visitar a minha mãe e conversar com ela. Isso virou uma rotina para mim.

Ah meu ônibus! Tchau Julien, nos vemos mais tarde. Manda um beijo para a sua mãe. – Mercedes me deu um beijo e se levantou esticando o braço para o ônibus parar.

Até mais, bom trabalho para a senhora!

Meu ônibus apareceria depois de uns 20 minutos, então peguei meu iphone e coloquei os fones no ouvido já que não tinha ninguém ali para conversar. Dei um play e começou a tocar Lana Del Ray.

“Não... Já tenho drama demais na minha vida, melhor ouvir outra.”

Começou a tocar L8 Cmmr da Lily Allen o que achei um pouco animadinha e deixei tocando. Me desliguei completamente na música que nem percebi um rapaz sentando ao meu lado direito encostando o seu braço nu no meu, me arrepiei porque senti sua pele quente e não pude evitar de ficar envergonhado, eu estava vestido uma camiseta e o garoto do lado estava de regata.

Desculpe ae. – Disse ele.

Tudo bem. – Respondi, acho que falei alto demais porque o rapaz demonstrou cara de espanto. Na hora eu fiquei com vergonha e tirei o fone pausando a música.

Depois de alguns segundos nesse silêncio, notei que o rapaz era jovem que aparentava ter 18 anos e estava de mochila nas costas, observei que ele era daqueles típicos adolescentes que gosta de deixar o cabelo arrepiado e sentar relaxado em um banco. Perdido em meus pensamentos, eu percebi que fiquei olhando-o demais e ele estava ficando sem graça, virei meu rosto imediatamente para a esquerda e vi que um ônibus estava vindo, mas não era o meu e voltei a olhar para frente.

Percebi que o rapaz estava olhando para mim com muita curiosidade, virei para olha-lo e observei que ele tinha olhos castanhos escuros, seu cabelo preto estava com bastante gel. Confesso que o achei atraente, mas desde que me aceitei como gay, só fiquei com uma garota na vida, típico de crianças curiosas se descobrindo um em outra, mas depois nunca tive atração por garotas desde que brincava com meus primos que para mim eram bastante atraentes, mas nunca tentamos nada.

O rapaz do meu lado viu que eu estava olhando-o, virou rapidamente seu rosto. Não pude evitar soltar um sorriso com vontade de rir, era uma situação engraçada porque não era a primeira vez que isso acontece. Eu acredito que esses rapazes têm alguma vergonha de mim ou coisa do tipo, eu cogitei da ideia de eu ser atraente demais ou um garoto esquisito, o que é uma hipótese mais evidente porque meus amigos me comentam que tenho uma pele incrivelmente clara e macia.

Eu apenas sou um rapaz gay comum como qualquer outro, com cabelos bem lisos e jogados para o lado e curtos, pele exageradamente branca que queima facilmente embaixo do sol depois de algumas horas, altura um pouco baixa e olhos castanhos escuros um pouco puxados — Muitos me perguntavam se eu era descendente Japonês. Infelizmente eu chamo muito a atenção de todas as pessoas que passam perto de mim e eu nunca gostei disso, eu não me considero afeminado e também não sou muito masculino, gosto de me arrumar, cuidar do meu corpo e da minha pele. Na escola passei por vários momentos de torturas com os valentões da escola e garotas que espalhavam fofocas ao meu respeito, em um momento da minha vida eu chorava bastante, mas depois nunca mais chorei por causa dos outros. A essa altura da vida já estou acostumado com esses olhares curiosos ao meu redor, acredito que assumir ou não a minha sexualidade não faria diferença nenhuma, ninguém paga as minhas contas.

Meu ônibus... – Levantei rapidamente para pegá-lo. O engraçado é que sempre nessas horas em que o seu ônibus aparece o coração dá um salto. Subi e dei o dinheiro para a cobradora que estava mais para deitada no banco do que sentada mastigando chiclete que nem uma vaca me avaliando como sempre, depois de ela ter me dado o troco tive que passar com dificuldades na catraca com a bolsa da faculdade, como detesto passar naquele negócio.

Sentei em meu lugar perto da janela e vi que aquele rapaz do ponto estava vindo em minha direção, de todos os lugares vagos ele sentou bem ao meu lado. Ele deve estudar perto do hospital para pegar o mesmo ônibus que o meu, foi o que eu pensei.

Quando o ônibus deu partida, levei um susto quando ele começou a falar comigo.

Você é novo por aqui?

Não, eu sempre pego esse ônibus... – Disse olhando para ele com curiosidade.

É a primeira vez que pego esse ônibus, a cobradora não me explicou direito onde fica a escola Margareth Lima... Você sabe onde fica? – Indagou ele com uma expressão preocupada.

Humm... Margareth... Acho que já ouvi esse nome... Ah claro, esse ônibus passa no ponto do hospital e antes disso tem um ponto, então eles param bem na porta dessa escola. –Respondi.

Sério? Valeu cara, fiquei preocupado. Eu sou novo da cidade, e hoje é meu primeiro dia de aula.

Entendo. Mas logo você se acostuma e vai perceber que é muito fácil. – Retribui um sorriso e vi que ele ficou mais algum segundo me olhando. Agora eu que estava ficando sem graça e observei a janela vendo aquelas casas passando, pensando na minha mãe. Quando o ônibus fazia curvas eu pude sentir o braço do garoto encostando-se aos meus.

Você é bonito... – Percebi que ele estava falando comigo.

Oi? Disse alguma coisa? – Me virei e ele chegou bem perto do meu ouvido.

Você é bonito.

Parecia que ele estava sussurrando e arrepiei na hora, não estava acostumado com elogios de outros rapazes porque na maioria das vezes recebo de mulheres.

Ah... – Eu não sabia o que dizer e no mínimo eu acharia aquilo estranho.

Qual o seu nome? – Ele me perguntou olhando em meus olhos.

Eu sou Julien... – Respondi com um sorriso, estava com vergonha, não estava acostumado com aquele tipo de situação.

Meu nome é André. – Ele disse colocando a sua grande mão na minha coxa.

Ok, eu já entendi que ele é gay e está dando em cima de mim, mas no ônibus? Alguém poderia nos ver, mesmo não tendo tanta gente lá dentro. Tive que sair daquela situação, estava ficando nervoso e suando frio.

André... Seu ponto. – Disse apontando para a escola do outro lado da rua pela janela.

Ah éh. Valeu! Te vejo amanhã. – Disse se levantando e apertando o botão de parada solicitada do ônibus.

Amanhã? – Interpelei surpreso com o que ele tinha me dito.

Eu vou estar naquele mesmo ponto para pegar o ônibus amanhã e você disse que sempre pega esse ônibus então vamos nos ver de novo, até mais Julien. Gostei de te conhecer. – Ele disse com um sorriso malicioso e desceu quando a porta se abriu.

Eu não sabia o que pensar, eu ficaria feliz? Eu sempre quis poder namorar alguém, ficar com um rapaz que acabo de conhecer é realmente uma loucura que eu não sabia se eu era capaz de cometer. Essa não seria a primeira vez que um rapaz dá em cima de mim, isso acontece sempre quando saio com meus amigos ou vou a algum lugar púbico e eu sempre nego dando um fora. Mas não pude deixar de sentir que estava gostando de toda aquela situação, aquele rapaz que colocou aquela mão na minha coxa era atraente, a sua mão grande é bonita, eu tenho fetiche por mãos grandes. Balancei minha cabeça negativamente e me levantei para descer do ônibus para descer.

Cheguei ao hospital, cumprimentei a recepcionista, ela autorizou minha entrada e fui direto para o quarto da minha mãe. No corredor, pude notar que algumas enfermeiras estavam cochichando envergonhadas como adolescentes apaixonadas. Essa não era a primeira vez que eu tive essa impressão, alguns dias atrás eu as ouvi comentando de algum visitante bonitão que parecia artista de novela visitando alguém nesse hospital. Desde aquele dia não vi nenhum rapaz assim, dei de ombros e fui ao bebedouro, estava morrendo de sede.

Oi Julien.

Levantei meu rosto e vi que era Alicia, uma das enfermeiras que gosto de conversar desde que comecei a frequentar há mais tempo o hospital, nós nos tornamos amigos durante esse tempo.

Ah, oi Alicia. Tudo bem? – Cumprimentei-a.

Muito melhor agora que você chegou. – Disse com um sorriso. – E também porque o bonitão veio hoje também.

Bonitão? – Perguntei.

Aquele cara que todo mundo anda comentando pra cima e pra baixo aqui no hospital. Vai me dizer que não ouviu alguém comentando aqui sobre ele?

Impossível não ouvir. – Rimos e andamos no corredor até o quarto da minha mãe com ela segurando em meus braços.

Ah, ele é um gatão! Você também iria achar. – Depois de ela ter dito isso, eu parei de andar. – O que foi?

Por que acha que eu também ia achar ele bonito? – Disse ficando sem graça, eu nunca contei para ela que eu era gay.

Ah Julien, não precisa ficar com vergonha, eu sei que você é gay! – Disse ela com um sorriso gentil.

Ah... Ok... – Ela voltou a segurar meus braços e continuamos andando.

Como descobriu que eu sou gay? – Perguntei.

Não é difícil de descobrir, está escrito na sua testa. – Fiquei um pouco ofendido com o comentário dela. – Desculpe, não queria te ofender...

Está tudo bem. É que eu não sou assumido e... – Chegamos ao quarto da minha mãe.

O que? – Ela indagou preocupada.

Nada não. Vai ficar tudo bem. Obrigado por me aceitar Alicia.

Não se preocupe lindo! Vou ter que voltar para o trabalho, até depois.

Tchau. – Despedi e vi-a desaparecendo entre os corredores.

Que idiotice a minha, eu quase ia contar para ela que minha mãe se suicidou por causa da minha sexualidade. Meu pai me proibiu de contar para qualquer um sobre esse assunto, nem para os meus amigos e nem meus irmãos que são mais novos que eu. Apenas ele e eu sabemos do real motivo de ela ter se suicidado. Infelizmente meu pai também não aceita a minha homossexualidade e acabei me acostumando com sua negação e seguir as ordens dele, afinal a minha mãe não estaria naquela cama se não fosse por minha culpa.

Cheguei perto da cama da minha mãe e beijei sua mão como sempre, era incrível como sua mão era quente e aconchegante, eu gosto de ficar horas segurando a mão dela.

Me desculpe por tudo mãe...

Realmente doía ver ela deitada naquela cama. Ela era linda quando andava para lá e pra cá com seus longos cabelos negros com seus lábios de batom bem escuro, o que realçava sua beleza.

Eu sei que você está morrendo de vergonha de mim, mas eu não posso fingir que isso é só uma fase. Não consigo evitar olhar para um cara e sentir o que não deveria sentir... Espero que algum dia você me perdoe. – Murmurei.

Depois de alguns minutos, fui ao corredor tomar um pouco de café, peguei um copinho de plástico e me servi. Virei meu corpo e acidentalmente acabei esbarrando em um homem um pouco mais alto que eu que estava atrás de mim, o copo de café que estava na minha mão virou em minha roupa, derramou um pouco de café e deixou uma mancha enorme, por sorte que o café estava frio.

Puta que pariu. – Soltei.

Olhei para a mancha da minha camiseta com raiva, daqui a pouco eu teria que ir para a faculdade e não olhei para onde ando. Por sorte o café só caiu na minha roupa e não nas dos outros. Algumas pessoas que estavam perto olhavam curiosas para mim. Que vergonha!

Desculpe ae cara. Você estava apressado... – O homem respondeu, eu não estava olhando para ele porque estava ocupado tentando limpar com as mãos o estrago que eu fiz na minha camiseta. – Tome.

Eu vi que o homem tinha tirado um lenço do bolso e me ofereceu.

Limpe com isso.

Não... Vai manchar, eu fui um idiota, me perdoe.

Olhei para o rosto dele e fiquei vislumbrado com sua beleza, acho que ele deve ser aquele bonitão que todo mundo andou comentando. Realmente ele parecia um galã de novela, sua barba curta era castanho claro, seus olhos eram verdes, seu cabelo também castanhos claros tinha vários cachinhos e em sua testa tinha uma mecha parecido com o Superman que deu um charme a mais para ele. Acho que ele aparentava ter uns 30 anos e seu corpo era bem grande comparado ao meu, se eu tivesse derrubado o café nele imaginei o estrago que seria de mim se ele ficasse nervoso e quisesse me atacar, seus braços são enormes mesmo cobertos. Ele estava usando uma camisa Azul Anil e uma gravata Azul Escuro.

Eu me virei para ir ao banheiro e ele me seguiu.

Mas mesmo assim, me deixe te ajudar... Ainda assim eu me sinto culpado.

Está tudo bem... Vou só ao banheiro tentar limpar com água. – Entrei no banheiro e ele continuou me seguindo e ficou parado na porta do banheiro me olhando limpar a mancha. Fiquei encharcado e a mancha ficou pior, não tinha mais o que fazer, teria que faltar da faculdade e ir embora para casa. – Terei que ir para casa...

Desculpe.

Não se preocupe. Como você disse, eu fui apressado e não vi você, não se incomode com isso senhor.

Eu já estava me irritando com tantas desculpas dele, a culpa foi toda minha e ele não precisava de tanta preocupação.

Me deixe pelo menos te recompensar, quer tomar café comigo? Estou indo agora na lanchonete.

Não precisa...

Eu insisto!

Ele mostrava um sorriso galanteador e me parecia ser um cara muito gentil. Ao mesmo tempo me parecia ser muito convencido. Queria sair de lá logo.

Desculpe, mas estou com pressa. – Disse saindo do banheiro.

Então outro dia então? Eu vi que você sempre vem por aqui.

Como ele sabia disso? Nunca tinha visto ele no hospital a não ser hoje, mas sempre notou minha presença?

Humm, talvez. Tchau. – Disse com pressa e tampando a mancha da frente com a bolsa que levava no ombro indo até o ponto de ônibus para ir embora para casa.

FIM DO CAPÍTULO 01

Continua...


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