Imperfeito Amor escrita por Natália Correa


Capítulo 2
Capítulo 2




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– Ok, então vamos ver logo essa bendita turma, antes que aconteça mais alguma confusão, né dona Roberta? – Mamãe disse me repreendendo.

– Verdade! – disse Derrick rindo.

– Então deixa eu verificar aqui o cadastro da senhorita Pardo. – disse Pascual.

Pascual pediu que a gente sentasse, Derrick ficou de pé já que só havia duas cadeiras de frente para a mesa do Diretor.

Pascual estava procurando o meu cadastro no computador há 2 minutos, eu ri, porque se uma lesma pudesse digitar seria mais fácil e prático colocá-la no lugar dele, ela seria mais rápida!

– Vai demorar mais quanto tempo? – perguntei.

– Roberta! – Minha mãe me olhou feio.

– Eu ainda não estou acostumado com essas tecnologias... – ele disse. - Pronto! Achei seu cadastro senhorita Pardo, vai ficar na turma do 3º ano B.

– você vai ser da minha sala! – Disse Derrick bastante feliz.

– Que bom pelo menos já conheço alguém. – disse sorrindo.

– Mas o Ucker ele é da nossa sala também...- disse Derrick com uma expressão de susto.

– Mas que Ucker, menino? – Perguntei sem entender.

– Ucker, aquele que você queria bater. - Derrick respondeu rindo.

– Se você não tivesse me segurado eu iria bater mesmo... – parei para pensar. – Espera aí... Da nossa sala? Ótimo!

– Ótimo? – perguntou Derrick sem entender.

– Claro, assim da pra eu pensar melhor em como posso me vingar, já que estaremos na mesma turma vai ser bem mais fácil. - Falei maliciosa.

– Se vingar? – perguntou. – Só porque ele abriu a porta e você caiu?

– Não, porque ele é um sem educação, grosseiro e debochado, então como eu sou uma pessoa que preserva os bons princípios, sabe? – disse sorridente. – Vou fazer uma brincadeirinha com ele, mas só pra ele aprender a ter bons modos... Viu como só quero ajudar? - Falei fazendo cara de santa e ele gargalhou.

– Nossa que prestativa você, só pensando no bem do próximo, certo? – Falou sorrindo.

– Mas é claro! – respondi rindo.

– Ok, seu Pascual. – disse mamãe que estava conversando com o diretor, eu e Derrick já estávamos na porta.

– Já estou indo então, qualquer coisa que a dona Roberta aprontar pode me informar.

– Pode deixar! – respondeu Pascual.

– Iiih, já começou... – Disse.

– Você apronta tanto assim? – perguntou Derrick. - Medo de você. – ele disse rindo.

– Tá doido? Por um acaso eu tenho cara de quem apronta? – disse sorrindo.

– Hum... deixe-me pensar – ele me encarou como se estivesse me analisando e depois sorriu. – Tem! – deu risada.

– Pois então, as aparências enganam! – Fiz cara de santa novamente.

– Agora não parece mais. – Disse Derrick sorrindo.

– Vamos deixar o Pascual fazer seus afazeres, vamos Roberta! – Alma disse vindo em nossa direção.

Quando saímos da diretoria e o sinal tocou:

– Hora da aula, novata! – Disse Derrick.

– Já? – Perguntei manhosa.

– Minha filha tenha juízo, e se comporta direitinho! – disse Alma.

– Mãe, poupe-me eu não tenho mais 3 anos, né? – Disse-lhe.

– Para uma mãe a filha sempre é um bebê! – Mamãe disse sorrindo.

– Desculpa atrapalhar o momento maternal, mas se chegarmos atrasados a gente vai ter que esperar a 2º aula. – disse Derrick.

– Tchau mãe, está me atrasando. – Disse.

– Ok, já estou indo, te amo. – Disse sumindo na multidão de alunos.

– Também te amo, mãe! – disse, olhei pra Derrick e disse – Vamos? – ele assentiu com a cabeça

Na sala de aula do 3° B:

Narrado por Ucker:

Pensamento de Diego:

Meu Deus, quem é aquela ruivinha linda? Pensando bem...

O que ela tem de linda tem de maluca...

– Ucker! – Gritou Belinda.

– O que foi? – disse.

– Eu to falando com você há 2 minutos e você não está me respondendo.

– É porque a sua voz é tão linda que não quis interromper. – menti.

– Então o que eu estava falando? – Perguntou Belinda.

Caralho, agora ferrou. – pensei.

– Você estava falando... Do passeio da escola pra Acapulco! – Lembrei que ela tinha falado isso.

– Esse foi o primeiro assunto, Ucker. – ela disse me repreendendo. – Eu estava falando da minha mãe que...

– Desculpa, é que... Eu to animado para o passeio pra ficar juntinho de você. – menti de novo.

– Ai que fofo! – ela disse sorrindo.

Cara, que menina melosa, da até nojo.

– Boa tarde, alunos. – disse a professora.

– Só se for pra você. – Disse-lhe.

– Que ótimo humor, senhor Bustamante. – disse a professora em tom irônico.

– Sempre! – respondi seco.

– Da licença, professora? – Disse Derrick.

– Claro, pode entrar Derrick! – Respondeu a professora.

Quando Derrick entrou na sala...

– Da licença, meu nome é Roberta Pardo, sou a nova aluna desta turma. – disse a ruiva.

– Ah, claro. Pode entrar Dulce! - disse a professora sorridente.

A ruiva foi em direção à fileira na qual Derrick estava e sentou-se na cadeira atrás dele.

– Seja bem vinda! – Disse a professora.

– Bonita a novata né, veado? – disse Jack.

– Da pro gasto. – disse-lhe seco.

– Da pro gasto? – ele perguntou arregalando os olhos - Qual é Ucker, a menina é uma gata e o Derrick nem perdeu tempo, se deu bem! - Jack disse.

– Aposto que ele nem ficou com ela. – disse.

– Ah tá... Como é que você sabe? – Perguntou Jack – Virou adivinha agora?

– Só acho, mano. Ele é muito lerdo pra pegar as meninas, lembra que pra ficar com a Vanessa, foi um sacrifício?! – Disse rindo.

– Verdade! – riu também. – Mas e ai? Como é que está com a Belinda? – Deu gargalhada. – Ta apaixonadinho já, bebê? – disse Jack imitando a voz da Belinda.

– Cara, aquela menina é muito chata, Deus que me livre, não tem outro castigo pra me dar não?

– Você perdeu a aposta, é um mês de namoro com ela! – Disse Jack.

– Se depois de um mês eu for internado no manicômio, a culpa é sua... Nunca mais eu aposto no jogo com você! – disse, e Jack sorriu.

– O papo está bom ai, né? – Perguntou a professora em tom rígido.

– Estava até você atrapalhar! – Disse-lhe.

– Então, Sr. Diego Bustamante, já que estava tão bom, pode ir terminá-lo na diretoria! – disse a professora soltando um leve sorriso.

– SE FERROUUUUU! – a galera gritou.

– Gostei desta professora colocou moral! – ouvi a ruiva dizendo para Derrick. Fiquei com raiva fui em direção a ela e disse alto.

– Quer falar de mim então fala na cara! – Disse-lhe.

– Ah é? Mas em qual delas? – Ela no mesmo tom só que com ironia. – Porque na frente da mamãe fica pianinho, mas aqui mostra quem realmente é né? – A ruiva já estava alterada. - Seu D-U-A-S C-A-R-A-S!

– Quem você pensa que é pra falar assim comigo, hein? – Já estava alterado. – Você... – Tentei falar quando ela me interrompeu.

– Eu sou Roberta Pardo agora você... Bom... - ele dizia me olhando com desdém - você não é ninguém!


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