Angie acordou e sentou-se em sua cama. Ela ficou assim por alguns minutos, até que seu olhar se desviou na direção de German, fazendo com que ela esboçasse um leve sorriso.

                  POV ANGIE

Não acredito que o German dormiu naquele sofá, ele vai acabar acordando com uma baita dor nas costas. Mas eu tenho que agradece-lo por ficar cuidando de mim. Ele foi muito atencioso comigo. Ficou cuidando de mim parte da tarde e a noite toda. Nem sei como agradecer ele por ter se preocupado tanto mesmo que eu só estivesse com febre. Com certeza deixou até de trabalhar por minha culpa.

Ela então se levantou, ficou ao lado de German e deu um beijo na bochecha dele, fazendo assim com que o mesmo acordasse.

German se espreguiçou.

GERMAN: Dormiu bem? — Ele bocejou.

ANGIE: Sim, estou ótima.

GERMAN: Sua febre passou de vez. — Disse checando a temperatura de Angie.

ANGIE: Que bom, porque eu não iria conseguir ficar nem mais um dia doente e trancada nesse quarto.

Os dois sorriram.

GERMAN: Tem certeza de que esta bem? — Perguntou preocupado.

ANGIE: Tenho sim. Mas mudando de assunto, obrigada, German, por ter ficado aqui comigo e cuidado muito bem de mim. — Agradeceu.

GERMAN: Que isso, Angie, você não precisa me agradecer. — Sorriu.

ANGIE: Claro que preciso. Você deve até ter deixado de trabalhar só para ficar comigo.

GERMAN: O trabalho não importa. Eu só quero te ver bem. — Confessou. Angie sempre seria mais importante que seu trabalho.

ANGIE: Mas você teve que dormir nesse sofá.

GERMAN: Esta tudo bem, só estou com um pouco de dor nas costas. — Disse se levantando.

ANGIE: Bom, eu vou tomar banho e me vestir.

GERMAN: Eu tambem. Vou para o meu quarto. Te vejo lá embaixo para o café da manhã?

ANGIE: Claro.

Os dois se despediram com um selinho e foram se arrumar.

                          (…)

Todos estavam reunidos na mesa menos Angie.

VILU: Eu estava pensando em uma coisa. — Falou, chamando a atenção de todos.

OLGA: No que estava pensando, minha pequenina? — Perguntou curiosa.

VILU: É que como amanhã é o aniversário da Angie... — German a interrompeu.

GERMAN: Você estava pensando em uma festa surpresa. — Completou sorrindo.

VILU: Como sabia o que eu ia dizer? — Quis saber, curiosa.

GERMAN: É que eu estava pensando na mesma coisa.

VILU: Então, podemos dar uma festa amanhã aqui em casa. — Sugeriu animada.

RAMALHO: Eu acho uma boa ideia. — Falou sorrindo.

OLGA: Eu também, a Angie vai adorar! — Disse tão animada quanto Vilu.

Todos eles combinaram os detalhes da festa enquanto tomavam café.

Minutos depois, Angie desceu e se sentou a mesa.

ANGIE: Bom dia! — Falou alegremente.

TODOS: Bom dia!

ANGIE: É impressão minha ou vocês mudaram de assunto logo agora que eu cheguei? — Perguntou desconfiada.

VILU: Claro que não, Angie, deve ser só impressão sua. — Desconversou.

ANGIE: E então, do que estavam falando? — Ela olhou para cada um dos presentes na mesa.

GERMAN: Estávamos falando…. Ahn… do Studio. — Inventou soando não muito convincente.

VILU: É, e de como eu adoro ter aulas no Studio. — Falou tentando disfarçar, o que não deu muito certo.

FEDERICO: É, o Studio é muito importante pra gente.

ANGIE: Tá bom. — Disse não muito convencida com as repostas.

Eles tomaram café juntos e depois German levou Violetta, Angie e Federico para o Studio.

                           (…)

Federico e Violetta já haviam descido do carro quando German perguntou:

GERMÁN: Meu amor, você tem certeza de que está bem? — Preocupou-se, já que Angie passara a noite inteira ardendo em febre.

ANGIE: Obrigada pela preocupação, amor. — Sorriu agradecida. — Mas eu já estou bem.

GERMÁN: Se você precisar de alguma coisa é só me chamar.

ANGIE: Obrigada, German. Mas você não vai vir para o Studio hoje?

GERMÁN: Vou sim, mas não agora. — Explicou. — Tenho uma reunião daqui meia hora.

ANGIE: Acho que eu já vou indo. Faltam 2 minutos para começar a minha aula. — Disse ao consultar seu relógio.

GERMÁN: Tchau, meu amor. — Despediu-se. — Até depois.

ANGIE: Tchau, eu vou sentir saudades.

Os dois trocaram um beijo rápido e Angie entrou no Studio.

                  POV GERMAN

Eu já tenho em mente o presente que eu vou dar para Angie. Vai ser o melhor presente que eu já dei para ela. Espero que ela goste. Apesar de que ela merece muito mais que isso. Vou ir agora mesmo comprá-lo.

                     POV VILU

Como amanhã é o aniversário da Angie, eu já comprei um presente para ela. Sem dúvida o meu presente não vai ser nem comparado ao presente que o papai vai dar para ela, mas acho que ela irá gostar. E eu também tive uma ideia de uma coisa que eu e o pessoal do Studio podemos fazer para ela. E agora eu vou ir falar com eles para ver se eles podem me ajudar a organizar a festa da Angie e também me ajudarem com a minha ideia.

                          (...)

Horas depois, Angie já havia acabado de dar as suas aulas.

Ela começou a lembrar da melodia da música que ela havia sonhado, foi para sala onde ficavam os instrumentos e começou a tocar o violão.

Ela não se lembrava muito bem da letra da música, mas dos acordes ela lembrava perfeitamente. Aqueles acordes ficaram o dia inteiro na cabeça dela. Toda hora sem que ela percebesse estava pensando neles.

Conforme ela foi tocando, ela se lembrou de alguns versos da música.

Angie estava entretida com a música quando German chegou e a abraçou por trás.

GERMÁN: Música nova? — Perguntou ainda a abraçando.

ANGIE: É sim, mas você me assustou. — Disse sorrindo.

GERMÁN: Eu só queria te fazer uma surpresa. — Revelou também sorrindo.

ANGIE: Você quis mesmo me fazer uma surpresa ou me assustar? — Questionou virando-se para ele.

GERMÁN: Talvez um pouquinho dos dois. Mas quando você começou a compor essa música? — Perguntou curioso.

ANGIE: Bem, na verdade, eu sonhei com essa música. E eu só consegui lembrar dos primeiros versos dela. — Contou.

GERMÁN: Eu só ouvi o final, mas eu tenho que admitir que adorei. — Falou com um sorriso de lado.

ANGIE: Obrigada, mas ainda falta muito para que eu consiga terminá-la. 

GERMÁN: Você é uma ótima compositora. — Elogiou. — Sem dúvida essa música irá ficar perfeita que nem você. — Falou olhando diretamente nos olhos dela.

ANGIE: Obrigada, meu amor. Espero que a música fique boa mesmo quando eu terminar.

GERMÁN: Sabe o que ficar nessa sala me lembra?

ANGIE: Não faço idéia. Mas o que ela te lembra? - Perguntou curiosa.

GERMÁN: Me lembra o dia em que ficamos presos dentro da salinha de instrumentos. — Revelou, lembrando-se do ocorrido. — Você se lembra?

ANGIE: Claro que eu me lembro. — Respondeu sorrindo, lembrando do dia em que ficaram presos na salinha de instrumentos.

GERMÁN: Agora que isso já passou, até que essa situação foi bem engraçada.

ANGIE: Tirando a dor nas costas por termos dormido sentados. — Falou rindo.

GERMÁN: Verdade, tirando isso o momento foi bem agradável. 

ANGIE: E também tirando quando a luz apagou. — Acrescentou.

GERMÁN: Achei que você ia surtar quando a luz apagou.

ANGIE: Mas você têm razão, eu quase surtei mesmo. — Confessou sincera.

GERMAN: Que tal nós irmos para casa agora? — Sugeriu. — Quero que você descanse bastante hoje porque amanhã como é o seu aniversário eu preparei uma surpresa para você.

ANGIE: Uma surpresa? — Questionou, animada com a ideia.

GERMÁN: É, uma surpresa para você. — Confirmou sorrindo. — Mas você só vai descobrir amanhã.

ANGIE: Então acho que eu e a minha curiosidade teremos de esperar. — Comentou e os dois riram.

GERMÁN: Então vamos para casa?

ANGIE: Claro, vamos sim.

Angie pegou sua bolsa e colocou as partituras dentro dela. 

German estendeu uma mão para ela e ela aceitou.

Quando eles estavam caminhando em direção a entrada do Studio, eles escutaram vozes de duas pessoas discutindo.

ANGIE: Você ouviu isso?

GERMÁN: Ouvi sim, parece que têm duas pessoas discutindo.

ANGIE : Acho melhor nós irmos ver o que está acontecendo. — Sugeriu, brigas no Studio eram raras.

GERMÁN: Você tem razão. — Concordou. — Vamos ver o que está acontecendo.

Eles se aproximaram do salão principal do Studio e viram que quem estava discutindo era Priscilla e Ludmila.

LUDMILA: Eu estou cansada de você ficar controlando a minha vida mãe.
 
    PRISCILLA: Eu não estou controlando a sua vida. Estou apenas cuidando da sua carreira.

LUDMILA: Você sempre me obrigou a fazer tudo o que você queria. Chama isso de cuidar da minha carreira?

PRISCILLA: Eu só quero o seu bem, filha. Mas parece que você não se importa com a sua carreira e só fica perdendo tempo aqui no Studio em vez de implorar parq o Marotti transformar você em uma estrela do You- Mix.

LUDMILA: Você não percebe? Tudo o que eu faço nunca parece o suficiente para você. Ao invés de me apoiar, você só me crítica. 

PRISCILLA: Se você fizesse as coisas da maneira certa, eu não precisaria te dizer que está fazendo tudo errado.
 
        LUDMILA: Eu sei que eu não sou a filha perfeita, mas eu sempre me esforço para atingir minhas metas.

PRISCILLA: Mas não parece. Você tem que se esforçar de verdade. Como que você vai se tornar uma estrela se nem ao menos se esforça para que isso aconteça? Será que você não se lembra que sempre foi o seu sonho ser uma estrela do You-Mix?

LUDMILA: Esse não é o meu sonho, mãe. Esse é o seu sonho. Eu cansei de ser sua marionete e sempre fazer o que você quer. Eu sempre te ajudei com todas as suas maldades, e me arrependo por ter sido tão inconsequente e por ter machucado as pessoas a quem eu amo. 

PRISCILLA: Ludmila, eu sou sua mãe e não tenho que ficar aturando essas suas morais de vida. Eu sei muito bem o que eu faço.

LUDMILA: Não, você não sabe o que faz. Você acha que machucar as pessoas e que manipular sua própria filha é legal? Por anos você me separou do meu pai, fez com que eu achasse que ele nem se importava comigo. Por que fez isso? Eu não entendo, eu sempre tentei ser a filha obediente e perfeita aos seus olhos. — Disse, a voz embargada pelas lágrimas qye escorriam por seu rosto.

PRISCILLA: Já que é assim Ludmila. Que você me acha uma bruxa que não se importa com você, eu vou te mandar para África aí você recupera todo o tempo perdido com o seu pai.

LUDMILA: Eu adoraria passar um tempo com o meu pai. Mas por favor, não me manda para África, eu já tenho uma vida formada aqui. Eu não posso ir para África, pelo menos não agora. Eu te imploro, por favor, me deixa ficar. — Implorou desesperada pela perspectiva de ter de deixar tudo e todos que amavam para trás.

PRISCILLA: Não Ludmila, eu vou te mandar para África você querendo ou não. — Falou decidida, sem deixar margem para discussão.

LUDMILA: Eu não vou ir para África. Não vou ficar para sempre aceitando suas decisões de boca fechada.

PRISCILLA: Eu sou sua mãe, eu tomo as decisões. Então você vai para África.

Nesse momento Angie e German adentraram a sala.

GERMÁN: Não, a Ludmila não vai para África. — Disse com um tom de voz firme.

Angie foi até Ludmila e a abraçou, numa tentativa de tranquilizar a garota.

PRISCILLA: Ela vai sim, ela precisa dar mais valor ao que ela tem.

GERMÁN: A Ludmila dá sim valor ao que ela tem. Se você parasse de querer sempre controlar a vida dela você perceberia.

PRISCILLA: Eu sou a mãe dela e portanto, sou a pessoa que mais conhece ela.

ANGIE: Mas parece que não. Olha como a Ludmila está. Ela está sofrendo e você parece que nem se importa. — Falou ainda abraçando Ludmila.

PRISCILLA: Eu acho que vocês não têm o direito de dizer o que eu devo ou não fazer com a minha filha. Eu sou a mãe dela.

ANGIE: Você tem razão, você é a mãe dela. Mas nós nos importamos com ela. 

GERMÁN: Eu e a Angie nos importamos muito com a Ludmila e por isso, não vamos deixar que você a mande para África sem que ela queira.

PRISCILLA: Eu cansei de ficar discutindo. — Disse irritada e focou a filha com o olhar. — Ludmila, quando eu comprar as passagens eu te envio e no dia da viagem eu te levo para o aeroporto. — Disse e saiu do Studio furiosa.

German se aproximou de Angie e de Ludmila e as abraçou.

ANGIE: Calma, Ludmila, não se preocupe. Nós não vamos deixar que a sua mãe te mande para África sem o seu consentimento.

GERMÁN: Não deixaremos ela te mandar para África. Tudo vai ficar bem, você vai ver.

LUDMILA: Muito obrigada por se importarem comigo. — Agradeceu esboçando um fraco sorriso, mas verdadeiro.

ANGIE: Nem precisa agradecer, eu já te disse que você é como se fosse uma sobrinha pra mim, que nem a Vilu.

GERMÁN: Você é importante para nós. — Olhou para Ludmila de forma paternal. — Não vamos deixar que nada de mal aconteça com você. 

LUDMILA: Obrigada, vocês nem sabem como é bom para mim saber que vocês se importam comigo.

GERMÁN: Tá tudo bem, Ludmila. Acho melhor nós te levarmos para mansão, para você ficar lá até as coisas se resolverem. O que você acha? — Sugeriu.

LUDMILA: Eu aceito. Mas o que eu vou vestir?

ANGIE: Quanto a isso, não se preocupe. Tenho certeza de que a Vilu não vai se importar em te emprestar algumas roupas. — Disse sorrindo carinhosamente.

GERMÁN: Então, vamos?

ANGIE: Vamos, você vem com a gente né, Ludmila?

LUDMILA: Claro, eu vou ir sim com vocês. — Disse e sorriu alegre por saber que havia pessoas que se importavam com ela de verdade.

                        (...)

Quando eles chegaram na mansão com Ludmila, encontraram Federico e Violetta na sala.

VILU: Oi papai, oi Angie. Oi Ludmila, por que você está com cara de choro? — Perguntou preocupada com a amiga.

FEDERICO: O que aconteceu, meu amor? — Quis saber. Odiava ver a namorada tão triste.

LUDMILA: É que eu e a minha mãe tivemos uma briga feia e ela quer me mandar para África. — Explicou com o semblante triste.

FEDERICO: Mas você não pode ir para África, eu não poderia viver sem você. — Confessou abraçou-a carinhosamente.

VILU: É, o Fede tem razão. A Ludmila não pode ir para África. — Falou fazendo uma carinha triste.

ANGIE: Fiquem calmos, tudo vai ficar bem. 

GERMÁN: Nós não vamos deixar a Priscilla levar a Ludmila para África. — Afirmou.

FEDERICO: Mas como vamos resolver esse problema?

LUDMILA: É, eu não quero ter que ir para África. — Confessou voltando a chorar.

GERMÁN: Não precisa chorar, nós encontraremos um jeito de resolver esse problema.

ANGIE: Tudo vai ficar bem. Eu vou buscar um copo de água para você se acalmar, Ludmila.

LUDMILA: Obrigada, Angie.

Angie foi para cozinha, pegou um copo de água para Ludmila e quando voltou entregou o copo para garota e percebeu que Germán estava muito pensativo.

Angie caminhou até German.

ANGIE: Quer conversar? — Perguntou.

GERMÁN: Claro, quero sim. Vamos lá pra fora. 

ANGIE: Pode ser. — Concordou.

Eles deram as mãos, foram até o quintal e se sentaram num banco do ao redor da piscina.

ANGIE: E então... Por que você estava tão pensativo?

GERMÁN: É que eu estava tentando pensar em algo que pudesse impedir a Priscilla de mandar a Ludmila para África.

ANGIE: Não se preocupe. Eu tenho certeza que nós vamos achar algo que impeça a Priscilla de fazer isso. — Tentou tranquilizar o namorado. — Agora relaxa.

GERMÁN: Eu fui tão idiota em namorar a Priscilla. Como eu fui tão cego em não perceber que a culpa de a Ludmila sempre estar tão triste era da própria mãe?! — Disse, sentindo-se péssimo.

ANGIE: Agora eu também entendo o porquê de antes a Ludmila ser tão egoísta e arrogante. Ela sempre foi assim por causa da Priscilla. Mas não precisa ficar se lamentando. Afinal você não sabia quem era a verdadeira Priscilla.

GERMÁN: Mesmo assim, Angie, foi um erro namorar com ela. Um erro por não saber quem ela realmente era e também por ter te machucado. — Falou, sentindo-se culpado.

ANGIE: Tá tudo bem. Isso já passou. Não vamos ficar falando do passado, vamos viver o presente. — Disse sorrindo docemente.

GERMÁN: Sinceramente, eu não sei o que eu fiz para merecer alguém igual a você, Angie. Você me entende e mesmo eu estando errado não me julga. Obrigado, meu amor, eu não sei o que seria de mim sem você. — Disse segurando as mãos dela e as acariciando.

ANGIE: Não precisa me agradecer, German. Sou eu quem devia te dizer isso. Você sempre se preocupa comigo e sabe sempre o que dizer para fazer eu me sentir bem. — Confessou levando carinhosamente uma das mãos ao rosto dele.

Ele deu um sorriso daqueles que sempre faziam com que o coração de Angie batesse com mais força e disse:

GERMÁN: Não importa o quanto eu erre, Angie. Eu tenho certeza de que você será para sempre o meu maior acerto. Eu te amo. — Disse olhando bem fundo nos olhos dela.

ANGIE: Eu também te amo, German. Não importa o que aconteça. Eu vou te amar até o último dia da minha vida, para sempre. — Disse também olhando no fundo dos olhos dele.

GERMÁN: Para sempre. — Concordou e selou seus lábios aos de Angie.

Angie passou os braços em volta da nuca de German e ele repousa uma das mãos na cintura dela e a outra mão no rosto dela fazendo carinho.

Esse beijo não foi como se fosse o primeiro e nem como se fosse o último, mas sim único. Foi um beijo cheio de amor e carinho. Poderiam ficar assim para sempre. 

Não existiam barreiras entre eles. Elas simplesmente desapareceram desde que voltaram. Aquele sentimento crescera mesmo quando estavam separados. Agora, naquele exato momento sentiam que queriam ficar juntos o resto da vida. As dúvidas sumiram e várias certezas se formaram dentro de ambos.

O ar se fez necessário e eles encerram o beijo com um selinho.

Angie acariciou o rosto de German com uma das mãos e com a outra segurou uma das mãos dele.

ANGIE: Você tem que relaxar. — Disse docemente.

GERMAN: É, eu sei. — Ele suspirou cansado.

ANGIE: É sério, você trabalhou muito hoje. — Falou acariciando a mão dele.

GERMAN: Você tem razão, mas essa coisa da Priscilla querer mandar a Ludmila para África e o fato dela estar tão triste ultimamente me preocupa. — Revelou.

ANGIE: Mas nós vamos encontrar um jeito. Eu prometo. — Falou com um sorriso reconfortante no rosto fazendo com que German relaxasse nem que fosse só naquele instante e fizesse com que acreditasse que tudo iria se resolver.

GERMAN: Você está certa. Vamos encontrar um jeito. — Disse forçando um sorriso, mesmo que preocupado.

Angie então se levantou e se sentou na beirada da piscina, levantou a barra da calça até pouco abaixo dos joelhos e colocou os pés na água.

ANGIE: Vem, meu amor. — Falou direcionando o olhar a German.

German, sem pensar duas vezes fez o mesmo e sentou-se ao lado de Angie e colocou os pés na água.

Angie se aproximou mais ainda dele e recostou a cabeça no ombro esquerdo de German. Ele por sua vez colocou o braço em volta das costas dela e começou a acariciar seus cachos loiros.

GERMAN: Obrigado. — Ele sussurrou no ouvido de Angie.

ANGIE: Obrigado? Pelo quê? — Perguntou confusa.

GERMAN: Por estar sempre ao meu lado.

Ela sorriu e disse:

ANGIE: Não precisa me agradecer. Eu sempre vou estar do seu lado, não importa o que aconteça. — Disse tirando a cabeça do ombro de German e olhando para ele.

GERMÁN: Esse é um dos motivos que me fazem te amar cada vez mais, meu amor. — Confessou sorrindo.

German passou os braços em volta de Angie e a abraçou-a.

                       (...)