O Pântano do Lagarto escrita por Carlos Eduardo Rici
Notas iniciais do capítulo
Personagem original, Viktor Cross
Personagem existente, Curt Connors, Lagarto.
Curt Connors, um dos maiores cientistas da história estava fora de si, os dias se passaram desde que o Homem-Aranha havia o derrotado pela última vez, agora ele queria a vingança, ele queria transformar toda Nova York em um pântano gigante, o Lagarto havia retornado.
Connors estava em sua forma feroz, sua inteligência havia se aprimorado em seu corpo verde de réptil, a única maneira de colocar seu plano em pratica era com alguma financia. O Lagarto andou pelo esgoto de Nova York, ele olhava as paredes e via os ratos correndo, sua pelugem cor cinza molhada era como um prato cheio para o monstro. Aranhas batiam as patinhas no chão, passavam entre as patas, sua roupa, um jaleco rasgado e uma calça preta no mesmo estado estavam sujas.
Connors viu uma tampa de bueiro acima de sua cabeça, sentiu o cheiro dele, Viktor Cross, Seu financeiro de longa data como doutor, nunca se mostrando, agora o mundo iria odiá-lo.
Lagarto quebrou a tampa com um soco, os pedaços caíram no chão do esgoto, o gigante saiu do buraco, muitas pessoas se assustaram, um momento de tensão para o povo daquela cidade. Nada do escalador de paredes em nenhum lugar, tudo bom, mais a frente, Curt viu entrando na Oscorp Viktor, o financiador.
O Lagarto correu até seu amigo de longa data, Viktor tinha a pele morena, usava óculos e tinha o corpo pouco forte, usava terno preto e uma maleta pendia em sua mão.
Connors chegou até Cross.
– Você, Cross, – sua voz rouca parecia mexer com o empresário.
– Quem é você? – Viktor perguntou assustado e nas garras de Connors.
Irritado, Connors pegou a maleta de Cross.
– Que tal vermos o que trás o nosso amigo aqui.
Connors jogou a maleta no chão e pisou em cima dela, sua pata gigante quebrou toda a maleta revelando o dinheiro que havia lá dentro.
– Vamos conversar na minha casa. – Lagarto levou o homem ao esgoto
Dentro do espaço mal cheiroso abaixo de toda Nova York, Lagarto jogou Viktor na água, o homem caiu sobre o líquido que já estava verde. Cross tentou se levantar mas Connors o jogou novamente ao chão, uma aranha passou pelas pernas de Viktor.
– Porque comigo? – O homem assustado perguntou a Connors.
– Fácil, – começou a responder Curt. – você tem o dinheiro que eu preciso, o que tem dentro dessa maleta é só parte do que realmente preciso.
– E para que você precisa de tanto dinheiro?
– O Homem-Aranha e a população desta cidade tem que me pagar, me jogaram no esgoto. – Connors começou a gritar, sua voz escoava pelas paredes do esgoto, alguns lagartos pequenos surgiram para ver o show.
– Você não precisa fazer isso. – Cross tentava fuigir. – É inteligente, você sempre se deu bem na ciência.
Connors olhou para Cross nos olhos, o segurou pelo pescoço e começou a cortar seu queixo com as unhas.
– Sim, eu irei usar a inteligência, – Curt jogou Viktor longe. – Agora mostre-me onde mora, o Lagarto vai jogar do jeito certo agora.
Depois de alguns metros andando sob a cidade, os dois chegaram até o ponto de saída, Lagarto quebrou novamente uma tampa de bueiro, primeiro jogou Viktor para fora dela, depois saiu.
– Onde mora? – Várias casas rodavam os dois.
– Ali, – ele apontou para uma casa branca, era grande e tinha vários pilares gregos de mármore, a porta da frente era de madeira e tinha uma grande fechadura dourada com as escritas VKC, o portão da frente era totalmente prateado e tinha detalhes em folhas de louro. – Lá dentro tem o dinheiro, eu aceito o financiar, desde que não me mate.
– De acordo.
Por dentro a casa era mais bonita, várias estátuas enfeitavam a casa, e quadros lindos também, a cor amarela chamava muito a atenção, Curt até esqueceu que era um monstro por um curto período de tempo. Viktor caminhou até um dos quadros, a pintura era constituída por um homem com uma lança penetrando o peito de um crocodilo, aquilo fez a couraça de Curt estremecer.
– O dinheiro está todo aqui atrás, – Viktor retirou o quadro, atrás havia um cofre. Cross digitou a senha, quando o cofre se abriu a casa estremeceu.
– C-como assim? – A parede se abriu junto ao cofre, a altura do cofre deveria se mais de dois metros e dentro havia pelo menos cinco milhões em notas de cem. – Vá buscar um caminhão amigo e me consiga um terno do meu tamanho, hoje nós iremos arrasar alguns corações, literalmente.
– Sim senhor. – Viktor saiu correndo.
Alguns minutos depois, Viktor apareceu na frente da casa com um caminhão.
– Onde conseguiu o caminhão? – A dúvida do Lagarto era razoável.
– Por favor, não me pergunte, só quero viver. – Viktor arrastou o terno gigante pela sala.
– Tudo bem, onde você conseguiu um terno assim?
– Sem perguntas.
O Lagarto obrigou Viktor a levar sacos de dinheiro até o caminhão, que era um modelo de super mercado, e foi vestir seu terno. O terno ficou perfeitamente encaixado no corpo de Connors em sua forma animalesca, ele se olhou no espelho, em sua cabeça a imagem de sua mulher bateu com força, ela segurava seu filho, ainda bebê, Connors se imaginou ao lado dela, humano, seu filho ainda bebê.
– Eu sei que errei muito, quero proteger vocês, antes desta cidade virar um pântano, juro que meu último feito não será destruir Nova York e sim salvar vocês.
– Curt, – a voz de Viktor atrás dele terminou com sua visão da família. – Acho que você não deveria fazer isso com a cidade, você sabe, salvar sua família, acredito que sua mulher não vai lhe querer pelo o que você se tornou e sim pelo seus atos.
– Não me diga o que fazer. – Connors correu até Viktor. – Não fale de minha mulher, isso não é problema seu!
– Não! – Connors o segurou pelo pescoço. – Você tem poderes incríveis, deveria fazer igual ao Homem-Aranha.
– Não me compare a aquele inseto, eu sou um ser superior. – o lagarto apertou mais forte.
– Antes de matar todas aquelas pessoas, quero que lembre-se, com grandes poderes, v-vem...
– Grandes responsabilidades? – Lagarto soltou o homem morto e limpou as mãos. – Acho que não.
O plano de Curt seguia em seu rumo, nenhum obstáculo surgiu em seu caminho, a última fase se completaria agora, ele deveria ir até a companhia de esgoto e pagar para eles explodirem o encanamento, idiotas, aceitariam fácil, Connors se espremeu no caminhão e dirigiu-se até os idiotas que lhe fariam um grande serviço.
Como imaginava, Connors só precisou dar aos idiotas algum dinheiro e matar um de seus amigos, o plano de Curt agora se concretizaria na Oscorp, o único lugar em que havia Potariomesc, uma substância que transforma parte da água em barro, nesse caso, boa parte.
Connors saiu do caminhão e andou até a balconista.
– Nome, por favor, – quando olhou para cima, a mulher paralisou com o sorriso que Curt Connors exercia.
– Obrigado.
Connors subiu até o décimo primeiro andar, onde o laboratório de pesquisa biológica estava no momento, ele observou alguns cientistas do laboratório.
– Não vou roubar nada do idiota do Osborn – Ele apontou para o objeto que lançava o Potariomesc sobre a terra. – Vou pagar por aquilo.
O dinheiro que restava depois de ter pago o Lança Potariosmec, não daria para fazer muita coisa, a sorte é que a última coisa que restava já estava pronta. Curt saiu do prédio da Oscorp com o objeto nas mãos e o inseriu no chão, enquanto o objeto se instalava, ele subiu em cima de seu caminhão para o discurso final.
– Povo de Nova York, não precisam temer, – poucos olhavam para o lançador. – eu sei o quanto deve ser estranho ter um Lagarto em cima de um caminhão discursando , mas, queria dizer a vocês que hoje começa a revolução desta cidade, meus caros companheiros répteis verão hoje a luz do sol mais de perto, quero lhes dizer que hoje, esta cidade se transformará em um grande pântano.
A multidão entrou em desespero, todos corriam de um lado para o outro, mas uma pessoa se mantinha imóvel, bem no meio de todos, em pé, Viktor Cross segurava uma metralhadora em uma das mãos e na outra uma seringa, ele havia forjado a morte.
– Meu caro Curt, – Ele largou a seringa e apontou a arma para o monstro. – Você escolheu o financiador errado.
Tudo que aconteceu a seguir foi rápido, a máquina apitou bem no meio da rua, os canos no chão começaram a estourar, sua mulher apareceu bem em sua frente, o protegendo do projétil que se aproximava dele. Connors então percebeu seu erro.
– Eu, – Sua mulher gemia no chão, – sempre te amei Curt.
– Eu também.
O monstro correu até a máquina que espalhava a substância sobre o chão, uma onde se formou acima da Oscorp, só aquilo, junto com o pouco Potariosmec já era o bastante para que se formasse um pântano em cima de todas naquela área, ele correu até a onda, passou por Viktor e lhe roubou a arma, em um movimento rápido, misturou toda pólvora das balas e pulou dentro da onda, a última coisa que ele se lembra é de ter explodido aquela onda gigantesca e comprimido tudo para os bueiros...
Algumas horas depois, Curt acordou em sua forma humana, dentro da prisão, um policial o observava.
Curt o olhou.
– Minha mulher ficou bem?
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!