Heart memory escrita por Tia Lety


Capítulo 1
Capítulo 1- Meu primeiro amor


Notas iniciais do capítulo

OIÊ!! estou aqui de novo -.-'
Mas enfim, espero que gostem dessa fanfic, pq sinceramente eu pensei nela assistindo um comercial assim... BLZ nééé! chega de enrolação e... pois é!

TIA LETY



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Quem não esquece do primeiro amor? Meu nome é Monalisa, tenho 16 anos hoje, mas nunca esqueci do meu primeiro e único amor. Bom, eu sei, é imaturo e meio idiota não esquecer logo uma paixão de infância, mas eu sou assim mesmo. Eu tinha dez anos quando eu conheci Leo, meu primeiro amor. Eu ia passar as férias com a minha avó, meus pais iriam para a Argentina na época e me deixaram com ela no interior do Rio Grande do Sul. Foi muito bom lá, eu estava dando alguns milhos para as galinhas da minha avó até eu vir o Leo, um garotinho de cabelos meio cacheados, olhos azuis, uma camisa desbotada e uma bermuda. Ele estava com um bolo nas mãos e correu, e logo atrás dele, uma chinela querendo acerta-lo. Fiquei um pouco curiosa e corri atrás dele. Céus, lembro-me muito bem que Leo corria muito. Logo ele parou num pequeno rio que tinha uma bela cachoeira, ele se sentou e enfiou a mão no bolo. O quitute era de chocolate e tinha uma cobertura de cereja, fiquei atrás de uma árvore observando o menino, que em poucos segundos havia me encantado por completo. Observei o lugar, e era muito bonito, aquela cachoeira me hipnotizou por uns minutos, até eu ouvir Leo falando:

—Ei! Quem é você?— Ele tinha mais ou menos minha idade. Estava sujo de bolo

—Hm? Eu sou Monalisa...— Disse, saindo de trás da árvore

—Quer bolo Lisa?

—Claro!

Ele estendeu um pedaço de bolo pra mim e eu sentei ao lado dele. Leo e eu ficamos conversando por muito tempo e descobrimos que temos mais semelhanças do que diferenças. Ele elogiava sempre o meu cabelo, e admito, eu adorava isso. Meu cabelo tem uma cor alaranjada (ruiva), e meus olhos são verdes. Eu e ele passamos a nos encontrar todos os dias, e às vezes eu levava ele até minha avó e andávamos de cavalo a tarde toda. Faltava poucos dias para as minha férias acabarem, o que me desanimava. Um dia, ele falou para mim:

—Lisa, vamos nos casar?

—O quê?!— engasguei

—Estou falando sério! Vamos, quero te mostrar uma coisa.

Leo me levou até o rio que nos conhecemos. Eu achava aquilo a coisa mais fofa que alguém me pediu na vida! Ele tirou o cadarço do tênis e fez um laço. Leo sorriu, corado e sem jeito. Ele limpou a garganta e me convidou para sentar na borda do rio.

—Você, Monalisa Swan, aceita eu, Leonardo bobão... Como a única pessoa que você promete amar toda a sua vida?

—Aceito! —eu ri— e você...Leonardo Borges...? Aceita eu, Monalisa desastrada como a única pessoa que você promete amar, por toda a sua vida?

Aquilo soava muito ridículo, mas nós dois éramos duas crianças, e pelo que seja muito estranho, estávamos apaixonados com pouco anos de experiência de vida.

Leo colocou o cadarço no meu dedo e sorriu. Os olhos dele eram tão alegres que o sorriso era contagiante. Peguei o cadarço do meu tênis e fiz um laço, assim como o dele e coloquei no dedo dele. Entrelaçamos os dedos e sorrimos, eu queria que aquele momento nunca acabasse. Céus! Estava apaixonada com apenas 10 anos de idade?!

Até que escutei minha avó me chamando. Olhei para Leo meio sem jeito e ele fez um gesto para eu ir. Levantei-me e corri até minha avó, que para a minha surpresa, meus pais estavam lá. Já era dia 12 de janeiro... Senti o coração doer. Meus pais me notaram e minha mãe sorriu:

—Monalisa! Vem cá me dar um abraço querida!

Eu não queria ir, mas fui. Abracei ela, sentindo as lágrimas correndo no meu rosto. Não queria deixar Leo, ele era um dos meus únicos amigos, era mais que isso, era especial, alguém que me fazia rir mais, brincar mais e viver mais. Minha mãe me empurrou com leveza pelos ombros e me segurou. Meu pai estava ao seu lado e limpou minhas lágrimas.

—O que houve meu amor?

Minha avó estava sem jeito, não sabia o que tinha acontecido comigo por estar tão triste. Olhei para trás e vi Leo atrás das árvores com um olhar triste. Corri até ele e dei um abraço nele apertado.

—Nos veremos de novo? —perguntei, desconsolada

—Mais rápido que você imagina Lisa...

Leo conseguiu dar um sorriso torto e ajeitou meus cabelos. Minha mãe me chamou, desconfiada. Não queria largá-lo, não queria deixá-lo aqui. Segurei sua mão e abaixei a cabeça.

—Manteremos nossa promessa?

—Sempre...

Ele tentou se soltar da minha mão, eu não queria soltá-lo, mas fui afrouxando a mão dele na minha e me deixei levar pela dor do adeus.

Me despedi da minha avó e entrei no carro. Observei Leo pelo vidro do carro e senti as lágrimas novamente. Meu pai e minha mãe me encheram de perguntas, mas não estava afim de responder nada.

Seis anos se passaram, e este é o meu presente. Tenho dezesseis anos e estou fazendo o segundo ano do ensino médio. Eu nunca me esqueci de Leo, de como ele me fez feliz. Ainda tenho a "aliança" de cadarço que ele fez para mim, mas é agora um pedaço de fio preso numa corrente. Eu uso ele como colar, penso que pode me dar sorte. Cuido mais do meu cabelo do que as outras meninas normais, pensando ainda em ouvir mais um elogio do único menino que amei.

Era janeiro, as aulas irão começar de novo. Acordei meio tonta e tomei um banho longo. Penteei meus cabelos ruivos e vesti o uniforme do colégio, que é uma blusa e uma calça jeans feiosa. Calcei meu tênis All Star, que por mais que a minha mãe queira, nunca vai sair da moda da garotada. Desci os degraus da minha escada e fui para a cozinha. Meu pai e minha mãe já saem de casa por volta das 6:30 da manhã e esse é o horário que acordo. Ela sempre deixa para mim um café e uma torrada com Nutella para mim todas as manhãs. Olho para a embalagem e diz: Sorria e bom dia!

Bom dia pra quem, pelo amor de Deus?! Eu acordo com um o humor muito baixo e uma embalagem diz pra eu ter um bom dia?! É, eu sei, eu sou chata assim mesmo. Peguei minha mochila e andei até o colégio, que não é nem um pouco longe da minha casa, o que é bom.

Na porta do colégio, Lúcia, minha melhor amiga me esperando, agitada. Ela tinha cabelo loiro curto, baixa e vivia sorrindo, o que era bom pra mim, precisava de um exemplo de alegria. Todos os anos ela me avisa quem será novato na nossa sala, porque a garota é desesperada por um namorado, e lá estava ela, com uma pasta com os nomes das pessoas novatas.

Não me pergunte como ela consegue esses nomes.

—Monalisa! Olha aqui! Vai entrar três novatos na nossa sala!

—Nossa Lúcia... Não percebe que isso é ridículo?

—O que? Saber talvez o nome do nosso futuro marido? Eu acho isso muito sábio.

Eu fazia apenas rir. Assim que entrei, vi um rosto familiar e acompanhei a pessoa com o olhar. Era um garoto com um casaco preto com o capuz, não dava para ver seu rosto. Tentei vê-lo, mas pareceu meio idiota, então me ajeitei. Não vi direito a pessoa, mas ela percebeu que eu a olhava e me encarou também enquanto andava. Senti um frio na barriga. Os olhos daquele individuo eram azuis, azuis gélidos e tristes. Não, eu definitivamente não conhecia ele.

Eu e Lúcia fomos para a sala e sentamos no fundo. Ela me contava sobre suas férias, onde passou em Paris. Até o garoto de casaco preto entrou na sala e olhou para mim. Meu coração vacilou. Era o Leo! Meu Deus! Fiquei tão feliz que me levantei da carteira e ia falar com ele, porém... Atrás dele, uma garota, que estava de mãos dadas com ele. Sentei-me. O cadarço debaixo da minha blusa pesou como uma tonelada.

—Monalisa você está bem? —perguntou Lúcia

—Estou bem Lúcia... Só estou um pouco tonta.

O suposto Leo olhava para mim com aqueles olhos azuis sombrios e tristes. O que aconteceu com ele? Onde está aquele olhar alegre que eu conhecia? Onde está aqueles sorriso que eu não me cansava de ver?

Talvez não fosse ele...Talvez seja o gêmeo maligno dele! Estou tentando enganar a mim mesma... Deus, por que faz isso? Eu sei que é ele: o mesmo cabelo cacheado e macio, o mesmo formato do rosto, até a cicatriz que ele tinha na mão esquerda. Mas o olhar não... Estava diferente.

Coloquei meu casaco e tentei esconder meu rosto, mas ele queria me ver, o que era constrangedor. A garota falava com ele, mas Leo estava olhando para mim, deixando a menina irritada.

—Amiga você... está bem mesmo? —perguntou Lúcia

—Estou... Só preciso de uns minutos para pensar.

Talvez horas.

O sinal do intervalo tocou. Estava cansada de ser observada por aqueles olhos azuis, que pareciam sugar minha alma. Lúcia queria me ajudar, queria saber o que houve. Decidi contar á ela o que aconteceu a seis anos atrás. Ela se surpreendeu e me disse:

—Vai falar com ele!

—Ele quebrou a promessa... Eu não quero falar com ele.

—Tente ser amiga dele. Vai falar com ele!

Leo me observava de longe. Ele estava sozinho, então era o momento perfeito. Cheguei até Leo, corada e inquieta nas mãos. Ele não chegou a olhar para mim, ajeitei meu cabelo, para ver se ele via algo familiar.

—Olá...—falei finalmente


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Notas finais do capítulo

OOOOOOOOOI!!! Postarei todos os dias 14:30 novos capítulos, então... espero que tenham gostado... E... BEIJOCAS! AMU VCS :3



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