A Garota Problema escrita por Brê Milk


Capítulo 44
Coincidências e saudades.


Notas iniciais do capítulo

Hey amoras! Voltei!
Só queria dizer que estou demorando a postar os capítulos pois a história já está no fim, por isso sem pedradas em mim okay?
E antes que vão ler, só queria pedir para darem uma passadinha NO CONTO DE NATAL QUE EU ESCREVI E ESTÁ POSTADO NA MINHA CONTA, obrigada.

*Boa leitura*



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POV VICENTE.

A excitação e o suor me preenchem enquanto canto a última nota do cover dos The Beatles. E ao fim a platéia vai a loucura, fazendo uma grande emoção surgir dentro de mim.
Aceno para as fãs e caminho para o centro do palco junto com os outros, enquanto damos as mãos e fazemos uma reverência agradecida.

– Somos Problem6 e obrigado por virem, tenham uma boa noite!

Acenamos uma última vez e recolhemos algumas coisas que as fãs haviam jogado no palco, caminhando para os bastidores em seguida.
Vou atrás de Bler que não continha um sorriso no rosto e eu sei porque; é Los Angeles, ela sempre quis conhecer a cidade.

– Isso foi demais! - Gustavo bate palmas enquanto tira o cabelo grudado da testa.

– E não foi - Laura concorda pulando no pescoço de Tomás - Cantar para toda aquela gente... Não tem descrição!

Balanço a cabeça enquanto passamos pela porta do grande camarim. Me atiro no sofá vermelho e respiro fundo enquanto o cansaço me atinge. Não é fácil ficar horas e mais horas pulando, cantando e se emocionando em um palco, esperando os gritos das fãs cessarem. Mas sendo sincero, é o que eu amo. Nunca pensei que algum dia teria tanto sucesso assim com a banda, que está decolando cada vez mais.
Suspiro longamente e coloco o braço na testa, tapando os olhos. Resolvo tirar um cochilo e deixar o pessoal conversando, mas a voz da nossa agente atrapalha tudo.

– Meninos vamos logo, vocês tem que ir para o próximo show.

Suspiro deixando o braço cair de lado e olhando para Amanda. Ela é nossa agente desdo começo, aquela que organiza tudo e providência o melhor para nosso conforto, mas também é a mais exigente, que dá uns belos puxões de orelha quando preciso.
E o pior é que ela parece uma criança, o rosto fino e a baixa estatura as vezes não permitem ninguém a levar a sério. Mas a morena sabe impor autoridade quando quer, e chega até soar ameaçadora as vezes.
Aí de mim se aprontar!

– Qual o próximo destino? - ouço Melissa perguntar enquanto surge pela porta trazendo dois vestidos para as meninas, talvez os próximos que elas usaram.

E atrás vinha Marcelo, que ajudava a namorada. Sim, longa história sobre os dois pombinhos ali, muito longa mesmo.
Ele estava com uma carranca enquanto jogava várias peças de roupas cobertas por capas pretas no outro sofá ao lado. Coitado, ter uma namorada igual Melissa não é fácil, ela já gosta de moda, aí vira a "estilista" da banda - como as meninas denominaram - aí ferrou tudo.
Enfim, a resposta de Amanda chamou minha atenção, me despertando dos pensamentos:

– Canadá - ela disse e eu sinto o estômago revirar. Todos os olhares caem sobre mim - Vocês farão um show lá e logo em seguida irão tocar em uma festa de formatura.

Concordo com a cabeça como todos os outros, o silêncio de repente estabelecido. Todos ainda me olhavam, esperando por uma reação minha, apenas dei de ombros e voltei a fechar os olhos tentando driblar os olhares ansiosos. Estava na cara o que todos ali estavam esperando - exceto Amanda que não sabia da história - , eles queriam alguma reação minha. Claro que queriam! É onde Juli está, onde ela se mudou a um ano.
A terra para qual ela nos deixou, aonde ela se foi. E o que eu poderia fazer? Saltar de alegria mesmo sabendo que não haviam probabilidades de nos encontrarmos.

Era só um show e depois uma festa de formatura. Não teria tempo para sair pela cidade a procurando, mesmo que quisesse.
E isso é o que mais me irrita, o que mais me fere. Nunca pensar em mim, nunca ter tempo para o que preciso fazer. E não é de agora só porque me torneio "famoso".
Antes mesmo, quando eu era só Vicente Araújo, um garoto do internato e sem fama, eu nunca pensava nas coisas que estava perdendo. Sempre as deixava ir, assim sem lutar antes. Mas isso era antes, quando acreditava que as coisas acontecem por acontecer, certo?

Errado.

Isso era antes de ter abrido mão de Juli, de ter observado ela ir impotente, sem saber o que fazer. Depois que a perdi, depois que mandei aquela mensagem covardemente, descobri que as coisas acontecem porque tem que acontecerem sim, mas não é preciso esperar elas acontecerem. Só temos que tentar mudá - las as vezes, nas vezes que sabemos que irão nos dilacerar por dentro, que irão nos magoar.
Mas quando vim perceber isso já era tarde demais, meses já haviam se passado e eu estava subindo ao palco para pegar meu diploma. Pois é, isso aconteceu meses atrás, antes da turnê, e me sinto vazio.
Juli Lacoste havia sido mais do que uma pessoa que passou pela minha vida, ela havia sido A pessoa da minha vida. Ela me fez acordar, abrir os olhos para vida e me ensinou tantas coisas. E eu só queria poder falar isso pessoalmente para ela, não por mensagens como eu venho mandando.
Só queria poder abraça - lá e senti - lá nos meus braços, ouvir a voz melódica da nanica e chatea - lá como costumava fazer. Ou então, bem, beija - lá como necessito.

– Ei cara, Vicente! - abro os olhos assustado e vejo André com os olhos confusos a minha frente.

– O que foi?

– A gente já tá indo meu, temos uma viagem longa até o Canadá. - ele disse, passo a mão pelo rosto e suspiro levantando.

André estava certo, temos uma viagem longa até o Canadá... Tão longa como a probabilidade de voltar a reencontrar minha baixinha rockeira.

(...)

Estava pronto para entrar no palco. Meus amigos também pareciam estar, mas diferente deles eu estava tenso. Alguma coisa aqui no Canadá me incomodava, não conseguia me concentrar direito sabendo que ela estava em algum lugar daqui. Não propriamente DAQUI perto do local no show, mas daqui no país.
Mas eu só queria dar o meu melhor está noite, só queria deixar de lado todas as coisas que me incomodavam e todas as angústias, queria dar meu melhor desempenho para essas pessoas que estavam lá fora ansiosas por nos ouvirem cantar. Elas mereciam isso, eu devia isso a elas.

Na verdade eu não era um "artista mimado", eu amava meus fãs e fazia de tudo por eles. E era isso que eu precisava fazer está noite, esquecer dos problemas e me dedicar totalmente as pessoas ali fora, eu teria até a noite para voltar para o mundo das trevas até a noite chegar, aonde teria que tocar em uma formatura e...

– Vicente! - a voz de Bler interrompe meus pensamentos e eu viro para ela com os olhos arregalados

– O que foi mulher? - respiro fundo com o susto passando.

– Pablo ligou, ele está indo nos ver a noite. - Bler disse em seguida se juntando as loucas denominadas Laura e Melissa que gritavam de felicidade.

Reviro os olhos com a cena, mas um sorriso escapa. Agora sim, o grupo estava formado outra vez, outra vez... Mas não completamente, ainda faltava a Juli, mas ela sempre faria parte do nosso grupo de amigos, e de quebra, do meu coração.


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Notas finais do capítulo


Hey, surpreendente não? Acho que acabei com as teorias de algumas ahaha.
Mas enfim, espero que tenham gostado e obrigada por tudo... O fim está próximo :(
Até o próximo, beijocas..


PS: ESSE É O LINK DO CONTO QUE ESCREVI AQUI NO NYAH PARA QUEM QUISER SE ENCANTAR COM AS CONFUSÕES NO NATAL :)

https://fanfiction.com.br/historia/664493/PresosnoNatal/



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