Família de semideuses - Profecia incompleta escrita por JojoValdez


Capítulo 33
Missão completa


Notas iniciais do capítulo

Genteeeee, espero do fundo do core que vocês aprovem o ultimo capitulo, e eu peço que por favor deem nota para a fic. Comente o que acharam dela em geral. Isso me inspira a fazer a continuação o quanto antes. Bem, espero que gostem!



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Leo POV´s

Quando o deus saiu do mesmo portal que Calipso, fiquei imaginando como é que elas haviam saído de lá. Os horrores que devem ter visto... Os monstros... Não tive tempo de continuar meu raciocínio, pois percebi que era hora da luta. Eu continuaria sem entender como as quatro saíram se era necessário que uma ficasse...

– Ora, ora... – disse Tártaro – Vejamos... Oito crianças... Estou até com medo – riu ele – Quem quer morrer primeiro?

– O único a morrer aqui será você – disse Annabeth, furiosa, então desembainhou sua faca, pronta para atacar

Percy destampou contracorrente, Jason jogou a moeda para cima, e o titã... Pegou uma vassoura. Eu nem mesmo tinha percebido quem era até ver seu crachá escrito: Bob. Iriamos lutar, mas eu tinha a impressão de que seria inútil... Mesmo assim, me incendiei e corri até o deus. Festus e Héfia fariam o mesmo, e eu não podia impedi-los. Meu medo de que algo acontecesse com eles era enorme. A vida de todos estava em jogo, mas agora eu não ligava. Minha namorada estava ferida, tudo por culpa dele! Eu o ataquei com todo o fogo possível. Percy e Jason brandiam a espada. Por sermos em oito, tínhamos ao menos o tempo de respiras a cada golpe que levávamos. Annabeth e Piper atacavam com faca e adaga, e eram tão rápidas que eu até tinha dificuldade de vê-las claramente. Tártaro me acertou no rosto e cai. Ao abris os olhos, minha visão estava turva, mas logo melhorou. Depois de longos minutos de batalha, sabíamos que tudo aquilo estava sendo inútil, então, todos furiosos, sabíamos o que fazer. Piper e Annabeth se adiantaram, e como sempre, investiram num dialogo confuso.

– O que você quer de nós? – perguntou Annabeth

– É – concordou Piper – Não acho que sejam nossas vidas, pois se nos matar elas pertencerão a Hades, e iriamos para os campos elísios.

– Estaria nos mandando ao paraíso...

Elas não paravam, e nem mesmo lhe davam tempo para responder. Era um argumento atrás do outro. Hazel olhou para nós e assentiu, como se soubesse o que fazer. Com a névoa, tudo ficaria mais fácil. Percy, Jason e eu começamos o que fazíamos de melhor... Confusão! Com uma tempestade enorme feita por água, ventos muito fortes, e fogo por todo lado, parecíamos estar causando o fim do mundo. Frank passou por trás do deus e o jogou no chão. Ainda tonto, todos atacamos ele. Em um estrondoso ataque, todos voamos longe. Eu não fazia ideia do que havia acontecido, mas quando abri os olhos, o mesmo deus estava ali, porém muito maior.

– Acham mesmo que podem algo contra mim? – o deus não riu, pois estava furioso – Vocês sentirão a minha ira. Sofrerão para o resto de suas vidas. E lembrem-se, foram vocês quem pediram isso!

O céu escureceu, o ar ficou quente e acido, meu corpo se tornara muito mais pesado que o normal e isso me impedia de me mexer. Nada de fogo para mim, nada de névoa para Hazel, nada de magia para Calipso, nada de diálogos para Piper e Annabeth, nada de água para Percy, nada de vento para Jason, nada de força para Frank... Depois disso, não viveríamos mais. Simplesmente sobreviveríamos, mas não poderíamos chama-la de vida. Tudo estava acabado. Fechei meus olhos, e me preparei para o pior. Um estouro aconteceu, e então o deus urrou em fúria. Estranhei assim que não senti dor nenhuma. Meu corpo voltara ao peso normal e assim pude abrir os olhos e correr até Calipso, pois era a ultima coisa que eu desejava fazer... Mas então algo me chamou atenção. O mundo também estava voltando ao normal. O enorme deus estava caído, com icor por todo o lado, e uma vassoura cravada em suas costas.

– Você não pode machucar os amigos de Bob – disse o titã – Agora você sente o que Bob sentiu por não ver as estrelas! – ele mantinha uma expressão séria

– Ei Bob – disse Percy, abraçando-o – Olhe – ele apontou para a primeira estrela que brilhava no céu – Você pode vê-las novamente!

– Ei – disse Bob, feliz – Olá estrelinha! - no mesmo instante, Bob foi atingido

– Você não verás estrelas nunca mais seu titã inútil! – disse Tártaro, com suas ultimas forças – Seja lá para onde eu for, você virá comigo. A diferença é que terás uma morte lenta e dolorida.

O corpo do deus começou a desaparecer enquanto assistíamos horrorizados aquela cena. Seu icor levitava conforme desaparecia no ar, assim como o corpo. Depois de alguns segundos, atônitos, olhávamos uns para os outros, então Annabeth nos trouxe de volta a realidade quando gritava por Bob.

– Bob! Bob! Você esta bem? – todos corremos até ele e nos ajoelhamos ao seu redor

– Bob... Bob vai ficar bem. Bob vai com as estrelas agora! – disse o titã

– Bob, não! Você tem que ir para o Olímpo. Você merece uma vida de Olimpiano, pois é isso que você é! – dizia ela

– Bob, por que? – perguntou Percy

– Bob gosta dos amigos. Bob gosta de Percy, de Annabeth, das amigas de Annabeth, dos amigos do Percy... Bob gosta do Nico... Bob gosta das estrelas, e é para lá que o Bob vai agora. - um tigre passou por entre nós e se deitou encima de Bob – Percy, Bob só quer pedir uma coisa. Levem Bob Pequeno para um lugar seguro.

– Não se preocupe – disse ca – nós o levaremos!

Pude perceber lágrimas em seus olhos. Annabeth se abraçava em Bob, como se quisesse segura-lo a ela, para que nunca se fosse. Pude ver seus primeiros fios de cabelo começarem a evaporar, e assim lhe trazendo dor. Isso não impediu Annabeth de segura-lo ainda mais forte. Todos chorávamos, mas Percy e as garotas tinham lagrimas incontroláveis escorrendo pelo rosto. Bob devia ter feito muito por eles. Nos despedimos de Bob, e então tivemos que tirar Annabeth de perto dele. Percy a segurava pela sintura, mas ela esperneava e gritava por ele...

– Bob! Bob! – mas nada acontecia. Bob já havia partido rumo as estrelas...

– Parabéns crianças! - nos deparamos com Plutão – Hazel – ele cumprimentou com a cabeça – Sinto muito pelo titã.

– Sente muito? Você nem ao menos se deu o trabalho de procura-lo. Não deu falta do serviço de faxineiro dele? – disse Percy

– Jackson, eu ficaria calado se fosse você. Já tem problemas com diversos deuses, e acredito que não queira com o deus da... MORTE – sussurrou ele, com uma voz terrível – Vim buscar ela – apontou para Amber

– Você não pode traze-la de volta a vida? – perguntou Hazel, gentilmente

– Sinto muito, minha filha, mas Amber está morta, e deve caminhar comigo para o mundo inferior!

– Ela irá para os campos elísios, não é? – perguntou Percy, desta vez, calmo

– Veremos, Jackson. Veremos... Meus filhos tem minha autorização para lhes contar sobre o julgamento... - o deus fez a garota levitar, então se desfizeram em pó negro

– Ainda temos que fechar o... – dizia Jason - Gente, olhem só isso! – o portal inexistia. Onde uma vez estivera, havia parede

Jason POV´s

– C-como? – perguntou Piper

– O portal estava ligado a força vital do deus, lembra? – disse Annabeth

– Do que estão falando? – perguntou Percy

– Uma de vocês não precisaria ficar lá para sempre? – perguntou Leo

– É, teria, mas descobrimos a verdade... – disse Calipso

– E qual é? – perguntei

– Podemos conversar no Argo III? – pediu Annabeth

– Ah... Acho que temos mais um problema então, pois o Argo não está em condições de voar... – explicou Leo, lembrando a aterrisagem de emergência

– O que houve? – perguntou Hazel

– Nada que não possa ser resolvido pelo Leo aqui... Haha, vamos...

Chegando no Argo, ele parecia igual, porém, um bilhete estava colado em sua lateral, com uma digital de graxa nele. Provavelmente era obra de Hesfesto. O bilhete dizia que os deuses se orgulhavam de nosso feito, e Zeus concebeu a Hefesto uma visita ao Argo para ajuda-los. Leo subiu a bordo, e junto a Calipso conferiram a sala de maquinas. Depois de certificar que tudo estava perfeitamente bem, subimos a bordo. Annabeth subiu, e ao estender a mão a Percy, com um sorriso de alivio no rosto, os olhos do garoto se encheram de lágrimas... Piper me abraçou, e então percebi o quanto ela fazia falta. Abracei-a e assim ficamos por o máximo de tempo possível...

Annabeth POV´s

– Me perdoa? – perguntou Percy

– Por que? – fiquei confusa

– Lhe prometi que estaria com você no Tártaro, mas não estive... – lagrimas incontáveis escorriam pelo rosto dele

– Ei – falei, com o queixo tremulo – Você não pôde! Não se culpe...

– Mas...

– Tudo acabou! – falei, enquanto memorias vinham a mente, aumentando minhas lagrimas – O mais difícil, não sobreviver ao Tártaro sem você, mas sim ficar longe de você. Não saber nem se ao menos nos veríamos outra vez...

– Não fale isso – Percy me abraçou muito forte – Nunca deixarei que te tirem de mim!

Lagrimas incontáveis escorriam por ambos os rostos. Em meio a um abraço apertado, eu soluçava e ofegava. As memorias não iriam embora tão cedo. Eu queria esquece-las, mas sabia que teríamos que contar o que havia acontecido. Leo chamou, então soltei Percy, mas agarrei sua mão de tal forma que nem um tornado poderia nos separar!

Frank POV´s

Leo chamava para nos reunirmos, mas isso era o que menos importava. Eu chorava como uma menininha. Chorava muito mais que Hazel. Ela ainda não abrira a boca para contar sobre o que havia acontecido lá embaixo, mas também não a pressionei. Hazel ficou na ponta dos pés e jogou seus braços em torno do meu pescoço. Nossas roupas eram feitas em farrapos. Hazel mantinha um pé com bota, porém o outro só carregava uma meia suja. Seu jeans estava rasgado em diversas partes, nas quais algumas escorriam sangue. Seu braço direito tinha manga só até a metade, onde a blusa havia sido rasgada. Depois de alguns segundos, Leo chamou novamente, e fomos obrigados a separar nossos corpos, e só então percebi a enorme mancha de sangue na blusa dela.

– Ah, isso? Não foi nada... Eu acho. Teremos alguns... probleminhas... Venha, vamos até Leo – disse, enxugando as ultimas lagrimas

Piper POV´s

Chegamos na sala de reuniões, todos inquietos, olhando constantemente para as janelas para certificar de que tudo estava bem. Hazel e Frank foram os últimos a entrar. Annabeth e Percy voltaram a se abraçar, e assim ficavam sempre que possível. Não era de se esperar outra coisa, Percy sabe muito do que passamos... Leo começou a contar o que havia acontecido depois que fomos rumo as profundezas sem fim. Quando terminou a história, eu estava arrepiada, mas então Calipso começou a contar o que havia acontecido conosco, e fiquei ainda mais nervosa, pois em momento algum eu havia percebido o quão ruim era. Agora eu chorava como uma criancinha. Enquanto estávamos lá, tínhamos de nos manter fortes, prontas para qualquer tipo de ataque, a espreita de tudo, portanto não podíamos nos dar o luxo de chorar, ter medo, ou mesmo perceber a situação que enfrentávamos. Agora, com Jason por perto, sabendo que tudo havia acabado, era muito mais difícil me manter forte lembrando dos feitos. Contei um pouco, Annabeth também, e então contamos sobre os novos poderes de Calipso e Hazel. Ao citar o nome de Bob, Bob Pequeno se enriçou e levantou as orelhas. Annabeth andou delicadamente até ele e disse...

– Ei, prometo que te levaremos a um lugar seguro. Bob não estará la, mas você receberá muito carinho – afirmou ela, enquanto de tigre, voltava a ser um gatinho

– Ei, esperem! – disse Leo – Sei que temos que voltar para casa, mas estamos em divida com os atenienses, esqueceram? – ele abriu um sorriso de canto, lembrando-nos do show de mágica

– Leo, temos que voltar... – insistiu Calipso

– Eu concordo com Leo! – disse Percy – Passamos por muitos horrores. Acho que fazer esse show será a melhor forma de descontrair um pouco.

– Ca e eu vamos trabalhar um pouco – disse ele – Nos levem até o local em que estávamos parados... – Calipso e ele sumiram rumo a cabine dele. Algo novo e chamativo estava por vir

Annabeth e Percy foram cuidar do navio, enquanto Jason e eu seguíamos até minha cabine para tomar um banho e limpar os ferimentos. Roupa limpa, novinha, cheirosa... Hum, era tudo que precisávamos! Depois de um banho quente, minha fome havia aumentado. Hazel e Frank já estavam limpos e cuidando no Argo, enquanto Annabeth e Percy iam se arrumar. Fui até a cozinha e peguei alguns bolinhos. Peguei alguns extras para Hazel e Frank, que não podiam sair do convés principal. Comemos, rimos um pouco, nos abraçamos, e finalmente rimos de novo. Rir... Era uma coisa simplesmente maravilhosa... Fazia tanto tempo que não riamos...

Percy POV´s

Annie e eu nunca havíamos tomado banho juntos, a não ser as vezes em que usávamos roupa intima. Desta vez, annie simplesmente não descolava de mim, e eu dela. Ficar longe dela novamente foi o pior que poderia acontecer. Sujos como estávamos, entramos no banho com roupa e tudo. Os ferimentos ardiam por conta da água, mas só nela, pois em mim eles se curavam. Finalmente eu a beijei. Era nosso primeiro beijo de verdade depois que ela havia saído do portal. Eu a abracei, e fui descendo minhas mãos por seus braços, até darmos a mão. Subtamente, annie irrompeu o beijo e olhou para o braço.

– Como fez isso?

– Isso o que? – perguntei confuso

– Tinha um ferimento aqui e...

– Talvez tenha feito isso com a água – dei de ombros

– Percy, você já fez isso outras vezes?

– Não sei. Acho que nunca com os outros.

– Você também tem novos poderes!

– Mas o que mais me importa é você! – falei, então ela voltou me beijar

Passei minha mão por todos os ferimentos que eu me recordava que existiam. Devagar ela tirou a blusa, assim como eu fiz, e inúmeros mais ferimentos apareceram. Fui curando um a um, até não existir mais nenhum sequer. Ter o corpo dela no meu era maravilhoso. Depois de mais alguns beijos, saímos do banho. Não precisamos de curativos, pois não haviam mais ferimentos. Nos vestimos, e ao abrir a porta, já estávamos de mãos dadas novamente.

Hazel POV´s

Era noite quando finalmente chegamos ao destino desejado. Não haveria um show neste horário, portando, dormiríamos. Não houve vigia, pois todos precisávamos de um bom descanso. Não trocávamos muitas palavras. De pijama, fui até a cozinha, peguei um prato magico, e desejei uma lasanha. Eu podia estar com muito sono mesmo, mas a fome era maior. Frank pediu um pedaço de carne com arroz. Comemos e em seguida estávamos deitados na minha cabine. Leo e Calipso nem mesmo apareceram para jantar. Piper e Jason foram quando saímos. Annabeth e Percy foram dormir pouco depois de irmos jantar. No fim, não conversamos, não jantamos juntos, não fizemos vigia... Simplesmente dormimos.

Quando acordamos, passava das onze e meia da manhã. Diferente do jantar, acordamos todos meio que juntos, e assim comemos e conversamos. Por mais estranho que fosse, ninguém havia tido pesadelos, porém nem sonhos bons. Simplesmente não lembrávamos de nada. Leo veio orgulhoso mostrar a enorme placa que indicava que hoje haveria um show. Ela brilhava, piscava, e era bem chamativa. Ao lado de fora do Argo III, Leo colocou uma maquina para contribuições.

– Venham temos que vender uma foto – disse ele

– O que?

– Vamos bater uma foto. Incluindo Festus, Héfia e Bob Pequeno.

Nos juntamos, e o flash acendeu. A foto havia ficado linda. Todos usávamos as roupas para o show, o que não era nada extravagante. Vestíamos camisetas do Acampamento Meio-Sangue, por mais que não fossemos de lá, e calças jeans. Leo colocou a foto na maquina e pediu dólares. Piper lhe deu um pouco do que havia em sua cabine. Leo apertou o botão de sua maquina, depositou a contribuição e na saída da maquina uma foto apareceu. Nossa foto.

– O que acharam? – perguntou orgulhoso, ciente das respostas positivas

– Assim podemos arrecadar dinheiro para o Acampamento, e quando entrarmos em uma nova missão teremos dólares. – falou Piper

– Bem, na verdade são euros – disse annie

– A maquina aceita qualquer tipo de moeda – disse Leo – Até mesmo dracmas e denários.

– Isso é fantástico! - falei

Começamos a brincar com nossos poderes. Eu tinha que fazer algo que impressionasse o publico. Leo brincaria com fogo, Percy com água, Jason com vento... Eu não podia brincar com a morte! O publico começou a lotar a frente do navio, e a maioria das pessoas comprava uma foto conforme assistia o show. Os garotos foram ao meio do convés principal, e começaram um espetáculo. Nós riamos sentadas, enquanto assistíamos maravilhadas as reações do publico. Desci do navio e chamei um pequeno garoto que me chamou a atenção. Ele olhou para sua mãe, gravida, e depois que ela assentiu receosa ele veio até mim. Vestia roupas sujas e velhas, cabelo desgrenhado, porém um brilho familiar nos olhos. Pedi que sentasse. Mesmo falando em inglês, o garotinho compreendeu. Sentei na frente dele e coloquei minha mão sobre a do garoto. Encostei-as no chão e fechei os olhos. Depois de alguns poucos segundos, abri meus olhos e sorri para o garotinho. Ele abriu a mão, e viu a brilhante esmeralda chamando atenção do publico. A mãe do garoto ficou tão chocada que começou a chorar. Suas lagrimas limpavam o rosto sujo. Era evidente que a mãe do garoto não tinha como alimentar bem seu filho nem a si mesma. Eu não via nenhum sujeito para ser o pai das crianças. O garoto me olhou e falou alguma palavra em grego. Não foi necessária sequer uma tradução, pois seu olhar demonstrava o agradecimento. Ele me abraçou, e fiz o mesmo. Sua mãe veio até mim e fez uma saudação. O povo aplaudia sem parar. Algo naqueles olhos castanhos me incomodava. O garoto devia ter no máximo seis anos. Não havia modo de eu conhece-lo, pois era grego, mas seu olhar era absurdamente familiar. Lhe dei um ultimo abraço e fechei sua mão ao redor da esmeralda. O garoto voltou até sua mãe, que chorava em alegria pela melhora que a vida teria. Sorri e voltei ao Argo III. Depois de mais algumas atrações, encerramos o show. Procurei o garoto, mas ele já não estava mais lá. O navio seguiu pelo mar até nos afastarmos da costa, então decolamos. Percy e Jason fizeram algo novo. Percy ergueu uma enorme onda, que se movia a quinhentos quilometros por hora, e Jason vinha com o vento, acelerando ainda mais o processo. Para completar, mantínhamos o turbo do Argo III ligado. Fiquei receosa de que entendessem a onda como um tsunami, então Percy concordou e baixou a onda, agora medindo um pouco menos de um metro de altura. Chegaríamos em Nova York em dois dias e meio... Os que não tinham novos poderes, tinham fortalecido os antigos. Percy e Jason conseguiam controlar seus elementos muito mais ágil que antes.

Annabeth POV´s

*DOIS DIAS E TREZE HORAS DEPOIS*

Chegamos no Acampamento Meio-Sangue. Era pouco depois das duas da manhã, portanto todos estavam dormindo. Percy e eu saímos correndo e rolamos na grama de casa. Rimos um pouco alto, até que a porta do chalé de Ares se abriu.

– Annabeth? Percy? – perguntou Clarisse

– Clarisse – corri até ela

– Quíron sabe que estão aqui?

– Não, haha, acabamos de chegar! Nossa missão teve sucesso... apesar de difícil!

Logo as harpias da limpeza estariam ali, portanto achamos melhor ir para os devidos chalés. Bem... Eu não queria acordar meus irmãos, então dormi no chalé de Poseidon... Ao abrir a porta, Tyson correu para nos abraçar...

– Percy! Annabeth! – o grandão estava ainda maior – Vocês voltaram!

– É bom te ver também grandão! – o enorme olho de Tyson piscava alegremente

– Vocês já deram oi para todos? – perguntou o ciclope

– Não, faremos isso esta manhã. Estão dormindo – disse Percy

– Ei, posso passar essa noite aqui? – perguntei ao ciclope – Não quero sair de perto do seu irmão por um bom tempo...

– Eba! Tyson tem bastante companhia!

Deitamos na cama, conversamos, e então comecei a ouvir os roncos do ciclope. Seria um problema se eu não estivesse tão cansada e preocupada. Fechei os olhos, entre os braços de Percy, e adormeci.

– Ei, irmão, Quíron está aqui – acordamos com Tyson chamando

– Ah, peça um minuto. – disse Percy – Annie, se arrume

– Cabeça de Alga, eu tenho que sair daqui antes que Quíron descubra que violamos a regra novamente!

– Tudo bem se ele souber, pois nada vai mudar! Eu não quero ficar longe de você. Eu te amo Annanbeth Chase!

– Eu te amo mais Percy Jackson! - juntos, abrimos a porta

– Annabeth! Percy! – Quíron nos abraçou – Temia que a missão fracassasse, mas vejo que não!

– Quíron – choraminguei – Senti tanto a sua falta... – o conforto de seus braços era tudo que eu precisava de vez em quando

– Haha, vejo que tudo está bem. Mas temos um problema crianças. Eu lhes dei uma ultima chance quando violaram as regras, o que farei agora?

– Quíron, por favor, Annabeth caiu no Tártaro novamente, porém fui detido, e não pude ir com junto. Ela passou momentos terríveis la embaixo, e não quero sair de perto dela nunca mais. Temia que a tivesse perdido para sempre, pois era isso que a profecia dissera.

– Meu jovem, seus amigos já me contaram tudo. Sei tudo que aconteceu, porém quero lembra-los de que o Acampamento Meio-Sangue é um lugar seguro para semideuses, e aqui nada pode separa-los, nem mesmo eu! – ele deu um breve sorriso – Porém estão proibidos de dormir juntos!

Nós rimos e o abraçamos. Quíron e Percy eram minha família. Não havia nada que me deixasse mais feliz do que estar com eles. Saimos do chalé e recebemos as boas vindas dos demais campistas. Esta noite haveria captura a bandeira, após um jantar para comemorar a vitória na missão. Tomamos café da manha, porém, os curiosos violaram a regra da mesa do devido chalé, e se sentaram conosco. No fim do café, fomos carregados até um lugar novo. Pelo jeito o acampamento havia feito reformas... A área de Afrodite! Era um alto templo de mármore branco, rodeado por flores e ninhos de pombas, com enormes colunas. No centro do templo, uma clareira se acendia, esquentando o ambiente, porém não fazia frio hoje. Alguns balanços para dois pendiam do teto. Ao fundo, uma enorme estátua de Afrodite, dentro da concha de onde nascera, a qual estava cheia de flores. Ficamos lá, olhando o dia agradável, até que Rachel chegou. Ela mal deu oi quando anunciou...

– “De cada deus grande

Uma prole se ressentirá

De um desejo de semideuses

Uma nova batalha se iniciará

A União vai surgir de repente

E por dor irá se unir

Ao fim da grande luta

Pela mão do irmão um vai cair”

Percy POV´s

Depois de receber a nova profecia, tudo que eu conseguia era ficar furioso. Não podíamos ter um dia de paz se quer! Annie estava inquieta, porém tentava me acalmar. Eu não tinha cabeça para muita coisa, então pedi a Quíron para ir até o apartamento da minha mãe. Annie me acompanhou. Argos nos levaria até o mais perto que pudesse, depois seria por nossa conta. Assim que descemos do carro, annie e eu prosseguimos abraçados e rindo, apesar da preocupação com a profecia. O celular de Annabeth tocou, e tivemos que atender. Ela botou no viva-voz...

– Annie, vocês tem que voltar, o acampamento está sendo atacado – era possível ouvir o som de bombas e os inúmeros gritos, inclusive os de Piper – Precisamos de aju... – gritos e explosões cortaram a chamada

Annabeth e eu nos entre olhamos e corremos de volta. Não chegamos andar uma quadra quando fomos encurralados por três carros pretos. Em segundos, éramos jogados dentro dos carros, que em seguida foram acelerados. Tentei levantar, mas sabia que avia sido dopado, então dormi!


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Notas finais do capítulo

Sem duvidas foi um capitulo longo, kkkkkkkk, mas vlw aos que leram, aos que favoritaram, aos que recomendaram e aos que comentaram. Vou postar aqui quando eu iniciar a continuação. Sem muita previsão de quando, porém esse ano kkkkk

Por favor, comentem a nota que a fic merece
É minha primeira fic, e eu gostaria de saber como foi... Beijos, e obg!!!



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