Promessas escrita por ColorwoodGirl


Capítulo 5
Capítulo 4




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Foi só no meio da tarde que o médico permitiu a entrada do resto da família. Estavam todos exaustos e virado de quase dois dias, então foi pedido que descansassem um pouco.

O acidente havia acontecido no sábado de manhã, a família havia chegado na madrugada do domingo, a cirurgia havia durado até quase meia noite e Pedro havia esperado ela acordar até o quase amanhecer de segunda. Tão pouco tempo e tanta coisa acontecendo.

Disponibilizaram a sala de descanso dos médicos, onde todos puderam tirar um cochilo inquieto, mas reparador. Pedro adormeceu dentro do quarto da esposa, já que se recusava terminantemente a sair do lado da esposa.

“Muito bem, vamos passar as recomendações.” Pediu o médico, quando todos já estavam na porta do quarto da paciente.

“Sem forçar a memória dela, sem exaltações ou sustos, respeitar o espaço dela e ter paciência.” Gael listou as recomendações já feitas uma dezena de vezes, impaciente.

“Já está sem paciência.” Suspirou João, revirando os olhos. “Por favor, doutor, podemos entrar logo?”

“Claro.” O homem abriu a porta, dando passagem para a família.

Dentro do quarto, Pedro ainda ressonava na cadeira ao lado da cama da doente, sob o olhar curioso de Karina, que o analisava minuciosamente. Ao ouvir a porta, ela encarou os recém-chegados, logo se assustando e começando a mexer no braço de Pedro.

“O quê? O que foi?” Ele acordou assustado, levantando em um pulo. “Tá tudo bem, Karina?”

“G-gente.” Ela gaguejou, apontando a porta e agarrando mais o braço dele.

O guitarrista suspirou, bagunçando os cabelos com a mão livre. Observou os recém-chegados, encontrando os olhos molhados e a expressão devastada de Gael, que chorava sem pudor. O rapaz beijou a mão da moça, sorrindo carinhoso.

“É a sua família, Karina. Sabe o que é família?” Ele perguntou com a voz mansa e ela concordou.

“Pai, i-irmã.” Ela tentou explicar, fazendo-o sorrir.

“Isso, são eles.” Pedro concordou, apontando o grupo. Karina os analisou por alguns minutos.

“Pai, m-mãe.” Ela apontou Gael e depois Dandara.

“Isso, querida.” Dandara concordou, muito emocionada. Gael não conseguia pronunciar uma palavra, sabendo que desabaria no choro assim que abrisse a boca.

“I-irmãs, ir-irmãos.” Ela apontou os cinco jovens presentes no quarto, e Bianca concordou com a cabeça efusivamente.

“Exatamente isso, loirinha.” Concordou Cobra, secando os olhos discretamente. Ele, Duca e João sempre haviam tratado a lutadora como uma irmã, então era mais do que apropriado; o mesmo para Fabi, que era sua melhor amiga.

“Pedro.” Ela apontou o guitarrista, que sorriu.

“É, eu sou seu Pedro, pode ser essa a minha definição.” Por algum motivo ela riu, mesmo não tendo entendido ao certo o que ele havia dito. “Agora eles vão se aproximar, está bem? Seus pais podem te abraçar?”

“P-pode. A-abraço, bom.” Ela concordou, se sentando mais ereta na cama. Gael suspirou, começando a se aproximar com Dandara ao seu lado.

“Ela vai gaguejar para sempre?” Perguntou João em voz baixa, recendo uma fuzilada dos amigos. “O que foi?”

“Pelo amor de Deus, cala a boca, João.” Pediu Bianca, bufando.

Enquanto isso, o casal mais velho se juntava ao casal mais novo. O mestre sentou na beira da cama da filha, a analisando com tristeza e alívio. Ela aguardava com expectativa o que ele faria, quando o homem ergueu a mão e acariciou seu rosto.

“Minha filha... Graças a Deus você está viva.” Ele murmurou, finalmente deixando o pranto tomar conta. Seus soluços assustaram Karina e os demais se prepararam para afastá-lo, mas ela os surpreendeu.

A jovem envolveu o corpo trêmulo do pai com os braços, o apertando de maneira reconfortante. Ele envolveu a cintura magra com força, colando ainda mais seus dois corpos e fazendo o corpo dela tremer.

“Cho-chorar, não. Tr-triste.” Ela tentava se expressar desesperadamente, os próprios olhos cheios de lágrimas.

“Como é possível?” Sussurrou uma emocionada Dandara.

“A doutora Caroline explicou que os arquétipos mais primitivos parecem ser a única coisa que ela lembra: ela sabe o que é família, pai, mãe, irmãos; e sabe o que é bom ou não, como o caso do choro, que ela sabe que não significa algo bom, mas sim tristeza.” Ele explicou o que havia entendido das várias conversas que já havia tido com os dois médicos naquele dia. “Ela voltou a ser praticamente um bebê, um bebê que sabe falar.”

“Meu choro não é de tristeza, filha... É de alegria e alívio. Eu estou muito, muito feliz por você estar viva. Você entende isso?” Gael se afastou um pouco para poder encará-la. Ela assentiu para a pergunta. “Minha garotinha.”

“Ma-mãe.” A jovem gaguejou a palavra com esforço, já que ela mesma estava emocionada com a reação do pai.

“Oi minha querida.” Dandara sentou na beira do colchão, a abraçando com delicadeza. “Você nos assustou, sabia?”

“S-susto?” A cantora assentiu. “Ruim, ruim.”

“Isso, susto é uma coisa ruim. Mas agora você melhorou e nós estamos aliviados.”

“Vocês, le-lembrar. N-não.” Os olhos azuis se encheram de lágrimas.

“Nós sabemos, meu amor, mas não precisa se preocupar. Nós todos vamos dar um jeito nisso, juntos, está bem?” Prometeu a morena, beijando a testa da menina, que se encolheu. “Desculpe, deve estar doendo.”

“Dói, muito.” Ela concordou, fazendo careta.

“Evitem a cabeça, ficará sensível por alguns dias graças a pancada e a cirurgia.” Explicou Dr. Simão, que estava parado ao lado da porta. “Eu preciso ver outro paciente... Conseguem ficar a sós?”

“Pode ficar tranquilo, doutor, todos tomaremos cuidado.” Prometeu Pedro, enquanto o médico saia do quarto. “Ka, seus irmãos podem vir te abraçar também?”

Ela concordou com a cabeça, evitando falar. O casal mais velho se afastou da cama, dando espaço para que os jovens se aproximassem. Bianca e Fabi sentaram de um lado da cama, enquanto João sentava do outro; Cobra e Duca ficaram de pé, em silêncio.

“Oi, maninha. Eu sou a Bianca, sua irmã mais velha.” A atriz se apresentou, apesar de achar tudo aquilo estranho. “E essa aqui é a Fabi, o João, o Duca e o Cobra.”

“Cobra? Ruim, ruim, ruim.” O rapaz se entristeceu ao ouvi-la dizer aquilo, até Duca observar.

“Ela deve estar se referindo ao animal cobra.”

“Não, Ka, ele não é uma cobra; não de todo.” João tentou brincar, recebendo um tapa de Cobra e Fabi.

“Meu nome é Ricardo, Karina.” Explicou o lutador, vendo-a assentir.

“Bianca, Fabi, Jo-joão, Duca, Ri-ric-ric...”

“Pode me chamar de Ric, já está bom.”

“Eu não posso nem zoar ela, porque ela não lembra que é a esquentadinha e não vai me bater.” Reclamou João, com um suspiro. “Eu trouxe isso para você.”

Pedro observou ele tirar Flux do bolso, ficando surpreso. Não lembrava de ter pego o bichinho, primeiro presente que dera para Karina, em seu apartamento.

“Eu sei que ela gosta de ficar com ele quando está triste ou com medo.” Explicou o jovem nerd ao melhor amigo. “Achei que ela ia gostar de ter ele por perto.”

“Valeu, irmão.” Agradeceu o guitarrista, vendo o sorriso da esposa ao observar o brinquedo. “Gostou do Flux, Ka?”

“Bonito.” Ela concordou, o abraçando e se acomodando melhor ao travesseiro. “Sono.”

“Pode dormir, nós estamos aqui.” Prometeu Duca, enquanto viam a moça adormecer.


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Notas finais do capítulo

OLÁ, OLÁ, OLÁ. FELIZ 2015 MINHAS LINDAS.

Desculpem a demora em postar, é que é uma história bem difícil de escrever, já que o assunto é complicado. Mas tentarei ser mais frequente. Achei bem emocionante o encontro dela com a família, isso é verdade ♥

Bom, agora temos página no face, já curtiram? Se não, curtam, lá tá rolando spoiler direto, então sugiro que colem por lá hihi' https://www.facebook.com/fanficswaalpomps

See you soon peanuts ;*



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