Coisas que eu odeio em você... escrita por Nonna


Capítulo 13
Preparem-se, Manicômio à vista!


Notas iniciais do capítulo

IIIIIIIIIIIEEEEEEEIIIIIIHHHH!!!! Hoje é ao vivo!!!

Apois, desculpem a demora, mas vocês sabem como é ceia de Natal: coisa que só para lavar, um trilhão de pratos, outro trilhão de copos, panelas vindas até do inferno... Enfim, casa para arrumar, vida para voltar, fic para postar...

Trouxe mais um cap.
E nesse de hoje, nada mais nada menos que a mundiça foi atrás do furo de reportagem. Sim, mortais, eles foram atrás de Naruto e enfiaram Sasuke no meio da horda, pois é... Imaginem, o mestre do coração gelado Sasuke Uchiha levando a equipe de filmagem para dentro do "cabaré" que é o trabalho de Naruto Uzumaki?

Prontos? Aí vamos nós!



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–Câmeras?

–Checado! – gritou a produção segurando as câmeras nos ombros.

–Som?

–Checado! – novamente a produção com os microfones.

–Luz?

–Checado! – mais uma vez a produção mostrando os refletores e as lanternas.

–Pessoal?

–Checado! – a produção fez uma fila na frente de Shino.

–Apresentadora?

–Aqui! – Sakura aproximou-se usando um vestido rosa por baixo de um blazer branco, botinhas vermelhas e de óculos escuros. Carregava seu microfone portátil.

–Uchiha Sasuke?

–É só ligar para ele que chega! – Ino entregou o celular a Shino.

–Muito bem... Em suas posições, começaremos a gravar ao meu comando. A primeira tomada é na Sakura abrindo o programa e acaba com a chegada de Sasuke no portão lateral. – Shino fez sinal para todos se aproximarem – Hoje é a nossa prova de fogo: um programa ao vivo e em campo, nós precisaremos de todo o esforço e apoio de todos para que dê certo!

Kakashi assentiu antes de todos e levantou o indicador.

–Sabendo que ninguém no Manicômio está sabendo de coisa alguma. Nosso passe é o Sasuke e só! Se algo dê errado, é seguir o plano.

–Que plano? – perguntou Kiba.

–Sair correndo como se sua vida dependesse disso. – falou seriamente o albino professor.

Shino bateu palmas e todos foram para suas posições. Estavam no pátio lateral da universidade, um local bem arbustivo e bem movimentado. Conseguiram permissão para apresentar o programa mais cedo, para que todos pudessem cumprir com a proposta feita no programa anterior. Muitas das pessoas foram acompanhar ao vivo, aproveitando-se por ser manhã e todos estarem na universidade.

–Ok! Agora é para valer! – gritou Shino. Todos se prepararam. Ino ligou para Sasuke – Sakura! – a garota arrumou rapidamente os cabelos e segurou o microfone. – No ar em três! Dois! Um! – ele apontou para a rosada que sorriu docemente.

–E aí gente! – ela acenou para a câmera. – Bom dia a todos e bem-vindos ao Falando Abertamente! Eu sou Haruno Sakura e estarei com vocês hoje!

Várias pessoas surgiram de todos os cantos da universidade e se aglomeraram atrás de Sakura, carregando cartazes e fazendo muita zorra. Um grupo de jovens chamado Akatsuki fazia a segurança da produção para que nenhum equipamento fosse danificado por causa da multidão. Sakura acenou para o pessoal atrás de si.

–Como podem ver, estamos fora do studio, gravando no pátio leste da nossa universidade! Grita galera! – ela apontou o microfone e o público foi ao delírio. Sakura riu – A qualquer momento Uchiha Sasuke, o nosso queridinho da televisão, vai chegar bem daquele portão! – a câmera focou no portão de entrada.

Praticamente cronometrado, os portões se abriram e Sasuke entrou em seu carro preto comprado a muito custo e muito trabalho. Era um belíssimo modelo sport e bastante confortável, segundo o próprio Sasuke. Todos aplaudiram a entrada triunfal dele. Depois de estacionado o carro, Sasuke foi até Sakura. Ele vestia uma calça preta rasgada nos joelhos e uma camisa vermelha com o símbolo Uchiha estampado na lateral do tronco, tênis para trilha e óculos escuros.

–Nossa! – Sakura corou quando ele se aproximou – Você está incrível com essas roupas!

–Obrigado. – ele olhou em volta, se admirando com a quantidade de pessoas – Você também não está de se jogar fora, Sakura. – guardou as chaves no bolso e olhou as horas. – E aí galera?! – ele acenou para a plateia que se formava atrás deles e ela respondeu gritando e assobiando.

Rapidamente Ino colocou o microfone de longo alcance na roupa de Sasuke, enquanto a câmera dava um close na aglomeração de pessoas e depois em Sakura.

–Então, Sasuke – ela falou chamando a atenção dele para as câmeras – Conte-nos um pouco sobre o que vai acontecer daqui a pouco. Diga primeiro – eles começaram a caminhar, a Akatsuki ia abrindo espaço entre as pessoas – O que é esse tal de Manicômio? Muitas pessoas, na rede social do programa, perguntaram se era realmente um manicômio.

Sasuke riu.

–Não, não... Chama-se Manicômio porque as coisas mais loucas dessa universidade acontecem lá. Além de que as pessoas mais loucas trabalham, estudam, vivem, são bolsistas, aprontam por lá e – ele deu de ombros – Eu não poderia deixar de mencionar que ali acontecem as festas e as raves da universidade.

–É verdade! – Sakura riu sem jeito – Apesar de eu nunca ter ido lá...

–Nem todos podem ir. – eles passavam por uma espécie de praça florestada – É o lugar vip de Konoha, só quem é de lá pode andar por lá ou fazer as pessoas entrarem lá. É uma mistura de seita com concílio do Vaticano, com algumas pitadas de clube da carochinha.

Eles riram.

Agora só a produção, Sakura e Sasuke caminhavam por um longo espaço vazio, reservado para o estacionamento de quem estudava do prédio do norte em Konoha, o prédio principal. Seguiram contornando o grande edifício que parecia um cubo mágico completamente mexido. O sol brilhava forte e os ventos faziam roupas e cabelos balançarem. Eles se deparam com alguns conhecidos e com fãs do programa, tudo muito divertido.

Por fim chegaram a um caminho de pedra escura que abria espaço por entre uma espécie de floresta de árvores altas e verdes. Sasuke sorriu e parou. Enfiou as mãos nos bolsos.

–Bom... A gente passou por três dos quatro prédios que formam Konoha. – ele falava fitando a câmera – O Prédio Leste, ou como a maioria chama Studio, porque todos os laboratórios de comunicação ficam lá. O Prédio Norte, que chamamos de Diretoria, ali – a câmera focou um prédio um pouco afastado que se assemelhava muito com uma casa de estilo alemão – É o prédio Oeste, ou a Casa de Chá para os íntimos. Os cursos ficam distribuídos por aí e sem uma ordem realmente lógica. Mas por aqui – ele apontou para o caminho de pedra escura – Bem aqui, no meio mato, fica o Prédio Sul, o famosíssimo Manicômio.

Sakura se aproximou e fitou com receio as reentrâncias da mata.

–Gente já morreu por aí? – ela perguntou tremendo o microfone nas mãos – Eu ouvi lendas de uma mulher fantasmagórica que era professora daqui e morreu tentando chegar ao Manicômio... E que muitos alunos foram mortos por ela...

Sasuke riu negando.

–Não. Eu acho que não. – falou com um olhar sombrio e um sorriso sádico – Vamos?

–Tem certeza que você tem passe livre para ir? – Sakura engoliu em seco.

Ele deu de ombros.

–Talvez sim, talvez não, depende do humor daquele pessoal.

Colocou-se em marcha, indo à frente, deixando a câmera mirando suas costas largas e suas mãos dentro dos bolsos. Sakura foi logo em seguida e depois toda a equipe de produção. Não viram uma alma viva sequer ao longo do trajeto, o moreno ia à frente silencioso e bastante concentrado em caminhar, aumentando ainda mais o clima de tensão entre a equipe, que a toda hora murmurava o quanto a ideia poderia causar problemas para eles. De repente um estrondo fez todos pararem e se assustarem com a gargalhada maligna que Sasuke proferiu. Algo de ruim iria acontecer e agora era tarde para fugir.

Enfim, a luz e outro estrondo. É o mundo se acabando, pensou Sakura.

Chegaram a outro pátio, menor e com mais árvores, com uma enorme casa estilo colonial escondida atrás dele. Haviam carros e motos estacionados, bicicletas presas em corrimãos, algumas pessoas sentadas na grama conversando e fumando, outros passavam deslizando pelo chão, velozes, em seus skates.

Um lugar movimentado, como todo o resto da universidade.

–Chegamos. – falou Sasuke com simplicidade – Bem-vindos! – ele começou a caminhar de frente para as câmeras e abriu os braços – Surpreendente, não?

–Com certeza! – Sakura chegou-se e sorriu – Acho que muita gente nunca viu esse lugar antes, pelo menos de dia!

–Verdade. – ele virou-se e cumprimentou algumas pessoas que passavam por ele.

–Bom, pessoal do outro lado da telinha – o grupo parou diante das portas da casa – A razão por termos vindo aqui foi para conhecer nada mais nada menos que Uzumaki Naruto, a misteriosa namorada de Uchiha Sasuke. Muita gente desconhecia tão curioso fato, já ouviram falar dela, mas nunca a viram pessoalmente e por isso nós, do Falando Abertamente, viemos até aqui para conhecê-la e, quem sabe, falar com ela! – solenizou a rosada.

Sasuke assentiu e empurrou as portas. O som de guitarras elétricas escapou do lugar como um tufão de vento quase derrubando os despreparados. Animado, em uma palavra. Por sorte levaram mais de uma câmera, pois havia muito que se mostrar dali. Logo de cara, na suposta sala da casa, dois guitarristas, um mais emocionado do que o outro, tocavam músicas de Iron Maiden fervorosamente de frente a uma televisão gigante enquanto um cara de máscara fazia o cover do cantor da famosa banda.

–Kisame – ele apontou para um com um tubarão tatuado no peito nu – E Suigetsu – o guitarrista mais louco da dupla, que afiara os próprios dentes para ficar ainda mais louco – Os guitarristas mais heave metal que eu conheço e aquele mascarado ali é o meu primo Obito, mas ele só atende por Tobi.

Andaram mais adentro. A casa não era uma casa: era uma mansão gigantesca e cheia de salas e quartos, onde todo tipo de coisa e de projeto acontecia por entre aquelas paredes animadas. Sasuke os guiou-os até uma quadra que praticamente abria um enorme buraco no meio da casa. Nesse lugar, algumas garotas treinavam passos de dança e quando viram as câmeras, se animaram e dançaram fazendo caretas engraçadas.

Por enquanto, nada que sugerisse o tal Manicômio apareceu.

Atravessaram a cozinha lotada de alunos do curso de Gastronomia e o grupo chegou a um lugar calmo, silencioso e muito tranquilo. Parecia a recepção da sala de um executivo. Sasuke parou e fitou seus colegas.

–Seguinte – falou juntando as mãos – Por tudo o que vocês mais prezam nesse mundo – ele levantou um dedo – Não gritem de medo – levantou outro – Não falem antes que eu apresente vocês – e o terceiro dedo – E, por favor, não falem diretamente com Naruto.

–Por quê? – Sakura logo perguntou, preparando-se psicologicamente para o impacto.

–Ela trabalha e estuda ao mesmo tempo pela manhã e pela tarde, estando constantemente uma pilha. – ele sussurrava então as câmeras se aproximaram – Então ela fica mais louca do que o que vocês sabem... Tudo o que vocês sabem sobre Naruto até agora não é nada comparado ao que vocês vão ver. Então calma e deixem comigo.

Todos concordaram sem questionar uma vírgula.

É agora e não tem mais volta, pensou o moreno.

Sasuke empurrou as portas devagar, mostrando o caótico interior, cheio de pessoas, papéis, pessoas, coisas indefinidas, papéis, barulho, objetos voadores e mais papéis. Se o inferno tinha uma sala de espera, deveria ser parecida com aquela. De lá de dentro saiu voando um caderno aberto e uma aluna passou correndo por eles para buscar o objeto. Ela parou diante de Sasuke e sorriu, quando percebeu as câmeras, ajeitou rapidamente os ruivos cabelos e fez pose.

–Essa é Karin. – Sasuke apresentou-a sem grandes interesses – Ela é estagiária do Manicômio. Karin, esse é o pessoal do Jornalismo e nós estamos aqui para gravar um programa.

–Na verdade – ela ajeitou os óculos – Eu sou a Busca-Coisas. Eu pego qualquer coisa em qualquer lugar que ela estiver e devolvo para o dono. – sorriu confiante – É para isso que sou paga! – fitou sedutoramente o moreno – Um... Programa?

–Com a minha namorada.

Ela fechou o semblante e resmungou coisas inaudíveis.

–Certo, entrem... E cuidem bem das coisas quebráveis. Não reembolsamos nada que quebrar aqui dentro caso vocês sejam acidentalmente atingidos. – ela falou dando de ombros e correndo de volta.

Eles entraram a passos lentos.

A câmera focava cada ponto da sala. Havia papéis por todas as partes que se podia imaginar: no chão, nas paredes, nas janelas, nas estantes, nas mesas, nas cadeiras, nos braços dos alunos alvoroçados, voando e flutuando para lá e para cá, no teto. Sim, havia papéis presos no teto e o teto ficava muito acima das cabeças dos alunos.

Kiba virou sua câmera para algo que realmente era inusitado. Havia escadas, mas alguns alunos usavam camas elásticas pequenas para alcançar os papéis que ficavam em pontos que as escadas não chegavam. Bizarro.

Um enorme relógio, entre longas estantes abarrotadas de revistas, papéis enrolados, cartazes dobrados, livros e mais papéis, marcava as horas com seu pêndulo gigante. Sasuke olhou seu relógio. Horas iguais. Só significava uma coisa: a pior hora para se estar naquela sala. O gongo soou, fazendo todos os corredores correrem ainda mais desesperadamente pela a sala que agora se mostrava ainda mais espaçosa do que quando abriram as portas.

Alunos gritavam, alunos se atropelavam, alunos corriam, alunos quase choravam, alunos procuravam, alunos achavam e a equipe ficara atordoada. Sasuke respirou fundo e pensou que o que ele iria fazer era justamente aquilo que 99,99% dos presentes não queria que ele fizesse. Ele iria chamá-la. Ela, com certeza, estava mergulhada num poço profundo de problemas e caos, e ele, Uchiha Sasuke, iria puxá-la para fora só para mostrar o quanto maluca ela estava, adiantando o horário da checagem de funções.

Olhou em volta e sorriu sadicamente. Sasuke adorava ver aquela sala explodir, quase que literalmente, quando ela chegava feito um furacão F5 numa cidade grande. Era excitante.

–Naruto? – chamou bem alto, fazendo todos estagnarem e os papéis caírem.


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Notas finais do capítulo

E aí gente?
Perguntas?
Querem aparecer no Manicômio?
Querem fazer peguntas à Naruto? Ao Sasuke? A mim?! Fiquem a vontade!

Até a próxima!

P.S - Que será que vai acontecer quando eles encontrarem a louca da Naruto?



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