Refém... ou não? escrita por Ed Albuquerque


Capítulo 6
Um bebê?


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey! Como prometido...



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"Ok."

Estou tão curiosa para saber o que tem atrás daquela porta. "Ele" colocou a máscara e começou a escrever novamente.

"Antes temos que procurar as chaves. São três chaves douradas juntas por uma argola prata." – comecei a olhar ao redor e as vi em cima do frigobar, bem ao lado dele. É estranho "ele" ainda não te-las visto, estão bem ao seu lado... deve ser só falta de atenção, não vou me preocupar com isso. Peguei e as entreguei.

— São essas? - "ele" as pegou, passou os dedos sobre cada uma e balançou positivamente a cabeça. Então o mesmo segurou em uma de minhas mãos e me levou até a porta.

"Ele" pegou uma chave qualquer e a introduziu no primeiro cadeado, o mesmo não abriu. Depois inseriu a mesma chave em outro cadeado, este abriu. Depois pegou outra chave, e colocou novamente no primeiro cadeado, desta vez o mesmo abriu. E por último inseriu a última chave na fechadura da porta e girou a maçaneta. Confesso que esperava um quarto macabro, escuro e sombrio, mas o que eu vi foi mais estranho do que todas as coisas estranhas que eu esperava. Era um quarto de bebê. Um simples quarto de bebê. Berço, fraldas, carrinho, brinquedos, roupinhas... Tudo de bebê. Comecei a olhar as coisas enquanto "ele" sentava em uma cadeira de balanço ao lado do berço. Começo a olhar as gavetas. Roupinhas, meinhas, sapatinhos, um livro grande desenhado "E" em dourado... espera! Um livro? Do que será? Vou ver se "ele" está olhando. Me viro e vejo que "ele" retirou a máscara, e está cheirando uma roupinha enquanto se balança na cadeira. Este é um ótimo momento, escondo o livro dentro de minha blusa, espero que "ele" não perceba.

— Então... um quarto de bebê? - "ele" balança positivamente a cabeça - Tem alguma criança aqui? - dessa vez "ele" a balança negativamente. - o que será que aconteceu com a criança desse quarto?

"Desafio feito. Podemos ir?"

— Ah, claro! - voltamos ao quarto, "ele" leva consigo a roupinha de bebê.

Chegamos no quarto e "ele" guarda a roupinha em um armário, aproveito a chance e escondo o livro de baixo do travesseiro. Finjo que não fiz nada e ajo normalmente

— É a sua vez! Eu escolho desafio!

"Eu te desafio a ir dormir"

— Ah! Qual é?! Não vale!

"Se vale me desafiar a falar a verdade, então vale te desafiar a dormir."

— Vamos jogar um pouco mais.

"Você quer dormir em qual quarto?"

— Vamos jogar!

"Você vai dormir!"

— Não vou!

"Camila, não faça drama! Vá dormir!"

— Não vou!

"Você está parecendo uma criança."

— Eu não sou.

"Camila, vamos lá... Troque de roupa e vá dormir."

— Me obrigue! - "ele" me abraçou contra minha vontade, me colocou sentada na cama e começou a tirar minha blusa, vou deixa-lo seguir com isso, vamos ver onde vai dar. Depois de tirar minha blusa "ele" coloca as mãos em meus ombros, me faz deitar e começa a tirar meu shorts.

– Uh la la, tá ficando bom. - dou uma gargalhada.

Em seguida "ele" vai até o armário e pega uma camisa branca que claramente é bem maior que eu. "Ele" pega em minhas mãos e volta a me deixar sentada na cama. Veste a camisa em mim e começa a abotoar os botões da mesma. Vejo sua dificuldade a abotoar o primeiro botão, encaro-o. Acho que "ele" percebe. Seguro em suas mãos, "ele" tira sua concentração dos botões e olha pra mim. Começo a beija-lo e faço-o deitar na cama comigo. Começo a colocar minhas mãos dentro de sua camiseta, sentindo suas cicatrizes. Estou bêbada mesmo, que se dane, vou até o fim. "Ele" para meus beijos e volta a abotoar a camisa que estou vestindo.

— Eu te desejo, te desejo muito. Fique comigo. - digo enquanto tento lhe beijar e parar de fazê-lo abotoar a camisa. "Ele" para, acho que desistiu, e com extrema rapidez "ele" fica por cima de mim, me perco em seus olhos azuis, eles estão olhando fixamente os meus castanhos. Ficamos daquele jeito por uns 30 segundos até que "ele" me dá um selinho e se levanta.

— Espera! - olho para a camisa e percebo que todos os botões estão abotoados, "ele" os abotoou enquanto eu estava viajando em seus olhos, mas que safado!

"Ele" vai ao banheiro e eu aproveito a chance para ver o livro que encontrei. Leio algumas linhas como "... cheguei aqui há alguns dias, ainda bem que o André é doutor e pode me ajudar..." e "... a dor é insuportável, não sei se vou conseguir aguentar. Não acredito que meu amor fez isso comigo, ambos pagamos o preço por coisas idiotas que fizemos, mas eu continuo a pagar, meu purgatório não tem fim ...". É só isso que consigo ler, até perceber que "ele" está voltando. Guardo imediatamente o livro de baixo do travesseiro novamente e me deito por cima. "Ele" senta na poltrona.

— Pode deitar aqui... comigo... se quiser... - falo pausadamente, estou nervosa.

"Não vai tentar nada?"

— Eu não sou um louca, maníaca e estupradora, se quer saber.

"Ah, é? Nossa que alívio, pensei que fosse!"

— Vem? - "ele" se levantou e deitou ao meu lado. - Se preocupa se deixarmos a luz do abajur acessa? Pelo menos hoje?

"Não. Deixe-a acessa quando quiser, eu não me importo, não vou nem reparar..."

— Ok... então boa noite - dei um beijo em sua bochecha e me virei. "Ele" se virou para o meu lado, me abraçou e eu simplesmente apaguei.


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Notas finais do capítulo

Heeeey boa noite!
Se gostaram comentem, deem dicas, sugestões, críticas construtivas... tudo que vier de vocês (lindos) eu aceito ;)



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