Incomplete escrita por KatCat


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem anjos, pois estou realmente gostando de como a história está indo =)



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Meus pulmões imploravam por ar, mas eu não conseguia parar de correr. Eu não queria parar de correr. A adrenalina corria pelo meu corpo, enquanto eu tinha um sorriso divertido no rosto. Eu gargalhei quando olhei para trás e vi Cameron correr igual um louco atrás de mim, mas nunca conseguindo me alcançar. Tenho que agradecer minha escola depois por sempre me obrigar a participar das corridas. Tudo estava saindo exatamente como o planejado, até que eu trombei em alguma coisa.

Ouch... resmunguei, cambaleando para trás. Olhei para cima e vi o policial Teddy! Eu já estava com saudades de você.

Você nunca aprende, Davina? perguntou, balançando a cabeça negativamente e passando meus braços para trás, me algemando Você está presa por vandalismo, senhorita Clairemont. De novo.

O sorriso nunca saia do meu rosto. Pela visão periférica, vi outro policial algemar Cameron, que me olhava com olhar debochado. Antes de me empurrarem para a viatura, mandei um beijo no ar para ele.

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Oi pai cumprimentei, sorrindo. A delegacia já era praticamente minha segunda casa e todos lá nos conheciam. Meu pai nem sequer olhou para mim. Meu sorriso morreu um pouco. Isso não é bom. Ele normalmente faz o maior barraco aqui. O policial levou ele para dentro se uma sala e eu disfarçadamente cheguei mais perto de lá, tentando ouvir alguma coisa.

...o melhor para ela ouvi o policial falando, e logo depois um suspiro longo e cansado do meu pai.

Vou conversar com minha esposa, e nós veremos o que vamos fazer falou e eu logo tratei de voltar ao meu lugar anterior. Alguns segundos depois eles apareceram na porta Vamos Davina.

Eu levantei rapidamente do banco e segui com ele até o carro estacionado do lado de fora. As estrelas brilhavam no céu escuro. O vento jogava meu cabelo castanho escuro na minha cara, me obrigando a segura-lo.

Pai... tentei, mas ele me cortou.

Nem tente, Davina. Conversamos em casa sua voz estava vazia e dura. Suspirei pesadamente e entrei no carro. Meu pai passou o caminho todo em silêncio. Ele nem sequer olhou para mim, parecia que tinha se esquecido que eu estava dentro do carro. Eu também não me atrevi a falar nada, pois sabia que o que me esperava em casa seria muito pior que só um silêncio.

O carro parou e meu pai desligou o motor, saindo logo depois. Eu demorei mais alguns segundos e finalmente saí. A luz da sala e da cozinha estavam acesas. Quando abri a porta não havia ninguém na sala, mas eu ouvia os sussurros dos meus pais na cozinha. O mais silenciosamente que pude, fui até a escada, mas parei no primeiro degrau.

Davina ouvi a voz da minha mãe me chamar. Droga! Volte aqui agora.

Eu bufei e desci do degrau, indo em direção a cozinha e parando de braços cruzados na entrada. Meu pai estava encostando no balcão e minha mãe sentada na cadeira, com as mãos na testa. Eles ficaram em silêncio, só me encarando intensamente, pois eles sabiam que isso me incomodava. Mudei o peso do corpo para o outro pé, estremecendo.

Está bem, já entendi, de castigo por quatro semanas, agora parem de me olhar! chiei irritada, me sentindo desconfortável. Eles desviaram os olhos, mas eu ainda me sentia incomodada.

Você não está de castigo meu pai falou, e eu arqueei as sobrancelhas em surpresa.

Não? perguntei, animada com a ideia de não ter que ficar olhando para o teto pelas próximas quatro semanas.

Não, nós decidimos outra coisa agora minha mãe falou, voltando a me encarar Você vai passar suas férias com ele.

Ele? – perguntei confusa. Até que uma luzinha se acendeu na minha mente e minha expressão mudou de confusa para desesperada Não! Mãe, por favor! Tudo menos isso, eu arrumo a casa todo dia, faço os deveres, eu faço tudo que você quiser, mas por favor não me manda para lá.

A nossa decisão já está tomada Davina meu pai falou, ainda sem me olhar Você vai amanhã.

Amanhã?! — sibilei, minha cara indignada Não, gente, qual é...

Você não tem outra escolha, Davina minha mãe falou, se levantando da cadeira, mas mesmo assim não saiu do lugar Nós já tentamos de tudo, e essa é nossa última opção. Você precisa aprender que não pode sair por ai desenhando nos muros do seu colégio só porque você não gosta das pessoas. Não é assim que uma garota da sua idade deve agir. Steve deve colocar algum juízo na sua cabeça, porque realmente, se isso não funcionar, vamos ter que apelar com você.

Mãe... tentei de novo, mas meu pai me cortou.

Acho melhor você subir e ir arrumar suas malas. Você vai amanhã cedo ele disse e eu gritei irritada.

Que saco! A vida é minha porra, eu faço o que eu quero gritei, dando um soco na parede e subindo as escadas correndo, batendo a porta do meu quarto atrás de mim e me encostando nela. Escorreguei até o chão e coloquei a minha mão direito perto da barriga. Os nós dos meus dedos estavam vermelhos e ardendo pelo soco que eu havia dado.

Minha respiração estava acelerada por causa da raiva, e eu sentia meu celular tremer no bolso de trás. Peguei ele e vi o nome do Cameron na tela. Suspirei e deslizei a tela, atendendo a chamada.

Oi Cam falei, soltando um suspiro longo e cansado.

E aí? Quantas semanas de castigo dessa vez? ele perguntou e eu me levantei do chão, indo até minha cama e me jogando ali.

Quem dera se dessa vez eu pudesse só ficar olhando para o meu teto como sempre resmunguei, arrancando as botas dos meus pés com a mão livre Eles vão me mandar pra casa dele.

Dele? — Cam perguntou surpreso, e eu engoli em seco Você vai passar as férias inteiras na casa do Capitão América?

Ai, não joga praga garoto... reclamei, me deixando finalmente cair de cara no travesseiro Se eu der sorte, fujo de lá em menos de uma semana.

Se precisar de ajuda, você tem meu telefone ele falou, e eu resmunguei um sim abafado Preciso ir, minha mãe está me gritando de novo. Boa sorte com o Rogers.

Obrigada – falei, virando minha cara para cima Vou precisar.

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Eu acordei com a voz do meu pai atrás da porta fechada.

Você tem quinze minutos, Davina sua voz abafada soou do outro lado, e eu dei um grito abafado pelo travesseiro. Suspirei profundamente e saí da cama, sentindo o chão gelado em baixo dos meus pés. As duas malas que eu ia levar estavam perto da porta, onde eu havia deixado ontem à noite. Fui até o banheiro e tomei um banho rápido, só para acordar mesmo e vesti a roupa que eu tinha separado.

Eu estava com uma blusa branca com os dizeres “Fashion Killer” e uma arma verde musgo em baixo. Minha calça jeans era preta e continha alguns rasgos ao longo da perna, enquanto nos pés eu só usava um converse preto com alguns detalhes brancos. Meu cabelo castanho escuro caia ondulado até um pouco abaixo do meu ombro. Alguém bateu na porta mais uma vez e eu saí do banheiro irritada, abrindo a porta rapidamente e de cara fechada. Minha mãe estava parada ali com a cara neutra.

Está pronta? perguntou, e eu suspirei pegando minhas malas.

Vamos acabar logo com isso resmunguei, passando por ela e descendo as escadas.


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Notas finais do capítulo

Mereço comentários? Foi só um capituluzinho básico mesmo hehe