Caminhei chorando por todo caminho, até que cheguei ao Studio... Eu estava incapaz de mover um só músculo que fosse, minha derrota era evidente em meus olhos. Algumas pessoas que chegavam atrasadas às aulas passaram por mim, mas nenhuma deu a atenção que eu precisava naquele momento.
_Senhorita Castillo, me disseram que você estava chorando._ falou um rapaz sentando-se ao meu lado. Ele pegou minha mão e levantou meu rosto com o dedo indicador._ Amor, por que choras?
Dei um abraço apertado em Leon, com a maior força que podia o que prá ele deveria ser a menor força que eu poderia fazer. Fiquei um longo tempo deitada em seus braços, chorando e lhe contando tudo, ele se culpou por algum tempo, o que me impressionou... Se meu pai soubesse como eu amava Leon...
_Amor, mil perdões._ falou ele.
Eu me virei para ele fungando e limpando algumas lágrimas que ainda estavam no meu rosto.
_Te perdoar pelo que?
_Minha vida, por favor... Você sabe exatamente do que eu estou falando._ disse ele sério olhando prá mim.
_Não foi sua culpa_ sussurrei e beijei de leve os lábios dele.
_Eu te amo, minha linda._ falou ele, tocando de leve a ponta do meu nariz com o dedo indicador.
_Eu também te amo, meu fofo._ falei sorrindo com esforço.
Ele passou o braço por minha cintura e me abraçou mais perto. Eu me deitei em seu peito, observando a brisa leve que soprava; o sol estava em ótima temperatura e eu estava nos braços de Leon... Eu estava com Leon em meu recanto feliz.
_Amor, temos que entrar para aula._ falou ele.
_Temos mesmo?
Ele riu.
_A menos que você queira. Se não quiser, eu vou te levar em um lugar maravilhoso._ prometeu ele.
_Tentador_ falei corada_ , mas, seria a primeira vez que eu iria matar aula na vida... E se acontecer alguma coisa?
Ele riu.
_Bem, amor, eu não quero ser o primeiro_ riu ele._ Esqueça, vamos ficar essa primeira aula aqui e depois você e eu entramos, está bem?
_Sim, está tudo ótimo._ falei sorrindo.
_Querida, se lembra de quando nos conhecemos?
Eu ri.
_Lógico, como eu poderia esquecer?
Ele sorriu como se estivesse se lembrando.
_Eu estava com pressa, tinha que sair logo do teatro, se não eu arrebentaria a cara de um idiota que estava paquerando a Ludmila; quando saí; eu fiquei hipnotizado com a sua beleza; você estava atravessando a rua, toda linda; mas havia algo nos seus olhos que eu não consegui identificar o que era talvez uma espécie de raiva, angústia, decepção... Ou algo assim. Seu celular tocou, com um toque lindo, uma voz bela; então você se distraiu no meio da rua, em pegar seu telefone dentro da bolsa e não viu um bando de skatistas vindo em sua direção. Meu coração congelou e minha primeira reação foi te empurrar para a sarjeta.
_E ainda bem que você chegou a tempo_ suspirei aliviada.
_Sim, se não você teria ganhado uma visita ao pronto-socorro._ riu ele.
_E quando um rapaz lindo, radiante, aproximou-se de mim, livrando-me do perigo; algo dentro de mim apareceu; um sentimento que eu jamais havia sentido por ninguém..._ fiquei corada._ Eu sou tão estúpida, ao ponto de que eu nunca soube amar...
_Desculpe interrompê-la_ ele foi tão cordial que me arrepiei._ Em primeiro lugar, desde quando você é estúpida? Eu não quero ouvi-la dizer, nunca_ reforçou a palavra_ mais, tal citação sobre si. Em segundo lugar, você não sabia amar, eu não sabia amar... Isso não é realmente maravilhoso? Descobrir o amor pela pessoa certa?_ ele não me deixou responder._ Ninguém nasceu sabendo amar, porque muitas vezes o amor machuca e quando machuca você vai perdendo o hábito de apreciar tal atividade. Você e eu sabemos amar agora, pois somos amantes.
Sorri, corada e desviei o olhar de seus olhos.
_Por favor,_ pediu ele_ estava começando a ficar interessante.