Pés no Chão. escrita por Julia Siqueira


Capítulo 1
Trocando ouro por prata.


Notas iniciais do capítulo

Olá! Seja bem-vindo!Esse é o primeiro capítulo de uma história que ainda não está concluída.Espero que você goste dessa primeira impressão e que entenda a maluquice da Bruna. Aviso: Ela fica pior. O capítulo foi curtinho e eu não tenho dias certinhos pra postar, mas espero que consiga no mínimo atualizar a fic uma vez por semana. Estava elaborando uma explicação para o título da fic, mas acho que vou deixar pra outra hora. Quem sabe no próximo capítulo? Espero que gostem. Divirtam-se! Bjs,Julia.



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P.O.V Nina

Uma pessoa pode te mandar um Whatsapp pedindo pra te encontrar num lugar super movimentado, falando que precisa conversar contigo, e isso pode ser inofensivo, não é? Qual é, fala sério, a gente só tava junto a o quê? dois meses? O que eu poderia ter feito de errado nesse tão pouco tempo?

– Calma, Bruna. PORRA. Você nem sabe o que ele vai dizer e já tá sofrendo por antecedência. Você não é covarde. Vai lá e encara essa como sempre fez.

Olhei pro lado esquerdo e duas mulheres me encaravam dentro do ônibus. Acho que eu estava falando meio alto. Desviei os olhos das duas e virei a cabeça pra olhar pela janela. O ônibus acabara de passar pelo bar/restaurante.

– MOTORISTA, EU VOU DESCER!
O motorista se assustou e freou o ônibus bruscamente, o que quase me fez bater a cabeça no encosto do branco da frente. Eu levantei abruptamente e corri até a saída, desci as escadas batendo o pé forte porque morria de medo do motorista fechar a porta enquanto eu ainda estava descendo.

Entrei no restaurante e vaguei os olhos procurando por ele. Achei.
Ele estava sentado numa das últimas mesas no segundo espaço do bar, no espaço destinado a quem queria ficar mais aconchegante, no restaurante estilo lanchonete americana, com mesas de madeira grande cercadas por bancos confortáveis de estofado vermelho. Sua posição era estrategicamente calculada para que conseguisse me ver assim que eu entrasse no restaurante. Penso eu que era pra que eu não saísse correndo antes que ele pudesse me ver.

Nossos olhos se encontraram e eu sorri pra ele.
Ele não sorriu de volta.
Bom, amigos. Digo-lhes que fodeu. Ele vai terminar comigo. Eu podia ver dentro dos olhos dele enquanto eu me aproximava da mesa, a decisão que já estava tomada e o caminho que ele iria percorrer até as palavras saírem de sua boca.

Antes de continuar, vocês deveriam saber umas coisas bem importantes sobre mim.

A primeira coisa é: Eu sou muito observadora.

Quer provas?

Ele havia tirado a correntinha de ouro que eu tinha dado de aniversário antes de começarmos a namorar - éramos amigos há muito tempo.- e, no lugar, havia outra correntinha, dessa vez de prata, que reluzia na luz branca e transformava tudo em uma desconfortável desconfiança. Havia, na fileira de mesas do lado esquerdo, uma garota morena dos olhos verdes que não parava de se comunicar com ele pelo olhar. A garota usava tênis iguais aos dele. Seu cabelo estava minuciosamente penteado e suas orelhas ostentavam um par de brincos de pedras em forma de coração. Brincos esses que eram a cara de ser um presente dele. Nos milésimos de segundo que levei pra notar isso, dois caras passaram a minha frente e sentaram na mesa na frente da dele, estavam discutindo e não pararam nem para olhar o cardápio. Estranhei o fato de que sentaram um ao lado do outro, quer dizer, no mesmo banco, de costas pro banco do meu... ex-namorado, mas mesmo assim os dois mantinham uma distância muito grande.

Respirei fundo e apertei o passo. Abri mais o sorriso até mostrar os caninos de uma maneira meio psicótica e parei de frente pra ele.

– Bruna... - ele começou a ronronar.

– Bruna? Você nunca me chamou de Bruna antes. O que aconteceu com o Nina?

– Nina... precisamos conversar...

– Isso você já disse.

– Então...

– Mas você não precisa dizer nada, eu já entendi. Blá, blá, blá, você vai terminar comigo e blá, blá blá, você está com a coraçãozinho ali. - apontei pra garota que agora estava com o corpo completamente virado pra nós e os olhos arregalados de surpresa- O que aliás, me faz pensar no porquê ela está aqui. Você é assim tão pamonha que não conseguiu fazer isso sozinho? Mas não tem nada, não. EU TAMBÉM ESTAVA QUERENDO CONVERSAR. O fato é que eu quero terminar. Então, estamos conversados?

Estendi minha mão em direção à ele e esperei ele apertá-la num término amigável.

Ele estava paralisado e não se moveu um mílimetro.

Abaixei minha mão e me virei de costas pra ele. Eu não havia sequer sentado.

Me virei de novo em sua direção e sorri.
– Já tinha marcado com meus amigos aqui. - apontei pros dois caras que agora estavam paralisados olhando a cena que eu havia feito.

Andei na direção da mesa deles e me enfiei entre os dois, passei os braços por cima de seus ombros e dei meu sorriso amigável mais um vez, virando a cabeça de um lado para o outro para olhá-los:

– Agora eu posso dar atenção à vocês. - eu dei uma gargalhadinha meio rouca.

Vi de relance meu ex-namorado e sua nova garota indo embora as pressas.

Ah, a segunda e a terceira coisa que deveriam saber sobre mim é que:

2) Ajo antes de pensar.

3) Sou completamente, desesperadamente, inconstitucionalissimamente louca.


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Notas finais do capítulo

Muitas das vezes o personagem que está contando a história conversa com o leitor, acostume-se, isso vai ser normal por aqui. Aliás, converse com ele. Ah, esqueci de dizer que não gosto de ficar enchendo muito o saco pedindo pra comentar, favoritar ou sei lá o quê. Se vocês acharem que a história merece, então, voilá. E qualquer sugestão ou crítica também é bem vinda. Tenham uma ótima semana!



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