- Você só pode ter enlouquecido! – disse enquanto entravam na sala dela – Enlouqueceu de vez? Nós não vamos nos casar! – disse ainda incrédulo.

Ela o fitou impaciente, precisava daquele emprego, não podia ceder o cargo para Rock Lee, não queria se casar com Neji, mais não queria perder tudo, era um preço caro a ser pago.

- Vamos deixar as coisas bem claras Neji. – disse secamente sentando na grande cadeira de couro – Se eu for deportada... Você será demitido, ou você acha que Rock Lee vai o deixar aqui? – perguntou ironicamente – Vamos nos casar, é provisório não se preocupe, quando eu ganhar minha cidadania nos separamos e não se fala mais disso – completou seriamente.

- Eu só posso estar tendo um pesadelo! – disse colocando as mãos na cabeça – Isso é loucura, se descobrirem estamos fritos! Você vai ser deportada e eu preso! Eu tenho coisas a fazer – confessou desesperado – Eu quero publicar meu livro. Se você me ajudar, caso com você – disse calmamente.

- Como é que é? – perguntou incrédula – Eu não tenho tempo para isso! – disse nervosa – Precisamos ir acertar os papeis, eles provavelmente vão nos interrogar, seja natural e finja que somos o casal mais feliz do mundo – disse dando um sorriso assustador.

- Como se isso fosse possível! – respondeu irônico. Ao chegar à imigração a morena parecia agitada, estava tudo nas mãos de Neji, se ele não fosse convincente ia tudo pelos ares, e tudo que ela não queria era perder seu emprego para Rock Lee.

Como ela desprezava aquele homem! Os dois se sentaram a frente do funcionário de imigração que observava os dois atentamente, cada movimento que eles faziam. Tenten molhou a garganta e olhou para Neji que tremia com os olhos penetrantes do funcionário.

- É... Podemos ir rápido? Temos que voltar ao trabalho – falou Tenten mirando Neji nervosa. Tudo que ela não queria era ver tudo indo a baixo bem agora.

- Senhorita Mitsashi, o que te faz querer casar com o senhor Hyuuga? – perguntou com desprezo enquanto fitava os dois atentamente.

- Ora! Como o que? Eu o amo! – mentiu se fingindo de ofendida.

- Senhor Hyuuga, o senhor sabe que se isso tudo for uma armação para que a Senhorita Mitsashi não seja deportada o Senhor irá preso não sabe? – perguntou olhando o moreno sério.

- Sim... Nós não estamos mentindo, nos amamos e vamos nos casar, algum problema com isso? – desafiou um pouco receoso.

- Nenhum... Apenas saiba, vamos fazer uma entrevista, caso vocês errem algo muito importante sobre os dois eu irei investigar, tomem cuidado. Eu estou de olho em vocês. – completou secamente.

Os dois saíram do escritório logo em seguida, a morena olhava a agenda no celular enquanto Neji estava perdido nos seus pensamentos.

- Neji, preciso de você no sábado, tenho que terminar de fazer uns relatórios – disse sem o fitar.

- Sábado? Impossível, estou indo para Konoha, é aniversario da minha prima – disse simplesmente ignorando o comportamento explosivo da morena.

- Como assim Neji? Não posso terminar esses relatórios sem você! – disse nervosa. - Se precisa mesmo de mim... Então vai ter que vim comigo até Konoha, por que esse ano eu não vou faltar ao aniversario da minha prima por causa de trabalho – completou dando um leve sorriso sarcástico.

- Você realmente perdeu a noção do perigo! Eu não tenho tempo para ficar gastando em festinhas familiares!

- A é? Nesse caso acho que você vai ter que voltar para o Canadá, irônico não? Você é minha chefe e está em minhas mãos! – completou vitorioso.

- Ah! Só pode ser brincadeira! – disse entrando no Taxi que o moreno havia conseguido chamar.

Por minutos ele ficou apreensivo, nunca havia enfrentado ela daquele jeito, realmente devia ter perdido a cabeça, mais depois de pensar ele tirou uma conclusão, ele não tinha nada a perder enfrentando-a, ela estava nas mãos dele, só dependia dele para ela ficar, mais por outro lado, só dependia dela para ele ter o emprego. Como ter certeza se esta fazendo o certo? Não da pra ter certeza, ele apenas arriscou e confiou na sorte.

- Droga! Vai me pagar caro Hyuuga! – resmungou guardando o celular – Tudo bem, eu irei. Alivio, foi àquela sensação que invadiu o moreno ao ouvir ela pronunciar aquelas palavras, sua intuição estava certa, ainda bem.

- Tem um pequeno problema... – ele a viu o encarar com uma expressão de dúvida – Minha família... Vamos ter que fingir para eles – completou sério.

- Como assim?! – perguntou o fitando espantada.

- Fingir Tenten, Teatro, encenação, sabe? – falou sarcástico – Aquele funcionário ira ficar de olho em nós, tenho quase certeza que vai mandar alguém nos seguir, vamos precisar fingir – disse fazendo uma pausa enquanto ajeitava os longos cabelos sedosos – Não se preocupe, é só por um final de semana.

- Que seja... Mais vamos deixar bem claro, eu só estou fazendo isso pela minha pele! – resmungou mal humorada.

- Como queira, “querida” – disse dando ênfase na palavra querida. Como ele a odiava! Ter que fingir mesmo que apenas por um final de semana que a amava seria o maior desafio que já enfrentou em toda a vida.

Ela também pensava da mesma forma, desprezava Neji, ele era apenas mais um de seus funcionários, e ela o trataria da mesma forma que trata todos, mas aquele final de semana, mesmo que apenas por algum tempo, apenas para os familiares dele, ter que fingir que o ama perdidamente? Isso seria tortura.

- Eu tenho algumas milhas áreas, acho que da pra pagar a primeira classe pra nós. – disse discando algum numero no celular.

- Já que vamos mesmo encarar essa loucura vamos precisar aprender tudo um sobre o outro, na segunda temos uma entrevista com a imigração e não podemos falhar – disse um pouco nervoso – Para mim não vai ser nada difícil, sei tudo sobre você, já pra você... - Eu me viro, não se preocupe comigo – disse já impaciente.

Ele revirou os olhos, aquele seria um longo final de semana...

Continua...