Caminhando em Gelo Fino escrita por Ditto
Notas iniciais do capítulo
gente, desculpa a demora, comecei a trabalhar, voltou a faculdade, a vida é uma treta e pans kskjghsjlkfghs perdão.
Naruto acordou no domingo decidido a conversar com Sai e resolver as coisas definitivamente com ele. Em primeiro lugar, ele era seu amigo e havia se tornado uma pessoa muito importante em sua vida, mas os conflitos que só vinham crescendo desde que se conheceram e pareciam estar lutando para afastá-los, finalmente começavam a ter sucesso, e aquilo o chateava imensamente.
Não era surpresa alguma que o encontrasse na biblioteca, como de costume, ficou fascinado, no entanto, de finalmente vê-lo com um grosso caderno de desenhos em mãos. Não se aproximou imediatamente, manteve-se o observando de uma distância por um momento, assistindo enquanto o garoto concentrava-se no desenho que fazia. Podia ver, ainda que fosse discreto e silencioso, o prazer que ele tinha ao percorrer a folha em branco com seu lápis, Naruto ficou encantado em conhecer esse lado, não era apenas um jovem sério, estudioso e inabalável, mas também um garoto sensível e tangível.
–Oi – anunciou-se baixinho ao puxar uma cadeira e sentar-se em frente ao outro. Sai ergueu os olhos do papel e pareceu hesitar um instante, encarando-o estático.
–Oi – respondeu fechando o caderno rapidamente.
–Você nunca me disse que gostava de desenhar – disse simpaticamente.
–Você nunca perguntou – ele cruzou os braços sobre o caderno e adotando sua inexpressividade costumeira.
–Até aí, você nunca me pergunta nada, também, ou eu simplesmente te conto, porque você é meu amigo, ou você vai atrás sozinho e esfrega na minha cara depois. Não que eu esteja reclamando, assim... só tô dizendo.
–Não tenho o costume de falar sobre mim. E então, o que você quer?
Sua voz não soava irritada e sua expressão não demonstrava nada além de serenidade, ainda assim, Naruto teve certeza de que estava furioso.
–Ainda tá bravo comigo? - perguntou fazendo sua melhor cara de coitadinho.
Sai revirou os olhos, voltando-os a outra direção, e respirou fundo.
–To frustrado. Não é tão com você, é só que... Bom, é com você também.
–A gente pode só fingir que nada aconteceu e continuar sendo amigos? Eu não quero perder sua amizade.
–Não sei se consigo.
–Ah, qual é? Você é tipo profissional nisso!
Sai lhe lançou um olhar cortante.
–Quando eu quero.
Naruto encolheu os ombros.
–Você não quer mais ser meu amigo, então?
–Quero.
–Então qual é o problema?
–Não sei – suspirou o garoto pensativo – Eu estou confuso.
Naruto deu uma risada contida, fazendo o outro franzir o cenho. Ele mordeu os lábios para conter a voz e sorriu complacente para Sai.
–Bem vindo ao clube.
Com isso, ele arrancou do garoto um sorriso vencido e pôs um fim no desacordo. Sai descruzou os braços de cima do caderno e recostou-se na cadeira, descontraindo-se, ainda que mantivesse um certo ar de melancolia.
–Posso ver? - pediu Naruto indicando o caderno com a cabeça, Sai o mirou de canto de olho, relutante – A Sakura disse que você desenha bem! Por que ela pode ver e eu não?
–Ok, vá em frente – ele cedeu deslizando o caderno para o loiro.
Sai era realmente talentoso, seus desenhos eram todos impecáveis. A maior parte eram esboços de animais ou paisagens, no início, entretanto, havia alguns retratos de um rapaz que parecia ter aproximadamente sua idade, sempre distraído ou em alguma atividade solitária, o que deu à Naruto a ideia de que, quem quer que fosse, não tinha conhecimento de que estava sendo retratado. Ele logo desapareceu das gravuras, dando lugar a esboços e cenas rabiscadas. A caderneta estava quase completamente usada, mas somente nas últimas folhas desenhadas é que outros retratos surgiram. Naruto sentiu o rosto ruborizar ao reconhecer a própria imagem em três ou quatro páginas entre os esboços genéricos e paisagens que compunham a maior parte do conteúdo. Eram gravuras caprichadas, de traços leves, o esmero com os detalhes e a precisão não deixava espaço para dúvidas de que era ele o objeto de inspiração. Teve a impressão de ver pelo canto do olho Sai afundar-se na cadeira quando chegou nesta parte do caderno.
–São... Ahn...
–Eu fiz de memória – explicou o garoto com a voz calma, apesar de ter os olhos fixos no próprio colo e um leve colorido manifestar-se em sua face normalmente pálida – Eu gosto de observar bem e decorar os traços pra poder reproduzir depois.
–Ah. Você é muito bom – murmurou Naruto fechando o caderno constrangido ao alcançar o último desenho, ainda incompleto – Muito mesmo.
–Obrigado.
–... Ahn... O cara nas primeiras páginas...
–Nós namoramos por um tempo. Ele mudou de cidade, aí a gente parou de se falar.
–Saquei – Naruto tamborilou os dedos sobre a mesa e se levantou, ainda um tanto encabulado – Bom, vou te deixar terminar seus desenhos, então... Te vejo mais tarde.
–Ok – Sai endireitou-se na cadeira e puxou o caderno de volta para si, mas não o abriu.
–Me desenha um pouco mais forte – brincou antes de sair – eu dei uma emagrecida esse ano, finge que eu sou mais másculo aí.
Sai lançou-lhe um gélido olhar de censura, mas suas bochechas enrubesceram ainda mais. Naruto mordeu um sorriso divertido que ameaçou zombar do acanhamento do garoto e deixou a biblioteca. Um tanto lisonjeado, um tanto embaraçado, mas acima de tudo, sentindo um imenso alívio dentro do peito por saber que sua amizade mantinha-se intacta.
As coisas finalmente estavam se encaixando. Naruto estava bem com Sai (apesar do discreto e inevitável desconforto que era agir como se não soubesse dos sentimentos do amigo em certos momentos) e isso por si só já era o bastante para que se sentisse muito mais estável. Dormir foi, aos poucos, se tornando uma tarefa fácil, sonhos importunos ainda o incomodavam vez ou outra, mas não voltaram a ser tão intensos quanto o da noite de sábado, para seu contentamento.
Sasuke era uma questão a parte. Ter tomado consciência de seus sentimentos por ele só apenas fez aumentar as borboletas a cada vez que falava com o garoto. Nas duas semanas que se seguiram, Sasuke não faltou nenhuma vez sequer e recebeu um ou dois elogios dos professores por, aparentemente, ter demonstrado algum interesse nas aulas. Naruto não tinha ideia do que pensar a respeito da mudança, mas andavam conversando bastante naquele tempo e, de forma geral, não havia nada de diferente na forma como ele o tratava. Aquilo o chateava um pouco, não sabia ao certo o que devia fazer ou como devia agir. Nunca havia flertado com ninguém antes – pelo menos não seriamente, uma ou outra piadinha com Sakura, talvez – e sentia-se um tanto idiota de imaginar como deveria fazê-lo. Se é que deveria, pois Sasuke não deixava claro o que queria com ele, apesar de quase tê-lo beijado, e vinha agindo distante desde então. Isso sem contar que Sakura desconhecia a situação e continuava se esforçando para conseguir a atenção do garoto, Naruto não tinha coragem de disputá-lo com a melhor amiga pelas costas e muito menos de contar a ela o que realmente se passava.
Além de todo o conflito que sentia num âmbito próximo, havia ainda uma esfera maior. Mesmo que, por milagre, Sasuke decidisse retribuir seus sentimentos, o que faria então? Namoraria com ele em segredo ou algo do tipo? Sentia-se como um inseto voando em direção à luz, desejava desesperadamente estar com o garoto a todo instante, mas aquilo certamente seria sua ruína. Mas não podia fazer muito a respeito, apesar das rotineiras pequenas discussões – que ele, não tão no fundo, apreciava e divertia-se – os dois estavam se dando muito bem. Sentia-se feliz ao lado de Sasuke, conversavam sobre quase tudo e o tempo que passavam juntos tomou regularidade. Sendo assim, não queria afastar-se dele e, os dois estando tão colados, era impossível frear a paixonite que só fazia se consolidar mais e mais a cada dia.
No fim de tarde, Naruto havia se aborrecido sozinho e ido à biblioteca para fazer companhia a Sai, até que este desistiu de fazer qualquer coisa produtiva com o loiro entediado o importunando. Os dois saíram andando pelo terreno da escola e sentaram-se na grama. Conversavam por um bom tempo quando avistaram Sakura passeando com Sasuke. Eles também os viram, a garota se despediu do rapaz, que acenou-lhes de longe, e foi até os dois sorridente.
–Vocês têm andado bastante juntos, né – comentou Naruto, sem muito êxito em disfarçar o descontentamento na voz.
–É verdade, eu to tão feliz! - respondeu-lhe a amiga com um sorriso radiante – Não sei o que acontece, mas é ele que tem vindo atrás de mim!
–Você tem passado mais tempo com ele do que conosco – disse Sai – Parece que ele tá fazendo de propósito.
Ela riu, mas o loiro lançou ao outro um rápido olhar de aviso pela (bem-sucedida) tentativa de provocar-lhe ciúmes.
–E aquilo que você tinha dito – lembrou Naruto – que ele mal olhava pra você quando tavam conversando? Que ele devia estar saindo com alguém fora da escola?
–Não sei, ainda sinto um pouco disso às vezes – confessou-lhe a garota com incerteza – mas ele tá falando comigo porque quer, não é mesmo? E ele não tem mais saído, também, quem sabe ele esteja na dúvida e tenha brigado com a outra, por isso que tá falando mais comigo... Talvez esse lance de não olhar pra mim enquanto fala seja porque ele é tímido e não sabe lidar com esse tipo de sentimento.
Naruto irritou-se imensamente com as conclusões da amiga, não tinha certeza se porque as considerava absurdas ou por puro ciúmes da ideia de que o conforto que Sasuke tinha ao falar com ele era descaso e o suposto desdém com Sakura fosse fruto de um acanhamento que ele não era suficientemente digno de provocar. Ocorreu-lhe a súbita teoria de que Sasuke poderia ter aproximado-se dele novamente apenas como pretexto para chegar à Sakura, da mesma forma que a garota havia feito no passado. A ideia de servir como ponte para seus objetos de afeição unirem-se romanticamente e abandonarem-no sem nem um nem outro o fez sentir ao mesmo tempo revoltado e desolado.
No dia seguinte, ainda atiçado pelo ciúmes, decidiu tentar arrancar de Sasuke alguma informação sobre o que realmente queria. Logo que as aulas terminaram, foi atrás do garoto. Depois que Suigetsu começara a namorar, ele vinha passando a maior parte do tempo perambulando sozinho pelos cantos, isso quando não estava com Sakura ou Naruto.
–Ei – cumprimentou-o com um sorriso, evitando ao máximo transparecer a ansiedade.
–E aí? - respondeu o outro com pouco entusiasmo – Quase não te vejo mais estudando depois da aula, desistiu daquela história de se empenhar pelo vestibular?
–Não, é que é muito cansativo estudar todo dia, não consigo manter isso – ele revirou os olhos, na verdade sua delicada e confusa relação com Sai também tinha grande peso na decisão – Daí já que eu melhorei bastante, eu combinei com Sai de ir segunda, quarta e sexta, pra não sobrecarregar muito.
–Então hoje você não vai nem olhar pro material?
–Basicamente.
–Hoje teve lição de matemática pra amanhã.
Naruto fez uma careta e soltou uma exclamação de frustração. Sasuke riu.
–Você não entende de matemática, né? Eu combinei de fazer o trabalho de inglês com o Suigetsu agora a tarde, mas você podia passar no meu quarto depois do jantar, tipo umas oito horas, e a gente faz juntos.
Ele deu um meio sorriso combinado com o mesmo olhar que tinha da última vez que Naruto estivera em seu quarto, à pouco de tocar-lhe os lábios. O loiro não pôde evitar sentir uma revoada de borboletas no estômago e apenas acenou com a cabeça, concordando imediatamente com a proposta sem pensar duas vezes. Sai não ficou muito contente com a notícia.
–Por que você não simplesmente veio pra cá e pediu ajuda pra mim? Não é só porque hoje é terça que a gente não pode em absoluto fazer uma liçãozinha, eu ainda nem cheguei em matemática – reclamou com frieza, Naruto torceu a boca concluindo o mesmo.
–É verdade... Ah, agora já combinei com ele...
–Bom, era o que você queria, não? Sorte a sua – ele implicou bastante cinismo na voz, o que chateou bastante o outro garoto. Sai não vinha o ajudando muito a sentir-se menos culpado pelos próprios sentimentos, ao contrário, sempre que Sai fazia algum comentário dessa natureza, fazia-o sentir-se um tanto cruel.
–Não precisa falar assim comigo – disse amuado – Ah, vou dar uma volta, só to te atrapalhando aqui.
Naruto levantou-se e deixou a biblioteca desanimado. Não deveria ter ido falar com Sai, muito menos comentado sobre o outro. Sai era a única pessoa com quem tinha a liberdade de falar sobre qualquer coisa, podia desabafar seus sentimentos abertamente com ele sem se preocupar, pois o garoto não somente compreendia-os como já era familiar com cada um de seus pensamentos e aflições. Gostaria, no entanto, que ele não reagisse de forma tão hostil justamente com o tópico que mais o perturbava.
Passou o restante da tarde com Sakura, a amiga dela, Ino, juntou-se a eles mais tarde e, no jantar, Shikamaru e Chouji também sentaram-se com o grupo. Foi uma ótima distração, os amigos o ajudaram a tirar as moléstias temporariamente de seus pensamentos. Depois do jantar, no entanto, os colegas se dispersaram e ele sentiu a ansiedade automaticamente chegar ao seu estômago. Passou de seu quarto para buscar o material necessário e, por alguma razão, repleto de nervosismo, seguiu para o quarto de Sasuke para fazer os exercícios de matemática como combinado.
–Eu tenho refrigerante aqui, quer? – ofereceu-lhe o garoto enquanto acomodava-se no chão do quarto e abria sua apostila na página marcada.
–É coca ou guaraná? - Sasuke abria o armário e apanhava um par de copos de vidro numa caixa em cima da geladeira. Naruto admirou-se com a crescente coleção de quinquilharias que o outro guardava no próprio quarto, parecia estar aos poucos transformando aquele minúsculo cômodo em um verdadeiro lar.
–Tenho cara de quem toma guaraná? - disse rispidamente. O loiro riu, virando os olhos.
–Ok, desculpa, então. Eu quero.
Sasuke logo lhe trouxe um copo e sentou-se ao seu lado, também com uma bebida em mãos, para fazer a lição. Apesar da tensão que estivera sentindo, a noite parecia estar transcorrendo perfeitamente normal e sem maiores motivos para preocupar-se. Os exercícios, apesar de muitos, eram curtos e, com a ajuda de Sasuke – que, como já havia percebido durante o trabalho em dupla do mês anterior, era bastante bom em explicar-lhe a matéria – não tardou a terminá-los.
–Até que foi fácil – suspirou ao fechar o livro. Sasuke ergueu-se e foi buscar mais refrigerante.
–Olha quem fala, eu praticamente fiz pra você.
–Cala a boca, eu poderia ter feito sozinho se eu quisesse.
–Poderia, só que taria tudo errado – ele foi até a escrivaninha e apoiou-se nela enquanto tomava sua coca em pé, Naruto descansou a cabeça na cama às suas costas, ignorando a provocação.
–E você e a Sakura? - finalmente chegou no assunto que queria, sentindo o nervosismo começar a despontar – Vocês têm andado juntos pra lá e pra cá esses dias.
Sasuke deu de ombros.
–É.
–Só isso? É?
–É. Acho que eu devia ficar com ela...
Naruto sentiu seu coração de repente bater muito forte e sua respiração ficar densa. Uma onda de raiva correu por todo o seu sangue, carregada de desespero, mas ele se forçou a respirar fundo, determinado a não demonstrar que havia se abalado.
–Por que isso? - sua voz saiu um tanto tensa, sua face estava ainda mais. No entanto Sasuke, para sua sorte, mirava o próprio copo distraidamente em sua mão e não notou tal mudança.
–Ela ainda gosta de mim, depois de tanto tempo – ele parecia entediado pelo que dizia – Talvez eu goste dela também, sei lá... Talvez eu aprenda a gostar se eu tentar, é mais simples assim.
Cada vez mais incomodado, Naruto cerrou os punhos, desta vez sua voz saiu claramente irritada.
–Ridículo... Você vai enganar a ela e a si mesmo a troco de nada.
Sasuke desviou a atenção do copo para Naruto, percebendo a alteração em sua voz.
–Ah – ele deu uma risadinha sarcástica – Desculpe, esqueci que você é apaixonadinho por ela – disse com desdém . Naruto estremeceu – Sinto muito, é assim que as coisas são, é assim que funciona o amor.
–Não fale nada sobre amor! – ele se pôs em pé em um salto, erguendo a voz rapidamente – Não se atreva, Sasuke! Você não faz ideia do que é amor, você nunca amou ninguém na sua vida!
–E quem é você pra dizer? – Sasuke também levantou a voz – O que você sabe sobre mim? Você não sabe nada de mim, você não sabe o que eu sinto!
–Se você amasse alguém, você não ia nem pensar em namorar outra pessoa só porque é mais fácil!
–A vida não é um conto de fadas idiota, Naruto, as vezes não dá pra ficar sonhando com a alma gêmea perfeita que vai te amar de volta e tudo vai ficar bem no final, as vezes dá tudo errado e você tem que superar!
–Não! Isso não é amor! Por amor a gente luta. A gente luta, Sasuke, não desiste desse jeito.
–Ah é mesmo? E o que você espera que eu faça? Eu devo ir gritar com quem a pessoa que eu gosto ama e fazer um escândalo do jeito que você tá fazendo agora? É assim que se luta por amor?
–Eu não tô fazendo isso!
–Ah não? Então você não tá gritando porque tá com ciúmes da Sakura?
–Eu nem amo a Sakura, era coisa boba de criança, já passou faz anos!
–Quem é seu grande amor, então?
–É você, droga!
O copo de Sasuke espatifou-se no chão.
Silêncio.
Naruto ofegava com esforço, seu rosto queimava e seu coração batia acelerado como nunca. Uma única lágrima escapou de seus olhos magoados, ele a espantou de imediato com as costas da mão. Sasuke o observava petrificado. A expressão de choque estampada em seu rosto, sem saber ao certo como reagir, a mão ainda no ar, segurando o fantasma do copo recém estilhaçado aos seus pés. Com um pigarro esganiçado, Naruto avançou para seus pertences, recolhendo-os, e deixou sozinho no quarto Sasuke, ainda confuso e imóvel. Correu para o próprio quarto completamente tomado por uma avalanche de pânico e adrenalina esmagadora e trancou a porta aturdido.
–Ai meu deus, o que foi que eu fiz? - suspirou perplexo para a porta, apertando o material contra o próprio peito. Sua mente procurando desesperadamente por uma solução para o que havia acabado de gritar no quarto à poucos metros do seu.
Tarde demais. Já estava feito.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
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hell yeah, declarações angst. xablau is never over.
CARA, fala aí, quero detalhes, o que estão achando? O que tá bom? O que tá uma merda? O que tava melhor e perdeu a graça? PODE FALAR TUDO, NÃO ME POUPEM DE NADA! QQ DFKJGSKHJDS O QUE VOCÊS SENTIRAM LENDO ESSE FIM? ME CONTAAA
nye.
Ai, gente, eu amo vocês, sério. Só queria falar isso.