22 de novembro de 2011

Dois homens estavam me segurando pelos braços. Estavam me levando para algum lugar dentro deste manicômio. Luke Castellan (Um cara alto, louro, tinha 28 anos e dono do Lennox Madhouse) e Joseph estavam indo na frente discutindo alguma coisa a ver com minha estadia definitiva nesse lugar.

Andamos um pouco até chegarmos em um enorme salão onde tinha um palco e muitas pessoas sentadas em cadeiras que se encontrava de frente para o mesmo.

–Qual é, Joseph? A garota fica ou não?- Luke questionou.

–Tem certeza de que é mesmo necessário pagar os duzentos dólares a mais?- Joseph o "respondeu".

–Claro que tenho! Médicos que fazem lobotomia são difíceis de encontrar, tirando o fato de que é um processo ilegal. Vamos, eu não tenho o dia todo!

–Tudo bem- Joseph estava, claramente, irritado. Tirou algumas notas da carteira e entregou a Luke, que fez um som estranho. Supus ser sua risada.

–Ótimo, o Manda-Chuva chega em cinco dias. Logo, logo sua garotinha não se lembrará de mais nada- Os dois soltaram uma risada seca.

Fechei meus olhos e balancei a cabeça, a fim de espantar pensamentos ruins. Abri meus olhos e direcionei minha atenção para o palco. Agora, uma garota loura e muito bonita dançava lá em cima, mexendo seus quadris ao ritmo da música, como se tivesse nascido pra isso.

–Annabeth!- Luke gritou, chamando com o dedo.

Ela andou calmamente até nós.

–Sim?- Ela perguntou

–Essa aqui- Ele apontou pra mim- é Thalia Grace. É novata aqui e precisa que você mostre tudo pra ela. Faz esse favor pra mim?

–Luke, eu não posso agora. Não viu que estava no meio de um espetáculo?- Annabeth falou, sua voz estava extremamente doce. - Mas posso chamar minha irmã, se quiser.

–Tudo bem.

–Piper!- Annabeth gritou. Logo uma menina morena, de longos cabelos cor de chocolate, apareceu.

–Me chamou, Annabeth?- Perguntou

–Sim. Essa aqui é Thalia Grace. Novata. Bem... Acho que já sabe o que deve fazer, certo?

–Claro que sim. Vem Thalia!- Piper me puxou pela mão e saiu andando a casa inteira, me mostrando cada canto.

...

–E por último, temos a nossa sala de ensaios. Nós... Bem, nós ensaiamos aqui para espetáculos que acontecem uma vez a cada duas semanas. Essa é a nossa coreógrafa- Piper me levou até uma mulher. Seus cabelos louros estavam presos em um coque alto; seus olhos eram de um tom tão claro de azul que se assemelhava a prata; sua pele era branca, facilmente confundida com porcelana. Ela era linda. - Thalia, essa é Lady Ártemis. Lady Ártemis, essa é Thalia Grace.

Ela me direcionou um sorriso mínimo.

–Prazer, Thalia.

Eu me limitei a um aceno com a cabeça.

–Acho que devo te perguntar isso. Você sabe dançar?- Ártemis perguntou.

–Não sei, nunca tentei. - Minha voz saiu um pouco baixa, mas ela pareceu entender.

–Então por que não tenta agora?- Ela caminhou graciosamente até um som que ficava em cima de uma mesa. - Você só precisa se movimentar ao ritmo da música. Vamos, você consegue.

Ela apertou o play e uma música agitada começou a tocar. Não conseguia me mexer, fiquei estagnada no lugar, sem saber o que fazer. A música parou. Ártemis veio até a mim.

–Querida, por que não dança?

–N... não consigo. Não sei o que fazer. - Respondi meio baixo

–Está tudo bem, é só se mexer ao ritmo da música. Não precisa ter medo. - Ela sorriu- Vamos de novo

Mais uma vez, ela colocou a música. Dessa vez, eu sabia exatamente o que fazer: Ir para o lugar em que eu sei que posso fazer tudo direito.

Fechei os olhos. Novamente eu estou indo para o meu mundo.

**************** The Other World *****************

Abri meus olhos. Estava de frente para a grande casa que existia ali, no meio de um monte de neve (N/A: Imaginem a casa coberta de neve, não achei no Google) Caminhei com passos pesados até a entrada. Ele ainda estava lá, e Dioniso também. Mas isso é o menos importante.

Andei até eles.

–Quíron!- Gritei e corri para abraça-lo

–Está deixando rastro de neve por todo lugar, Thalia- Dioniso me repreendeu, mas logo abriu um sorriso e eu o abracei também. - Sabemos por que veio até aqui de novo e sabemos como te ajudar, só precisa ouvir.

Assenti.

–Muito bem, você quer sair do manicômio, certo?- Quíron perguntou.

–Certo.

–Você vai precisar de cinco itens para a sua fuga. Mas não pense que vai ser fácil. Você está realmente disposta a ir adiante?

–Sim.

–Ótimo! Você vai precisar de... – Dioniso me contou tudo do que eu preciso e ouvi com atenção. – Mas por enquanto, você precisa se treinar. – Eu já estava me encaminhando até a porta quando Dioniso se levantou e veio até mim- Agora, defenda-se!

Olhei pra trás novamente. Dioniso tinha fechado as portas. Suspirei e olhei pra frente. Arregalei os olhos.

Três.

Três samurais gigantes ali na minha frente. Tenho quase certeza de que não era para tomar chá. Suspirei. Senti um peso extra nas minhas costas e no meu bolso. Uma espada e um revólver.

–Ótimo...

O do meio deu um passo à frente. Desci as escadas. Ele me encarava desafiadoramente. O da ponta sacudiu sua foice e deixou-a bater a ponta no chão. Caminhou até mim com a lâmina arrastando na neve e quando chegou, parou de frente para mim. Coloquei a mão na espada. Muito lenta. Ele me chutou, fazendo com que eu atravessasse as portas da casa e parando apenas quando bati em uma pilastra. Ele correu até mim com a foice na mão e bateu com ela no lugar onde eu estava pouco antes de rolar para o lado. Corri, mas ele conseguiu me bater com a parte chata da lâmina. Como previsto, voei longe até parar no chão, quebrando o piso. Ele me golpeou novamente, e mais uma vez, eu fui pro chão, com a mão na espada dessa vez. Ele veio até mim e pulou, batendo a lâmina no chão, próximo da onde eu estava. Levantei-me e olhei para ele. Ele atacou, mas dessa vez eu defendi seu golpe com minha espada, pulei e ataquei sua foice, prendendo-a no chão. Ele conseguiu livra-la e me atacou, eu defendi. Ele repetiu o mesmo golpe e eu defendi mais uma vez. Ele jogou a foice na minha direção e eu pulei, dando um salto mortal por cima da mesma. Ele fez isso de novo, e, com a minha espada, eu cortei metade da sua lâmina. Sorri vitoriosa. Corri em volta dele (Que ainda estava atordoado por conta da foice) e cortei sua panturrilha de aço. Uma luz saiu do corte. Pulei em cima dele e cortei seu pescoço. Ele caiu no chão, destruído. Olhei meu trabalho. Permiti-me relaxar. Mas não por muito tempo. Uma bala passou voando por cima da minha cabeça e destruiu uma estátua que tinha a minha frente. Olhei pra traz espantada.

Outro samurai.

E dessa vez com uma metralhadora enorme em mãos. Corri na mesma hora que ele começou a atirar. Corri ciente de que um fio de balas estava me perseguindo, passando pelas colunas e cortando-as ao meio. Abaixei e o fio passou por cima da minha cabeça. Corri em outra direção, e mais uma vez, o fio de balas estava me perseguindo e cortando mais pilastras. Escondi-me e consegui chegar perto dele, jogando minha espada e cortando seu braço que segurava a metralhadora. Corri até ele, ganhei impulso e pulei no seu braço, subindo até sua cabeça. Tirei meu revólver do bolso e dei quatro tiros no seu olho direito. Pulei da sua cabeça para o chão, indo até a parte de fora enquanto a casa caia atrás de mim, peguei minha espada e parei. Olhei para o último samurai que faltava, que deu três passos para traz vendo todo o caos. Sorri desafiadoramente. Ele correu até mim e eu me ajoelhei, posicionando a espada na minha frente. Quando ele chegou até mim, pulei em sua direção, cortando-o ao meio. Cheguei novamente ao chão, ouvindo o som de tudo se destruindo atrás de mim.

Fechei meus olhos.

Tá na hora de voltar.