O celular de Annabeth tocou às 8 da manhã. Ao olhar a hora na tela, Annabeth até se assustou por estar acordando as 8, pois ou ela acordava as 6:30 ou meio dia. Atendeu ao telefone, era um dos sócios encarregados do museu que Annabeth arquitetava. Seu nome era John, ele devia ter em torno de 30 anos e viera da França, possuindo cabelos excessivamente loiros e sotaque engraçado.

John: Annabeth, querrida!

Annabeth sempre ria da pronuncia arranhada do R de John.

Annabeth: Bom dia! Como foi a viagem até aqui?

John: Odeio aviões! Porrque Amérrica?

Annabeth riu, podendo ouvir a risada de John do outro lado da linha.

John: Está em casa? Prrecisamos de você aqui, para decidir alguns detalhes da inaugurração.

Annabeth: Algo deu errado?

John: Non querrida! Detalhes bobos. Pode vir?

Annabeth: Ah, claro! Depois do almoço, para você está bom?

John: Perrfeito! Esperro você, então!

E assim John desligou, deixando Annabeth ao sorriso imaginando seu bico francês pronunciando todas aquelas palavras.

Já que já estava acordada, Annabeth decidiu levantar de vez, e fazer café da manhã. Ligou para Malia pedindo para que ela viesse para sua casa, para ficar de olho em Matt e Lucy enquanto estava no museu.

Depois de um bom café, Annabeth separou uma roupa para ir ao museu depois, e se jogou no sofá da sala após o banho, ligando a TV e relaxando.

Lá para as 10, quando o filme que assistia havia acabado, Annabeth foi dar uma olhada em seu celular, cuja tela exibia uma mensagem de Elena.

De: Lena Sallior

Annie! Como foi sua noite?

PS.: A minha foi fantástica!

Estou doida para contar, mas hoje tenho que passar o dia com minha mãe, então... Passo aí à noite? Me responda assim que acordar!

Com amor, sua alegre Lena.

Annabeth riu da mensagem tentando esconder de si mesma o medo que tinha do encontro ter sido assim tão bom. Respondeu assim que terminou de ler, dizendo que Elena podia vir. Depois de alguns minutos largada no sofá brincando de ping-pong com sua curiosidade, Annabeth decidiu que teria que descobrir sobre o encontro o quanto antes, então decidiu ligar para Percy. Depois de uns 8 toques, Percy atendeu.

Annabeth: Estou surpresa de você já estar acordado.

Percy: Annabeth Chase! Esse sarcasmo não poderia ter vindo de voz, mas doce.

Annabeth: Isso é sono Jackson.

Percy: Se eu estava com sono, passou agora. A que devo a honra?

Annabeth: Ah deus, me convença a não desligar Percy.

Do outro lado da linha Percy riu e Annabeth se confortou no som de sua risada.

Percy: Ok então. Vá ao ponto Chase.

Annabeth parou e pensou no que diria. Ela não tinha certeza do que exatamente queria se era saber do encontro ou ver Percy. Pois ela faria os dois.

Annabeth: Você... Vai fazer algo hoje?

Percy: Depois dessa pergunta? Claro que não. Nos encontramos aonde?

Annabeth gargalhou.

Annabeth: O que te faz pensar que quero te ver?

Percy: Meu sexto sentido. Minha bola de cristal. Meu terceiro olho, e talvez, só talvez, sua pergunta nada discreta se estou ocupado.

Sem notar, Annabeth mordeu o lábio e sorriu em frente ao telefone.

Annabeth: Olha, o que eu vou fazer é bem chato, mas como eu sei que você nunca dispensaria um almoço + passeio ao meu lado, pode vir para cá.

Percy: Agora?

Annabeth: Agora.

Percy: Parece ótimo! Estou indo.

Annabeth desligou e foi trocar sua roupa, acordando seus irmãos e avisando que receberiam uma visita.

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Ao ouvir a campainha, a curiosidade de Lucy quase gritou dentro da pequena menina que correu para abrir a porta.

A porta se abriu, e Percy deu de cara com uma jovem menininha com um sorriso enorme.

– Oi! – Ela falou empolgada, quase gritando.

– Olá! Você deve ser a Lucy. – Percy abaixou ficando quase do tamanho de Lucy, que alargou ainda mais o sorriso.

– Você está procurando a minha irmã? – Lucy perguntou, e uma figura de cabelos castanhos correu para trás dela. Tinham a mesma altura, mas não eram muito parecidos.

– Estou sim. Ela está em casa? – E antes que Lucy pudesse responder qualquer coisa, o menino atrás dela, Matt, se pronunciou.

– Annabeth! – Ele gritou. – Seu namorado chegou! – Percy riu e logo foi puxado para dentro da casa por Lucy. Alguns segundos depois, Annabeth desceu.

– Se eu soubesse que íamos fechar um negócio eu vinha mais arrumado. – Percy comentou quando Annabeth apareceu, com medo que fosse perceptível o fato dele estar sem palavras. Annabeth usava uma blusa social azul bem escura, com um terninho e uma saia branca. Seus cabelos estavam soltos em sua habitual cascata loira e o salto que usava a deixava da altura de Percy. Ele nunca imaginou que veria Annabeth tão adulta, tão madura, linda.

– Tenho coisas para resolver no museu depois do almoço, e espero que venha comigo. – Annabeth se aproximou e deu um beijo no rosto de Percy.

– Com uma recepção dessas, como eu poderia dizer não? – Annabeth riu. – Mas se você quiser eu posso ir a casa e por uma roupa melhor... –

– Não precisa. – Annabeth sorriu. – Você fica bem melhor assim. Vamos então? –

– Vocês tem um encontro? – Matt perguntou.

– Não é óbvio? – Lucy retrucou, de olhos arregalados e sorriso bem aberto.

– Sua irmã é inteligente. – Percy comentou rindo.

– Algum dos dois tinha de puxar a mim não é? – Annabeth ergueu a sobrancelha e Percy riu, concordando com a cabeça.

Nesse momento, Malia chegou, dando a deixa para Percy e Annabeth saírem.

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Depois de um delicioso almoço e muita conversa jogada fora, faltava algum tempinho para Annabeth ter de ir para o museu, então decidiu fazer a pergunta que estava presa em sua garganta.

– Então... – Ela começou, dando uma colherada em seu sorvete. – Como foi ontem? Com a Lena? –

– Foi uma noite muito agradável. – Percy começou, rindo da repentina curiosidade de Annabeth. – Nós dançamos bastante, conhecemos um montão de estranhos, comemos bem... A festa estava muito boa. –

– Hm... – Annabeth sentia como se precisasse de mais detalhes. – Só? –

– Por que as perguntas Annabeth? – Percy riu, e Annabeth sorriu tentando parecer descontraída. – Nós demos uma volta pelo hotel, e depois fomos para uma das suítes para conversar melhor. – Annabeth quase engasgou violentamente com seu sorvete.

– Conversar melhor? Fala sério Jackson! – Ela arregalou os olhos e Percy gargalhou.

– Sim! Conversar! – Ele respondeu, ainda rindo. – Que coisas horríveis você anda pensando de mim? –

– Que você é o jovem mais inocente de NY é que não é! – Annabeth acabou rindo também.

– Ah Annie! Elena e eu somos amigos, e conseguimos nos conhecer melhor ainda ontem. Mas não rolou nada demais, eu juro! – Percy levantou as mãos se rendendo enquanto eles riam.

– É difícil acreditar que logo você resistiu a uma menina como a Lena. –

– Você fala como se fosse um anjo! – Percy protestou, e Annabeth o empurrou.

– Mas eu sou! – Annabeth o contestou.

– Vai me dizer que você nunca... –

– Nunquinha. – Annabeth o interrompeu e Percy arregalou os olhos.

– Sério mesmo? – Ele perguntou ainda inconformado.

– Sério mesmo. – Ela falou rindo e piscou para Percy, que balançou a cabeça e riu também.

– Vem, temos que ir. – Annabeth levantou-se e pegou a mão de Percy, fazendo-o levantar também.

– Mas já? –

– Quanto mais rápido eu resolver as coisas, mas tempo teremos para fazer algo. – Annabeth argumentou, fazendo Percy concordar na hora.

O dia seria bem longo.