#No outro dia de manhã...

Todos estavam na mesa tomando café da manhã, menos Violetta. Ela não estava muito afim de confrontar o pai tão cedo.

ANGIE: Eu vou lá chamar a Vilu para tomar café. — Ela falou ao terminar sua xícara de café.

GERMAN: Angie, você pode avisar a Vilu que daqui a pouco, eu vou ir falar com ela? — Pediu ao ver a namorada se levantar.

ANGIE: Claro, pode deixar que eu aviso. — Ela sorriu.

GERMAN: Obrigada meu amor. — Ele devolveu o sorriso.

ANGIE: De nada, com licença.

Angeles subiu a escada e bateu na porta antes de entrar no quarto da sobrinha.

ANGIE: Bom dia Vilu! — Cumprimentou assim que viu a sobrinha.

Angie foi até a cama de Violetta e sentou-se ao lado da garota.

VILU: Bom dia Angie! — Vilu retribuiu a saudação e abraçou a tia.

ANGIE: Vim te chamar para tomar café. A Olga preparou um bolo de chocolate maravilhoso. Você vai adorar.

VILU: Com certeza está delicioso, mas é que eu não quero falar com o papai agora. Ainda estou chateada por ele não confiar em mim.

ANGIE: Eu sei disso Vilu, mas uma hora ou outra vocês vão ter que conversar. Ele me disse pra te avisar que vai vir conversar com você daqui a pouco.

VILU: Você tem razão Angie. É melhor nós conversarmos e resolvermos isso de uma vez.

ANGIE: Mas então, me conta, deu tudo certo com a Cami ontem?

      Enquanto isso, German subiu as escadas e ficou em frente a porta do quarto de Violetta, que estava entreaberta, esperando o momento certo para entrar e falar com a filha.

VILU: Ah sim, deu tudo certo com a Cami. Ela e o Broadway brigaram e, por isso, ela queria conversar comigo e com a Fran. — Contou. — E muito obrigada por ter distraído o meu pai ontem a noite enquanto eu tinha ido pra casa da Cami.

Após ouvir isso, German entrou no quarto de Violetta sem mesmo dar tempo de Angie responder a sobrinha.

GERMAN: É isso mesmo que eu ouvi? Você foi pra casa da sua amiga mesmo depois de eu disse que não era pra você ir? — Ele perguntou, com a voz alterada.

VILU: Eu... Eu posso explicar pai.

GERMAN: Não tem explicação para o que você fez.

VILU: Se me deixar falar, o senhor verá que tem uma sim.

German ignorou a última frase da filha e olhou para Angie.

GERMAN: E você Angie, não acredito que, mesmo sabendo que eu tinha proibido a Violetta de ir na casa da amiga dela, você ajudou-a a sair escondida.

ANGIE: Calma German, deixa a gente explicar. — Falou com a voz calma, tentando amenizar a situação.

GERMAN: Eu já disse, isso não tem explicação Angie. — Respondeu, com a voz firme.

ANGIE: Eu seu que o que fiz foi errado. — Ela tinha total consciência de que tinha errado. — Mas a Vilu já está bem grandinha pra você proibi-la de sair as oito da noite. — Interveio, com a voz no mesmo tom.

GERMAN: Se ela já estivesse bem "grandinha", teria respeitado minha decisão!

ANGIE: O que queria que ela fizesse, já que você não confia nela e a trata como uma criança!? — Aumentou a voz.

GERMAN: Queria que ela tivesse me obedecido. Se eu digo não, é não. E você como se não bastasse, mentiu pra mim!

ANGIE: Você não me deixou escolhas! Era a única forma de ajudar a Vilu.

GERMAN: Mas isso não justifica você ter mentido pra mim! Você sabe como eu odeio mentiras.

ANGIE: Ela já tem 17 anos German, por favor, você tem que dar mais liberdade pra ela!

GERMAN: Você foi irresponsável. Devia ter concordado comigo e não ter ajudado a Violetta a agir contra a minha vontade!

ANGIE: A culpa não é minha se você não confia na sua própria filha!

GERMAN: Então eu sou o culpado de tudo!?

ANGIE: Eu já disse que errei!

GERMAN: Vocês duas se mostraram irresponsáveis, se sem minha permissão a Violetta fez isso, imagine se eu desse muita liberdade a ela que nem você disse que eu tenho que dar!

ANGIE: Se você ao menos, confiasse nela! Confiança é uma via de mão dupla.

GERMAN: Quer saber, se eu confio ou não na Violetta, esse é um problema meu e dela. É melhor você não se intrometer!

ANGIE: Ah, então tudo bem. Já que isso não é problema meu, eu vou embora. Tchau, não vou me intrometer mais. — Falou, irritada.

Angeles saiu da mansão e bateu a porta com força antes de sair.

VILU: Olha o que você fez pai. Não devia ter falado assim com ela.

GERMAN: É mesmo, eu não devia ter dito essas coisas pra ela. Se bem que ela também não devia ter mentido pra mim.

VILU: A Angie só quis me ajudar, a culpa é toda minha. Vai atrás dela pai.

GERMAN: Você está certa. É melhor eu ir atrás dela.

VILU: Okay, mas vai logo pai. Vê se resolve as coisas.

German saiu da mansão e começou a procurá-la. Até que encontrou-a sentada em um banco numa praça ali por perto, chorando.

Ele então se aproximou dela...

                    (...)