Rude escrita por Ray


Capítulo 1
Nice to meet you


Notas iniciais do capítulo

Então primeiro capítulo.
Avisos (des)necessários:
Quinn e Rachel nunca se conheceram antes; Rachel tem uma banda com Santana, Finn e Puck; Quinn tem duas irmãs: Charlie e Frannie.
Avisos (dessa vez de verdade) necessários:
A parte normal é narrada pela Rachel no tempo presente, a parte em itálico é narrado em terceira pessoa e conta dos acontecimentos do passado (o último ano delas) e de como elas chegaram aonde estão e, por último, os pensamentos da Rachel estão em negrito e em ambas as partes.



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-O que você está fazendo? – perguntou Quinn escondendo-se debaixo da coberta.

-Registrando a criatura mais linda do mundo para que todos possam ver – respondi sorrindo boba enquanto puxava a coberta com uma mão e segurava a câmera com a outra.

-Rachel! – a loira gritou jogando o travesseiro em mim, e eu só pude rir. – Eu estou só de calcinha e sutiã!

-O que não é problema, fica melhor ainda – disse deixando a câmera de lado e subindo em cima da minha namorada e beijando o pescoço pálido dela. – Vamos lá, baby. Você é perfeita de qualquer jeito.

-Você vive dizendo isso – disse a loira envergonhada e com a voz abafada pelo rosto estar pressionado a cama.

-E continuarei dizendo até que você pare com essa modéstia sem sentido e acredite no que digo desde o colegial. Você é perfeita, Quinn – disse sinceramente (era verdade) e com a boca no ouvido da minha garota que sorriu constrangida. – Você é a coisa mais perfeita na minha vida. É o que torna viver para mim certo. É o que torna para eu acordar a cada dia, levantar da cama e continuar respirando essencial, porque eu sei que você estará lá para mim de todo jeito. Você está lá por mim e eu às vezes me pergunto se eu te mereço ou se isso é mesmo real, porque é perfeito demais para ser. Você faz de mim uma pessoa melhor, você me ajuda a seguir meus sonhos. Você é mais do que eu pedi para Deus. Eu sou muito sortuda por ter você.

-E lá vem você com suas palavras doces – murmurou Quinn e ri levemente não crendo ainda que ela duvidava de minhas palavras. Ela era a garota mais linda e perfeita que eu já conhecera. A loira se virou e encarou os meus olhos castanhos profundos. – Está me envergonhando, Rach... Eu não sou tudo is-

A calei com um beijo, pois não podia acreditar que ela iria dizer aquilo. De novo. Não importa quantas vezes eu digo, ela sempre retruca dizendo que não podia ser tudo aquilo. Uma pena desperdiçar saliva com isso em vezes de me beijar, porque ela era tudo aquilo e muito mais.

-Não, não diga isso Q. – disse com os lábios ainda próximos aos seus. – Você é tudo isso SIM! E eu ainda acho que é pouco.

Ela sorriu fraco e me puxou pela nuca para mais um beijo. Era engraçado a forma como Quinn era insegura sendo que ela era a garota mais linda e perfeita que eu já havia conhecido (e não digo isso só porque estou apaixonada por essa loira, é mesmo verdade). Talvez seja por isso. As pessoas devem esquecer de lhe dizer ou acham desnecessário porque pensam que ela já deve saber. Mas Quinn é muito insegura consigo mesma e tenta agradar sempre as pessoas para ver se lhe notam. Eu a noto. E como ela é linda.

Eu direi isso a ela todos os dias se for preciso.

-Você é linda e não me faça cantar alguma coisa sobre isso porque já tenho até uma música na cabeça – murmurei e ela riu me olhando de maneira curiosa. – Bruno Mars, o que acha de Just The Way You Are?

-Oh Deus Rae! – ela exclamou e eu ri.

-Você me faz sentir como uma boba apaixonada – sussurrei para ela. – Eu cantaria até Taylor Swift para você se quisesse. Eu faço tudo por você. Eu te amo.

Ela sorriu. Um sorriso lindo, se me permitem dizer. Aquele sorriso poderia iluminar o mundo, será que ela não sabe? Aquele sorriso iluminava o MEU mundo.

-Eu ainda me sinto boba quando diz isso – murmurou ela e eu sorri.

-Eu te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Te amo. Eu te amo. Amo-te mais que tudo. Ao infinito e além – disse e ela riu.

-Serio que acabou de citar um filme de animação?

-Quem não ama Toy Story?

-Você é uma idiota, Rae.

-Sim, sim. Uma idiota. Uma idiota que você esta indiscutivelmente e totalmente apaixonada. Vamos lá baby, admita. Vai, admita que você ama a Ray aqui... Admita, baby.

Ela riu alto e passou os braços pelos meus ombros me abraçando.

-Sim! Eu sou indiscutivelmente e totalmente apaixonada por uma idiota. A minha idiota. Admiti!

-Isso, aceitar é o primeiro passo.

-Eu te amo.

E eu também ficava boba toda vez que ela dizia aquilo. Sempre parecia a primeira vez e não menos verdade. Como ela dizia aquilo... Com um brilho nos olhos e um sorriso leve e bobo nos lábios. Ela me fazia sentir tão bem e boba. Uma estúpida apaixonada... Era exatamente isso que eu era. Eu era uma estúpida apaixonada por Quinn Fabray, nenhuma surpresa até agora. Qualquer um se apaixona por ela. Mas eu tive a honra de ser a sortuda que ela escolheu para amar e eu agradecia por isso toda noite quando ela estava nos meus braços em seu sono tranquilo.

Eu lembro que eu era mais durona e Badass antes...

É, antes de ser encoleirada por Quinn Fabray.

-Você me tornou uma molenga, Quinn Fabray - murmurei e ela fez um bico fofo.

-Gosto de você molenga, Rae – disse doce e manhosa. Agora me diga, como não se apaixonar?

-Não, não gosta – sorri maliciosa e ela me deu um tapa no ombro com uma cara indignada enquanto eu ria.

-Pare de ser safada por um segundo, Rachel! – bloqueou Quinn. Fiz bico e ela revirou os olhos e eu roubei-lhe um selinho. Ela gritou e tentou se afastar, mas a puxei pela cintura franzindo o cenho.

-Vamos, não seja má... Dê um beijo a Ray aqui, Ray quer um beijo, Ray pode morrer por um beijo, vamos dê a essa morena gostosa um beijo, rawwr... Estou com fome de beijo...

Ela riu gostosamente e soltou um “Idiota” baixinho antes de me beijar.

Sorri entre o beijo e tinha certeza que não sairia daquela cama tão cedo.

Rachel entrou pelas portas do colégio pela primeira vez. Os alunos abriam espaço para ela passar, provavelmente com medo, a julgando por suas roupas e postura como todos faziam. Ela não os julgava. Também temeria uma garota totalmente de preto, com pose de Badass, olhar superior, com roupas pesadas e algumas tatuagens... Se ela não fosse essa garota, claro.

Ela não queria estar ali. Queria estar em casa, com seus pais em New York, mas seus pais estavam mortos e New York muito longe. Tinha que seguir em frente. Lima podia ser igual Noah descrevera, ou seja, uma merda, mas não tinha outro lugar para ficar. Ali ela tinha amigos, poderia contar com eles. Sabia que podia.

Santana havia lhe acolhido em sua casa. Noah a ajudava sempre que podia. Brittany, a namorada de Santana, era um doce. Finn continuava tendo pouca massa cinzenta, mas ainda era legal.

Dava para viver.

Fora que ainda tinha a herança que seus pais a haviam deixado. Ela poderia parar de estudar se quisesse.

Espera...

Ela não conhecia essa escola. Ela não sabia para onde ir. Nem onde diabos ficava a diretoria, também.

Droga, devia ter pedido ajuda para Santana.

Um armário foi fechado na sua cara e ela piscou algumas vezes por baixo dos óculos escuros. Depois piscou novamente porque aquilo só podia ser alucinação, ela não podia estar vendo uma garota tão linda assim na sua frente, só podia ser um anjo. Ela tirou os óculos do rosto só para confirmar se ela teria que perguntar mesmo Santana se ela havia posto alguma substancia suspeita no café da manhã e percebeu que era real. Aquele anjo estava realmente em sua frente.

-Uou... – exclamou Rachel hipnotizada enquanto a garota-anjo loira com lindos olhos verdes a olhava de uma maneira engraçada. A menina usava um uniforme das líderes de torcida (Rachel amou esse fato quando seu olhar desceu pelo corpo da garota, abençoado seja o pervertido que inventou essas saias!), os cabelos bem amarrados em um perfeito rabo de cavalo e tinha uma postura intimidadora e superior.

Rachel achou tudo aquilo quente.

Ela não conhecia a garota-anjo, mas estava apaixonada por ela.

-Posso ajudar? – perguntou a garota depois de alguns minutos com Rachel a secando.

E, porra! Até a voz dela era perfeita!

Pare de secar ela. Pare de secar ela. Não olhe para suas coxas. Não olhe para suas pernas... Oh meu Deus, que pernas!

Hey, ela falou com você idiota!

-Ér... Hm... Eu, bem... Sou nova aqui e... – se embolou e se amaldiçoou por isso no segundo seguinte. Idiota!

-Sala do diretor? – a loira perguntou de maneira divertida e recebeu como resposta um aceno frenético de Rachel. – Quer que eu te acompanhe?

Pra qualquer lugar, baby.

Rachel, você tem que responder a pergunta.

-Oh sim, eu ficaria agradecida – disse a diva sorrindo envergonhada.

Ótimo Berry, agora você paga mico para ela também. Mal conheceu a garota, não sabe o nome dela, não sabe nada, mas já ta caidinha pela menina!

Mas ela é realmente linda (suspiro).

-Sou Quinn Fabray – a loira se apresentou tirando a morena de seus pensamentos que ela era protagonista, mas não fazia ideia disso.

Quinn Fabray, Quinn Fabray... Quinn Fabray-Berry ficaria BEM melhor.

Rachel, se apresente para a garota.

Para minha futura esposa.

Você realmente sonha longe e alto.

-Sou Rachel Berry – apresentou-se a morena sorrindo de lado.

-Você é A Rachel Berry? – Quinn parecia surpresa.

-Bom, não sei qual Rachel é essa. Mas meu nome é esse – disse a morena confusa pela loira já ter ouvido falar de si.

-Deixa pra lá – a loira suspirou. – Vem vou te levar ao diretor.

-Não vai me responder por quê? – perguntou a morena.

-Se você é quem penso descobrirá por si só e não vai demorar – respondeu Quinn.

-Já está demorando - resmungou Rachel impaciente.

-Impaciência, um ponto – murmurou a Fabray para si mesma.

[...]

Figgins era maluco. Constatou Rachel assim que deixou a sala do diretor. O diretor da escola era totalmente pirado.

Mas a sua linha de pensamentos se perdeu ao ver que a garota-anjo a esperava do lado de fora da sala escorada a parede e lendo um livro bastante grosso e que ela provavelmente não passaria da primeira página.

-Me esperou? – perguntou Rachel sorrindo de lado e comemorando por dentro.

-Sim, você é nova aqui, não sabe onde ficam as salas de aula e bem... Os alunos do McKinley tem um jeito nada agradável de receber os novatos – disse ela e Rachel se lembrou vagamente que Noah e Santana haviam lhe dito algo parecido... “Os alunos do McKinley, os populares na verdade, não tem um jeito amigável de receber os novatos, tome cuidado, mas ande com a gente e não haverá problemas. Finn e Puck estão no time e eu e Brittany estamos na Cheerios. Não mexerão com você se andar conosco.”

Era por causa da frase de Santana que ela estava fugindo dos amigos. Queria criar sua própria reputação sem eles e não queria estar nas asas de seus amigos. Podiam mexer com ela e jogar algo muito gelado em seu rosto, mas ela conseguia lutar contra isso sozinha.

Os estúpidos do WMHS não conheciam Rachel Berry ainda...

Não saberão os que os atingiu se mexerem com ela.

-É, eu ouvi falar – suspirou a morena.

Quinn pegou o horário da garota olhando-o detalhadamente, como se o decorasse. Por fim sorriu e o devolveu a diva.

-Você tem Química agora, fazemos essa matéria juntas – disse a loira e Rachel comemorou internamente.

-Mas alguma aula em conjunto? – Rachel torcia para que houvesse.

-Espanhol, Sociologia e Cálculo – respondeu prontamente e o sorriso de Rachel se alargou.

-Hm... Ótimo – disse a morena. – Pode-me falar sobre você, Quinn?

-Não a muito o que falar... Nasci em Lima e vivo aqui desde sempre, sou líder das Cheerios, meus pais são divorciadas, toco piano por aí e tenho alguns troféus na minha estante, me considero uma boa aluna, gosto de ler, desejo sair desse inferno de cidade e ir a uma boa faculdade, como Yale, NYU ou Columbia.

-Isso não pode ser tudo.

-Como eu disse, não a muito o que dizer.

-Sempre há muito a que dizer.

-Nah.

-Namorando?

-Acabei de sair de um relacionamento particularmente longo... Ele ficou possessivo demais e queria que eu fosse sua líder de torcida pessoal... Depois se mostrou um idiota.

-Ele deve ser mesmo.

-Como?

-Ele deve ser um idiota.

-Você nem o conhece, como pode dizer isso?

-Porque ele te perdeu, ele te deixou ir... Ele é um idiota por isso. Eu nunca cometeria esse erro.

-Nossa... E você Rachel Berry, pode me dizer sobre você?

-É uma longa história, você não entenderia.

-Me faça entender.

-Bom... Eu nasci e fui criada em New York pelos meus dois pais, Hiram e Leroy, e sim eles eram gays, eu fui adotada porque minha mãe Shelby, que era muito amiga dos meus pais, morreu de câncer e pediu para que eles cuidassem de mim enquanto puderem. Eles fizeram. Há dois meses meus pais morreram em um avião que caiu no mar. Eu gosto de cantar e tenho uma banda com alguns amigos meus, também gosto de esportes, mas não esportes muito comuns... Tipo luta e esgrima. Eu sou gay também, só para constar. Eu não acho que posso ser considerada uma “boa aluna”, mas minhas notas são boas. Eu não penso muito em faculdade, pois quero investir na música e tornar minha banda famosa e tudo é possível, eu sei que consigo.

Quinn ficou em silencio por alguns segundos tentando engolir tudo que lhe foi dito, mas não era uma tarefa muito fácil. Oh, a vida daquela garota não era fácil.

-Por favor, diga que não esta calada porque descobriu que eu sou gay – implorou Rachel se incomodando com o silencio repentino da outra.

-Não, não tem nada haver. Minhas duas melhores amigas são gays, alias... É só que é... Surpreendente. Sua vida não foi nada fácil ao que se percebe... E apesar de tudo eu... Eu meio que... Bem, ér...

-Sua família, Quinn... Como ela lida com esses tipos de pessoas?

-Eles me proibiram de ver minhas amigas quando elas decidiram se revelar – a loira suspirou pesadamente.

-Uma família tradicional, suponho.

-Uma família preconceituosa você quer dizer.

-Não muda muita coisa. Já lidei com pessoas assim. O que você fez?

-Não podia fazer muito, mas não deixei de vê-las.

-Escondida.

A loira suspirou, completamente frustrada. Como aquela garota de preto poderia saber tanto assim sobre ela? Elas mal haviam se conhecido!

-Eu não quero falar disso.

Rachel bufou antes de resmungar um “Tudo bem”. Quinn fugia completamente do assunto como se tivesse medo dele. Como se ele a assustasse de algum modo... Espera, só quem foge de assuntos desse tipo é quem...

-Quinn? – Rachel chamou com os olhos arregalados. A loira olhou cansada para ela, sabendo de algum modo qual seria a pergunta. – Quinn, não me diga... Não, não... Quinn, você é gay?

-Não... – respondeu ela. Rachel por um momento pensou que a resposta era essa, mas sabia que tinha mais. – Não diga isso, não faça essa pergunta, não agora...

-Quinn... Você tem 17 anos, sabe discernir o certo e o errado... Uma hora vai ter que responder...

-Não Rachel! Eu não, eu não to pronta...

-Ninguém está, garota.

-Eu nunca vou estar, entende?

-Pare de fugir disso, Quinn!

-Você não me conhece! Não sabe nada de mim, não pode falar nada! – gritou assustando a morena que deu um passo para trás perante a figura assustadora que a loira havia tomado. – Não pode falar nada, porque você não entende! Eu já tentei okay? Há muito tempo, mas ninguém entende! Eu não posso, minha família... Eu...

-Não pode decepcionar sua família? – perguntou sarcástica.

-Argh! Você é insuportável!

-Por que eu descobri de uma parte sua que ninguém pode saber?

-Meus pais são divorciados no papel, mas ainda agem como casal...

-Na sociedade?

-Dá para parar com isso?

-Com o que?

-De descobrir tudo! Eu nem te conheço.

-Bem, eu sei o seu nome, você o meu, nos conhecemos.

-Eles agem como se eu não fosse filhas dele, nunca sou boa o bastante... Sabe o que é ser desprezada pelos seus próprios pais?

Rachel se calou. Ela não sabia.

-A sala é dois corredores à direita, número 14... – Quinn suspirou. – Você consegue achar.

-Quinn...

-Só não me procure, vamos nos reencontrar, mas não haja como se me conhecesse... Não como se soubesse... Disso.

-Como pode ter tanta certeza sobre...- não pode terminar a frase.

-Nos reencontrarmos? – Quinn interrompeu. – Eu sei mais de você do que pensa.

-Quinn, por favor...

-Só me deixe, Berry. Só me deixe.

Rachel ficou parada enquanto Quinn corria pelos corredores. Ela a viu sair de sua vida tão rápido quanto entrou.

Era a primeira vez que isso aconteceria.

Mas o desfecho não seria o mesmo na próxima vez.

[...]

-Olha, novata – Rachel escutou alguém atrás de si e suspirou baixinho. – Novata, hora do seu presente de boas-vindas... Mas como é falta de educação ficar de costas, eu vou pedir que se vire.

Bom, pelo menos ele era homem o suficiente para não atacar ninguém pelas costas.

A judia se virou lentamente para o estupido brutamontes com a camisa do time de futebol e sorriu forçadamente vendo um copo de raspadinha na mão dele. E olha... Companhia. Ele não estava sozinho.

Olhou para os lados e viu um Puck e uma Santana brancos no inicio do corredor. Eles começaram a correr até lá e Rachel não queria ainda ficar sobre as asas dos amigos.

-Jogue – disse de forma baixa e ameaçadora ao jogador que sorriu sarcástico ao seu tom e levantou o braço pronto para obedecer a ordem.

-Como quiser madame – disse divertido.

No ângulo certo Rachel bateu no lado do copo que virou diretamente no jogador deixando apenas duas gotas de raspadinhas caírem em seu rosto e o resto no estúpido e seu escudeiro. Ela sorriu maldosa quando os jogadores soltaram gritos agudos e o corredor começou a rir.

-Não mexam comigo idiotas, não sabem ainda o que posso fazer – disse e se virou a tempo de ver Santana e Puck pararem a sua frente com caras surpresas. – Olá garotos. O que querem?

Puck foi o primeiro a ter uma reação. Um sorriso orgulhoso e logo Santana estava rindo histericamente.

-Baixinha/Hobbit – os dois disseram juntos. – Estamos orgulhosos!

Foi à vez de Rachel rir.

-Tudo bem... – disse. – Alguém sabe onde é a sala de... – ela engoliu em seco lembrando de mais cedo. – Espanhol?

-Aê! – exclamou Santana contente. – Tenho essa aula agora também. Vem, preciso te apresentar uma pessoa.

-Que pessoa? – perguntou confusa.

-Minha melhor amiga! – novamente Puckerman e Lopez disseram juntos e riram.

Rachel ficou indignada dessa vez.

-Hey, eu achei que eu era a melhor amiga de vocês! – exclamou raivosa causando mais risos nos dois. – Só não banquem os cupidos dessa vez.

-Não garantimos nada – responderam outra vez juntos.

[...]

-Rachel, essa é Quinn Fabray... Quinn, essa é Rachel Berry, a garota que falamos – quando Santana termina as duas estão paralisadas. Agora Rachel entendeu o que Quinn quis dizer com tudo, ela era A Quinn Fabray que seus amigos falavam, a surpreendente Quinn Fabray. A princesinha Fabray.

-Uou! – Rachel soltou e Santana abafou uma risada pensando que Rachel estava vidrada pela beleza de Quinn. O que de certo modo também era verdade, mas havia mais que isso. – Ér... Oi.

Quinn ergueu uma sobrancelha e olhou para Puck que colocou um polegar no ar em sinal positivo.

-Oi – disse a loira sorrindo fraco.

-É um prazer conhece-la Quinn Fabray – Rachel finalmente encontrou sua voz, mas disse de maneira rouca.

Quinn se arrepiou dos pés a cabeça.

-É um prazer conhece-la também Rachel Berry.

As duas se encararam, incapazes de dizer mais algo. Olhares intensos por onde trocavam as palavras necessárias... As mãos unidas ao centro caíram, mas não desgrudaram os olhos uma da outra.

Puck e Santana estavam se perguntam o que raios estava acontecendo ali.


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Notas finais do capítulo

E...? Como ficou?
Devo continuar?
Ficou bom, péssimo, devo desistir da vida e me jogar pela janela (se conseguisse passar pelas grades)?
Comentem!