Guerra de travesseiros escrita por semideusabrazil


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem...



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Depois de uma piada sem graça, uma das mais de um milhão e meio que Leo conhecia, Jason bateu o travesseiro na cabeça dele. Leo demorou um pouco para perceber o que tinha acontecido, mas logo começou a dar risada, ele se levantou, pegou um travesseiro da cama do lado e começou a bater em Jason. Eles riam alto e Leo não se importava se alguém ouviria.

Os dois de olhos fechados tentando não ser acertados. Jason levava repetidas “travesseiradas” e conseguia sentir que Leo era melhor nisso, ele mal acertava o latino. Jason se cansou de apanhar, abriu os olhos, se livrou do próprio travesseiro e tirou o de Leo da mão dele, o travesseiro do moreno passou por cima da cama de caiu do outro lado. Leo se jogou na cama para pegar o travesseiro, Jason segurou os pés dele e o virou de barriga para cima, mas isso não foi o suficiente para fazer Leo parar, o moreno tentava se virar. Jason se jogou em cima dele.

Os dois estavam em cima da cama. Jason segurava as mãos de Leo e tinha o moreno entre suas pernas. Leo tentou se mexer, mas não conseguia, Jason era definitivamente mais forte que ele. A respiração dos dois era irregular. Os olhos azuis brilhantes exalavam eletricidade, como se desafiassem Leo a sair dali e talvez fosse isso mesmo que Jason estivesse esperando, mas Leo não tinha como saber então ele sorriu.

Sempre que Leo sorria Jason tinha vontade de beija-lo.

Leo era quente, Jason conseguia sentir o calor que emanava do corpo do moreno. Onde as peles se encontravam a sensação era estranha, um formigamento, como se eles estivessem prestes a se explodir. Mas Jason gostava da sensação, gostava até demais. Ele sempre fazia de tudo para prolongar esses toques, no começo ele não percebia que fazia aquilo, mas com o tempo passou a ficar viciado naquilo, sempre querendo mais.

Jason era elétrico, Leo conseguia sentir eletricidade percorrendo seu próprio corpo e sabia que era culpa de Jason de um jeito ou de outro. Jason poderia tanto estar lhe dando choques de proposito como Leo poderia estar assim pelo simples fato de ter Jason tão perto. O moreno olhou para a boca de Jason e imaginou se algum dia Jason tivesse filhos se eles tentariam comer um grampeador também. O TDAH de Leo entrou em ação: qual seria o gosto de um grampeador? Talvez alguma coisa metálica, como um prego ou qualquer coisa assim. Metais atraem raios, vai ver era por isso que Jason tinha comido o grampeador.

Qual seria o gosto da boca de Jason?

Os olhos azuis tinham acompanhado os castanhos no movimento e Jason sabia que Leo olhava sua boca. Ele também olhou para a boca do outro e o viu mordendo os lábios. Jason se perguntou no que Leo estaria pensando e quando os olhos se encontraram ele tentou procurar a resposta nos olhos castanhos.

A distância começou a diminuir.

Leo estava perdido nos olhos azuis e não percebeu o que estava acontecendo até sentir a respiração de Jason mais perto, mas ao contrário do esperado ele não empurrou Jason para longe, não virou o rosto, ele simplesmente olhou para o lado fugindo dos olhos azuis. Jason parou a poucos milímetros da boca de Leo, os narizes se encostando. Leo sentia seu coração batendo forte, ele estava ansioso e não entendia o porquê, Jason era seu amigo ele não podia querer ele mais perto, não podia querer beija-lo, toca-lo. Não podia, mas queria.

O loiro hesitou.

Um momento antes aquilo não parecia errado, não parecia estranho, mas quando Leo desviou o olhar ele sentiu que o moreno não queria aquilo. Seus olhos encontraram os de Jason de novo.

Você pode me parar se quiser.

Leo não sabia se aquilo tinha sido imaginação dele ou não, não tinha visto a boca de Jason se mexer. Mas ele não queria beijar Jason, não podia querer. Leo não se sentia atraído por Jason, não mesmo. Ele nem mesmo gostava de homens, nunca tinha pensado em ninguém desse jeito. Um nome cruzou sua mente.... Não, ele não contava, naquela época Leo estava sozinho e carente.

Jason abaixou um pouco mais. As respirações tinham se acalmado e ritmo delas era o mesmo agora. Leo fechou os olhos e Jason levou aquilo como um convite, fechou seus olhos também e finalmente os lábios se encontraram. A boca de Leo era tão quente quanto ele.

Uma batida na porta.

Os dois abriam os olhos assustados, a batida os trouxe de volta ao mundo real, onde os dois tinham namoradas, onde eles eram melhores amigos e nada mais que isso. Eles se afastaram, cada um em um canto da cama. O loiro olhava para a porta. Ele não podia mais esconder. Leo mexia com ele.

Leo pensou em Calypso, ela devia estar procurando por ele, ele deveria ir embora, deveria ir encontra-la, beija-la, para tirar de vez aquela história da cabeça, mas ele não conseguia se mexer.

Talvez quisesse ficar.

Deuses não, claro que não, ele amava Calypso. Ele tinha procurado Ogigia por dias, talvez semanas, ele tinha ido atrás dela, ele tinha voltado como prometera. Ele a amava.

Outra batida.

- Jason?

Era Piper. O loiro já tinha até se esquecido como mexer as pernas, mas precisava levantar, precisava conversar com ela. Ele se levantou e foi devagar até a porta, mas antes de abri-la ele se virou e viu Leo. Eles se encararam por alguns segundos, mas olhar nos olhos não era mais confortável, parecia errado de todos os jeitos possíveis. Leo desviou o olhar. Jason abriu apenas um pouco da porta e Piper estava lá linda, como sempre, mas...

- Oi, Jay. Eu te acordei?

- Oi, Pipes. Hm – ele trocou o peso de pé. – Hm-um, mas tudo bem. Aconteceu alguma coisa?

- Não, está tudo bem.

Ela parecia desconfortável, alguma coisa incomodava ela. E Jason sabia exatamente o que era. Ele levantou uma sobrancelha.

- Está tudo bem, Jason, eu só... A gente precisa conversar – Jason ficou a encarando, esperando que ela despejasse tudo de uma vez, mas ela tinha uma ideia diferente. - Eu... Eu posso entrar?

Agora ele estava desconfortável, como explicar que Leo estava ali dentro sozinho com ele? Jason olhou para sua cama, mas Leo já não estava mais lá e em nenhum lugar visível do chalé. A janela dos fundos estava aberta.


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Notas finais do capítulo

E ai? Mereço algum comentário? Acham que eu devia mudar alguma coisa?