Salvation escrita por Vanessa Morgado, Celo Dos Santos


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

~Enjoy~

Músicas do capítulo:
— Dust In The Wind - Kansas (http://www.youtube.com/watch?v=tH2w6Oxx0kQ)
— How You Remind Me - Nickelback (http://www.youtube.com/watch?v=1cQh1ccqu8M)
— All About That Bass - Meghan Trainor (http://www.youtube.com/watch?v=7PCkvCPvDXk)



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"- Scott, vem, por aqui! - um homem chamava pelo garotinho enquanto as chamas estalavam.

– Papai! Papai! - Scott não sabia como chegar ao pai já que separando os dois havia uma fila de pessoas que tentavam sair da casa.

Scott olha para o lado e via um casal chorando com uma garotinha nos braços do pai.

– Minha filha... Acorde, por favor. - a mulher já não tinha mais forças para falar por causa da fumaça que obstruía suas vias aéreas.

Scott não entendia muito o que estava acontecendo, mas algo dentro dele dizia que a culpa era inteiramente sua. Ele liberou algumas lágrimas ao ver a cena da família.

O fogo se alastrava e atingia objetos inflamáveis do ambiente. Scott assustado com tudo aquilo tentou aproximar-se do pai.

– Pai! - ele berrou e correu - Pai!

Um arco de madeira que fazia parte da decoração se tornou um obstáculo para Scott que corria entre as pessoas, ele estava em chamas e isso intimidou o garoto.

Scott encarou a estrutura e depois o pai. Ele sabia que teria que passar por ali, mas estava com medo e tinha medo do fogo.

– Scott corra meu filho, você consegue, papai está aqui. - o homem se abaixou depois da estrutura de braços abertos - Vem.

– Papai estou com medo...

– O medo existe para ser enfrentado filho, vamos, sua irmã, sua mãe e eu precisamos que você passe pelo arco.

Scott ouviu o que o pai disse e tomando coragem correu na direção da estrutura que ardia, no entanto quando estava em baixo dela ouviu um grito que o distraiu.

– Filha! - se tratava do pai daquela família que ele avistará a pouco tempo.

Aparentemente a garota havia acordado.

– Scott, não! - o pai gritou e correu ao ver que a estrutura despencara.

Scott abraçou a própria cabeça instintivamente e apagou.”

– Scott, acorda! - Rapha berrou.

O Evoluído pulou num salto da cama, estava ofegante e suado.

– Está tudo bem? Você estava muito perturbado enquanto dormia. - Rapha parecia mais assustado do que o próprio Scott.

– Ah, eu... Eu tive um sonho ruim, só isso. Vou tomar banho, sei que ficarei melhor. - ele força um riso e vai até sua repartição do guarda roupa.

Ele apanha uma toalha e vai saindo dali.

– Scott, hey... - Raphael chama a atenção dele antes que ele saia do quarto - Tem certeza que está tudo bem?

– Está sim, não se preocupe.

Raphael assente e Scott sai dali.

Dianne estava sentada na porta do banheiro feminino, ela bebia sua garrafa de tequila, queria espairecer um pouco e precisava de um porre pra isso.

Scott viu ela ali e decidiu não iniciar uma conversa, afinal estava desestruturado pelo sonho, todavia ele achou que ela poderia destraí-lo.

– Bela festa a beira do banheiro.

– Venha fazer parte dela. - Dianne sorri e balança a garrafa.

– Não seria uma má ideia. - ele se senta ao lado dela e pegando a garrafa bebe um pouco do conteúdo.

– E então? Porque está acordado a essa hora?

– Não dormi muito bem. - ele dá de ombros.

– Aconteceu algo?

– É... - ele decidi não contar - Nada... Nada de mais, tá tudo bem.

– Hum... Você é um péssimo mentiroso tocha.

– E você é um tanto curiosa, amazona. - ele ri - Desculpe foi o melhor que consegui pensar.

– Amazona? Cara, faz muito tempo que está preso aqui né?!

– Me dá um exemplo melhor. - ele revira os olhos.

– Ogra. - Dianne ri. - Eles me chamam assim.

– Ainda prefiro amazona. - ele gargalha.

Assim como Crystal, Dianne conseguia arrancar risos de Scott.

– Tudo bem então. - Didi sorri.

– Tenho um passado muito triste. - Scott depois de uma longa pausa decidi contar a ela.

– É? Acho que todos temos um passado sombrio.

– Estou sendo assombrado por vislumbres do meu. - ele se arrepia.

– Compartilhe. - Dianne bebe mais um pouco e devolve a garrafa a ele.

Ele também bebe.

– Eu tinha 12 anos, Karen 10... Tínhamos uma amiga que morava no fim de nossa rua, numa casa grande. - ele começa.

– Posso adivinhar ou deixo você contar? - Ela arqueia uma sobrancelha.

– Espere... - ele sorri ao ver que ela aceita - Essa garota fez aniversário e nossa família foi inteiramente convidada. Era incrível como a garotinha sorria naquele dia. - seus olhos deram uma pequena marejada, seu coração apertava a cada lembrança daquele dia.

– Que fofo... - Ela sorri de lado e olha ele.

– Teve cama elástica, sabe. Todos se divertiam. A casa era grande e acomodou bastantes convidados.

– Vocês cresceram juntos?

– Aham. - ele ri - Fui o primeiro amor dela - o riso aumenta.

– Uou! Que mal gosto o dela!

– Dianne! - Scott a repreende de maneira semelhante ao que Ellen e Crystal fazem.

– Desculpe. - Ela ri. - Continue.

– Chegou o momento mais esperado da festa. Todos se aproximaram da mesa onde um enorme e apaixonante bolo foi colocado. As velas com marcando 10 anos foram acessas e todo mundo cantou e bateu palma envolvidos pela alegria da garotinha. - a maneira como Scott narrava dava a entender que ele estava vivenciando tudo aquilo novamente.

Dianne olha para Scott e visualiza a cena. "Será que é ela?"

– Em meio a cantoria eu estava... Como posso dizer... Compulsivo. A chama daquelas velinhas parecia estar me atraindo de uma maneira que não conseguia entender. - Scott olha para Dianne.

– Acho que estou entendendo... Você descobriu seus poderes nessa festa.

Ele assente positivo.

– A vela começou a crepitar e cuspir chamas. Foi terrível.

– Nossa Scott...

– A aniversariante foi atingida por uma no rosto e ficou desacordada. E eu sabia que no fundo era o culpado mesmo que sem entender.

– Mas... Você se descontrolou, não foi sua culpa.

– É a Barbara. Eu ceguei a Barbara! - Scott coloca as mãos no rosto e inclina a cabeça.

– Caraca... - Raphael comenta baixinho.

O rapaz decidiu ver se Scott estava bem e acabou ouvindo a conversa deles.

– Eu imaginei que fosse.... - Dianne se aproxima e abraça ele. - A culpa não foi sua Scott.

– Mas eu não consigo eliminar esse fantasma do meu passado, mesmo que Barbara tenha adquirido habilidades e tenha recuperado a visão. - ele respira um pouco - Meu dom não foi uma bênção como o de Barb, sabe. Ele é destrutivo, uma maldição.

– Não, claro que não. - Dianne olha ele. - Se você souber usa-lo, ele não é uma maldição.

– E em que posso usar o fogo sem machucar alguém? - ele olha ela como se não houvesse uma resposta positiva.

– Em um jantar romântico pra sua namorada... Acendendo as velas por exemplo.

– Dianne... - Scott revira os olhos - A conversa é séria poxa. - ele ri.

Nessa hora Rapha já havia saído dali chocado pela revelação.

– Ah, queria te fazer rir. - Dianne sorri de lado. - Scott foi algo ruim que aconteceu, sei que vai se culpar eternamente por isso, mas a Barbara não te culpa, então tente não se abalar por essas lembranças do passado.

– É... - ele passa a mão pelo pescoço e deixa acidentalmente que ela veja uma marca.

– O que é isso?! - Dianne olha a marca.

– Oi? - ele tenta tampar o hematoma com a mão - Isso... Não, não é nada.

– Não minta. - Dianne tira a mão dele do hematoma. - O que fizeram com você?

– Achei que estivesse óbvio. - ele vira o rosto.

– Eles não tinham o direito! - Dianne se irrita.

– Minha irmã disse o mesmo, mas... O que podemos fazer? Eles nos tem em suas mãos.

– Quando eu conseguir, esse general vai se arrepender de ter nascido.

– Não Dianne... Não quero que o provoque, é um ato muito tolo. - ele aconselha.

– Não irei provoca-lo, pelo menos não agora. - Dianne olha ele. - No momento certo, ele perceberá que foi um grande erro me prender aqui.

– Você é forte, mas não é impenetrável. Use a cabeça.

– Ta bom, ta bom. - Dianne revira os olhos.

– Bom... - ele pegou a tequila - Acho que preciso de mais disso.

– Não só você. - Dianne sorri de lado.

Ele bebe uma boa parte da garrafa e entrega a ela.

– Obrigado Dianne. - ele sorri fitando-a.

– De nada Scott. Acho que eu que tenho que agradecer por você confiar em mim.

– Incrivelmente, mas confio. - ele zoa.

– Rá rá engraçadinho. - Dianne revira os olhos.

O alarme do café toca.

– Caraca, e eu nem tomei meu banho. Nos vemos depois. - ele se levanta.

– Até depois. - Dianne se levanta e pega a garrafa. - E Scott, deixe o passado no passado. - Ela pisca para ele e caminha para seu quarto.

– Passado no passado... - ele repete o que ela diz e entra no banheiro.

– Bom dia! - Dianne sorri ao entrar no quarto.

– O que deu em você? - Ellen estranha a animação da amiga.

– Estou feliz, só isso.

– Feliz e bêbada. - Crystal faz careta.

– Calada. - Dianne revira os olhos.

– Sem trocas de elogios a essa hora. Vamos tomar café antes que a gente fique sem nada. - Ellen empurra as amigas para fora do quarto.

– Vamos que a sucuri na barriga da Ellen se manifestou! - Dianne ri.

– Com toda certeza! - Crystal ri com Dianne.

– Caladas. - Ellen revira os olhos, fazendo as amigas rirem ainda mais.

– Uou. - Logan vibra ao ver que sairam do quarto na mesma hora.

– Bom dia. - Jason sorri as amigas.

– Bom dia Jason. - Ellen sorri.

– Bom dia. - Crystal acena a eles.

– Opa, bão?! - Dianne ri.

– Rapha e Karen devem estar nos esperando com os outros no Refeitório. - Jason diz e começa a caminhar naquela direção.

– Ou estão dormindo juntos, já que ela não voltou para o quarto. - Crystal revira os olhos.

– Conosco lá? - Logan arqueia uma sobrancelha a ela.

– Ah sei lá... - Crystal dá de ombros.

– Tem alguém de mau humor hoje. - Ellen faz careta.

– Quem? - Jason olha Ellen.

– Crystal né. Dã! - Ellen ri.

– Me mira mas me erra Ellen. - Crystal revira os olhos e vai para o pátio.

– Será que foi por conta da discussão com o Rapha ontem? - Logan questiona.

– Pode ser que sim, pode ser que não. Crystal está se tornando um enigma pra mim. - Ellen suspira frustrada.

– Deixe ela Ellen, Crystal discutiu com o Rapha, levou choque dos Decoes e está na tpm. Dê um tempo a ela. - Dianne olha a amiga.

– Ta bom, ta bom. - Ellen concorda levantando as mãos em sinal de rendição.

– Fala Jovens da Profecia. - Liam se aproxima deles.

– Hey Liam. - Logan cumprimenta ele.

– Oi Liam. - Crystal passa por ele e vai se servir.

– Não ligue, ela está de mau humor. - Ellen sorri. - Bom dia.

– Fala Liam, preciso de outra garrafa se possível. - Dianne pisca para ele.

– Vejo que a garrafa foi pequena prá você. - Liam sorri a Didi - E como estão em relação a Kiara?

– Foi, muito pequena. - Dianne ri. - Vamos superar.

– É, temos que superar, infelizmente. - Ellen suspira.

– Estão prontos para o Libertare. - ele comenta.

– Libertare? Que isso? - Ellen olha ele.

– Nenhum veterano contou a vocês? - ele olha para eles - Pela expressão que fizeram não. É um tipo de feriado mensal aqui em Alkalia.

– Feriado? - Logan arqueia uma sobrancelha.

– Sim. Foi criado por Jackson, o ex-namorado de Barbara, com a morte dele se tornou algo fixo e com grande significado. - o Fornecedor explica.

– E o que faremos nesse feriado? - Dianne olha ele.

– Libertare é o dia em que lembramos como o mundo é lá fora. Esquecemos que estamos aqui e sentimos um pouco o gosto da liberdade. Mais do que todos Jackson acreditava na profecia e que um dia vocês viriam nos salvar.

– Ah... Mas o que acontece de diferente? Saímos daqui? - Ellen olha ele confusa.

– Não, infelizmente... Na verdade usamos da música como passaporte para o mundo exterior. - ele fala de maneira poética.

– Ah, então teremos música hoje. Que bom. - Dianne sorri.

– Nossa, mas isso é um meio de nos iludir. - Ellen olha Liam.

– Como assim? - Liam fica sem entender.

– Eu acredito na profecia da Barbs, mas e se não sairmos daqui? A música, esse feriado é como uma ilusão pra nós.

– Hey, Ellen, menos aí vai, não estraga o barato. - Dianne repreende a amiga.

– Eu só... - Ellen suspira. - Desculpem.

– Mas é por isso que fazemos o Libertare para não esquecermos de onde viemos. - Liam explica.

– Tudo bem, entendi. Desculpe. - Ellen sorri sem graça.

– Sem problemas. Vamos? - Liam olha para eles.

– Claro. - Jason sorri e começa a caminhar sentido Refeitório.

Dianne e Ellen seguem eles. Crystal já estava sentada na mesa de sempre, comendo em silencio.

– Tá tudo bem? - Henry questiona a ela.

Barbara, Zoe e Dan também estavam ali, mas pareciam entertidos em sua própria conversa.

– Não, nem um pouco. - Crystal suspira.

– Quer conversar? - o pequeno mantinha o olhar nela.

– Obrigada Henry, mas acho melhor não. - Ela sorri a ele.

– Saudades de casa? - ele palpita.

– Não...

– Ok, sem mais perguntas. - ele sorri amarelo.

– Não é você Henry, desculpe. Sou eu, não to num dia bom. - Crystal olha ele.

– Sou esperto o bastante para analisar fatos e atitudes humanas, Crystal... - Henry fala de um jeito que deixa transparecer que ele descobriu.

– É... Você seria um ótimo psicólogo. - Ela sorri. - Obrigada Henry.

– Ele vai te procurar. Relaxe... E... Tome o iogurte e cante hoje. - ele pisca a ela.

– Farei o possível para cantar hoje. Obrigada pirralho. - Ela sorri e bagunça o cabelo dele.

– Eu percebi que sua voz sooa diferente das dos outros, algum timbre bonito se esconde ai. Mostre-nos, por favor. - Henry realmente era encantador.

– Escolha a música. - Crystal sorri.

– Meu pai sempre ouvia esta. Dust in the wind. - ele fala.

– Cante comigo. - Crystal sorri a ele. - I close my eyes only for a moment and the moment's gone. All my dreams pass before my eyes, in curiosity, dust in the wind. All we are is dust in the wind. (Eu fecho meus olhos apenas por um momento e o momento se foi. Todos os meus sonhos, curiosamente passam diante dos meus olhos.)– Ela começa a cantar.

Same old song... (A mesma música velha.)– Henry canta notando que ele estava certo a voz dela era diferenciada.

Just a drop of water in an endless sea... (Apenas uma gota d’água em um mar infinito.) – Dan canta junto com Henry ao perceber a música.

– Liam! - Noah chama pelo amigo ao ver que Crystal cantava. - O violão.

All we do, crumbles to the ground though we refuse to see. (Tudo o que fazemos cai em pedaços embora nós nos recusemos a enxergar.)– Crystal continua cantando acapela.

Dust in the wind, all we are is dust in the wind. (Poeira no vento, tudo o que somos é poeirano vento.)– Ellen e Dianne cantam se aproximando da amiga.

– Cheguei. - Liam pega o violão e começa os acordes.

Todos esperam o momento certo para voltar a cantar.

Logan puxa palmas de acordo com o ritmo do solo que Liam fazia.

– Uou! - Crystal se surpreende e volta a cantar. - Now, don't hang on. Nothing lasts forever, but the earth and sky it slips away. (Agora, não fique esperando. Nada dura para sempre, apenas a terra e o céu, o tempo foge.)

Ellen e Dianne bate palmas junto com Logan.

And all your money won't another minute buy, dust in the wind. All we are is dust in the wind... (E todo o seu dinheiro não comprará outro minuto, poeira ao vento. Tudo o que somos é poeira no vento.)– todos cantam junto com Crystal, Liam guiava o ritmo da música com o violão. Jovens se aproximavam da mesa.

Dust in the wind, everything is dust in the wind. (Poeira ao vento, tudo isso é poeira no vento.)– Crystal sorri a Liam e finalizam a canção.

– Uhuuuuul!!! - Dianne assovia com os dedos e ovaciona a apresentação deles.

– Arrasou Crystal! - Ellen aplaude a amiga.

Todos os outros detentos de Alkalia aplaudem, exceto os Liberatus. Axel até vaia, o Evoluído era de longe o mais babaca dentre eles.

Liam sobe na mesa e dá um sinal para um dos detentos.

Este subiu na mesa ao lado de Liam, se tratava do garoto que multiplicou as tequilas para os vencedores do tiro ao alvo.

– É assim que damos abertura ao Libertare. Todos sabem o quão importante para nós detentos é termos um gancho para nos lembrar de momentos com o mundo exterior. Isso aumenta nosso desejo de sairmos daqui e reascende a esperança de que não morreremos sem ver a luz do sol novamente. - Liam fala a todos os detentos de Alkalia.

– Libertare? - Crystal olha para Henry sem entender.

– Uma espécie de feriado em que buscamos sempre lembrar do mundo exterior. - Henry explica - Usamos muito da música para isso.

– Ah entendi. Interessante isso. - Crystal sorri. - É um bom jeito de não enlouquecer aqui.

– Jeff, por favor. - ele entrega o violão ao amigo - Todos os músicos podem pegar seu violão, Libertare! - ele berra.

Os detentos gritam depois.

– Pra que esse escândalo?! - Dianne coloca os dedos no ouvido.

– Sai pra lá mau humor! - Ellen ri.

Jeff multiplica o violão fornecido por Liam e entrega aos Alkalianos que se aproximam.

– E aí galera da profecia algum violista? - Liam questiona ao grupo.

– Eu! - Ellen sorri a ele.

– Segura. - Jeff estende um violão para ela.

– Obrigada. - Ellen pega o instrumento e pisca para ele.

Kane começa a caminhar em direção a mesa onde Jeff distribui os violões.

– Onde vai? - Duncan questiona.

– Pegar um violão, sei tocar. - Kane explica, ao teleportador.

– Os Liberatus não participam desse dia comemorativo. - Flint comenta deixando bem claro que Kane não participaria.

– Ah... - Kane engole em seco - Porque amigos?

– Não precisamos relembrar do mundo exterior, pois voltaremos a ele. - Flint fala firme.

– Entendido. - o rapaz volta a se sentar na mesa.

– Ta no lado errado Kane... - Zoe comenta ao passar do lado da mesa dos Liberatus.

– Quem te perguntou, coreia? - Axel fuzila ela.

– Hey. - Kane repreende.

– Acredite o que ele fala não me me acrescenta em nada. - Ela pisca para Kane e vai até a mesa dos amigos.

– O que houve? - Dan pergunta a ela.

– Apenas tentando livrar Kane daqueles idiotas, mas acho que ele não tem salvação. - Ela dá de ombros. - O que perdi?

– Eles estão decidindo qual música cantar. Rapha, Scott, Noah, Josh e Karen apareceram. Turma completa. E Kane... Eu sinto que ele não se encaixa ali. - Dan olha ele.

– Não sei, ele queria participar do evento de hoje, mas o Flint não deixou. Ele se acha dono de todos. Odeio pessoas assim, mas enfim... Não posso fazer nada se ele quer ficar lá. - Ela dá de ombros. - Bacana esse dia musical não?

– A ideia é interessante já que temos uma música prá cada momento. - Dan olha ao redor e vê os detentos cantando em suas mesas.

Alguns usam os talheres, as palmas e batidas na mesa como percussão.

– Cada mesa tem uma, qual será a nossa? - Zoe olha eles curiosa.

– Podem cantar alguma do Nickelback? - Barbara sorri a eles. - Gosto dessa banda.

– Olha só, a mãe Dinah é das minhas. - Dianne sorri.

– Dianne! - Ellen reprende a amiga.

– Ellen já me acostumei. - Barbara ri. - Mas, dá pra vocês cantarem uma deles?

– Nada contra. - Dan pisca a Barb.

– Ainda acho que poderia ser uma banda mais recente. - Noah cruza os braços.

– Noah não dá trabalho, cara. - Rapha repreende abraçado a Karen.

Scott nota uma Crystal silenciosa e se aproxima.

– Hey.

Crystal ao ouvir a voz dele se vira, ficando de costas ao rapaz.

– Hey. - Scott insiste com um pouco mais de entonação.

– O que foi?! Lembrou que existo?

– Oi?! - ele se surpreende e segura o riso no canto da boca.

– Não ria! - Ela faz careta.

– Crystal. - ele abre os braços para abraçá-la.

– Não Scott, você não pode se redimir abrindo os braços para que eu te abrace. - Ela olha ele. - Embora eu queira muito isso, mas não pode ser assim.

– O que eu fiz que te chateou tanto? - ele cruza os braços esperando pela resposta.

– Ah... "Crystal! Como você está?! Você levou um choque por mim, tentou me proteger e eu nem sequer liguei pra isso!"– Ela imita ele.

– Desculpe, tá legal. Me desculpe mesmo. Mas é que ainda estou transtornado com as experiências que enfrentei lá. - ele fecha o cenho ao lembrar.

Crystal franze a testa olhando para ele e suspira. Havia pensado somente em si e esquecido que ele provavelmente teria passado por coisas horríveis nas mãos dos DECOEs.

– Acho que... Droga. Eu que estou errada. Você foi levado por eles e eu egoísta pensei somente em mim. - Ela olha nos olhos dele. - Se fosse preciso eu levaria choques infinitos para te proteger.

– Me sinto mais protegido agora. - ele sorri encantado.

Ela se aproxima e o abraça.

– Desculpe.

– Crystal... - ele aconchega ela num abraço extremamente sentimental.

– Você fez falta. - Ela sussurra a ele.

– Eu também precisei de você lá, teria sido tudo mais fácil. - ele ajeita a franja dela.

– Maltrataram muito você? - Ela olha nos olhos dele.

– Eu achei que seria mais. Eles nos odeiam Crystal, precisamos sair daqui logo. - Scott mantém a mesma afirmação que disse a irmã e a Dianne.

– E nós vamos Scott. Eu juro.

– Até lá devemos nos manter unidos e nos fortalecer o máximo que pudermos. - ele coloca a mão no ombro dela.

– Isso, somos uma equipe. - Ela sorri de lado.

– Mas hoje que tal cantarmos e dançarmos muito. É Libertare! - Scott berra.

O resto dos detentos ao ouvir o grito automaticamente gritam "Libertare" em coro.

– Libertare! - Crystal berra com ele e sorri.

– Noah, Ellen que vai tocar, se ela quer tocar a musica que a Barbara pediu, ela vai tocar amor. - Dianne abraça ele por trás, cruzando seus braços no pescoço do namorado. - Deixe de implicar, depois ela tocará a sua música.

– Tudo bem.

– Não sabia desse seu talento amor. - Joshua cochicha a Ellen.

– Meus pais sempre tocaram e acabei aprendendo. - Ela sorri a ele. - Que tal How you remind me?

– Amo esta. - Jason olha para os amigos.

– Vou percutir na mesa. - Dan brinca.

– Canta comigo Barbara. - Ellen sorri a ela.

– Vou ajudar com palmas. - Henry sorri e aguarda o início da canção.

Never made it as a wise man I couldn't cut it as a poor man stealing. (Nunca consegui me passar por sábio, eu não sobreviveria como um pobre homem roubando.)– Ellen inicia a música.

Tired of living like a blind man, I'm sick of sight without a sense of feeling. (Cansado de viver como um homem cego, cansado de ver e não ter sentimento.)– Barbara canta com Ellen.

Dan começa a percutir formando ritmo já conhecido por todos. Jason, Henry e Logan batem palmas segundo o ritmo proposto por Dan.

Rapha abraça Karen por trás e balança seus corpos prá lá e cá.

And this is how you remind me, this is how you remind me. (E é assim que você me faz lembrar, é assim que você me faz lembrar.)– Dianne canta com elas.

Of what I really am, this is how you remind me, of what I really am. (De quem eu realmente sou, é assim que você me faz lembrar de quem eu realmente sou.)– Ellen sorri.

It's not like you to say sorry, I was waiting on a different story. This time I'm mistaken, for handing you a heart worth breaking! (Você não costuma dizer que sente muito, eu estava esperando outra história. Dessa vez, eu errei por te entregar um coração que valesse a pena quebrar.)– Noah surpreende a todos cantando lindamente a música.

Ele pisca para Ellen, provocando.

– Uou! - Dianne se surpreende e sorri a Noah.

– Limpa a baba. - Crystal brinca com a amiga ao se aproximar com Scott.

And I've been wrong, i've been down, been to the bottom of every bottle. These five words in my head scream "are we having fun yet?" (E eu estive errado, eu estive mal, fui até o fundo do poço. Essas cinco palavras na minha cabeça gritam "ainda estamos nos divertindo?")– Noah continua.

Yet, yet, yet... (Ainda, ainda, ainda...)– Raphael sobe na mesa e chama os detentos para cantarem com eles.

No, no... (Não, não...) – o pessoal começa a cantar.

Rapha estende a mão para que Ellen suba enquanto o pessoal canta.

Ellen segura a mão de Rapha e sobe na mesa. Não demora muito e ela volta a tocar os acordes da música.

Never made it as a wise man, I couldn't cut it as a poor man stealing and this is how you remind me. (Nunca consegui me passar por sábio, eu não sobreviveria como um pobre homem roubando, e é assim que você me faz lembrar.)– Barbara sorri animada.

– Vem... - Noah segura na mão de Barbara e juntos sobem também - This is how you remind me... This is how you remind me of what I really am. (E é assim que você me faz lembrar, é assim que você me faz lembrar, é assim que você me faz lembrar de quem eu realmente sou.)

– This is how you remind me of what I really am! - os detentos cantam.

Dan percutia com mais intensidade assim como as palmas. Logan balançava a cabeça sentindo a energia da música.

Barbara sobe e sorri a Noah.

– Obrigada. - Ela escuta a voz dos outros detentos. - Viu, eles gostaram da banda velha. - Ela brinca com ele.

– Ah rá... - Noah ri e se aproximando da borda da mesa - It's not like you to say sorry, I was waiting on a different story. This time I'm mistaken, for handing you a heart worth breaking! (Você não costuma dizer que sente muito, eu estava esperando outra história. Dessa vez, eu errei por te entregar um coração que valesse a pena quebrar.)

Karen se aproxima de Scott e abraça o irmão por trás.

– Tudo bem?

– Claro. - Scott sorri a ela - Essa música... Papai gostava dela.

– É, lembro dele cantando e você no pé dele. - Karen ri.

– E você achando que dançava bem do nosso lado. - ele brinca com ela.

– É, mamãe adorava rir de nós. - Karen sorri.

– Sabe... Jackson tinha razão. É necessário lembrar. Nos fortalece. - Scott sorri.

– Com toda certeza. - Ela abraça ele mais forte.

– Noah comentou que bateu nos Liberatus, como foi isso? - Scott e vê que eles encerram a música. O jovem aplaude.

– O babaca do Axel. - Karen aplaude com ele. - Ofendeu você.

– O que ele fez?

– Nasceu. - Ela dá de ombros.

Scott gargalha.

– É... Mas fiquei contente em saber que já está forte para enfrentá-los.

– Você me dá forças Scott. Isso que importa. - Ela sorri.

– Muito bem pessoal! Vocês estão mandando muito bem. - Liam comenta vendo os detentos cantando, dançando e se divertindo com essa chuva de lembranças.

– Ele é meio que um líder de todos? - Zoe pergunta a Dan.

– Não diria líder. Nosso líder era Jackson que sempre acreditou em Barbara e nas visões dela. Jackson era destemido o tipo de cara em quem você se fortalece.

– Ah... Esse Jackson parecia ser um bom rapaz. Como morreu?

– Zero... Agora sabemos que este Evoluído está matando todos aqui. - ele fecha o cenho.

– Ah... - Zoe olha ele. - Bom, eu tenho certeza que todas as mortes serão vingadas.

– Gostei de ouvir isso. - ele sorri.

– Agora eu acho melhor deixarmos esse assunto de morte pra lá e aproveitarmos o dia. - Zoe sorri.

– Vem... - ele puxa ela para dançar quando ouve Crystal cantando All About That Bass.

O pessoal batia palma no ritmo da música agitando-a.

Because you know I'm all about that bass, 'bout that bass, no treble. I'm all 'bout that bass, 'bout that bass, no treble. (Pois você sabe, eu sou mais um corpo violão, um corpo violão, não um tipo flauta. Sou mais um corpo violão, um corpo violão, não tipo flauta.)– Crystal canta e puxa Dianne para cantar com ela.

I'm all 'bout that bass, 'bout that bass, no treble, I'm all 'bout that bass, 'bout that bass... (Sou mais um corpo violão, um corpo violão, não tipo flauta. Sou mais um corpo violão, um corpo violão.)– Dianne sorri a amiga.

Todos cantavam e dançavam de acordo com a música. Dan rebola de maneira sensual para provocar Zoe.

Yeah it's pretty clear, I ain't no size two, but I can shake it, shake it like I'm supposed to do. (É, está bem claro, não visto 38,mas posso rebolar, rebolar, rebolar, como devo fazer.) – Zoe sorri de lado e rebola com Dan. "Vai precisar de mais do que isso pra me provocar."

'Cause I got that boom boom that all the boys chase all the right junk in all the right places. (Pois tenho aquela performance que os meninos querem todas as gostosuras nos lugares certos.) – Ellen canta animada e pisca para Joshua.

– I see the magazines working that photoshop. We know that shit ain't real, c'mon now, make it stop. (Eu vejo as revistas abusando daquele Photoshop. Sabemos que essa porcaria é uma ilusão, fala sério, faça isso parar.) - Crystal ri e dança com Scott.

If you got beauty beauty just raise 'em up, cause every inch of you is perfect from the bottom to the top. (Se você tem beleza, beleza, eleve-a, pois cada pedacinho de você é perfeito, lá de baixo até o topo.)– Dianne aproveita a animação e dança com Noah.

Yeah, my momma she told me don't worry about your size... (Pois é, a minha mãe me disse: "Não se preocupe com o seu tamanho")– Noah cantou, sua voz masculina metálica deu um ar diferente na música - She says, boys they like a little more booty to hold at night... (Ela diz, "Os meninos gostam mesmo é de bunda para apalpar à noite")

– Otários... - Axel comentou.

"O que estou fazendo aqui? Sinto que deveria estar lá...", Kane pensa olhando todos dançando, sorrindo.

You know I won't be no stick-figure, silicone Barbie doll. (Você sabe que eu não serei nenhuma Barbie magricela de silicone) - Ellen continua cantando enquanto toca o violão animada em cima da mesa.

So, if that's what's you're into then go ahead and move along. (Então, se é disso que você gosta siga adiante e vá embora!) – Dianne puxa Melissa para perto deles. - Vem dançar.

Melissa ri e começa a dançar com a amiga.

– Olha podem falar o que for mais os Evoluídos da Profecia que agitam esse lugar. - Noah comenta e dança no meio de Melissa e Dianne.

Scott gira Crystal empolgado.

– Eu dançando. Filme isso. Não vai acontecer mais. - ele gargalha.

– E eu assino embaixo Noah! - Melissa ri.

– Se continuar convivendo comigo, dançar vai ser parte da sua rotina. - Crystal pisca para Scott e sorri.

– Socorro. - Scott gargalha e gira-a novamente.

– Ah, não sou tão chata assim vai. - Crystal ri.

– Por isso mesmo. Não quero ter que dançar mais. - ele gostava de como Crystal o fazia sorrir.

– Hey! - Ela empurra ele e gargalha.

– Uhu! - ele berra ao ver que eles encerram as músicas.

– E agora? Pausa nas músicas? - Zoe pergunta para Dan enquanto aplaudem.

– Almoço galera. - Liam alerta ao ouvir a sirene que indicava que a comida já estava nos compartimentos.

– Isso te responde? - ele ri e vê os detentos indo na direção dos compartimentos.

– Responde engraçadinho. - Zoe vai até os compartimentos, assim como os outros detentos.


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Notas finais do capítulo

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Vejo vocês no próximo =D



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