Cups are about brotherhood escrita por Wonderlust Queen


Capítulo 1
Estrelas


Notas iniciais do capítulo

Aee! Finalmente tomei vergonha na cara e consegui organizar uma coleção de drabbles e oneshots! Tava ficando irritante postar um monte delas soltas sem um tema definido. XD

Erm, olá. Primeiro, eu quero esclarecer essa coleção.Ela vai ser sobre os irmãos ASL (duh), mas nem sempre eles estarão os três juntos. Vão ser histórias envolvendo os personagens, e claro, vai ter um monte de laços de fraternidade e afins. Essa coleção fala basicamente dos laços de irmandade que eles compartilham um com o outro.

Basicamente as primeiras histórias vão ser meio tristonhas, mas é porque eu tive a ideia inicialmente porque eu reli o arco de Marineford, mas me perdoem por agora. Prometo que quando meus feels passarem, eu vou postar histórias mais fluff e felizes, com menor índice de morbidez. ç_ç Vou deixar aqui as três histórias que eu já tenho prontas sobre os três, sendo a terceira uma tradução de uma oneshot que eu escrevi originalmente em inglês na minha conta do ff.net. Se você quiser por acaso dar uma olhada na minha conta, eu vou deixar o link no meu perfil (só tem uma história lá, mas se você for na minha lista de favoritos tem histórias muito boas que me dão MUITA inspiração, então, leiam! :D)

Ah, pode ser que talvez eu poste uns AUs. Mas caso isso aconteça e você não goste de AUs, isso vai estar indicado logo no título da história, então você pode pular.

Sobre a primeira história...bem, eu tive um monte de inspirações para ela. Desde Rei Leão a Edgar Morin, e um pouquinho de uns fanarts que eu vi no tumblr. É.

Sem mais delongas, aproveitem as histórias! Não se esqueçam de reportar erros e deixar comentários amorosos. ♥ Bjks!



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O céu da ilha do Amanhecer sempre foi coberto das mais diversas estrelas durante a noite. Era fascinante os incontáveis pontos brilhantes que se espalhavam na tela azul escura, límpida, sem sinal algum de poluição e raramente coberta de nuvens. Era fascinante, também, o fato de que aquele lugar acima das nuvens era o único compartilhado por todos os habitantes da ilha. Sejam eles nobres, agricultores, favelados ou bandidos da montanha, o céu noturno brilhava para todos.

Naquela noite, o céu estava brilhando de maneira muito peculiar para três meninos que moravam na árvore mais alta do Mt. Colubo. Ace, Sabo e Luffy estavam acordados, sentados sobre a casa na árvore onde viviam, comendo restos de carne de crocodilo e conversando bobagens. Estava ficando tarde, mas os garotos não tinham a menor pretensão de dormir, não com o mais novo dos irmãos se sentindo tão inquieto e desconfortável desde o pôr-do-sol - fora ideia do Sabo, preocupado com caçula, de sentar no telhado e distraí-lo contando as estrelas.

...Vocês sabem do que são feitas as estrelas?

Ace e Sabo voltaram-se para o irmão, sobrancelhas arqueadas e olhares confusos. Luffy olhava para o céu, sorrindo como sempre, o brilho das estrelhas refletindo em seus olhos.

– De gás. – Sabo respondeu, como se fosse a coisa mais óbvia da face da terra.

– Gás? Como você sabe disso?

– Ao contrário de você, Ace, eu leio livros. – O loiro respondeu, um sorriso provocador esboçado em seu rosto, fazendo com que Ace torcesse os lábios e soltasse um irritado “tsc!”. Sabo riu ligeiramente com a reação do outro, mas conteve-se o máximo que pôde.

– Gás? Tipo peido? – Luffy perguntou, olhos incrédulos. Ele pareceu pensar sobre o assunto com certa curiosidade por algum momento, mas balançou a cabeça, fazendo bico. – Nah, não foi isso que o Shanks disse!

– Eh? Aquele pirata que te deu esse chapéu velho? – Ace sorriu provocativo, e Luffy voltou-se para ele pronto para gritar alguma coisa. Todavia Sabo, prevendo o início de outra briga desnecessária, interveio:

– O que ele disse para você sobre as estrelas, Lu?

O sorriso do caçula conseguiu ficar – por incrível que pareça – ainda maior. Seus olhos logo se encheram do brilho da nostalgia e da faísca dos sonhadores, e ele tornou a olhar para o céu, contemplativo.

– Shanks sempre dizia que, quando grandes piratas morrem, a alma deles se ilumina e voa através do céu, tornando-se estrelas!

– ...E você acreditou nisso? – Ace arqueou a sobrancelha. Luffy sacudiu a cabeça positivamente de forma tão convicta que por um segundo deu a impressão que sua cabeça cairia dos ombros.

– Ele também disse que nós somos feitos da poeira das estrelas de nossos antepassados. Não é legal?! Nós temos poeira de estrelas dentro de nós!

Ace balançou a cabeça, mas Sabo pareceu deveras intrigado com a explicação do pirata, e talvez um pouco entretido com o tom de voz sonhador do mais novo. Resolveu alongar o assunto então, vendo que a tensão nos ombros de Luffy desapareceu por completo enquanto ele falava sobre estrelas e grandes piratas.

– Então quer dizer que nós vamos nos tornar estrelas também, não é? Já que seremos grandes piratas. – Sabo sorriu suavemente, e Luffy novamente sacudiu a cabeça positivamente, empolgado. - ...como você acha que a sua estrela vai se parecer?

– Oh, oh! A minha vai ser BEM GRANDE! A maior estrela de todas! Uma estrela digna do rei dos piratas, shishishishishi!

– Claro que vai... – Sabo riu e voltou-se para o outro irmão, que fingia não estar participando da conversa. – E você, Ace? Como vai ser a sua estrela?

– Eu não vou participar desse papo de estrela. – Ace retrucou, mau-humorado.

– A estrela do Ace vai ser uma estrela laranja! – Luffy afirmou feliz, balançando os pés de um lado para o outro.

– Por que? – Os mais velhos perguntaram em uníssono.

– Porque Ace parece estar sempre irritado e destrutivo, como o fogo! – Luffy riu, olhando para o céu a procura de estrelas alaranjadas. – Ele vai se destacar no céu, apesar da estrela dele ser muito menor do que a minha, já a minha vai ser a maior!

– Tsc, nem em sonhos que a sua estrela vai ser maior que a minha... – Ace murmurou, sem perceber que já estava totalmente envolvido pela conversa.

– Sabo vai ser difícil de encontrar no céu, porque a estrela dele vai ser azul. Quer dizer, a maioria das estrelas são azuis... – Luffy continuou, fazendo bico. Antes que o loiro perguntasse, porém, ele já foi respondendo, – Sua estrela vai ser azul porque você usa azul o tempo todo. Oh, mas não se preocupe, eu vou conseguir te encontrar, mesmo você sendo azul.

– E como você vai me encontrar, então? – Sabo riu, entretido.

– Duh, somos irmãos. Nossas estrelas vão ficar uma do lado da outra! – Atestou Luffy, com o mesmo tom de voz que Sabo usou para falar sobre a composição gasosa das estrelas.

Sabo e Ace congelaram por alguns instantes, olhos fixos no irmão mais novo, até que o menor bocejou e um sorriso carinhoso foi traçado no rosto do loiro, que afagou os cabelos de Luffy gentilmente. Ace apenas cruzou os braços, fingindo irritação, mas não pode evitar um sorriso que se formou no canto de seus lábios.

– Vamos dormir, Lu. Amanhã cedo temos que ir no Terminal para pegar alguns materiais. – Sabo propôs, as mãos nos ombros do caçula, cujo a resposta foi reduzida em mais um bocejo.

– É, deixa essa história de estrelas para lá. Não é como se qualquer um de nós fosse morrer tão cedo. – Ace resmungou, voltando para dentro da casa na árvore.

Sabo e Luffy apenas riram cansados e o seguiram, rumo a mais uma noite tranquila de sono.
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Luffy encontrava-se sentado diante da fogueira daquela ilha solitária, tarde da noite. Rayleigh havia voltado para Sabaody havia quase uma semana, e o jovem pirata encontrava-se com insônia, após um já corriqueiro pesadelo envolvendo Marineford. Com um pedaço de carne em mãos ele olhava, distraidamente, para o céu.

Foi quando percebeu, entre os incontáveis pontos azuis, uma estrela alaranjada, imponente, destacando-se através do fundo azul negro.

Luffy sorriu. Ace havia, de fato, morrido como um grande pirata.

Ele então franziu o cenho, não conseguindo localizar a estrela de Sabo ao seu lado. Todavia ele deu de ombros e bocejou, decidido a voltar a dormir. Talvez ele esteja com muito sono para encontrar a estrela do Sabo agora. Ela deve ser difícil de encontrar de qualquer forma, sendo azul.
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Sabo olhava para o oceano, os cotovelos encostados na amurada de um navio. Apesar de um ano e meio, ainda era difícil esquecer. Ainda era difícil engolir o remorso, o luto, a saudade. Inquieto, voltou seus olhos para o céu, a procura de uma estrela familiar.

Ele suspirou e sorriu, quando finalmente encontrou a estrela alaranjada, uma das poucas coisas que o faziam se acalmar fora se jogar de cabeça em qualquer trabalho dos revolucionários.

Ele esperava que Luffy estivesse certo. Quem sabe, um dia, os três se reencontrariam, brilhando livremente, lado a lado no céu noturno.

E ele tinha certeza que estaria ao lado dos seus irmãos. Sabo podia ser um revolucionário mas, no fundo de sua alma, cintilava a poeira da estrela de um grande pirata.


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Notas finais do capítulo

ahaha, essa história ficou maior do que eu planejava, por sinal. XD