Infiltrado Na Máfia escrita por TamY


Capítulo 8
Não posso me apaixonar...


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas!
Como estão? espero que bem e animadas por mais um cap! :D
nem demorei tanto dessa vez!
boa leitura!



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– Tenho que esquecê-la! Disse decidido.

Acabei adormecendo em meio a um grande conflito que vinha me atormentando desde que pus meus olhos sobre a senhorita Martins. Na manhã seguinte acordei antes do sol nascer, dormi pesado, sem sonhos, e apesar de não ser certo desejava ter outro sonho como aquele, já que não podia tornar-se realidade poderia viver essa paixão em meus sonhos.

Enquanto tentava espantar o sono não conseguia deixar de parar de pensar no que devia, mas não queria fazer.

– É o certo! Disse antes de me colocar de pé e ir ate a cozinha decidido a fazer o que julgava o melhor para ambos.

Fiquei parado no meio da enorme cozinha olhando o nada, sem saber o que fazer, por mais que negasse não queria ter de me afastar dela, queria estar perto, não sei, talvez alguém pudesse querer fazer algum mal a ela, poderiam tentar atingir o senhor Erico através dela... Tinha de protegê-la, mas não podia.

Estava apenas arrumando desculpas para não ter de ir, mas logo em seguida afastava esses pensamentos da cabeça... Decidi fazer um café decente já que nem eu e nem a senhorita Martins tínhamos comido uma comida de verdade desde que chegamos... Na dispensa encontrei o material que precisaria e os levei para a cozinha, a casa estava em silencio então conclui que a senhorita Martins ainda dormia.

Rapidamente preparei um café preto e forte com algumas torradas e uma geléia de morango que encontrei na dispensa, espremi algumas laranjas e fiz um suco tomei café ali na mesa da cozinha mesmo e quando terminei arrumei uma bandeja de café e decidi que deveria levar para ela.

Meu coração já se agitava só com a expectiva de vê-la novamente, depois da forma que nos aproximamos... Segui pelo enorme corredor onde o vaso quebrado ainda estava espalhado pelo chão. Com um pouco de dificuldade dei algumas batidas na porta e esperei que me respondesse

– Senhorita Martins? Chamei esperando que me respondesse nada.

Com cuidado abri a porta, ela ainda dormia e o sorriso me veio ao rosto de uma forma tão natural que me assustou. Coloquei a bandeja em uma mesinha ao lado da cama e me aproximei.

– Senhorita Martins? Chamei em um tom suave não querendo assustá-la.

Devagar ela abriu os olhos, e aqueles olhos verdes intensos me olhando com confusão inicial me fez querer ficar a olhando para sempre. Gostava de olhá-la, era o Maximo que poderia ter dela.

– Trouxe seu café da manhã! Disse enquanto me afastava e pegava a bandeja.

– café? Perguntou se sentando.

– esta com fome? Perguntei me sentando na beirada de sua cama a olhando divertido, tinha acordado, mas ainda estava meio grogue de sono.

– faminta! Disse esfregando os olhos para espantar o sono.

Coloquei a bandeja sobre seu colo e me levantei e fiquei encostado no batente da porta de braços cruzados enquanto a observava.

– foi você quem fez? Perguntou enquanto comia uma torrada com satisfação.

– uhum! Respondi a olhando.

Ficamos em completo silencio enquanto eu a observava sentia um grande peso nas consciência... A deixaria, e nem coragem de dizer a ela, eu tinha...

– sabe de uma coisa... Disse me olhando enquanto tomava um pouco do suco. – quero me recuperar! Disse sorrindo feito uma criança que acabava de ganhar um presente de aniversario. – quero me levantar... Não vou mais ser manipulada pelo todo poderoso Erico Martins Ferrer! Disse em tom debochado e não pude deixar de rir.

– me alegra saber! Disse sorrindo enquanto a olhava realmente feliz.

– Vai me ajudar a descobrir o que esta por trás da nossa saída da mansão não é? Me perguntava me olhando cheia de expectativa.

Era a terceira vez que me fazia essa pergunta, como se desconfiasse da minha decisão de me afastar dela para sempre... E fiquei em silencio sem saber o que dizer, não poderia deixar que ficasse iludida com algo que não poderia ajudá-la.

– não vai me ajudar mais? Perguntou quando fiquei calado.

– terminou? Perguntei fugindo de sua pergunta. – temos que ir! Justifiquei minha pressa repentina. – estão nos esperando! Disse rapidamente não permitindo que ela dissesse mais alguma coisa. – vou buscar o carro e poderemos ir! Disse saindo do quarto rapidamente.

Sai tão rápido que era como se estivesse fugindo de caminhões descontrolados que poderiam me esmagar contra a parece, e as perguntas da senhorita Martins eram esses caminhões que me faziam fugir.

Levei apenas alguns minutos para trazer o carro ate a porta do apartamento e colocar as malas no carro, evitei ficar na companhia da senhorita Martins o Maximo que pude, mas agora não poderia mais evitar...

– podemos? Perguntei ao chegar à porta de seu quarto.

– claro! Disse em tom desanimado. – podemos ir!

Me aproximei me sentindo desconfortável, todo meu corpo tenso por tê-la novamente em meus braços, nossos rosto a apenas alguns centímetros de distância... a essa distancia podia sentir o leve perfume de sua pele e tive de manter-me em controle ou acabaria deixando meus sentimentos por ela comandar minhas ações.

– vai voltar a ser o Babá que obedece às ordens do patrão sem questionar? Perguntou antes de colocá-la sentada no carro.

– Só... Disse, mas desisti. - não obedeço ordens! Rebati irritado com sua provocação. – você não me conhece para me julgar dessa forma! Disse a olhando nos olhos, nossos rosto a apenas alguns centímetros, e sua mão repousada em meu peito provavelmente conseguia sentir o bater acelerado do meu coração.

Mal sabia ela que a culpada por minha distancia era ela mesmo... E finalmente pude respirar quando a coloque no banco do passageiro e rapidamente me afastei fechando a porta do carro e rapidamente corri para tomar meu lugar atrás do volante.

Seguíamos em completo silencio não a olhei, por mais tentando que me sentia não a olhei nem uma vez se quer... Tinha que começar a me distanciar ou não seria capaz de deixá-la.

– eu sinto muito se te julguei mal, não era minha intenção! Disse com a voz quase em um sussurro quebrando o silencio.

– esqueça isso! Disse em tom seco, mas por dentro me sentia o pior homem do mundo. – esquece!

E então voltamos a ficar em silencio... Não poderia ser fraco e permitir que a aproximação que ganhamos naquele apartamento continuasse...

– quero te pedir um favor quando chegarmos à mansão! Pedi a olhando rapidamente para apenas vê-la franzir a testa em confusão.

– o que? Perguntou curiosa.

– que não diga ao seu pai sobre nossas desconfianças! Disse seriamente preocupado que por causa das minhas suspeitas acabariam brigando ou pior – não quero que se coloque em perigo! Disse em um impulso e me arrependi no mesmo instante por ser tão obvio em minhas preocupações com ela.

– N-não direi nada! Disse desviando o olhar rapidamente.

Me senti aliviado quando entravamos pelos enormes portões da mansão... Segui com o carro pelo caminho de pedras ate estacionar em frente às enormes porta... Um dos seguranças veio me ajudar com as malas no carro enquanto mais uma vez precisei de todo meu autocontrole para levá-la ate seu quarto.

Quando passei por Rodrigo não pude disfarçar um olhar significativo para ele... E pude notar um aceno discreto em concordância que nos encontraríamos mais tarde para discutirmos sobre o ocorrido.

Subi as enormes escadas e antes que alcançássemos o segunda andar fomos surpreendidos por uma mulher... Que não precisei perguntar quem era para saber, era exatamente igual à senhorita Martins... Apenas mais provocante sexy...

– irmãzinha querida! Ela disse em tom afetado quando nos avistou e me surpreendi com a semelhança das duas.

– P-Paola! A senhorita Martins disse em surpresa.

Terminei de subir as escadas procurando não ser notado, a senhora Paola não me agradou, não sei bem, mas sua forma de falar, de olhar para a irmã...

– e este? Perguntou quando subíamos o ultimo degrau da enorme escada.

– este é um segurança que papai contratou para mim! Explicou. – Pode me deixar no quarto? Perguntou me olhando rapidamente.

Eu não disse nada, apenas segui em silencio pelo corredores em direção ao quarto da senhorita Martins e no silencio que se seguia podíamos ouvir apenas o toque, toque dos saltos da senhora Paola nos seguindo ate o quarto.

Coloquei a senhorita Martins na cama e me coloquei em minha habitual posição mantendo silencio.

– quando voltou de viagem? A senhorita Martins perguntou a irmã enquanto a mesma seguia mexendo em suas coisas.

– ontem mesmo! Disse sem dar muito importância a pergunta de sua irmã.

– e o Douglas? Perguntou curiosa.

– nos separamos! Disse rindo. – ele não gostou muito quando me flagrou aos beijos com Alexandre Farina.

– Que? Perguntou sem acreditar no que ouvia. – você esta tendo um caso com Alexandre farina? Perguntou incrédula. – papai sabe disso?

– sabe! Disse dando de ombros.

– e o que ele disse? Perguntou a olhando com receio de sua resposta.

– nada, já sou bem grandinha para tomar minhas próprias decisões! Rebateu dando de ombros.

Por algum motivo que eu não entendia ficaram em silencio... Estudei a expressão da senhorita Martins quando a senhora Paola se dirigiu a mim e parou em minha frente me olhando com um sorriso de canto.

– Hummm... Disse enquanto me estudava. – espero que não esteja desperdiçando seu tempo com choradeira e esteja aproveitando o presente que papai lhe deu! Disse em tom malicioso.

– PAOLA! Exclamou exasperada.

Não pude deixar de notar o tom avermelhado em suas bochechas quando nosso olhares se encontraram para ela desviá-los rapidamente constrangida pela situação.

– que foi maninha? Perguntou virando-se para olhá-la. – vai dizer que com um homem lindo desse não rolou nada!? Perguntou e antes mesmo que a senhorita Martins tivesse a chance de responder a senhorita Paola respondeu por ela. – sonsa como é... Duvido! Disse se afastando de mim e seguindo ate a porta.

Nem ao menos se despediu, apenas saiu largando para trás a irmã corada e totalmente embaraçada... Mal conseguia me olhar e eu não pude conter um sorriso de divertimento.

Uma o oposto da outra, apesar de serem iguais... Interessante pensei enquanto a olhava com curiosidade.

– Perdoe minha irmã por isso! Pediu depois de alguns minutos de constrangimento.

– Não se preocupe! Disse tentando me manter tão serio quanto deveria ser.

A senhora Paola era deslumbrante, andava com altivez, falava com segurança, mas seu tom era carregado de malicia e deboche... Uma figura incrivelmente atraente... Qualquer homem poderia perder a cabeça por ela... Mas havia algo mal nela.

O senhor Erico desapareceu, não soubemos noticias dele ate de noite... E eu voltei a ser o babá de antes, evitei todo tipo de conversar com a senhorita Martins e podia sentir a todo o momento os olhos dela sobre mim com desconfiança. Apreensão, não sabia bem definir como ela esta se sentindo com a frieza entre nos.

Ela tentou puxar assunto algumas vezes, a respondi de forma distante e quando mais uma vez ela me perguntou se iria ajudá-la me senti um covarde por fugir assim e nem ao menos ter a coragem de dizer a ela que não poderia ajudá-la.

Contei cada segunda para finalmente poder me encontrar com Rodrigo e só consegui isso de madrugada quando todos estavam dormindo.

– Estou Fora! Disse sem rodeios pegando Rodrigo desprevenido.

– Como? Perguntou me olhando com a testa franzida, parecia ainda esta assimilando o significado do que tinha acabado de lhe dizer.

– Não posso mais... Arrume outro! Disse enquanto caminhava de um lado a outro feito um tigre enjaulado.

Isso tinha de terminar agora, era o melhor que estava fazendo não poderia continuar colocando todos em risco dessa forma.

– Como assim Arrumar outro!? Perguntou se colocando em minha frente para que parasse de andar e o olhasse. – Não dá para voltar atrás... O que vou dizer ao senhor Erico? Perguntou seriamente preocupado.

– invente uma desculpa qualquer, ele confia em você ! Rebati começando a me irritar.

Essa era uma decisão sem volta, mas Rodrigo com sua insistência tornava as coisas ainda mais difíceis...

– as coisas não funcionam assim Carlos Daniel! Disse em tom controlado apesar de seu semblante demonstrar totalmente o contrario. – você não pode simplesmente largar tudo aqui! Insistiu tentando me trazer a razão, mas já a perdi no momento que pus os olhos nela, no momento em que a desejei...

– não posso... Mas vou! Disse seguindo ate meu closet em busca da mala com o intuito de preparar para minha partida o mais rápido possível.

Rodrigo permaneceu em silencio, chegue a pensar que tinha desistido de tentar me dissuadir de minha decisão de ir embora... Mas como estava enganado, ele estava me estudando, tentando ler meus sentimentos naquele momento e Rodrigo era o melhor em saber como me sentia, apesar de eu tentar mascarar com a raiva.

– qual o motivo para uma decisão assim tão repentina? Me perguntou enquanto me olhava com a testa franzida.

– Não posso proteger a senhorita Martins como deveria! Justifiquei sem olhá-lo.

– por quê? Me pressionou. – Carlos Daniel, porque não pode proejá-la? Perguntou colocando-se em minha frente quando não parei de guardar minhas coisas na mala.

– Rodrigo! Pedi me forçando a não demonstrar nem um por cento dos tormentos que me prosseguiam.

– Porque Carlos Daniel? Perguntou aumentando sua voz, - me diz e então você poderá ir! Pediu

– PORQUE ESTOU ME APAIXONANDO POR ELA! Gritei não podendo mais suportar suas perguntas, suas acusações não feitas.

E pelo sorriso em seu rosto eu sei que Rodrigo já desconfiava dos meus sentimentos pela senhorita Martins antes mesmo de eu os descobrir.

– A desejo... A quero a todo instante! Disse me sentando na beirada da cama com as cabeça entre as mãos. – a quero tanto que não suporto mais ficar perto sem poder tê-la, tenho que ir embora! Completei em um suspiro.

Sentia como se tivesse tirado um peso de minhas costas, essa era a primeira vez que admitia para mim mesmo o quanto a queria, o quanto desejava Paulina Martins para mim.

– entendo! Disse sentando-se ao meu lado. – mas... Continuou pensativo. –isso pode ser algo passageiro, afinal desde angélica você nunca mais se relacionou com ninguém! Tentou uma justificativa para todos esses sentimentos que me prosseguiam dia e noite.

– Não é! Disse olhando o piso de mármore sem coragem para encará-lo. – A desejo tanto e ao mesmo tempo quero cuidar dela, tê-la em meus braços, abraçá-la... Quero tê-la ao meu lado apenas por sua presença... Não sinto como se fosse algo como uma curiosidade que desaparece assim que a matamos... É mais forte! Disse não podendo conter um pequeno sorriso de canto.

– Você nem ao menos se dão bem! Argumentou me olhando.

– No inicio não nos dávamos mesmo, mas enquanto estivemos sozinho as coisas mudaram... Disse o olhando. – sei que ficamos sozinhos por apenas um dia, mas eu já estava apaixonado, mas me sentia seguro pela distancia, mas agora de alguma forma essa distancia foi quebrada e eu sonho em tê-la apenas para mim!

– Carlos Daniel! Disse enquanto dava algumas batidinhas em minhas costas em forma de consolo.

–eu a olho e quero beijá-la! Admiti com um sorriso bobo brincando em meus lábios. – quero comprovar se seus lábios são tão saborosos como em meus sonhos! Disse em tom grave. – eu a quero de uma forma tão forte que preciso me afastar! Disse finalmente o olhando nos olhos.

Rodrigo e eu permanecemos ali, apenas sentando em silencio, cada qual com seus pensamentos...

– esta bem! Disse quebrando o silencio e se colocando de pé. – ligarei para o Oswaldo hoje mesmo e você voltara para o México amanhã! Disse me olhando. – quando ao senhor Erico não se preocupe!

– Não confio no Oswaldo para essa missão! Rebati rapidamente alarmado ao sugerir que Oswaldo ocuparia meu lugar.

– ele é a minha única opção já que você esta fora! Disse cansado.

– Oswaldo não serve para o serviço!Rebati irritado. – ele vai arruinar tudo! Insisti quando Rodrigo não disse nada.

– então fique! Pediu me olhando.

– Sabe bem que não posso! Disse cansado dessa discussão. – não devo me apaixonar por ela!

Rodrigo ficou me estudando em completo silencio por apenas alguns minutos e seu olhar começava a me incomodar quando resolveu falar.

– Tarde demais mano, você já esta apaixonado por ela! Disse sorrindo com a descoberta.

– por isso mesmo devo me afastar! Disse não podendo negar o obvio.

– afastar-se não vai tirá-la de sua cabeça! Rebateu com seriedade. – sabe de uma coisa? Perguntou sorrindo agora.

– o que? Perguntei o olhando com a testa franzida.

– se dê uma chance! Sugeriu.

– você esta maluco! Disse enquanto voltava a caminhar pelo quarto de forma agitada tentando nem ao menos cogitar a sugestão de Rodrigo.

– você só esta com medo de que aconteça com ela o que aconteceu com a angélica! Disse calmamente. – isso não vai acontecer se você não deixá-la! Aconselhou enquanto se encaminhava ate a porta me deixando sozinho com meus pensamentos.

– Não... Não vou arruinar a vida dela! Disse a mim mesmo quando estava sozinho. – tenho fantasmas demais para conseguir fazê-la feliz! Completei tentando me convencer de que minha decisão era a correta.

Eu tinha de me sentir feliz, mas não me sentia assim, amanhã estaria longe o bastante para sufocar todos esses sentimentos e esquecê-la para sempre... Amanhã voltaria para minha vida de antes, cheia de raiva e com um único objetivo, vingança.


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Notas finais do capítulo

gostaram?
será que carlos daniel vai mesmo embora?
o que vcs me dizem... ele deve ficar e tentar conquistar a paulina ou deve cuidar dela a distancia? enquete aberta... deixem nos comentarios suas sugestões!
Bjus e ate o proximo capitulo!
TamY