Amor Perigoso escrita por Mila


Capítulo 1
Prólogo




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Hermione se encontrava parada no meio do Beco Diagonal. Sentia pavor. Como aquele lugar poderia estar assim? As cores animadas agora haviam sido substituídas por cores escuras. Panfletos com rostos de Comensais da Morte estampavam vitrines. Algumas vitrines estavam fechadas com tábuas. Haviam várias barracas de um modo miserável pela rua. Uma das mais próximas estava na porta da Floreios e Borrões e sob um toldo de listras todo manchado, um letreiro de papelão dizia: Amuletos: Contra Lobisomens, Dementadores e Inferi.

Hermione achou graça. Não sabia se aquele amuletos realmente funcionaria. Além do mais, haviam mais coisas para se temer. Coisas mais das trevas do que os Dementadores, que sugariam a sua alma, se você deixasse.

Os Weasley e Harry estavam um pouco atrás, e pode-se ouvir Sr e Sra. Weasley conversando. Logo à frente, Hagrid se se encontrava esperando a decisão.

– Por que os três não vão com Hagrid e nós vamos ao Floreios e Borrões?

Sra. Weasley hesitou e olhou para Hagrid. Ele sorriu.

– Eles vão ficam bem comigo, Molly. Não se preocupe.

Ela não pareceu convencida, mas permitiu que nos separássemos.

Hermione continuou desatenta a conversa que surgiu entre os meninos e percebeu que ninguém mais parava para conversar, havia um clima muito grande de terror por todas as ruas e esquinas. Ninguém estava fazendo compras sozinho.

– Vai ficar um pouco apertado lá dentro com todos... Vou ficar aqui de guarda, tá? - falou Hagrid e todos assentiram, entrando na loja.

Quando Hermione, Harry e Rony adentraram o local, acharam que estava vazia, mas então ouviram uma voz conhecida.

–... não sou criança, caso a senhora não tenha reparado, mãe. Sou perfeitamente capaz de fazer minhas compras sozinho.

Draco Malfoy.

Andaram mais um pouco e se depararam com um adolescente pálido, de rosto pontudo e cabelos louro-brancos que apareceu por trás da arara usando um belo conjunto de vestes verde-escuras, em que haviam vários alfinetes. Draco caminhou até o espelho e se avaliou; demorou para notar os três ali, mas, quando o fez, seus olhos cinza-claro se estreitaram.

– Se você queria saber a razão do mau cheiro, mãe, uma Sangue-Ruim acabou de entrar - disse ele e sorriu.

Hermione sentiu seu coração se apertar e junto com isso, seu pulso. Ela tinha dito para si mesma que não iria se importar, e iria mostrar que não se importava, mesmo se importando.

– Não há necessidade de falar assim! - Madame Malkin disse. - E não quero ninguém empunhando varinhas na minha loja!

Foi quando Hermione percebeu que Harry e Rony estavam olhando para Draco, com varinhas em mãos.

– Não façam nada, não vale a pena... - sussurrou a castanha.

– Como se vocês se atrevessem usar magia fora da escola... - debochou Malfoy.

Uma discussão entre Harry e Narcisa Malfoy nasceu. Harry estava louco de falar coisas sobre Comensais da Morte e Lúcio Malfoy. Hermione queria o mandar calar a boca.

– Harry, não! Você vai se meter em encrenca!

Harry abaixou a varinha e então, a Madame Malkin resolveu agir como se nada estivesse acontecendo e foi colocar mais um alfinete na manga de Malfoy. O mesmo gritou e bateu na mão da mulher.

Narcisa lançou um olhar de desprezo para Hermione e falou:

– Você tem toda a razão, Draco, agora sei que tipo de pessoas compra aqui... será melhor ir no Talhejusto e Janota.

Os dois saíram da loja e Malfoy fez o favor de olhar para Hermione com total desprezo e esbarrar na mesma, a fazendo bater na porta.

Ela esfregou o ombro direito e Rony a olhou preocupada.

– Você está bem, Mione?

– Sim, obrigada. - ela sorriu e foi para a área onde ficava o provador feminino.

Depois de arrumarem suas roupas e pagarem, saíram da loja e encontraram Hagrid, que sorriu ao vê-los.

Encontraram Molly logo depois, e partiram para a loja de Fred e Jorge. A mesma disse que eles não tinham muito tempo, então apenas dariam uma olhada.

A loja dos Gêmeos chamava atenção com seus cartazes e vitrines. A vitrine da esquerda mostrava a variedade de artigos que poderiam se encontrados. Eles giravam, piscavam, quicavam e gritavam. A da direita estava tomada por um grande cartaz roxo, enfeitado com letras amarelas pulsantes.

Eles adentraram a loja e ficaram perdidos com a quantidade de coisa que ali existia.

Gina queria um mini-pufe e chamou Sra. Weasley para ver e foi nesse momento, enquantto eles riam e falavam que Hermione viu Draco passar, subindo a rua depressa e sozinho. Quando passou pela loja dos Gêmeos, olhou por cima dos ombros e logo após, saiu do campo de visão.

Rony e Harry estavam longe agora, e não pareciam querer sair de lá tão cedo; olhavam para vários brinquedos dos gêmeos e pareciam fascinados.

Hermione olhou para os lados e saiu da loja abarrotada de gente e seguiu apressada pela rua, mas quando olhou, Malfoy tinha desaparecido.

Correu até poder ver que Malfoy estava virando à esquerda, e o seguiu.

Seu coração estava batendo rápido, e ela sentia a respiração ofegante.

Malfoy olhou para os dois lados e entrou na Trevessa de Tranco.

A rua a qual Draco entrou era totalmente dedicada à arte das trevas, estava completamente vazia, o que fez a castanha estranhar. Ela espiou a rua, mas não havia nenhum fregues nas lojas.

Olhou mais além e viu onde Malfoy estava: Borgin & Burkes. Essa loja homenageava um ladrão e um envenenador famosos e era especializada em grande variedade de objetos sinistros. E bem ali, no meio de caixotes cheios de crânios e garrafas velhas, estava Draco Malfoy, de costa para ela. Hermione começou a observar mais o rapaz, e pelo o modo como ele movia as mãos, dava para perceber que ele falava animadamente. O dono da loja, sr. Borgin, estava diante dele. O bruxo tinha uma expressão de rancor e medo.

Hermione queria ouvir melhor o que estava acontecendo, e foi quando colocou a mão no bolso e achou uma das orelhas extensíveis. Não sabia como aquilo tinha parado ali, mas ficou feliz.

Desenrolou os compridos fios cor de carne e começou a apontá-los à parte inferior da porta. Ela rezava para a porta não ser Imperturbável.

Ela colocou a cabeça perto e pode ouvir a conversa, que se baseava em Malfoy perguntando para o bruxo se ele não sabia como concertar alguma coisa. O senhor dizia que era uma tarefa difícil, mas Malfoy insistiu. Ele realmente precisava saber como concertar o objeto. Quando conseguiu o que queria, ameaçou o homem e pediu para que guardasse algo valioso. Hermione se sentia perdida e odiava essa sensação. Sempre teve respostas para tudo, menos quando o assunto era Draco Malfoy.

Enquanto pensava o quando odiava a sensação de não saber o que estava acontecendo, a sineta da porta tocou, anunciando a saída de Malfoy e Hermione nem teve tempo de tentar se esconder antes que os olhos cinza do garoto estivesse sobre a dos olhos castanhos.

Olhou nos olhos do menino, sentindo algo estranho. Draco também sentia. Um misto de raiva e medo. Ele sabia que ela falaria para Potter e Weasley, mas não podia deixá-la. Aquilo era seu plano, sua vez de mostrar à seu mestre que podia fazer o que era preciso.

Draco puxou Hermione pelo casaco, a encostando na vitrine e encarou os olhos da mesma.

– Você não pode falar para ninguém! - ele disse, mesmo sabendo que não adiantaria.

– E por que eu não falaria? - a voz da menina saiu engasgada.

– Porque se você falar, sofrerá as consequências. - ameaçou-a.

– Que consequências? Me matar? Estou pronta para isso! - disse Hermione e no fundo, Draco sentiu as palavras da castanha tocaram seu coração. Ela tinha coragem. Uma coisa que o loiro desprovia.

– Quando chegarmos em Hogwarts, me procure. - foi tudo o que o loiro disse, soltando a garota e se virando, ajeitando o vestimento e saindo sorrateiramente pela rua.

A castanha ficou olhando o chão, tentando analisar tudo o que havia acontecido, mas a única coisa que conseguia pensar era em como Malfoy estava ali, próximo.

Balançou a cabeça e decidiu não falar nada; por enquanto! Falaria com Draco, e enfim, decidiria o que faria. Ela sabia que era uma traição, mas havia um tipo de excitação em fazer o que era errado.

Hermione forçou um sorriso e voltou por onde havia voltado, tentando colocar em sua cabeça que aquilo era o certo a fazer.


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