Budapest escrita por Kakau Romanoff


Capítulo 11
Cap. 11 - Let her go


Notas iniciais do capítulo

Oláaa meus amorees!!
A cada dia eu fico mais feliz e emocionada com os comentários de vocês!! Muuuuito obrigada mesmo a vocês que tem acompanhado a fic!! É realmente importante para mim!!
Espero que gostem do 11° capítulo!!
Boa Leitura e até as notas finais!!



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West não conseguiria manter o teimoso Barton na enfermaria por muito tempo, e por fim, aproximadamente 72 horas depois, Clint teve alta. Os pontos no peito ainda não haviam cicatrizado completamente; suas costelas e a perna fraturadas o faziam mancar pelos corredores da base, enquanto caminhava até a sala do Diretor Fury, determinado a conseguir a liberdade de Natasha a qualquer custo.

– Diretor, precisamos conversar. – disse, entrando sem nem mesmo bater.

– Agente Barton. Parece que já está se recuperando. O que deseja falar comigo?

Clint aproximou-se da mesa do chefe, permanecendo de pé em frente a ele.

– Solte-a. - ele disse sério.

– Como é? - Fury perguntou incrédulo.

– Solte a Viúva Negra.

– Está me dizendo para deixar livre uma assassina procurada internacionalmente? Ficou louco Barton?

– Ela não merece estar nessa posição, não quando ela não teve escolhas, assim como eu. Obtive novas informações na missão em Budapeste.

– Então me conte-as. – disse simplesmente, apontando a cadeira em sua frente.

Clint sentou-se e relatou todo o acontecido, omitindo é claro, seus momentos “pessoais” com Natasha.

– Pois bem Clint... E o que te faz acreditar que essa história é verdadeira? O que você tem que me faça acreditar nisso?

– Eu sigo meu instinto, senhor. E tenho certeza do que estou falando aqui.

– Certo, e aí, você se apaixonou antes ou depois de saber da história de vida dela? – perguntou Fury, se recostando em sua cadeira. – Vamos lá Clint, eu não sou idiota.

– Como é, senhor?

– Está envolvido pessoalmente, não é Agente Barton?

– Não senhor. Tudo o que fiz em Budapeste, foi meu trabalho. Nada além disso.

– E o que planejava que eu fizesse, quando soubesse sobre isso, Clint?

– Eu esperava que ela pudesse ser integrada à SHIELD, que desse a ela uma segunda chance, como eu tive. Apesar de todo o seu passado, ela tem um grande potencial para ser uma agente da SHIELD.

– Você quis mudar Clint, e pelo que sei, ainda quer. Será que ela também pensa dessa forma?

– Posso apostar que sim.

– Não estou disposto a jogar sobre a integridade da SHIELD. O risco que corremos se você estiver errado, é alto demais.

– Eu tenho consciência do que estou pedindo, e nós dois sabemos dos riscos. Eles sempre vão existir, com qualquer agente que você escolha. Mas eu conheço bem o que ela está sentindo, e eu sei que vale a pena.

– Pois bem, eu verei o que posso fazer. Não temos provas de nada disso, e o Sr. Darrow está morto.

– Se conta como alguma coisa, eu não me arrependo de nenhuma escolha que fiz durante a minha missão.

– Que bom, pois isso ajudará quando o Conselho for tomar uma decisão. Está dispensado, Agente Barton.

– Agradeço sua atenção senhor. – disse levantando-se.

Ele saiu da sala seguindo diretamente para o setor de segurança máxima da base, onde Natasha era mantida presa.

Ela permanecia sozinha, sentada no canto da cela abraçando seus próprios joelhos, incomodada com a presença do sangue de Clint em suas roupas.

– Agente Montez, dê-me licença, por favor. Eu preciso falar em particular com sua prisioneira.

– Agente Barton... – Natasha pôs-se de pé quando ouviu a voz dele. – Fico feliz que esteja se recuperando, mas o Diretor Fury deu ordens explicitas para que eu não...

– O próprio Fury me mandou aqui, para conseguir as respostas que ele quer. Agora saia. Vá tomar um café ou qualquer coisa.

– Sim senhor. – disse o agente, entregando-lhe as chaves e saindo em seguida.

Clint estendeu o braço com dificuldade, desativando a câmera que ali havia e abriu a cela, entrando logo depois. Natasha apressou-se para se levantar e o abraçou com força, passando os braços ao redor de seu pescoço; ele logo retribuiu, soltando um gemido de dor em suas costelas, pela força do aperto dela.

– Desculpe. – disse ela, afrouxando o abraço.

– Não se preocupe, eu estou bem. – respondeu ele sorrindo enquanto afundava o rosto em seus cabelos ruivos, sentindo o suave perfume deles. – Você está bem?

– Isso não importa agora, você que tem que me dizer se está bem.

– Eu vou sobreviver. – ele riu, fraco.

– Preciso que me responda uma coisa. – ela sussurrou em seu ouvido.

– O que quiser.

– Diz pra mim que me trazer aqui não era seu plano. Diz que tudo o que aconteceu não era um jogo apenas para me atrair até aqui.

– Eu te juro que esse nunca foi meu plano. Tudo o que aconteceu me pegou tão desprevenido quanto você. – ela riu - Eles vão te tirar daqui. – terminou ele se afastando.

– E o que vai acontecer depois?

– Eu não sei. Mas você sabe que eles não podem...

– Saber sobre o que aconteceu. É, eu sei.

– É, mas não significa que eu vou esquecer. Espere só mais um tempo aqui, até o Diretor Fury resolver sua situação.

– E se ele não resolver? – ela questionou.

– Se ele não resolver, então, eu vou te tirar daqui do jeito mais difícil.

– Eu realmente gosto do jeito mais difícil. – ela sorriu.

– Ah, é?! Não brinca, eu nunca poderia imaginar isso! – Clint riu beijando-a demoradamente, e depois saiu sem trancar a cela. - Até logo, Natalia. – disse piscando para ela, e indo embora.

“Deus, o que está acontecendo comigo?!” – Natasha indagou-se, enquanto seu coração voltava a pulsar normalmente. Nunca havia ficado tão entregue assim, a nenhum tipo de sentimento, com absolutamente ninguém.

Mas era estranho porque com Clint, mesmo que em tão pouco tempo, havia se tornado natural ser ela mesma, sem atuações, sem mentiras com ele. Não receava deixar a mostra seu lado sensível, o qual, nem mesmo ela sabia existir até poucos dias antes.

Ela ponderou sobre aproveitar a oportunidade da cela aberta para fugir, mas não poderia arruinar suas chances de se ver livre de verdade, de forma digna e honesta. Não trairia a confiança de Clint. Então teria que aguentar mais algum tempo ali.

As horas se passaram enquanto ela alternava entre andar de um canto a outro da cela, e refletir sentada no chão frio sobre tudo o que acontecera a ela, enquanto o Agente Montez, que retornara a pouco, mal se mexia próximo às grades.

Ela escutou passos pesados se aproximando, mas enganou-se ao pensar se tratar de Clint, quando na verdade, o próprio Diretor Fury encaminhava-se até sua “jaula”.

– Agente, seus serviços não são mais necessários aqui. De agora em diante, a Srta. Romanoff está sob minha supervisão.

– Sim senhor, Diretor. – disse o rapaz nervoso com a presença de Nick, enquanto se retirava apressadamente.

Quando ficaram sozinhos, ele abriu a porta cela, e encarou Natasha, confuso ao perceber que ela já estava destrancada.

– Está na hora de conversamos, Srta. Romanoff.

Ela o seguiu pelos corredores da base, ignorando os olhares que recebia vez ou outra de outros agentes, até chegarem à ampla sala de Fury.

– Fique a vontade para se sentar. – disse ele fazendo o mesmo. – Acredito que esteja ciente de que se você está aqui agora, a responsabilidade é inteiramente do Agente Barton, que veio até mim, e relatou-me sobre tudo que ele descobriu durante a missão dele na Hungria. - Ela assentiu. – Pois bem, eu quero que você me conte a sua versão da história, e então poderemos discutir sobre o que acontecerá a você. Está claro?

– Sim. – disse ela respirando fundo, antes de iniciar sua longa história novamente, e surpreendentemente, a verdadeira história. De uma maneira diferente de Clint, Fury passava a ela confiança, e dada a sua atual situação, não havia nada a ser feito além de acreditar naqueles que lhe ofereciam um recomeço. - Então, depois que Clin... O Agente Barton escutou o mesmo que acabei de lhe dizer, ele me ofereceu uma nova oportunidade, de mudar. Quando aceitei, decidimos agir e prender Darrow. Com tudo o que aconteceu, não existia outra maneira de terminar. Éramos nós ou ele.

– Muito bem. Antes de terminarmos, gostaria que você me respondesse algumas breves perguntas, de fatos que ainda me deixam um pouco... Intrigado.

– Então as faça.

– Diga-me, por que não matou o Agente Barton quando teve a oportunidade?

– Eu não sei. – disse balançando negativamente a cabeça, enquanto desviava o olhar para o chão. – Não consegui matá-lo.

– Uma espiã russa da KGB, não conseguiu matar? É no mínimo curioso, não?

– Acredito que seja. Como disse, nem mesmo eu sei ainda o que me impediu.

– Ok, então quando souber, ficaria feliz se você compartilhasse a informação. – ela assentiu. - Então, tudo o que me resta saber é se você, Natasha Romanoff, deseja se tornar uma agente da SHIELD, e fazer o que faz de melhor, para ajudar as pessoas? Você quer mudar a sua vida?

– Eu quero.

– E por quê?

– Porque já estou cansada de fugir do meu passado.

– Natasha, escute com atenção o que vou lhe dizer agora. Todo mundo tem um passado, assim como você. Não importa se ele seja cruel, doloroso ou obscuro, sempre estará com você, uma parte de quem você é. Eu não pedirei para que o esqueça, longe disso. Quero que use os erros do tempo que ficou para trás, para torná-la forte, e incentivá-la a continuar em outro caminho, não importa quão árduo ele seja. Você entendeu?

– Eu entendi.

– Então, se é assim... – ele sorriu estendendo-lhe a mão. – Seja bem-vinda a Superintendência Humana de Intervenção, Espionagem, Logística e Dissuasão, Agente Romanoff.


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Notas finais do capítulo

E entãaaaao?? Gostaram? Espero sinceramente que sim!!
Muuuuito obrigada por ler!! Não esqueça de deixar seus comentários, a opinião de cada um de vocês é muito importante para mim!!
Bjss da Kakau
Ps.: Amo vocês!!!



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