Eu Consigo Te Enxergar escrita por Nena Lorac


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

PRIMEIRO AS DESCULPAS!!
Me perdoem por não ter postado! Eu tive várias coisas da faculdade para resolver, e com mais o bloqueio fica difícil eu escrever alguma coisa.
Sendo que eu deveria ter postado essa história ontem, mas a NET resolveu colaborar para o meu desespero e resolveu não funcionar ontem!
CONTINUANDO AS EXPLICAÇÕES!!
Eu só tive tempo de escrever ontem, mas pelo menos eu escrevi!
E esse fim de semana ainda tem evento aqui em Manaus, e eu vou no sábado e no domingo, então é bem provável que eu não escreva outro capítulo essa semana.
Entretanto, as minhas férias da faculdade começam depois dessa semana que vem, então eu terei tempo livre para escrever. E eu espero atualizar logo.
Boa leitura!



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–-- x FIM DAQUELA NOITE: MATTHEW x ---

Matthew fechou e trancou a porta no momento em que não pode mais enxergar a sombra de Francis. Saiu correndo direto para o seu quarto, e quase tropeçou na cadeira onde estava Kumajirou.

Mas afinal, por que ele estava agindo assim?

Francis só estava agindo de acordo com os costumes de seus país de origem, não é mesmo? Aqueles dois beijos não significaram nada! Sem falar que ele o beijou nas bochechas! Então não faria sentido ele estar todo vermelho e com o coração acelerado... Isso realmente não faz sentido.

“O que está acontecendo comigo?”

Matthew queria enfiar a sua cara dentro do travesseiro de tanta vergonha. Por que a sua vida estava tão confusa desse jeito? Francis acabara se tornando alguém especial para ele. Ele foi a primeira pessoa que se preocupou com o seu bem-estar. E mesmo sendo algo que acontecera tão de repente, Matthew se sentia confortável com ele.

Francis parecia ser uma pessoa tão amável e atenciosa... Ele só quer fazer Matthew se sentir bem.

“Mas por que ele faria isso com alguém que acabou de conhecer?”

Dúvidas assim entravam direto na cabeça do pequeno Matthew. E mesmo que ele não quisesse pensar nelas, era difícil ignorá-las.

Matthew ficava girando de um lado para outro na cama pensando sobre a cena que tinha acabado de acontecer. Hora ficava sorridente com algum fato engraçado, hora ficava vermelho com algum fato embaraçoso. Até que não aguentou mais ficar jogado em cima da cama e saiu dela e foi andar pelo pequeno apartamento.

“Vou tentar esquecer isso.”
“Francis é apenas meu amigo. Ele só quer me ver feliz.”

Enquanto caminhava um pouco pela sala, Matthew pode notar um objeto diferente que estava encostado perto da porta de entrada. E ao se aproximar, o objeto foi ganhando uma forma familiar para o menor.

–- Ele esqueceu a flauta aqui em casa!

A caixa preta onde o instrumento era guardado estava encostada ao lado da porta de entrada, e nela ele pode perceber as iniciais “G.B.” que estavam bordadas em linhas brancas nas laterais.

Ele não resistiu a curiosidade, e então pegou a caixa, puxou o zíper e pode notar que por dentro era extremamente forrado com espuma e borracha. Tudo para preservar o instrumento.

Matthew voltou seus olhos para o instrumento em si. Notou como ele era realmente brilhante e bem cuidado. Será que Francis sabia tocar aquilo?

Depois ele olhou para as iniciais bordadas na caixa, passou a mão em cima das iniciais e ficou imaginando de quem seria aquele belíssimo instrumento.

“Quem pode tocar algo tão belo?”

Francis mencionou na sala onde encontrara Matthew agachado que ele tinha ido buscar aquele instrumento para uma pessoa chamada Gilbert. Mas infelizmente, o único “Gilbert” que ele conseguia se lembrar era daquele estranho ser que ele esbarrou de manhã.

Se essa flauta fosse realmente dele, Matthew não queria chegar perto. Acabou desenvolvendo um pequeno medo do albino de olhos escarlates. Ele realmente não queria encontra-lo de novo.

Mas como alguém tão estranho como aquela pessoa, poderia ter o prazer e o amor de tocar um instrumento tão belo? E que relação essa pessoa tinha com Francis?

Matthew se pegou pensando em outra maratona de coisas ruins... Ele realmente deveria acabar com esse costume.

“Eu resolvo isso amanhã.”

Ele guardou o instrumento, terminou de arrumar a cozinha e foi terminando de arrumar a sua casa. Talvez ele devesse entregar a flauta para Francis para que ele pudesse entregar a Gilbert. Ele realmente não queria encontrar o albino.

Antes de ir para o quarto, Matthew, involuntariamente, colocou as mãos nos bolsos se sua calça, e ao perceber que tinha algo em um dos bolsos, ele se pôs a retirá-lo. O que tinha nele era um rolinho de papel, e ao desenrola-lo, Matthew ficou vermelho com o que lia.

xxxx-xxxx

Esse é o meu número. Me ligue quando quiser.

Francis

–-- x ---

–-- x FIM DAQUELA NOITE: FRANCIS x ---

Enquanto ainda caminhava pela rua até a casa sua casa, Francis ficava pensando cada vez mais no jovem loiro de olhos violáceos. Pensar nele o deixava feliz e calmo. Talvez encontrar alguém assim era o que lhe faltava. Afinal, conviver com duas pessoas que são extremamente agitadas o tirava do sério as vezes.

Francis aproveitava todo o caminho que ainda lhe restava até avistar uma pequena moradia que ficava em uma esquina.

“Espero que eles não fiquem com raiva por eu ter chegado tarde.”

Francis deu uma olhada no relógio e percebeu que não tinha motivos para se preocupar. E Gilbert e Antonio não eram seus pais para ficarem regulando o horário de suas saídas.

Então ele retirou as chaves, colocou na fechadura e então entrou em casa. Ele deu um suspiro ao olhar em volta... Será que ELE é o que era o adulto daquele lugar? Tinha pratos com restos de comida espalhados pela mesa da sala, umas duas toalhas jogadas em cima da cadeira e a televisão estava ligada com Gilbert dormindo no sofá em frente a ela.

Francis apertou o cenho antes de berrar com o amigo dorminhoco:

–- EU NÃO POSSO SAIR POR ALGUMAS HORAS QUE É ASSIM QUE A CASA FICA??

Gilbert pelo visto não acordou, e isso deixou o loiro ainda mais irritado. E onde estava Antonio? Com certeza ele tinha tanta culpa quanto Gilbert.

Francis ficou perambulando pela casa buscando algum sinal de Antonio. Ele procurou na cozinha, no banheiro, e até no depósito. Onde será que ele estava? Então ele resolveu voltar para a sala onde Gilbert dormia.

Ainda meio irritado com aquela aparência deplorável da casa, Francis sentou no mesmo sofá que Gilbert dormia e tentava se acalmar. E a melhor forma que encontrou foi em pensar em Matthew. Sim, isso realmente funcionava. Só por pensar nele, Francis já se sentia mais calmo. Soltou até um risinho ao lembrar dos dois beijos que dera nas bochechas macias do menor.

“Ele ficou tão adorável quando eu fiz isso.”

Francis lembrou de algumas cenas do jantar e sorria ao se lembrar delas. Em seguida, virou a cabeça e observou seu amigo dormir, despreocupadamente, ao seu lado. Ele realmente estava cansado, porque para Gilbert dormir desse jeito e não acordar depois dele ter berrado, era porque realmente precisava de um descanso.

De repente, Francis notou que Gilbert estava se mexendo mais, e que começou a forçar um pouco as pálpebras que estavam fechadas. Ele ouviu um grande bocejo e palavras que vieram logo em seguida.

–- Incrível... eu sou tão... incrível... – Gilbert só sabia falar isso enquanto sonhava.

–- Tão incrível que não teve a paciência de levar os pratos sujos para a cozinha. – Francis nem esperava uma resposta, mas se Gilbert pudesse ouvir, seria bem melhor.

–- ... tão incrível...

–- Eu sei, eu sei. Você é incrível... – Francis só estava matando o tempo com aquilo.

–- ...incrível... incrível flauta...

Francis arregalou os olhos. Gilbert iria mata-lo! Ele não acreditou quando percebeu que voltou para casa sem a maldita flauta!

Droga.

Se Gilbert sonhar que a flauta dele não está em casa, ele com certeza ficaria doido! Mas onde ele tinha deixado a flauta? Onde?

“Eu não acredito que eu esqueci disso... Por que fui esquecer logo daquela flauta?”

Gilbert começou a abrir os olhos e soltou mais um bocejo. Logo percebeu o barulho da televisão, então foi logo procurar o controle remoto para desliga-la, e então percebeu que Francis estava sentado no sofá.

–- E aí, Francis! Você chegou agora? – Gilbert começou a se espreguiçar.

–- S-Sim, já cheguei a algum tempo.

–- Que bom! Não aguentava mais esperar.

–- D-Desculpa por ter feito você esperar tanto.

–- Sem problemas. Mas você demorou demais! O que estava fazendo?

–- Ehh... Fui jantar na casa de um amigo meu e esqueci de avisar para você.

–- AHH?? E eu fiz tudo isso pra nada??

Francis olhou para a mesa que estava cheios de resto de comida. Aquilo com certeza era pizza e ele tinha pedido, e não feito. Mas por perceber que estava sem a flauta, pensou que era melhor nem retrucar.

–- Foi mal! Eu aviso da próxima vez!

–- Acho bom! Por que o incrível eu não gosta de comer sozinho!

–- “Sozinho”? – Francis ficou curioso – Antonio não comeu com você?

–- Não. Ele disse que tinha que resolver uns assuntos e que não poderia ficar para jantar. Ele me disse para esperar você chegar.

–- Entendo.

Francis resolveu se levantar e pegar os pratos que estavam em cima da mesa e leva-los para a cozinha. Talvez assim, Gilbert nem percebesse a falta da flauta em casa. Então ele deixou o albino na sala enquanto lavava os pratos.

Enquanto lavava a louça, Francis se pegou pensando no menor mais um pouco. Acho que isso se tornaria um hábito. Mas pelo menos, esse hábito o faria ficar feliz por um período de tempo.

Na sala, Gilbert ainda estava jogado em cima do sofá, relutante em voltar a dormir, até que ele escutou um barulho vindo de um celular. E ao olhar em cima da mesa, percebeu que o celular era de Francis.

–- Francis!! Tem mensagem no seu celular!! – Gilbert gritava da sala.

–- Você pode ler para mim?? Estou ocupado agora!!

–- Ok!!

Gilbert pegou o celular do amigo e deu uma olhada no número. Ele não conhecia. Será que era engano? Mas ele resolveu ler assim mesmo.

“Obrigado por jantar comigo hoje.

Foi realmente divertido. Eu espero que você possa vir aqui em casa mais vezes. E você acabou esquecendo a flauta do seu amigo aqui em casa, então espero que você possa pegá-la logo!

Matthew”

Gilbert ficou olhando por alguns segundos aquela mensagem, e depois levantou com tudo do sofá e foi correndo em direção à cozinha. E quando chegou lá, começou a gritar com Francis.

–- COMO VOCÊ ESQUECE A FLAUTA DO MEU AVÔ NA CASA DE UM SER TOTALMENTE DESCONHECIDO CHAMADO MATTHEW??

Ferrou.

Gilbert não vai calar a boca naquela noite.

Por que ele tinha que esquecer a maldita flauta? Agora Gilbert vai vir com as histórias de como aquela flauta era importante, e quanto ele se empenhou para aprender a toca-la e que o seu avô ficaria tão orgulhoso dele... Ele não estava com paciência para ouvir aquilo.

Realmente seria uma longa noite.

Mas antes de Gilbert começar a falar, Francis pegou o seu celular de volta e disse que queria ler a mensagem. E ao lê-la, ele esqueceu por um minuto de Gilbert e começou a sorrir.

Talvez a situação não fosse tão ruim assim.

–-- x ---

–-- x NO FIM DAQUELA NOITE: MATTHEW (BÔNUS) x ---

“Acho que fiz bem em avisar que ele esqueceu a flauta.”

“Ao menos ele não ficará preocupado.”

Matthew olhava o pedaço de papel com um pequeno sorriso estampado no rosto. Ele não sabia ao certo, mas aquilo o deixava feliz. Será que é porque existia alguém mais, além de sua família, na sua lista telefônica?

Isso as vezes pode soar meio triste, mas esse sentimento foi logo cortado só por ele ver o nome de Francis na lista.

Matthew encarava mais uma vez as letras e os números que estavam no pedaço de papel. Ele passou os dedos por cima delas e soltou um sorriso. Aquilo, realmente, o deixava feliz.

Então ele deixou o pedaço de papel e seu celular em cima do criado-mudo e se ajeitou para dormir.

Enquanto Matthew tentava pegar no sono, o celular do menor solta um doce toque de mensagem, que faz com que o mesmo, dê uma olhada. E ao perceber que o remetente era Francis, as suas bochechas já começavam a ganhar um tom avermelhado.

A mensagem era simples e curta, porém, fez com que o menor se sentisse muito feliz e vermelho ao lê-la:

“Obrigado por hoje. Foi realmente muito divertido.

E eu adorei ver a sua cara vermelha depois daqueles dois beijos.

Você realmente estava adorável.

Francis”


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Notas finais do capítulo

~CONTINUA~
Enfim, esse é o capítulo de hoje. E eu espero que tenham gostado dele.
Eu penso que a minha escrita mudou um pouco, e espero que seja para melhor.
Quando eu me organizar melhor, eu vou tentar (TENTAR) postar regularmente, mas por enquanto vai ser assim meio incerto...
Até o próximo Capítulo!