A Garota Problema escrita por Brê Milk


Capítulo 28
Ciúmes... Sozinha!


Notas iniciais do capítulo

Hey batatinhas!! ( cada apelido né) para a alegria de vocês voltei!!! *ou não*
Mas espero que curtam esse capítulo que vai estar meio parado e que deixem muitos comentários!
LEIAM AS NOTAS FINAIS... IMPORTANTE!



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POV JULI.

Marcelo e eu íamos caminhando pelos corredores do internato conversando normalmente. Sem nenhuma tensão. Sem nenhum clima.
Acho que as coisas voltaram ao seu estado normal, e eu agradeço muito por isso.

_ Então quer dizer que voce e o Vicente terão que fazer uma música juntos... De amor_ Marcelo disse depois que eu contei para ele. Antes ele estava rindo, agora estava sério e com uma expressão meio frustrada.

_ Pois é. É o universo e a professora conspirando contra mim_ eu disse tentando aliviar o clima.

_ Hum..._ Marcelo disse isso e logo depois soltou uma risada.

_ Que foi?

_ Sabe que isso não vai dá certo né?

_ Ó se sei_ respondo e logo nós dois estávamos rindo e escutamos o som do sinal tocando novamente.

_ Parece que a hora do intervalo chegou_ ele diz e eu levanto minhas mãos para o alto.
Graças a Deus, faltei a aula de matemática todinha.

_ Vamos para a cantina?_ Marcelo me pergunta e eu concordo._ Quem chegar por último paga almoço amanhã_ ele gritou e prontamente eu já estava correndo até o refeitório parecendo uma doida.

Comecei a rir enquanto corria e virei a cabeça para trás tendo a visão de Marcelo correndo atrás de mim e rindo.
Ri mais e já conseguia avistar a entrada do refeitório. Quando consegui colocoar um pé do lado de dentro sinto braços segurando a minha cintura e me parando. Comecei a rir mais.

_ Perdeu. A senhorita está me devendo um almoço amanhã_ Marcelo disse e começou a rir ainda com as mãos ao meu redor.

_ Isso foi trapaça!_ protesto mais logo começo a rir junto com ele. Mas nossa risada é interrompida por uma voz áspera atrás de nós.

_ Licença. Se querem ficar aos abraços, procurem outro lugar._ Viro minha cabeça para trás e vejo Vicente e os meninos com as meninas nos olhando.
Marcelo me olha e me solta. Vicente fica me encarando e quando eu abro a boca para o responder ele vira a cara e entra com tudo no refeitório.

Fico olhando para a porta do refeitório e fico confusa. Volto meu olhar para o pessoal ali e eles também encaravam a porta.

_ O que deu nele?_ pergunto e eles me olham, todos encolhem os ombros menos Gustavo:

_ Ciúm... AI!_ Laura belisca Gustavo e me olha sorrindo largamente.

_ O Vicente só deve estar se sentindo mal. Só isso Juli_ Laura passa por mim.

_ É, foi mal._ Bler diz e também entra dentro do refeitório junto com Gustavo, André e Tomás.

Fico estática no lugar e sinto uma coisa humida nos meus olhos. Ah não, não acredito que isso me magoou.
Mas também, eu não fiz nada, e aquele imbecil do Vicente vem e me ataca com aquelas palavras como se eu fosse uma qualquer e depois vem os meus ''amigos'' e parece que estão no lado dele.

_ Não liga para ele Juli._ Marcelo disse e confesso que eu já tinha esquecido que ele estava ali. O olho e curvo meus lábios em um minimo sorriso.

_ Claro que eu não vou ligar para o que ele diz Marcelo._ respondo_ Mas agora já vou indo porque eu esqueci que tinha uma coisa para fazer.

_ Mas.._ Marcelo ia dizendo mas eu o corto.

_ Tchau Marcelo.

E assim saio de lá. Vou direto para o meu quarto e assim que abro a porta me lanço para a cama.
Eu queria muito chorar, mas agora que cheguei aqui e estou sozinha as lágrimas não saem. Na verdade nem mesma eu sei porque estou deprimida. Sei lá, acho que esse lugar, essas pessoas, esses últimos meses tem mexido muito comigo e talvez tenham me revelado uma nova Juli que eu ainda não sabia que existia.
E a vontade de chorar continua... mas nada ainda.
Reviro na cama e meu olhar é atraído por uma coisa brilhante escondida no lado do guarda- roupa.
Sorrio e salto da cama indo até lá e pegando a minha guitarra. Eu trouxe para cá há muito tempo, só que tinha esquecido.
Eu tinha uma vontade insana de passar meus dedos pelas cordas dela e ouvir o som que sempre escutava. Mas não podia, não aqui.

Uma idéia brilhante surge na minha mente e eu sorrio. Vou até a janela e vejo a altura. Seria muito alta para pular ou escalar, mas isso não importa agora. Pego a guitarra e coloco em sua capa, coloco a alça pelo meu corpo e abro a janela começando a descer. O bom é que não tinha ninguém desse lado do internato então eu podia descer sem ser vista.
Eu sei que poderia muito bem sair pela porta, mas não daria. Muitas pessoas me veriam e eu não queria ser pertubada por ninguém perguntando para onde eu irira com aquela guitarra.
Mas enfim, depois de me segurar firmemente nas trepadeiras que tinham no muro e colocar um pé abaixo do outro tomando cuidado para não cair, consegui chegar seguramente no chão.
Sorri e ajeitei meu short jeans azul e a guitarra. Depois sai correndo para o lugar aonde eu poderia tocar livremente e sem interrupções.

...

Assim que pisei na grama sorri apreciando a beleza da natureza ao meu redor. Eu estava agora no jardim que o Alberto tinha me mostrado naquele dia que eu tive aquela conversa com ele. Espero que ele me perdoe por estar vindo aqui, mas eu precisava disso.
Rapidamente tirei a alça do meu pescoço e abri o ziper da capa da guitarra, a retirando.
Coloquei a guitarra em posição e logo o som das cordas já ecoava pelo jardim inteiro.
Enquanto eu tocava eu sorria. Era tão bom fazer isso. Continuei tocando e tocando por horas, não queria que o tempo passasse.
Apenas queria ficar aqui no jardim, com a natureza ao meu redor e ouvindo o som da guitarra.
É tão bom sabe, é tão bom poder fazer algo que eu REALMENTE goste, que não seja um impulso, e que seja algo que ninguém esteja presente para me julgar.

A minha vida sempre foi uma bagunça. Quando pequena eu nunca tinha amigos porque sempre tinha que me mudar com o meu pai. Nunca soube o que é ter um carinho de mãe. Nunca fui do tipo de garota ''boba e apaixonada''. Mas também nunca fui daquelas que chegam em casa bebadas e drogadas.
Esses anos todos eu fui apenas eu. Mas fui um Eu que até hoje me parecia bom. Até hoje porque agora eu estou descobrindo um novo lado meu que parece impossivel. Um lado que tem amigos, que é escutada e que possivelmente irá descobrir novos amores.
Mas eu não quero que esse ''novo lado'' flosreça porque sei que vou me magoar muito se seguir esse lado novo.
As pessoas costumam ver e julgar. Ver e julgar sem nem conhecer a historia do julgado. Mas é isso, nunca ninguém para pra pensar.
Se todos que se julgam os ''corretos'' parassem e pensassem se pelo menos uma única vez errou veria que estava completamente errado, porque ninguém é santo.
Se aquelas pessoas que julgam os outros parassem e pensassem no que aquele ''outro'' já viveu, já sofreu ou já viu, tenho a certeza que faria o julgamento certo.
Mas eu penso dessa forma porque eu já fui muito julgada. Mas também já julguei e confesso que me arrependo.
São poucos os momentos como esse que eu posso está sozinha sem ninguém falando coisas superficiais ou fazendo julgamentos toscos. E também são poucos os momentos em que eu posso pensar em quem sou eu de verdade. Se sou aquela garota problema que não tem medo de nada; ou se sou só mais uma garota com medo de enfrentar a vida.

Abano a cabeça e sinto alguma coisa cair na minha mão. Era só uma lágrima. Finalmente eu estava chorando. E dessa lágrima vieram muitas outras e eu parei de tocar.
Larguei a guitarra no banco e me sentei abraçada aos meus joelhos na grama.
Eu só queria ficar sozinha e poder chorar até as lágrimas secarem de dentro de mim.

(..)

Quando sai do jardim e decidi voltar para meu quarto no internato já era de noite e não tinha mais ninguém pelos corredores.
Só que com minha tremenda sorte acabei esbarrando em alguém no corredor. Decidi nem olhar para a cara da pessoa e continuei meu caminho só que a pessoa segurou meu braço.

_ Tudo bem com voce?_ quando olhei era Vicente que me olhava com a testa franzida.
Olhei para sua mão que segurava firmemente meu braço e ele me largou.

_ Eu estou ótima. Agora dá licença que eu quero ir dormir_ disse e virei as costas. Mas ele insistiu em me chamar. Ô garoto chato!

_ O que voce quer? Dá para dizer logo?_ murmuro irritada e vi o sorrisinho idiota de Vicente crescer.

_ Calma. Só queria dizer que amanhã é o dia de entregar a música para a professora._ ele respondeu e arqueou a sobrancelha esquerda me olhando debochado.

_ Legal._ respondi e ele desfez a cara de deboche.

_ Qual é Juli, voce sabe que tanto eu como voce precisamos dessa nota_ ele disse e eu ri fracamente.

_ Disso eu sei. Mas quem mandou voce não coperar comigo naquele dia. Agora goody night._ respondi e o deixei falando sozinho.

Fui direto para meu quarto e assim que entrei Bler e Laura ficaram me olhando. Pablo não estava no quarto, como sempe.

_ Não me perguntem nada. Minha cabeça tá explodindo_ disse e larguei minha guitarra no canto dela e me joguei na cama.
O sono veio logo e pronto, eu acabei dormindo.


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Notas finais do capítulo

Olá para você que chegou aqui! Espero que todas tenham gostado do capítulo e que deixem suas opiniões.
Mas vamos lá, o recado importante é que: Queria saber quem aí sabe e pode fazer o vídeo, na verdade o trailer da FIC para mim? Queria postar e divulgar no YouTube a história, mas infelizmente não sei fazer :( :(
Então, quem puder ajudar a autora aqui ( POR FAVOR) Ficarei eternamente agradecida!
Qualquer coisa me enviem uma mensagem se puder ok? Bjs a todas e espero vocês nos comentários!! XD



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