Eu preciso de um amigo escrita por EmilyNolan


Capítulo 2
Capitulo 1: Esmeralda




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Seu cabelo era negro e longo, porém não passava da cintura, usava uma calça jeans preta escura, uma jaqueta e uma camiseta que eu não conseguia ver a estampa, ele era perfeito se fosse descrevê-lo em uma visão comum é o tipo que toda menina rockeira ou gotica adoraria namorar, sua expressão era calma, porém demonstrava muita dor, eu já sabia que ele não era a pessoa mais feliz do mundo, porém não acreditava que ele podia sentir algo além de ódio.

Ele me fitou e então foi se aproximando até parar exatamente na minha frente e começar a falar:

–O que esta fazendo aqui senhorita?

–Eu? Estou sozinha, tentando me livrar de alguns problemas, muitos pensamentos para organizar na minha mente, e é meio estranho um homem que eu nem conheço se aproximar do jeito que você fez – Eu disse sem medo de parecer grosseira, porque acredito que essa seria a reação normal de uma mortal.

–Tem razão, mas se estivesse com medo, teria se afastado, assim que eu comecei a me aproximar, mas não, você ficou me observando, com curiosidade então resolvi ficar, afinal, somos duas pessoas com serios problemas que não deixam nossas mentes descansar – Ele disse e sorriu.

–Tudo bem- eu me virei e vizualizei o local, era um parque, estavamos parados em uma ponte metalica, verde, o lago que passava por baixo estava calmo, e não importa para onde eu olhasse haviam bosques com os mais variados tipos de arvores, bem, gosto para lugares ele tinha.

–Quer falar dos seus problemas? –Ele olhou para mim.

–É complicado demais para você entender – Eu disse.

–Me deixe tentar – Ele disse.

–Tudo bem, eu tenho uma familia grande, muito, tenho muitos irmãos, dois tios, uma madrasta e muitos outros parentes, ninguém lá me entende, todos brigamos muito, cada um tem sua propria briga, e eu sempre tento me manter calma ser a sabia do grupo, mas eu já não estou mais aguentando então eu fugi quando deveria estar lá ajudando eles com seus problemas que são maiores do que minha mente explodindo, mas não estou cansada de sempre ficar pensando em todos e nunca pensar em mim, ouvir e obedecer ser a controlada, a inspiração, a certinha enfim... Além de um idiota me fez de trouxa durante muito tempo e eu só quero esquecer isso também, mas enfim... Qual o seu problema? –Perguntei.

–Bem, eu amo minha mulher, demais e ela não e nosso casamento foi meio que forçado pode-se dizer assim, então ela finge que me ama e eu acredito, até a hora que a encontro com outro na cama, mas mesmo assim não consigo deixa-la, pois ela se torna tudo para mim de bom e ruim só ela sabe como eu sou de verdade, se estou bem ou mal, só ela sabe o que eu realmente sou, eu já trai ela, mas nunca deixei de ama-la mais do que qualquer outra, mas isso esta me matando por dentro, além das brigas com minha familia que assim como a sua também é enorme e cheia de encrencas – Ele disse olhando para mim.

– Bem, não somos tão diferentes então - Eu disse sorrindo.

– Não mesmo, mas me responda, não existe ninguém em sua familia que você tenha no minimo um bom convivio? Talvez isso torne a vida mais suportavel – Ele perguntou.

– Não, eu gosto de estar sozinha às vezes e eu já tentei, todos deram coisas ruins, tenho medo de tentar de novo, trauma sabe? – Eu olhei para ele e dei um meio sorriso - Mas você deveria tentar.

–Talvez, não sei quem... – Ele olhou profundamente para o lago a nossa frente.

–Me diga quem são os que você consegue suportar dentro da sua familia?

–Boa pergunta – Ele disse sorrindo – Talvez uma de minhas sobrinhas, já que com os homens a competição é alta, mas não pode ser qualquer uma delas, bem tenho que pensar mais nisso – Ele disse sorrindo.

–Espero que pense mesmo, afinal o conselho foi seu – Eu disse sorrindo.

–Isso é verdade – Ele sorriu e nos dois demos risada.

–Acho que agora eu tenho que pegar meu onibus, antes que percebam de verdade que eu fugi de casa, e se notarem, estou morta – Eu disse seria.

–Claro, vamos eu te levo até o ponto – Ele disse sorrindo.

Ele segurou em meu braço e fomos andando o parque até o proximo ponto, ele me contava as historias das quais ele tinha conhecimento sobre aquele local, e eu ficava fascinada, pois tudo fazia sentido, até que chegamos ao ponto e um onibus estava vindo.

–Olhe lá, é o meu - Eu disse sorrindo.

–Que sorte maldita a sua – Ele sorriu.

–Sim, é mesmo – Eu sorri fui até ele e dei um beijo em sua face, coisa que eu só tinha feito no dia do meu nascimento.

– Senhorita, você ainda não me disse seu nome - Ele gritou enquanto eu entrava no onibus.

–Meu nome é Esmeralda - Eu disse sorrindo.

– Ah, irei te encontrar novamente Esmeralda – Ele disse sorrindo.

–Espero que sim – Eu gritei então o oibus começou a andar deixando a visão dele para trás.

Após algum tempo já estava em meu quarto, deitada e pensando, porque isso é o que eu mais faço, então ouvi um barulho na minha porta e então a figura de meu pai se revelou e então ele disse:

–Esta tudo bem minha filha?

–Esta sim pai, esta sim – Eu disse.

–Bem, você não me pareceu muito bem hoje, sei que as coisas estão complicadas para você ultimamente e... – Eu o interrompi.

–Eu estou bem, só queria um tempo para mim, faz tempo que não tenho isso, estou sempre aqui no Olimpo, ou fazendo alguma coisa com alguém que eu odeio por obrigação, eu só queria ter a oportunidade de fazer algo por escolha própria, de sair daqui durante um tempo, fazer uma missão com um deus de minha escolha sabe...

–E quem seria? Alguma ideia? –Ele perguntou.

– Sei que esta complicado com todas essas mudanças, mas... Porque não fazemos um baile para eu escolher alguém? Afrodite já deu três bailes só nesse ultimo mês, eu queria fazer um, e decidir – Eu disse.

–Bem, se isso te fara voltar ao normal... Faça o que quiser – Ele disse.

–Obrigada pai – Eu disse e o abracei.


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